PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: FRANCISCA ADILA DOS SANTOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FRANCISCA ADILA DOS SANTOS
DATA: 28/03/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO: Discriminação contra Pessoas Cegas: O Papel da Percepção de Ameaça e do Preconceito
PALAVRAS-CHAVES: deficiência; percepção de ameaça; preconceito, discriminação.
PÁGINAS: 64
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
SUBÁREA: Psicologia Social
RESUMO: Pessoas com deficiência carregam estigmas negativos desde as sociedades mais primitivas. Com a eminência dos direitos humanos e da norma antipreconceito nas sociedades democráticas, a expressão da discriminação tem se tornado mais insidiosa. Isto ocorre porque as pessoas passaram a usar justificações que dissimulam a natureza preconceituoso de suas ações, como a ideia de que a mera existência da pessoa-alvo dessas ações representa uma ameaça social. Analisamos esse fenômeno num conjunto de estudos sobre a influência da ameaça intergrupal na discriminação contra pessoas cegas e questionamos se o preconceito contra cegos modera essa influência. Para tanto, realizamos três estudos experimentais no qual manipulamos a ameaça intergrupal (condição de saliência da ameaça vs. ameaça não saliente) em uma situação fictícia de seleção de candidatos (com cegueira vs. não cegos) no contexto universitário (Estudo 1); e de recursos (favoráveis às pessoas cegas vs. aos não cegas) a serem aplicados na educação (Estudos 2 e 3). No Estudo 1 (N= 182), testamos as nossas hipóteses numa amostra de estudantes matriculados em Universidades Federais brasileiras. No Estudo 2 (N=121), replicamos o procedimento em uma amostra de professores da educação básica. No Estudo 3 (N=234), expandimos os resultados encontrados para uma amostra de estudantes matriculados em diferentes modalidades de ensino. Os resultados obtidos nos três estudos evidenciaram que a ameaça representada pela mera saliência da presença de pressas cegas influencia comportamentos discriminatórios em relação aos estudantes cegos e, de modo mais importante, que esse efeito ocorre apenas nos participantes que mais fortemente expressaram o preconceito. Nos participantes que manifestaram preconceito em menores proporções, a saliência da ameaça não exerceu influência significativa na discriminação. São discutidas as implicações da discriminação contra as pessoas cegas, especificamente no contexto educacional, bem como a importância da redução do preconceito como meio de minimizar a discriminação que ocorre como resposta à ameaça.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1742381 - ANA RAQUEL ROSAS TORRES
Interno - 2204608 - CICERO ROBERTO PEREIRA
Externo à Instituição - LUCIANA MARIA MAIA VIANA