PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de QUALIFICAÇÃO: DIANA SAMPAIO BRAGA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DIANA SAMPAIO BRAGA
DATA: 04/07/2016
HORA: 09:00
LOCAL: Sala 404 do CCHLA
TÍTULO: Percepção visual de contraste e movimento ocular em leitores disléxicos
PALAVRAS-CHAVES: percepção visual; dislexia; sensibilidade ao contraste; movimento ocular
PÁGINAS: 108
RESUMO: A dislexia é uma dificuldade específica de leitura que prejudica as habilidades de ortografia, soletração, coordenação e capacidade de sequenciação. Uma das teorias propostas para explicar a origem da dislexia afirma que esta é decorrente de um déficit no sistema magnocelular visual. Tarefas psicofísicas que avaliam a sensibilidade ao contraste e o movimento ocular são consideradas indicadores adequados do funcionamento da via magnocelular. Neste sentido, o principal objetivo desta pesquisa foi avaliar a percepção visual de contraste e o movimento ocular de leitores disléxicos. Participaram deste estudo, 20 crianças e adolescentes de ambos os sexos (10 meninas e 10 meninos) com idades entre 10 e 15 anos, 10 leitores disléxicos (média das idades= 12,5; desvio padrão= 1,5) e 10 leitores típicos (média das idades= 12,6; desvio padrão= 1,5). Estudo I: A sensibilidade ao contraste foi avaliada a partir de estímulos estáticos, com formatos quadriculares, acromáticos do tipo grade senoidal vertical nas frequências espaciais 0,2; 0,5; 1,0; 2,0; 4,0; 7,9 com fase inicial em 180°. O método psicofísico utilizado foi o da escolha forçada entre par de estímulos apresentado simultaneamente, os participantes eram orientados a escolher aquele que continha a frequência espacial (grade senoidal). O estímulo neutro era sempre um padrão homogêneo com luminância média. Não se detectou em nenhuma das frequências espaciais uma diferença estatisticamente significante entre os participantes com dislexia e sem dislexia ( p >0,05), a saber: 0,2 [ t(16) = -1,773, p = 0,095]; 0,6 [ t(16) = 1,823, p = 0,091]; 1,0 [ t(16) = -0.543, p = 0,595]; 2,0 [ t(16) = 0,293, p = 0,774]; 4,0 [ t(16) =1,587, p = 0,143] ; 7,9 [ t(16) =1,181, p = 0,258] Anova Oneway. Estudo II: A avaliação da movimentação ocular foi feita através do eyetracker, usado para registrar e medir o movimento dos olhos de forma não invasiva. Os estímulos visuais adotados para avaliar o comportamento ocular foram uma tarefa de trilha e a leitura de um fragmento de texto. Os parâmetros oculares monitorados foram: quantidade de fixações, média de duração das fixações e tempo de duração da tarefa. Com relação ao número de fixações durante a tarefa de leitura, os voluntários disléxicos apresentaram uma quantidade significativamente maior quando comparados ao grupo controle [t (18) = -2,321, p 0,05). A média de duração das fixações na tarefa de leitura e de trilha, não revelou diferença estatisticamente significante entre os grupos de leitores disléxicos e leitores típicos (p > 0,05). Dessa forma, os achados desta tese sugerem que a técnica de rastreamento ocular é um preditor adequado da habilidade de leitura. Porém, seu uso como ferramenta de diagnóstico para a dislexia requer a realização de mais experimentos. A maior quantidade de fixações registradas na tarefa de trilha pode ser um indicador da presença de um comprometimento oculomotor fato que fornece suporte para a teoria do déficit no sistema magnocelular como fator etiológico da dislexia.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1347318 - NATANAEL ANTONIO DOS SANTOS
Interno - 1497729 - ANA ALAYDE WERBA SALDANHA PICHELLI
Externo ao Programa - 2560968 - MELYSSA KELLYANE CAVALCANTI GALDINO