PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Telefone/Ramal
Não informado

Notícias


Banca de DEFESA: JAQUELINE VILAR GRECO RAMALHO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JAQUELINE VILAR GRECO RAMALHO
DATA: 27/10/2016
HORA: 08:30
LOCAL: Sala 1 do PPGPS
TÍTULO: PRECONCEITO RACIAL E DE CLASSE SOCIAL EM CRIANÇAS: O PAPEL MEDIADOR DOS VALORES HUMANOS
PALAVRAS-CHAVES: preconceito racial; preconceito de classe social; valores humanos; infância
PÁGINAS: 230
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
SUBÁREA: Psicologia Social
ESPECIALIDADE: Processos Grupais e de Comunicação
RESUMO: Esta tese teve como objetivo geral investigar as expressoes de preconceito racial e de classe social a partir de um estudo comparativo entre criancas estudantes de escolas publicas e privadas. Como objetivo especifico investigou-se a autoidentificacao racial das criancas e analisou-se o papel mediador da adesao a sistemas de valores nas expressoes desses preconceitos. Para alcancar tais objetivos, realizaram-se tres estudos empiricos. O primeiro investigou o reconhecimento das marcas de vestuario infantil e a relacao feita pelos participantes entre as marcas e a classe social (rico e pobre). O segundo buscou desenvolver uma estrategia de mensuracao do preconceito racial por meio da relacao feita pelos participantes entre as marcas de vestuario infantil e cor da pele dos bonecos (negro e branco). O terceiro investigou as preferencias dos participantes em relacao aos bonecos brancos e negros, vestidos com roupas de marca e sem marca. Neste estudo, tambem se investigou o papel mediador dos sistemas de valores humanos na preferencia dos participantes. No Estudo1, (N=30) os resultados apontaram que, embora as criancas de uma forma geral nao tenham reconhecido as marcas, quando questionadas sobre marcas de ricos e de pobres, conseguiram diferencia-las. Em ambas as escolas, 46,66 % das criancas afirmaram que as criancas pobres nao usam as marcas apresentadas, por nao terem dinheiro, sinalizando percepcao do status economico e social pelas criancas. No Estudo 2 (N=80), em conjunto, os resultados nao apontaram diferencas entre o uso das marcas e a cor dos bonecos apresentados, embora o boneco branco (M=2,55; DP=0.77) tenha sido classificado como mais rico que o negro (M=1,75; DP=0,92), t(76) = 5,43, p<0,001. Quanto a autoidentificacao das criancas, na escola publica as criancas se autoidentificaram como negras, embora no momento da identificacao com a cor dos bonecos tenham se identificado com o boneco branco, tal fenomeno, sugere a hipotese do braqueamento. No Estudo 3, os resultados apontaram uma congruencia entre a pertenca racial quanto a proximidade com os bonecos mesmo este sendo negro e vestido com roupa sem marca. Na escola privada, as criancas demonstraram proximidade com o boneco negro, sinalizando a possiblidade da internalizacao da norma antipreconceito. Em relacao a mediacao dos valores humanos, foram confirmadas as hipoteses desta tese, visto que, tanto na escola publica quanto na escola privada, os valores de autopromocao predisseram a preferencia pelo boneco branco positivamente e negativamente pelo boneco negro.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1742381 - ANA RAQUEL ROSAS TORRES
Interno - 1520147 - JULIO RIQUE NETO
Externo à Instituição - ELZA MARIA TECHIO
Externo à Instituição - JOSE RONIERE MORAIS BATISTA
Externo à Instituição - LUCIANE ALBUQUERQUE SA DE SOUZA