PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: ADRIELE VIEIRA DE LIMA PINTO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ADRIELE VIEIRA DE LIMA PINTO
DATA: 21/03/2017
HORA: 14:30
LOCAL: CAMPUS I - JOÃO PESSOA SALA CCHLA 500 (PÓS-GRADUAÇÃO)
TÍTULO: QUALIDADE DE VIDA, BEM-ESTAR SUBJETIVO E DEPRESSÃO NO CONTEXTO DA ADOLESCÊNCIA
PALAVRAS-CHAVES: Qualidade de vida; bem-estar subjetivo; depressão; sintomatologia depressiva.
PÁGINAS: 130
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
SUBÁREA: Psicologia Social
RESUMO: Esta dissertacao objetivou verificar as inter-relacoes entre qualidade de vida (QV), bem-estar subjetivo (BES) e depressao de adolescentes no contexto escolar. A fim de ampliar a compreensao destes construtos, utilizou-se como enfoque teorico, a Teoria das Representacoes Sociais (TRS). Para alcancar este objetivo, desenvolveram-se tres estudos empiricos fundamentados na abordagem multimetodo, todos eles contaram com adolescentes com idade entre 12 e 18 anos, estudantes de escolas publicas da cidade de Joao Pessoa. O estudo 1, objetivou apreender as representacoes sociais dos adolescentes acerca da QV, BES e Depressao. Participaram do estudo 285 adolescentes, (M=14,86; DP=1,82), maioria do sexo feminino (56,8%), os quais responderam ao Inventario de Depressao Infantil (CDI), a Tecnica de Associacao Livre de Palavras (estimulos indutores: “qualidade de vida”, “bem-estar” e “depressao”) associados as variaveis fixas (“sexo”, “avaliacao da qualidade de vida” e “indicativo da sintomatologia depressiva”) e um questionario sociodemografico. Os dados foram submetidos a estatisticas descritivas atraves do SPSS (versao 21.0) e analise fatorial de correspondencia por meio do Tri-Deux-Mots. Os resultados evidenciaram tipos de ancoragem e elementos de objetivacao comuns para QV e bem-estar. Por outro lado, observaram-se dissensos entre esses dois construtos e o construto da depressao, tanto ao nivel da ancoragem quanto das objetivacoes. O estudo 2, objetivou verificar o poder de predicao da QV e do BES em relacao ao indicativo de depressao. Participaram 300 adolescentes, (M=14,84; DP=1,84), maioria do sexo feminino (56%), os quais responderam ao (CDI), ao Kidskreen-52, Escala de Satisfacao com a Vida (ESV), a Escala de Afetos Positivos e Negativos (EAPN) e um questionario sociodemografico. Os dados foram processados, pelo SPSS (versao 21.0). Evidenciou-se atraves da utilizacao da regressao multipla que a QV obteve o coeficiente de determinacao, R²=0,56, apontando que 56% da variancia da sintomatologia depressiva pode ser explicada atraves de seu relacionamento com a QV. Numa posterior analise os resultados apontaram que 62% da variancia da sintomatologia depressiva podem ser explicadas atraves de seu relacionamento com a QV e a dimensao afetiva do BES. A satisfacao com a vida, dimensao cognitiva do BES, nao foi significativa para esta relacao. De carater quantitativo, o estudo 3, objetivou conhecer a prevalencia da sintomatologia depressiva dos adolescentes; analisar a correlacao desse construto com a QV e comparar os grupos com e sem sintomatologia depressiva. Participaram 204 adolescentes, (M= 14,99; SD= 1,92), maioria do sexo feminino (53,4%), os quais responderam ao Inventario de Depressao Infantil (CDI), ao questionario de QV relacionada a saude de criancas e adolescentes (Kidskreen-52) e um questionario sociodemografico. Os dados foram submetidos a estatisticas descritivas e inferenciais, com o auxilio do SPSS (versao 21.0). Os resultados do CDI apontaram indicativos de sintomatologia depressiva de 8,3%, com predominancia do sexo feminino. Estes achados corroboram evidencias cientificas indicadas pela literatura especializada. As pontuacoes do CDI foram negativas e estatisticamente significativas com todos os dominios de QV. Esta relacao demonstra que os adolescentes com indicativos de depressao apresentam diminuicao do bem-estar fisico, psicologico e da percepcao de suporte familiar afetivo, alem de sentimentos de solidao, angustia, tristeza. Comparando os adolescentes com e sem sintomatologia depressiva, constataram-se diferencas significativas nos dominios: familia/ambiente familiar e provocacoes/bullying. Nos dois dominios os adolescentes sem sintomatologia evidenciaram maiores medias em detrimento dos adolescentes com indicativo de depressao. Verifica-se, portanto, que os adolescentes com sintomatologia depressiva, vivenciam mais sentimento de rejeicao, raiva e ansiedade repercutindo no desenvolvimento de transtornos psicoafetivos. Neste sentido, espera-se que esses achados possam subsidiar acoes de prevencao e de promocao da saude (qualidade de vida e bem-estar) do adolescente no contexto escolar.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 332067 - MARIA DA PENHA DE LIMA COUTINHO
Interno - 2483066 - PATRICIA NUNES DA FONSECA
Externo à Instituição - IANY CAVALCANTI DA SILVA BARROS
Externo à Instituição - MARIA NATÁLIA PEREIRA RAMOS