PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Telefone/Ramal
Não informado

Notícias


Banca de DEFESA: JESSICA ANDRADE DE ALBUQUERQUE

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JESSICA ANDRADE DE ALBUQUERQUE
DATA: 24/03/2017
HORA: 09:00
LOCAL: SALA 511/CCHLA/UFPB
TÍTULO: CONCEPÇÕES DE FAMILIARES E AGENTES ESCOLARES ACERCA DA RELAÇÃO FAMÍLIA-ESCOLA: O QUE A PSICOLOGIA ESCOLAR TEM A DIZER?
PALAVRAS-CHAVES: Família; Escola; Psicologia Escolar.
PÁGINAS: 133
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
SUBÁREA: Psicologia do Ensino e da Aprendizagem
RESUMO: O presente estudo investiga as concepcoes de familiares e agentes escolares sobre a relacao familia-escola, discutindo, especificamente, a atuacao do psicologo escolar nessa relacao. A importancia e atualidade dessa tematica sao demonstradas por um conjunto de pesquisas que evidenciam o campo relacional entre familia e escola como fragil e marcado por tensoes e ainda referem que essa relacao ocorre frequentemente de maneira unilateral, configurada pelo poder de orientacao da escola sobre as familias, culpabilizacao das familias pelos entraves na educacao dos filhos e em razao da ausencia de responsabilizacao compartilhada. Diante do exposto, o trabalho que ora se apresenta tem como objetivo conhecer as concepcoes e acoes de psicologos escolares, professores, gestores escolares e pais/responsaveis de criancas acerca da relacao familia-escola. O estudo corresponde a uma pesquisa de campo de natureza qualitativa, cujos participantes foram sessenta pais/responsaveis, trinta professores, seis gestores e cinco psicologos escolares de seis escolas publicas de Ensino Fundamental I do municipio de Joao Pessoa-PB. Para conhecer as concepcoes dos participantes acerca da relacao familia-escola foram utilizados tres roteiros de entrevista semi-estruturadas, destinadas aos psicologos escolares, professores e gestores, e um questionario direcionado aos pais. As entrevistas foram realizadas individualmente e registradas por meio de audio para posterior analise, a qual foi inspirada nas diretrizes propostas por Bardin (2008). Foram analisados tambem os documentos oficiais das Instituicoes de Ensino. Os resultados da pesquisa foram organizados em sete eixos gerais de analise, quais sejam, a) Descricao da relacao familia-escola na percepcao de gestores escolares, psicologos escolares, professores e pais/responsaveis de criancas; b) Papel da escola e da familia no processo de escolarizacao dos estudantes na perspectiva de equipes escolares e de pais/responsaveis; c) Projetos desenvolvidos pelas instituicoes escolares envolvendo as familias; d) Situacoes que podem promover a participacao da familia na escola; e) Acoes que os professores podem desenvolver para promover a boa relacao entre familia e escola; f) Profissionais da escola que podem trabalhar para favorecer a relacao familia-escola; e g) Acoes que podem ser desenvolvidas pelos psicologos escolares para a promocao da relacao familia-escola. A pesquisa realizada possibilitou, de maneira geral, identificar que as instituicoes responsabilizam as familias pelos entraves na educacao dos filhos e apontam dificuldades em estabelecer uma relacao de parceria com as familias. Os familiares, por sua vez, indicaram superficialidade de informacoes nos encontros com a escola e mencionaram a necessidade de existir um contato mais proximo com as equipes escolares. Esses resultados revelam contradicoes e pouca clareza dos grupos pesquisados no que se refere aos seus distintos e inter-relacionados papeis, bem como as formas de participacao de ambos no que concerne as vivencias dos escolares. Por outro lado, a analise das entrevistas permitiu levantar indicadores de acoes que podem favorecer a relacao entre esses dois sistemas. No que se refere a atuacao dos psicologos escolares, esses profissionais afirmaram exercer acoes como, avaliar as criancas que supostamente possuem problemas de aprendizagem e realizar acompanhamento psicologico destas, e referiram tambem atuacoes construidas colaborativamente e voltadas a aspectos politicos e sociais das instituicoes, a exemplo da mencao de sua participacao na construcao dos documentos oficiais da escola e da realizacao de encontros continuos com os pais. Alem disso, tanto as equipes educacionais, quanto os familiares participantes demonstraram nao ter clareza sobre o papel do psicologo no ambiente escolar. As analises desses resultados reafirmam que uma atuacao efetiva desse profissional na escola deve ser sustentada por uma formacao inicial e continuada que possibilite a apreensao de pressupostos teorico-metodologicos que demarquem as especificidades do trabalho do psicologo escolar fortalecendo, dialeticamente, a relacao entre teoria e pratica profissional, baseada em uma concepcao integrada, critica e colaborativa de toda a comunidade escolar. Como derivado desse estudo elaborou-se uma proposta piloto de atuacao em forma de livreto, direcionada a psicologos escolares e profissionais da educacao, com a finalidade de prover informacoes que podem facilitar e colaborar no estreitamento da relacao entre escola e familias. A referida proposta considera o psicologo escolar como mediador da relacao familia-escola, com potencial para favorecer o desenvolvimento de acoes que fortalecam essa relacao, com o foco nos processos de ensino-aprendizagem.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1798749 - FABIOLA DE SOUSA BRAZ AQUINO
Interno - 337201 - NADIA MARIA RIBEIRO SALOMAO
Externo à Instituição - MARIA LIGIA DE AQUINO GOUVEIA