PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de QUALIFICAÇÃO: IARA MARIBONDO ALBUQUERQUE

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: IARA MARIBONDO ALBUQUERQUE
DATA: 08/06/2018
HORA: 10:30
LOCAL: 404B
TÍTULO: PROCESSOS PSICOSSOCIAIS DE DISCRIMINAÇÃO CONTRA A MULHER EM DOIS CONTEXTOS: LABORAL E DE VIOLÊNCIA SEXUAL
PALAVRAS-CHAVES: sexismo; preconceito; relações intergrupais
PÁGINAS: 98
RESUMO: Esta tese tem como objetivo investigar quais processos psicossociais estão subjacentes à persistência da discriminação contra a mulher em dois contextos: laboral e de violência sexual. Para alcançá-lo este trabalho foi organizado em três artigos que adotam como referencial teórico os pressupostos a perspectiva das relações intergrupais (Tajfel, 1982). O primeiro artigo analisou, em dois estudos experimentais, o efeito do sexo do candidato (homem vs. mulher) e do status referente à licença parental (desfruta vs. não desfruta) na discriminação contra a mulher no âmbito laboral; bem como avaliou a atribuição de traços estereotípicos para tais candidatos em termos das dimensões de competência, sociabilidade e moralidade. O sexo do candidato e o status referente à licença parental interagem e juntos influenciam a discriminação (Estudo 1, N = 315). Por sua vez, a mulher que disfrutava da licença por maternidade foi avaliada mais positivamente nas três dimensões estereotípicas quando comparada à mulher que tinha renunciado a licença e pior avaliada na dimensão de competência quando comparada ao homem que desfrutava do mesmo direito (Estudo 2, N = 312). O segundo artigo, verificou a influência da pertença grupal (endogrupo vs. exogrupo) e da adesão aos valores morais e à Crença no Mundo Justo na responsabilização da mulher vítima da violência sexual por ela sofrida. A vítima do endogrupo foi mais responsabilizada (Estudo 1, N = 250); e essa relação foi moderada pelos valores vinculativos (Estudo 2, N = 117) e pela CMJ (Estudo 3, N = 258). Em conjunto, os resultados sugerem que a responsabilização da vítima de violência sexual é maior quando ela pertence ao endogrupo; e que esta relação é predita pela alta adesão aos valores vinculativos e baixa adesão à Crença em um Mundo Justo (CMJ). No terceiro artigo, em andamento, será realizada a análise de conteúdo dos depoimentos das vítimas presentes nos inquéritos policiais relacionados à violência contra a mulher movimentados no período entre 2015 e 2017, com o propósito de investigar variáveis tais como a cor da pele e o status socioeconômico da vítima e do agressor na violência por ela sofrida.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1742381 - ANA RAQUEL ROSAS TORRES
Interno - 1024895 - MARIA DE FATIMA PEREIRA ALBERTO
Externo à Instituição - JOSÉ LUIS ÁLVARO ESTRAMIANA