PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIODIVERSIDADE (PPGBIO)

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS (CCA)

Telefone/Ramal
Não informado

Notícias


Banca de DEFESA: LARISSE BIANCA SOARES PEREIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LARISSE BIANCA SOARES PEREIRA
DATA: 26/02/2016
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de aula PPGBio
TÍTULO: MORFOANATOMIA FOLIAR DE BAUHINIA L. E SCHNELLA RADDI. (CERCIDEAE – FABACEAE) DE OCORRÊNCIA NA PARAÍBA, E ANÁLISE CITOGENÉTICA DE BAUHINIA CHEILANTHA (BONG) STEUD. E BAUHINIA SUBCLAVATA BENTH.
PALAVRAS-CHAVES: Bauhiniinae, Farmacobotânica, Citotaxonomia, CMA/DAPI, “pata-de-vaca”
PÁGINAS: 81
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Botânica
RESUMO: Bauhinia e Schnella, são gêneros representantes da tribo Bauhiniinae no Brasil, onde possuem maior diversidade. O gênero Bauhinia é pantropical, com cerca de 160 espécies, das quais 57 ocorrem no Brasil, sendo 35 endêmicas. Schnella é um grupo neotropical com 47 espécies, sendo 33 encontradas no Brasil, com 17 endêmicas. As espécies desses gêneros são popularmente usadas como medicinais, principalmente contra o diabetes e conhecidas como “pata-de-vaca”, devido ao formato de suas folhas bifolioladas. Além disso, Schnella também é utilizada contra diarreias e sífilis em outros países sul americanos. Este trabalho teve como objetivo um estudo da morfoanatomia foliar das quatro espécies de Bauhiniinae de ocorrência na Paraíba: Bauhinia cheilantha (Bong.) Steud., B. pentandra (Bong.) Vogel ex Steud., B. subclavata Benth, e Schnella outimouta (Aublet) Wunderlin, complementado por um estudo citogenético de B. cheilantha e B. subclavata, como subsídio à taxonomia do grupo. Estudos anatômicos foliares foram realizados em amostras frescas e fixadas, e também em amostras secas, após hidratação, seguindo as técnicas usuais para anatomia, analisadas e ilustradas ao microscópio óptico. Os estudos citogenéticos foram realizados em raízes de um indivíduo de cada espécie, pela técnica de bandeamento, com os fluorocromos 4',6-Diamidino-2-Phenylindole (DAPI) e Chromomycin (CMA), que formam as bandas DAPI–/CMA+ ou DAPI+/CMA-. Observou-se que as espécies estudadas compartilham os seguintes caracteres: folhas bifoliadas, mesofilo dorsiventral, hipofilo papiloso, estômatos anomocíticos ao nível da epiderme, pulvino distal, e tricomas tectores. Observou-se que Schnella outimouta distingue-se das espécies de Bauhinia por ser hipoestomática, com epiderme adaxial glabra, nervura principal com dois feixes colaterais, e o pecíolo circular. As espécies de Bauhinia são anfiestomáticas, com epiderme pilosa em uma ou nas duas faces, com glândulas naviculares, nervura principal com único feixe, e pecíolo com projeções laterais. Nas análises citogenéticas B. cheilantha e B. subclavata, apresentaram cariótipos simétricos, com 2n = 28, sem apresentar bandas DAPI+, portanto, desprovidas de regiões heterocromáticas ricas em AT. Por outro lado, bandas subterminais ricas em GC foram observadas nos braços cromossômicos curtos nos cariótipos das duas espécies. Entretanto, B. subclavata diferenciou-se por possuir seis bandas terminais CMA+/DAPI–, enquanto B. cheilantha apresentou apenas quatro bandas. O uso da coloração com os fluorocromos base específicos CMA e DAPI, permitiu uma clara diferenciação cromossômica entre as duas espécies, apesar de serem de difícil delimitação taxonômica em estágio vegetativo. Os resultados obtidos forneceram parâmetros citogenéticos e anatômicos, até então inexistentes, que são distintivos para as espécies de Bauhinia, especialmente com relação à anatomia da epiderme e seus anexos, vascularização da nervura, formato dos bordos e pecíolos, que foram diagnósticos para os gêneros Bauhinia e Schnella, corroborando com o atual tratamento de Bauhiniinae, que segregam as espécies de Bauhinia e Schnella.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1755911 - MANOEL BANDEIRA DE ALBUQUERQUE
Presidente - 331030 - MARIA DE FATIMA AGRA
Externo ao Programa - 2061852 - RUBENS TEIXEIRA DE QUEIROZ