PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS (PPGCC)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: JOÃO ANTONIO DA COSTA NETO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOÃO ANTONIO DA COSTA NETO
DATA: 23/02/2021
HORA: 10:00
LOCAL: Plataforma digital - videoconferência
TÍTULO: A ANTINOMIA NA DECISÃO DO ELEITOR SOB A INFLUÊNCIA DO EMPREENDEDORISMO E DAS FALHAS INFORMACIONAIS NA TOLERÂNCIA À CORRUPÇÃO POLÍTICA: VALORES OU BENEFÍCIOS?
PALAVRAS-CHAVES: Corrupção política. Tolerância do eleitor. Empreendedorismo do gestor. Falhas informacionais.
PÁGINAS: 115
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Administração
SUBÁREA: Ciências Contábeis
RESUMO: A presente pesquisa teve por objetivo analisar como o empreendedorismo do gestor e as falhas informacionais influenciam a tolerância do eleitor brasileiro à corrupção política. Para tanto, foram utilizadas perspectivas da Teoria da Escolha Racional e da Escolha Pública para compreensão das motivações utilitaristas dos agentes públicos que podem explicar a ocorrência de corrupção política, mas, a perpetuação da corrupção não ocorre sem a tolerância do eleitor. Para explicar o comportamento eleitoral, foram utilizados condicionantes de viés econômico, psicológico, afetivo e cognitivo, que se inter- relacionam com o julgamento ético. A pesquisa propôs um modelo conceitual que permitiu relacionar a tolerância à corrupção política (TCP), com os fatores Empreendedorismo do Gestor (EG) e Falhas Informacionais (FI). No intuito de alcançar o objetivo, foi conduzido um experimento que resultou em uma amostra de 441 participantes, eleitores aptos a votar, distribuídos em três grupos, sendo um de controle (G1) e dois de tratamento (G2 e G3), nos quais foram manipulados, por meio de presença, presença parcial ou ausência, os fatores EG e FI, e a corrupção política. Os dados foram coletados a partir de respostas em escala Likert, nos cenários e no questionário, distribuídos de forma aleatória. Os participantes foram apresentados a um dos três cenários (vídeos), sobre perfis políticos simulados (Cenário 1: Político “Nem rouba, nem faz” / Cenário 2: Político “Rouba pouco, faz pouco” / Cenário 3: Político “Rouba, mas faz”), e foram questionados sobre a decisão de reelege-lo. A escolha dos cenários funcionou como selecionador para formação dos grupos, que também responderam 15 assertivas estruturadas. Foram realizadas estatísticas descritivas e comparações entre os grupos utilizando-se testes não paramétricos, Mann-Whitney e Kruskal-Wallis, e de tamanho de efeito, d de Cohen. Os resultados nos cenários indicam que eleitores rejeitam a ideia da política do “rouba, mas faz”, entretanto, os principais resultados nas assertivas demonstraram paradoxos dos eleitores do G1, que concordaram em parte, serem bem informados sobre o histórico do candidato e as informações contábeis da gestão, mas decidem seu voto pelas obras entregues e programas sociais realizados. Quanto aos eleitores do G2, concordaram em parte que suspeitas de corrupção sobre o político que simpatizam podem ser consideradas como fake news. Já os eleitores do G3, demonstraram ser os mais sofisticados. Por fim, nas comparações entre os grupos, G1 e G3 evidenciaram que o eleitor apresentado ao político que “nem rouba, nem faz”, tendeu a tolerar mais a corrupção política do que o eleitor apresentado ao político que “rouba, mas faz”. As principais variáveis estatisticamente significantes e com tamanhos de efeito moderados foram a provisão de bens públicos, do fator EG, e eleitor menos sofisticado, do fator FI. Deste modo, consideradas as limitações inerentes a medição da variável corrupção, não foram rejeitadas as hipóteses de pesquisa, apresentando resultados que contribuem com evidências empíricas de tolerância dos eleitores à corrupção política, sendo destacada a antinomia na decisão do eleitor, que a depender dos fatores (EG e FI) e de condicionantes comportamentais, pode demonstrar mais apreço pelos benefícios obtidos do que pelos valores éticos.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1767531 - ADRIANA FERNANDES DE VASCONCELOS
Interno - 1859411 - DIMAS BARRETO DE QUEIROZ
Presidente - 2204250 - ROSSANA GUERRA DE SOUSA