PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA (PPGF)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Dissertações/Teses


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2023
Descrição
  • RAFAELA MENDONÇA DE ALMEIDA VASCONCELOS
  • O PROBLEMA DA MORAL CRISTÃ DENTRO DA GENEALOGIA DA MORAL, SEGUNDOA CRÍTICA NITZSCHEANA
  • Data: 06/11/2023
  • Hora: 09:00
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  • O presente trabalho tem por finalidade estudar a crítica genealógica que Nietzsche faz em relação à influência que a moral cristã exerce sobre o homem que a segue, assim como destacar a ideia de valores, bom e ruim e bom e mau, revela-se que dessa forma se realiza a transmutação dos valores morais. Com isso, destaca-se a forma como ela, a moral cristã, o condiciona a oprimir suas vontades e desejos, desencadeando a má consciência e, por sua vez, levando-o ao ressentimento. Essa dissertação observa e analisa como os textos de Nietzsche nos ajudou a fazer nosso estudo, tendo como obra principal Genealogia da Moral, de Nietzsche (2009), bem como outras obras do filósofo: Além do bem e do mal (2005), A vontade de poder (2011), o Anticristo (2020), Assim falou Zaratrusta (2018), dentre outros comentadores e obras em torno do tema que nos dispomos estudar. Neste aspecto, nosso trabalho elucida a questão do valor dos valores morais no âmbito da revolução judaico- cristã na cultura ocidental, a ideia de bom e ruim/mau, bem como os conceitos de má consciência, culpa (Schuld) e os ideais ascéticos, todos relacionados à moral do ressentimento. Por fim, chegamos à conclusão de que a transmutação dos valores morais acaba por beneficiar o domínio da moral judaico-cristã, intervindo na visão que se tem de si e do outro concebendo alguém como bom ou mau e que com isso, o homem tenta se sobrepor aos demais para se tornar superior.
  • INGRID FALCÃO PERES
  • A PERSPECTIVA DE NIETZSCHE SOBRE VERDADE, MENTIRA E LINGUAGEM
  • Data: 26/10/2023
  • Hora: 09:00
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  • Este estudo aborda o ponto de vista do filósofo alemão Friedrich Wilhelm Nietzsche concernente à verdade com ênfase no seu ensaio de juventude de 1873, intitulado Sobre Verdade e mentira no sentido extra-moral. Será realizada uma análise do percurso argumentativo do autor destacando a sua compreensão de verdade e mentira, bem como a sua noção de impulso à verdade e verdade como dissimulação do intelecto. Nesse sentido, propõe-se compreender os pressupostos nietzschianos fundamentais para o entendimento de sua crítica à linguagem, visando demonstrar que a verdade se origina a partir da necessidade humana de viver em comunidade. Nesse contexto, o autor se remete à filosofia de Platão como negação da vida, uma vez que essa é a referência que permeia o pensamento filosófico sustentado até então sob a égide do conhecimento verdadeiro. Nietzsche redireciona essas questões para o campo das ações humanas e da coexistência entre os indivíduos. Em decorrência disso, é necessário considerar a maneira com a qual ele confronta seu ponto de vista com o pensamento filosófico tradicional, estritamente conceitual que, de acordo com ele, é contaminado pela filosofia platônica, a qual, de maneira geral, define a realidade suprassensível como verdadeira e imutável e a sensível como o mundo aparente. Por fim, buscar-se-á o entendimento da relação entre linguagem e verdade, a partir do sentido que Nietzsche confere às metáforas e, consequentemente, quais são as implicações desse movimento de formular e instituir verdades na atmosfera social. Sendo assim, é possível constatar que o autor inaugura, por assim dizer, uma nova perspectiva concernente à verdade no cenário da filosofia.
  • JOSÉ PABLO RODRIGUES FRANCISCO DO NASCIMENTO
  • NICOLAU MAQUIAVEL: O ESTUDO DO PRÍNCIPE E A PRESERVAÇÃO DA ORDEM COMO FORMA DE GOVERNO
  • Data: 29/09/2023
  • Hora: 09:30
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  • O presente projeto tem como objetivo destacar as ideias políticas expressas por Nicolau Maquiavel em sua obra "O Príncipe", estabelecendo conexões entre o perfil do governante e a sociedade italiana do século XVI, com o propósito de assegurar a unidade política. A elaboração deste documento será dividida em três partes distintas: uma fundamentação histórica que se relaciona com a Itália na época de Maquiavel; um estudo para ressaltar a importância da defesa do Estado e a relação entre o povo e o soberano; e, por fim, uma conclusão objetiva que apresentará as responsabilidades do governante e sua relação com os desafios que envolvem a construção de uma unidade política. Utilizaremos as ideias propostas por Maquiavel para explicar a manutenção política do Estado Moderno, abordando os desafios ligados à administração pública e buscando soluções para os problemas que afetam as cidades italianas. Ao final, dedicaremos uma seção do estudo ao pensamento político e sua interação com a teoria política moderna, ressaltando a importância da abordagem de Maquiavel sobre soberania e unidade política. Iremos considerar não apenas o aspecto filosófico dessas questões, mas também uma abordagem crítica, conferindo ao texto uma perspectiva positiva que, embora não seja exclusiva de Maquiavel, certamente prevalece na teoria política moderna.
  • NELSON LUÍS DE CARVALHO FERNANDES
  • A BUSCA DE DEUS PELA VONTADE E A VIDA CRISTÃ: ação moral e política no pensamento de Santo Agostinho
  • Orientador : BETTO LEITE DA SILVA
  • Data: 31/08/2023
  • Hora: 09:00
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  • A pesquisa visa abordar a fundamentação da ação humana, no plano moral e político no pensamento de Santo Agostinho. No mesmo demonstra-se que é pela faculdade da vontade que toda e qualquer ação humana é realizada, pois para Santo Agostinho toda a ação é nada mais que uma vontade e, como tal, por ela, pela vontade, também se busca Deus. Buscar Deus pelo movimento da vontade é buscar a beatitude, logo toda a ação moral e política do homem cristão tem como fim a beatitude e com ela o fruir de Deus, o qual será um ato de caridade, pois amar-se-á apenas o próprio amor. Portanto, o fim da moral agostiniana visa que o homem aja de tal forma que fruía apenas da caridade e tudo mais seja usado em função do único objeto de pleno deleite do homem, que é Deus. O tema principal de abordagem do trabalho é ação e por consequência a vontade humana. Por tal, o referido trabalho não é somente elaborado a partir de uma obra de Santo Agostinho, uma vez que o assunto que este trabalho aborda perpassa de certa forma quase toda a obra elaborada por nosso autor, no entanto, ter-se-á como fio norteador as obras De Libero Arbítrio (388-395 d.C.) e De Civitas Dei (413-426 d.C.). O trabalho demonstrará que é devido ao mau uso da faculdade da vontade, a qual é livre e um bem, que o homem é o responsável por seu infortúnio e infelicidade. No entanto, será por essa mesma faculdade que o homem alcançará a sua bem-aventurança. Tal ato exigirá do homem a livre escolha, por sua vontade impulsionada pelo amor, a se submeter e colaborar com a ordem estabelecida por Deus quando da sua criação ex nihilo. Somente pelo ato de sua escolha o homem, não consegue se salvar, precisa e necessita do auxílio de Deus, esse auxílio é o dom da graça. A graça é um dom que Deus concede não para evitar que o ho-mem peque, mas para auxiliar a sua vontade a desejar o bem e a conseguir realizá-lo, ou seja, a graça torna a vontade boa e a faz querer realizar o bem ao invés do mal, isso é a liberdade. A partir de tal, e depois de fundamentado o bem agir moral do homem, podemos abordar e aplicar os mesmos fundamentos à ação social, uma vez que, Santo Agostinho sempre abraça a ação moral à vida social, ou seja, a vida moral está implicada na vida social. Assim, os elementos usados para definir e expor a ação moral, serão os mesmos para definir e expor a ação política, e uma vez que o homem vive sempre numa determinada sociedade, se faz necessário voltar à raiz da vida moral, ao amor e à vontade. Podemos resumir esse voltar no seguinte mandamento, “amar a Deus acima de todas as coisas e amar ao próximo como a nós mesmos”. Significa que toda nossa ação moral ou política, deve ser dirigida para o sumo Bem e não para as coisas que Ele criou, essas devem ser apenas usadas com vista ao sumo Bem, e isso é agir de forma virtuosa, mas quando amamos as coisas que devemos usar, o fazemos devido ao mau uso da nossa vontade, e isso, segundo o pensamento de nosso autor, é pecar. Assim é pela vontade que vamos merecer a bem-aventurança ou o castigo eterno.
  • JARBAS ANTONIO SOARES JUNIOR
  • Revolução copernicana galileana: aspectos históricos e epistemológicos
  • Data: 30/08/2023
  • Hora: 09:30
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  • A revolução copernicana galileana empreendeu uma nova astronomia, na qual Copérnico proporcionou uma mudança significativa na forma como apreendemos o mundo. Antes, a razão, a exemplo do Sol, orbitava o mundo das aparências e procurava com isso ilumina-lo, conferindo-lhe um sentido racional. Com o copernicanismo, a razão foi mantida imóvel e o mundo das aparências passou a orbita-la. Essa dissertação tem a pretensão de mostrar que essa inversão representou uma maior atuação do sujeito do conhecimento, que agora passou a não mais aceitar passivamente a realidade do que via reinterpretando ativamente os dados da experiência sensível, e isso à luz de uma racionalidade matemática. Isso levou a uma transformação da experiência científica, que deixou de ser pautada por uma fenomenologia ingênua da realidade e passou a ser condicionada ativamente por dois princípios, um epistemológico que atua no sujeito no ato da observação, e outro mecânico, que confere uma racionalidade física à experiência sensível. Ambos os princípios dependem de uma nova concepção de movimento, a qual leva em consideração o estado e a posição do observador e da coisa observada. Para tano, analisaremos a partir de uma perspectiva epistemológica as duas principais obras que proporcionaram a revolução científica moderna: De Revolutionibus de Nicolau Copérnico e o Diálogo sobre dois Máximos Sistemas do mundo Copernicano e Ptolomaico de Galileu Galilei.
  • ANDRÉ LUIZ FRANÇA DOURADO
  • REALISMO POLÍTICO E CONFLITOS: REFLEXÕES MAQUIAVELIANAS
  • Orientador : SERGIO LUIS PERSCH
  • Data: 31/07/2023
  • Hora: 09:00
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  • A presente dissertação tem como objetivo examinar o conceito de realismo político, formulado por Maquiavel, que destoava da tradição filosófica da antiguidade, do medievo e de alguns contemporâneos do autor, os quais eram vistos como idealistas e contemplativos. Pela sua análise de Roma e de Florença, traçou a política não como devia ser e sim, como é feita. Por isso, tanto o governante como os cidadãos devem agir de maneira ativa. A proposta é fazer aproximação entre os eventos e os conceitos que marcaram o final da época medieval, como no caso do humanismo cívico que propunha a ação política de forma ativa, e a essa abordagem foi dado o nome de realismo político. Por meio das obras O Príncipe e Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio, pretendemos demonstrar como Maquiavel herdou e aprimorou essa perspectiva na sua obra, marcando assim uma ruptura total com o que era feito anteriormente e fundando sobre sua obra os alicerces da política moderna; tendo como objetivo secundário, ao passar pela obra do florentino, descrever os conceitos de virtú, fortuna, liberdade, manutenção do poder, etc. Ao final teremos evidências que corroborarão com o anseio de que o exercício político corresponda às exigências do tempo vivido e simultaneamente promova a liberdade como vista na obra maquiaveliana.
  • CAUIM FERREIRA DAS NEVES SANTOS
  • A VIRADA RETÓRICA IMPLÍCITA DE RICHARD RORTY
  • Data: 28/07/2023
  • Hora: 14:00
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  • Esta dissertação pretende atestar a afinidade implícita do neopragmatismo de Richard Rorty com a retórica. As principais metas desse trabalho são: contextualizar e definir a retórica, ressaltando a equivocada separação entre retórica e filosofia, precedida pela assimilação anacrônica entre o ensino do logos pelos Sofistas e a rhētorikē criada por Platão, correlata à desvalorização dos Sofistas frente ao desenvolvimento da filosofia; constatar a relação entre a filosofia analítica pós-positivista, e a influência das viradas linguística e linguístico-pragmática sobre o ressurgimento da retórica na filosofia no século XX, e que a radicalização deste movimento na filosofia analítica pelo neopragmatismo de Rorty é sucedida por uma virada retórica implícita.
  • RICARDO DECIO DA SILVA SANTOS
  • DASEINSANÁLISE COMO MÉTODO HERMENÊUTICO-FENOMENOLÓGICO: POR UMA METAPSICOLOGIA DO EXISTIR
  • Data: 28/07/2023
  • Hora: 09:00
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  • Esta dissertação visa desenvolver e pensar a Daseinsanálise como metapsicologia do existir, na compreensão e interpretação das crises e transtornos existenciais. Consiste em um olhar filosófico existencial sobre o sofrimento psíquico e sua terapia com base nos métodos fenomenológico e hermenêutico a partir dos existenciais-ontológicos presentes na analítica do ser-aí [dasein], apresentados por Heidegger em “Ser e Tempo” em sua ontologia fundamental. Para isso, tentou-se reconstruir os fundamentos filosóficos desses métodos, ao mesmo tempo, em que situa a crítica sobre as questões metafísicas da ontologia tradicional e moderna (ciências naturais e concepção subjetiva) sobre o ser do homem, a partir dos princípios da [epoché], intencionalidade, compreensão, interpretação, tonalidade-afetiva, angústia. Com isso, pretende-se acompanhar como foi a recepção e o impacto causado pela analítica existencial do [Dasein] nas ciências psicológicas nos “Seminários de Zollikon”, realizados por Heidegger na Suíça, apresentando uma lida destrutiva do horizonte sedimentado das acepções (natureza, espaço, tempo, corpo), com vistas a liberar o campo fenomenológico para compreender o ser-aí como abertura de relação-com o mundo. Por último, busca-se acompanhar os trabalhos dos pioneiros da Daseinsanálise psiquiátrica, Ludwig Binswanger e Medard Boss, acerca do sofrimento, crises e transtornos através do fenômeno do sonho, sem se remeter a uma instância “psíquica” ou “cerebral”, mas enfatizando a ligação desses fenômenos com a existência como um todo, interpretando as crises de sentido pela confrontação com o ser, as quais geram restrição e privação da liberdade, como modos de abertura de mundo, afinados emocionalmente, experimentando a presença do não-ser, do nada, como na angústia que, no limite, gera uma ruptura, crise e decisão existencial do instante. Ao mesmo tempo em que apresenta o modo como a arte de curar pode-se mostrar no cuidado [sorge] presente na relação-com o outro em um espaço ôntico clínico, visando alcançar a possibilidade de pensar a Daseinsanálise na contemporaneidade.
  • JOSÉ FERREIRA JÚNIOR
  • A moral na obra "O Príncipe" de Nicolau Maquiavel
  • Data: 27/07/2023
  • Hora: 09:00
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  • Na filosofia política de Maquiavel, a moral é vista como flexível e adaptável às necessidades do Estado, em vez de uma série de regras rígidas e universais. O príncipe deve ser capaz de agir de acordo com as circunstâncias e as necessidades do momento, mesmo que isso signifique agir de maneira imoral. A finalidade suprema da política é o bem-estar do Estado, e o príncipe deve ser capaz de proteger esse bem-estar, mesmo que isso signifique sacrificar sua moralidade. Ele argumenta que as virtudes tradicionais, como a honestidade, a justiça e a clemência, podem ser contraproducentes na prática política, e que o príncipe deve estar disposto a sacrificá-las em nome do bem-estar do Estado. A pesquisa tem como objetivo analisar a moral, tendo como ponto de partida a obra O Príncipe dividido em blocos de capítulos de acordo com o tema por eles tratado: como adquirir um estado?; assegurar a sociedade; armar o povo; conselhos que devem ser observados pelo governante para manter o poder; disposição para escolha dos ministros; fortuna, acaso, Deus ou livre arbítrio?. Ao apresentar o pensamento do cidadão florentino, foram realizadas reflexões importantes, identificando nas duas primeiras partes a moral empregada pelo pensador, bem como as atitudes que o príncipe/governante deve desenvolver para adquirir (primeira parte) e assegurar (segunda parte) o estado/principado. Na terceira parte é debatido o realismo maquiaveliano, enfatizando que a moral empregada pelo pensador é uma ação prática para assegurar a governabilidade. E na última parte será debatida a questão da fortuna na filosofia maquiaveliana, exposta pelo pensador nos três últimos capítulos do livro, nos quais ele argumenta que o governante deve se preparar para aproveitar a oportunidade que lhe é apresentada. Nas considerações finais são debatidos os principais pontos analisados na temática da obra em questão.
  • ROBERTO CARLOS DE ANDRADE JÚNIOR
  • O conceito de Vontade de Poder como Vida e Princípio do Valor no pensamento de Friedrich Nietzsche
  • Data: 25/07/2023
  • Hora: 10:00
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  • A presente dissertação tem como objetivo fundamentar e apresentar uma análise hermenêutica do conceito de Vontade de Poder no pensamento de Friedrich Nietzsche. Para isso, partimos inicialmente dos aparecimentos desse conceito nas obras Assim falou Zaratustra e Além do Bem e do Mal. A partir de Assim falou Zaratustra, bem como da consulta e referência a obras de intérpretes do pensamento de Nietzsche, buscamos fundamentar e apresentar a compreensão nietzschiana de Vontade de Poder, ou vida, como o jogo de mando e obediência da vontade. Da mesma forma, a partir de Além do Bem e do Mal, bem como da consulta e referência a obras de intérpretes do pensamento de Nietzsche, buscamos fundamentar e apresentar a compreensão nietzschiana de Vontade de Poder como o afeto do comando da vontade. Após isso, tomaremos como referência os aparecimentos desse conceito nos fragmentos póstumos do filósofo reunidos na obra A vontade de poder. A partir desses fragmentos póstumos reunidos nessa obra buscaremos fundamentar e apresentar a compreensão nietzschiana de Vontade de Poder como princípio do valor.
  • AURÉLIO AUGUSTO COSTA CARVALHO
  • O tédio como disposição de humor fundamental de nosso ser-aí atual na fenomenologia de Martin Heidegger
  • Data: 18/07/2023
  • Hora: 15:00
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  • Esta dissertação de mestrado propõe expor a investigação fenomenológica acerca do tédio desenvolvida por Martin Heidegger no curso de inverno de 1929/1930 intitulado Os conceitos fundamentais da metafísica. Mundo — Finitude — Solidão. Será desenvolvida, ademais, uma breve introdução ao modo de investigação fenomenológica, bem como a caracterização do tédio como uma disposição de humor, estrutura existencial do ser-aí tematizada em “Ser e Tempo” (1927). Os passos dessa investigação envolvem a tematização de situações específicas nas quais o tédio se manifesta; o modo como o entediante “causa” o tédio; o passatempo como a resposta imediata em contraposição ao tédio; os momentos estruturais da serenidade vazia e da retenção como característicos no tédio; as respectivas transformações desses momentos estruturais em três formas de tédio; o caráter temporal do tédio em cada uma dessas formas; e, por fim, o tédio enquanto tonalidade afetiva fundamental de nosso ser-aí atual.
  • RENATA CABRAL COUTINHO DE OLIVEIRA
  • Como arte para desvendar-se: vieses antropológicos da experiência estética em Edith Stein
  • Data: 10/07/2023
  • Hora: 14:00
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  • Trata-se de uma investigação sobre áreas de conexão entre a experiência estética e tendências antropológicas presentes na filosofia de Edith Stein, relacionadas à autoformação do ser humano mediante a ativação de sua dimensão espiritual, assim como pelo desdobramento e desenvolvimento do núcleo para a descoberta da autenticidade, e apreensão de valores dentro da experiência envolvendo a arte. Como campo de pesquisa, das obras de Edith Stein analisou-se as mais evidentes em todas as suas fases: fenomenológica, antropológica, cristã e trechos de seus escritos autobiográficos compatíveis com vivências estéticas. Também como fonte de pesquisa, explorou-se estudos temáticos publicados por especialistas na filosofia steiniana e recortes conectados ao tema de outros renomados estudiosos de áreas afins. Do resultado, pode-se encontrar uma análise dos principais conceitos trazidos pela filósofa alemã, desde a abertura, passando pelas profundidades da alma, assim como pelos constitutivos do ser humano, como os sentimentos e a empatia, com foco na relação estética, peculiarmente quanto aos valores, tomada de posição e atualização de potencialidades. Abordou-se, também, o estudo da filósofa sobre a verdade da arte, assim como os elementos da experiência artística compatíveis com uma formação humana, como a relação entre hábito e caráter. Por último, foi apresentada uma possível tendência de retorno ao ser eterno por parte do homem cultural.
  • JHEOVANNE GAMALIEL SILVA DE ABREU
  • EDUCAÇÃO E MORALIDADE NA METAFÍSICA DE ARTHUR SCHOPENHAUER
  • Data: 06/07/2023
  • Hora: 14:00
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  • AArthur Schopenhauer (1788 – 1860) foi um filósofo que desenvolveu um pensamento que tomava como base a metafísica da Vontade. Esta mesma Vontade também é o fundamento de todas as temáticas tratadas por ele, inclusive chave de leitura para a compreensão de seu entendimento sobre a educação e a moralidade. A educação deve desenvolver o indivíduo de maneira integral, baseando-se principalmente durante a infância da intuição e da experiência direta com o mundo e para só na juventude produzir conceituação por meio da abstração. A educação tem a principal finalidade o desenvolvimento intelectual e não moral no indivíduo. Schopenhauer não acredita que a educação poderia transformar a sociedade e as ações dos indivíduos, pois ele não aceita uma possível alteração do caráter humano. Para ele, o caráter é hereditário por parte do pai e inalterável ao longo de toda a vida e as ações. O objetivo deste trabalho é o de compreender o pensamento de Arthur Schopenhauer sobre a educação e sua possível ou não relação para com a moralidade em meio a uma consideração de metafísica da Vontade como centro imprescindível para a filosofia. Desta feita, os objetivos específicos são o de entender o seu organismo filosófico que considera a Vontade como coisa-em-si, de explicar como Schopenhauer entende a educação e de analisar o conceito de moralidade e se ela pode ou não ser ensinada e alterada por meio da educação. Para Schopenhauer, desenvolver o autoconhecimento é imprescindível para contornar o seu mau caráter e evitar que ele se torne empírico. Portanto, diante de quase um engessamento moral por parte de Schopenhauer ao considera-la descritiva, ter como fundamento a compaixão e de não ser ensinada, mas sentida, a “ética da melhoria” proporciona ao indivíduo uma possibilidade de um autoconhecimento que endireita a “cabeça” e não o “coração”, isto é, por meio de uma educação que produza o arrependimento e o desejo sincero de não mais repetir os mesmos erros, por mais que não possa alterar sua inclinação natural. Desta forma, para Schopenhauer a educação não deve visar uma alteração moral, o que é impossível em seu arcabouço filosófico, mas de ter o papel de produzir um autoconhecimento em que o aluno seja protagonista neste processo para que por fim, ele mesmo possa contornar o que é indesejável.
2022
Descrição
  • EDUARDO ASSIS FERREIRA JUNIOR
  • Naturalismo Epistemológico e a abordagem Responsabilista das Virtudes
  • Data: 22/12/2022
  • Hora: 14:00
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  • A epistemologia das virtudes é o ramo da epistemologia que coloca a noção de virtude intelectual como teoricamente central na abordagem de questões epistemológicas fundamentais, estando dividida em confiabilismo e responsabilismo, duas formas diferentes de entendimento da noção de virtudes intelectuais. Em dessemelhança com o que ocorreu com o confiabilismo, a abordagem responsabilista parece ter sido desenvolvida com poucas preocupações naturalistas e, devido às semelhanças estruturais entre virtudes morais e virtudes intelectuais, bem como ao comprometimento de sua normatividade com algumas espécies de disposições desejáveis que constituem as virtudes intelectuais, assumindo o mesmo tipo de psicologia da ética das virtudes, a abordagem responsabilista está suscetível ao desafio do situacionismo. O presente trabalho buscou analisar se a abordagem responsabilista da epistemologia das virtudes proposta por Zagzebski é compatível com a ideia de uma epistemologia naturalizada, à luz do naturalismo epistemológico moderado e partiu da hipótese de que essa é naturalizável. Para tanto, propõe-se a distinguir os projetos naturalistas constantes no manual do naturalismo de Alvin Goldman, a fim de analisar o responsabilismo à luz do naturalismo epistemológico moderado e verificar se, nessa perspectiva, os contra-argumentos dos responsabilistas da virtude respondem satisfatoriamente ao desafio situacionista. Metodologicamente, o presente trabalho foi dividido em dois tipos de pesquisa: no primeiro momento, o método explicativo, trazendo uma revisão bibliográfica que visa caracterizar e definir cada abordagem e projeto; no segundo momento, o método qualitativo, voltado para as interpretações de natureza subjetiva. A presente pesquisa leva a afirmar que a abordagem responsabilista zagzebskiana não satisfaz todos os critérios do naturalismo epistemológico moderado e, portanto, não é naturalizável.
  • CYNTHIA LAYS FEITOSA DE BRITO
  • A DIGNIDADE HUMANA NO PENSAMENTO DE JEREMY WALDRON
  • Data: 19/12/2022
  • Hora: 14:00
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  • Este trabalho tem o escopo de apresentar a obra de Jeremy Waldron acerca da dignidade humana. Cuidar-se-á de expor a proposta conceitual de dignidade do autor, entendida como um status jurídico que remete às noções antigas e históricas de posição (rank) e função (role), que teriam se unido à moderna concepção de dignidade, tornando-se juntas um conceito líder e contribuindo enormemente para uma teoria igualitária de direitos. Em seguida, tratar-se-á da acurada análise waldroniana acerca da ideia de que a dignidade é o fundamento dos direitos humanos, demonstrando que o autor esquadrinha os obstáculos enfrentados pela tese, investiga o que a proposição, efetivamente, significa e tenta, em última instância, esclarecer o papel da dignidade na teoria dos direitos humanos. Finalmente, buscar-se-á elucidar quais são os elementos de valor distintivo da dignidade, por meio da revisão de decisões de tribunais superiores e cortes constitucionais, realizada por Waldron (2018), nas quais o termo acrescentou um valor próprio aos argumentos jurídicos em que figurou, concluindo que o autor desloca o centro de grande parte da discussão sobre o conceito que simplesmente o iguala à ideia de autonomia.
  • JONAS AUGUSTO FELIX DOS SANTOS
  • O cuidado na ontologia fenomenológica-existencial de Martin Heidegger como fundamento ontológico da relação psicoterapêutica na Abordagem Centrada na Pessoa (ACP)
  • Data: 16/12/2022
  • Hora: 15:00
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  • O presente projeto tem como tema central o conceito ontológico de cuidado (Sorge) que surge a partir das investigações filosóficas em Ser e Tempo (1927) de Martin Heidegger. Tendo em vista o problema: Como o cuidado – enquanto estrutura existencial da pre-sença – constitui, segundo Heidegger, a essência da existência?, objetivamos investigar o tema do cuidado (Sorge) no âmbito da analítica existencial, e especificamente: 1) Reconstruir, à luz do projeto de “Ser e Tempo” de Martin Heidegger, o conceito de cuidado de si na lida com as coisas e no trato com os outros; 2) Abordar a concepção ontológica de cuidado na relação com os outros à luz do parágrafo 26 de “Ser e Tempo” e 3) Desenvolver o conceito de relação psicoterapêutica à luz do conceito de cuidado em Heidegger tendo em conta a relação terapêutica tal como esta é pensada e desenvolvida na Abordagem Centrada na Pessoa (ACP). O trabalho foi dividido em três capítulos, onde no primeiro será apresentado o projeto ontológico fundamental Heideggeriano, assim demonstrando a pre-sença em sua estrutura ontológica constitutiva e como parte de sua constituição o seu modo de ser mais próprio, a cura (cuidado). Já no segundo capítulo, tratar-se-á sobre o modo ontológico-existencial do cuidado próprio da pre-sença, quando este, na cotidianidade, está se relacionando com os outros, que é o modo da preocupação. Já no terceiro iremos discutir sobre o modo de ser da relação psicoterapêutica desde uma perspectiva da psicologia fenomenológica e pensar como ela pode ser compreendida ontologicamente à luz da antecipação liberadora como modo de ser do cuidado (Sorge) enquanto preocupação (Fürsorge), de modo a fundamentar a relação psicoterapêutica da ACP.
  • MARIA JOSÉ DA SILVA ALVES
  • MODERNIDADE E TÉCNICA: A QUESTÃO DA TÉCNICA E DA CIÊNCIA NO PENSAMENTO DE MARTIN HEIDEGGER
  • Data: 16/12/2022
  • Hora: 15:00
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  • A presente pesquisa pretende fazer uma análise do conceito de técnica no pensamento de Martin Heidegger. Assim, visa-se confrontar a definição que Heidegger deu à essência da técnica moderna com a metafísica da “imagem de mundo” que atribuiu à modernidade. Destacando o caráter inovador com que Heidegger abordou o assunto, afastando-se dos debates correntes que se limitavam a questionar a neutralidade e os aspectos culturais da técnica, pois no desenvolvimento da ontologia fundamental a crítica à técnica moderna foi pensada desde os aspectos que versa sobre o esquecimento do ser, frente ao ente, o que ocasionou, segundo Heidegger, visões distorcidas de mundo e de homem. No método hermenêutico/fenomenológico desde os conceitos de experiência fática da vida e do fenômeno histórico, Heidegger elucida a peculiaridade dos conceitos filosóficos da linguagem de modo a diferenciar o que há entre filosofia e ciência. Conclui-se que as vias de afirmação da questão da técnica desvinculada de um fundamento ontológico originário caem no modo teorético, e não expressam seu caráter filosófico, mesmo que as conclusões que os contemporâneos cheguem sejam consideradas importantes para a atualidade.
  • BRENDA PEREIRA GOMES
  • BERGSON E A INTUIÇÃO COMO MÉTODO
  • Data: 16/12/2022
  • Hora: 14:00
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  • Em O Pensamento e o Movente, Bergson propõe “erigir a intuição em método filosófico”, na medida em que sua investigação do problema da busca de sistematização na metafísica mostrou que o resultado da aplicação do método de análise na solução de problemas filosóficos resultava num afastamento do real que, de acordo com ele, deve ser entendido como movimento, multiplicidade e duração. Sem dúvida, a intuição sempre foi tema de discussão em diversas áreas do conhecimento, sobretudo na filosofia, na qual essa discussão recebe maior atenção, em especial após a revolução cartesiana no campo da metafísica e da teoria do conhecimento. Mas, em Bergson, a busca de um método que dê conta do real e do mundo da vida, por meio do conhecimento direto e imediato que a intuição torna possível, faz dela um tema central para a investigação filosófica. A partir de uma crítica à aceitação tácita na metafísica dos esquemas da razão em vista da vida prática, bem como de uma crítica a sua concepção da verdade, que abandona o movimento em vista da cristalização do real no eterno e no imóvel e imutável, Bergson busca na intuição o método que pode resgatar para o real sua dimensão de duração e de movimento, na medida em que ela torna possível uma percepção imediata do real, sem a mediação dos conceitos que é própria da análise. Em vista disso, examinaremos, no primeiro capítulo, o problema da intuição como o método próprio da filosofia, no segundo, trataremos do problema da linguagem na filosofia, na medida em que, tendo confundido rigor com precisão, ela adotou a linguagem fixa e espacializada do senso comum, adequada mais à sobrevivência que à reflexão e, finalmente, no terceiro capítulo, abordaremos a teoria bergsoniana da duração, na medida em que ela é fundamental para a concepção metafísica do real. Nesse exame, vamos abordar, sobretudo, seus escritos: Introdução à Metafísica (1903), as duas introduções de O Pensamento e o Movente (1922) e a conferência intitulada A Intuição Filosófica (1911), obras em que esses conceitos aparecem pela primeira vez, ou de uma forma mais decisiva. Também vamos recorrer ao apoio de comentadores como Gilles Deleuze, Bento Prado Júnior e Franklin Leopoldo e Silva, que tomam a intuição como central para a discussão do adequado método filosófico. Com isso, vamos buscar, no decorrer deste trabalho, mostrar que, de acordo com Bergson, é por meio da intuição que podemos apreender o movimento da duração próprio ao real e que, dessa forma, ela pode fornecer o método por excelência para constituição da verdadeira metafísica.
  • JEAN CARLOS CAVALCANTE NOVO
  • Tragédia como criação, colheita, e festa em “Assim falou Zaratustra”
  • Data: 16/12/2022
  • Hora: 09:00
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  • Nossa pesquisa consiste em uma análise da filosofia trágica de Nietzsche a partir das noções de criação, colheita e festa, que aparecem no Prólogo de Assim Falou Zaratustra. Situamos a filosofia de Nietzsche numa relação íntima com a arte e a crítica à metafísica que nos aproxima de filósofos da tradição hermenêutica do século XX. Argumentamos que colheita e festa são aspectos do complexo fenômeno de criação artística, que se caracteriza como experiência originária do tempo e da linguagem. Com esse objetivo nossa leitura interpretativa se detém em discursos de cada uma das quatro partes do livro, com ênfase nos discursos “Do ler e escrever”, “Da visão e do enigma”, “Do grande anseio e Ao meio-dia”. Desenvolvemos uma análise do Prólogo de Zaratustra com o intuito de contextualizar as noções de criação, colheita e festa procurando relacioná-los a outros discursos e conceitos importantes da obra de Nietzsche como vontade poder, eterno retorno, niilismo e transvaloração dos valores. Com isso pretendemos justificar nossa afirmação de que Assim falou Zaratustra pode ser considerado o ápice da filosofia de Nietzsche como uma filosofia trágica. Aproximando o pensamento de Nietzsche da reflexão de filósofos da tradição hermenêutica que compartilham de um simultâneo interesse pela arte e pela crítica à metafísica como Gadamer e Heidegger. Orientados pelos discursos de Zaratustra, o trabalho desses dois filósofos do século XX auxiliará na compreensão das implicações e desdobramentos da problemática do tempo e da linguagem na perspectiva da criação artística.
  • VINÍCIUS AUGUSTO LIMA CUNHA
  • UTOPIA CONCRETA E RELIGIÃO: UMA ANÁLISE A PARTIR DA OBRA O PRINCÍPIO ESPERANÇA
  • Orientador : BETTO LEITE DA SILVA
  • Data: 16/12/2022
  • Hora: 09:00
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  • O presente trabalho busca apresentar e aprofundar as questões éticas presentes na filosofia do pesador alemão, Ernst Bloch (1885-1977), sobretudo em sua obra O Princípio Esperança. Bloch compõe uma filosofia singular ao eleger como centro temático a “esperança e de seus conteúdos ligados à dignidade humana”, presente em todo o transcurso histórico (passado, presente e futuro), da mesma forma que nas principais atividades humanas (arte, filosofia, ciência e religião). O ponto de partida teórico deste trabalho está no conceito blochiano de utopia concreta, como imperativo do agir do homem no processo revolucionário, produto de uma profunda crítica social do presente e que é capaz de projetar-se sobre um futuro autêntico. Isso seria possível graças ao diálogo de uma ontologia do ainda-não-ser e a consciência antecipadora (blochianas) com o materialismo histórico-dialético (marxista). O segundo momento deste trabalho, tem por intuito, ocupar-se da relação entre utopia concreta e religião na filosofia do nosso autor. Mostrando assim, como a proposta ético-política socialista deveria apropriar-se da utopia religiosa, entendida como essa esperança de essência humana, detentora de uma grande herança cultural e plena de função utópica.
  • ANDERSON BARBOSA PAZ
  • Ordem Política em Herman Dooyeweerd
  • Data: 07/11/2022
  • Hora: 14:00
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  • Herman Dooyeweerd (1894-1977) foi um filósofo neerlandês que, em diálogo com a filosofia alemã e o pensamento neocalvinista, desenvolveu uma reflexão original sobre as leis e a ordem do cosmos. A filosofia de Dooyeweerd é conhecida como “Filosofia da Ideia de Lei” ou “Filosofia da Ideia Cosmonômica”. A partir de sua teoria modal – que identifica quinze aspectos ônticos em que coisas concretas, eventos, relações e esferas sociais funcionam ou existem – Dooyeweerd desenvolveu uma filosofia político-social crítica às teorias sociais individualistas e universalistas. O problema da presente pesquisa é: que objeto teórico caracteriza a filosofia político-social de Herman Dooyeweerd? A hipótese de investigação é que a preocupação político-social dooyeweerdiana diz respeito ao “problema da ordem”, i.e., a identificação teórica da ordem político-social nos limites das normas transcendentais divinas. O objetivo é analisar a concepção de Herman Dooyeweerd sobre a ordem político-social. Argumenta-se que a filosofia política de Dooyeweerd nem é nem se preocupa em ser comunitarista. O interesse de Herman Dooyeweerd é apreender teoricamente, a partir da análise da estrutura dos modos de experiência, quais são os princípios, as estruturas, as funções e a natureza das coisas, dos eventos e das relações e esferas sociais. Dooyeweerd busca compreender a estrutura típica de cada relação social, a fim de compreender os princípios de uma ordenação política plural e harmoniosa. Conclui-se que a preocupação da filosofia político-social de Herman Dooyeweerd é a compreensão da ordem dentro dos parâmetros cosmonômicos da criação divina.
  • FRANK HENRIQUE VIEIRA CAMPOS
  • O fisicalismo redutivo de Jaegwon Kim e o problema dos qualia
  • Orientador : CANDIDA JACI DE SOUSA MELO
  • Data: 25/10/2022
  • Hora: 15:00
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  • Tomado em sentido amplo, o termo fisicalismo (às vezes materialismo) é uma tese ontológica que afirma que tudo o que há é composto de partes ou agregados de objetos fisicamente constituídos. Na filosofia da mente, uma postura fisicalista costuma se manifestar quando afirmamos que a mente é o mesmo que o cérebro ou um estado no sistema nervoso central - SNC - ou ainda o resultado de seu funcionamento. Jaegwon Kim defende que uma visão realista sobre a mente, isto é, que o mental tem eficácia causal no mundo implica ou requer uma visão reducionista da mente, isto é, que propriedades mentais poderiam ser explicáveis em termos físicos, como funções. Kim sugere que uma abordagem funcionalista e redutiva é apropriada para explicar grande parte dos fenômenos mentais, especialmente os que dizem respeito à execução de tarefas ou a capacidades do nosso sistema físico. No entanto, para Kim, o fisicalismo redutivo encontra uma barreira: os aspectos fenomenológicos da experiência consciente, também conhecidos como os qualia. O fisicalismo não-redutivo, de diversas maneiras, defende a inabilidade de uma visão puramente física do mundo no que concerne à mente ou a consciência. Kripke deu o pontapé inicial neste debate ao criticar as teorias de identidade, colocando tambem a consciência imediata no centro do problema mente-corpo. Assim, qualquer abordagem fisicalista deixaria de fora, como inexplicados, o aspecto subjetivo da consciência fenomenal, o modo como é ser um sujeito ou ser submetido à experiência. Ainda, o argumento do conhecimento, o espectro invertido e a visão da experiência como o problema difícil da consciência são exemplos que apontam para a existência de um domínio irredutível de propriedades mentais. A consequência relevante de considerar os qualia como propriedades mentais irredutíveis é o epifenomenalismo para as qualidades mentais: elas não possuem papel causal uma vez que seu substrato físico permanece não explicado. Kim por sua vez tende a concordar que a conceptibilidade dos qualia invertidos é uma objeção decisiva para impor uma limitação ao fisicalismo: o que sobra seria uma fisicalismo próximo o bastante. No que se segue, o objetivo do trabalho é argumentar que uma concepção representacional dos qualia é capaz de inserir a consciência fenomenal novamente no caminho da redução funcional. É o que defende, por exemplo, David Rosenthal, para os quais os qualia possuem um papel relevante na percepção. A ideia é então reestabelecer o fisicalismo redutivo para os qualia afastando então a suposta diferença, defendida também por Kim, entre estados mentais qualitativos (com consciência fenomenológica) e estados mentais intencionais (com conteúdo representacional, mas sem aspecto fenomenológico). Num modelo cognitivista, todos os estados mentais possuem conteúdo representacional que está associado à execução de uma função e estados mentais qualitativos são estados nos quais um indivíduo é capaz de representar algum conteúdo de sua experiência. Além disso, uma teoria de pensamentos de ordem superior para os qualia pode dar suporte para uma teoria da consciência extrínseca e relacional. Se bem sucedido, isso torna possível rejeitar tanto alegações baseadas na consciência fenomenológica contra o reducionismo e o funcionalismo, quanto a concepção epifenomênica dos qualia.
  • DÁCIO JOSÉ DO NASCIMENTO
  • DA NOÇÃO DE LIVRE ARBÍTRIO NO ÂMBITO DO NATURALISMO BIOLÓGICO DE JHON SEARLE
  • Data: 24/10/2022
  • Hora: 15:00
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  • O presente estudo tem como finalidade analisar o problema do livre-arbítrio na Filosofia da Mente (naturalismo biológico) do filósofo estadunidense John Searle. Uma das condições preparatórias para uma reflexão a respeito do problema do livre-arbítrio é a compreensão de um conjunto de noções interligadas, a saber: a noção de consciência, de intencionalidade e de causação mental. O naturalismo biológico defende que os fenômenos mentais são causados por processos neurobiológicos e são eles próprios características do cérebro. A consciência, na visão de Searle, é ontologicamente irredutível aos processos neurobiológicos que ocorrem no nível de base do sistema cerebral, mesmo sendo ela causada e realizada dentro desse mesmo sistema cerebral. Ela é, nesse sentido, uma propriedade mental que emerge de processos neurofisiológicos do cérebro e constitui uma característica do sistema como um todo capaz de produzir estados mentais com a propriedade de se dirigir a objetos, eventos e estados de coisas no mundo, i.e., têm intencionalidade. É indispensável compreender o que Searle conjectura a respeito da causação mental. Para ele, está incorreto quem considera uma ação consciente, intencional e voluntária de um agente como sendo o produto de dois conjuntos independentes de causas necessárias e suficientes, as físicas (dos processos neurobiológicos), de um lado, e as mentais (dos estados mentais), de outro lado. Isso levaria ao problema da superveniência causal. Além disso, se consideramos o princípio do fechamento causal do mundo físico, as causas necessárias e suficientes para qualquer evento no mundo são físicas. Isso leva à impotência do mental, se este for considerado como não físico (o que não é o caso de Searle que rejeita o dualismo). Do ponto de vista causal, portanto, a eficiência causal dos estados mentais, considerados por Searle como físicos, não excede a dos processos neurobiológicos. Há, portanto, uma redução causal. Porém, Searle defende que, do ponto de vista ontológico, os estados mentais (os de consciência, sobretudo) não se reduzem aos processos neurobiológicos que lhes subjaz, devido ao seu caráter subjetivo, de primeira pessoa. Surge então a questão: como os estados mentais podem ter alguma relevância nas nossas ações se eles não têm papel causal? Como poderíamos explicar nossas ações como sendo causadas pela nossa vontade, pela nossa liberdade de agir, se há um tipo de determinismo, o neurobiológico? Searle introduz assim o tema do livre-arbítrio. Para ele, a experiência do livre-arbítrio é evidenciada quando realizamos ações conscientemente, intencionalmente e voluntariamente, pois agimos sempre sob o pressuposto de que somos livres para realizar as ações que decidimos. Searle explica as ações voluntárias em termos de razão. Há, segundo ele, uma lacuna (gap) entre as razões para a tomada de decisão e as ações, por um lado, e a tomada de decisão e a realização efetiva das ações, por outro lado. É considerando essa lacuna que ele aborda e defende a noção da liberdade de agir ou livre-arbítrio. Para ele, um evento, uma ação a de levantar o braço, por exemplo, pode ter diferentes níveis de descrição ou de explicação causal. Palavras-chaves:
  • GILANNI DUARTE COSTA PÁDUA
  • A VIOLÊNCIA TERRORISTA, O DIREITO PENAL DO INIMIGO E SUAS IMPLICAÇÕES SOBRE OS DIREITOS HUMANOS
  • Data: 24/08/2022
  • Hora: 14:00
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  • O presente trabalho investiga, a partir de uma perspectiva filosófica, o fenômeno da violência terrorista, o Direito Penal do Inimigo e suas implicações sobre os direitos humanos, a fim de entender como tais fenômenos podem estar correlacionados. O terrorismo, que se apresenta como uma das formas mais cruéis de violência, traz inúmeras ameaças aos direitos humanos. Trata-se de um fenômeno complexo e desafiador, pois suas formas de manifestação se afiguram avassaladoras. O Direito Penal do Inimigo, por sua vez, elaborado e desenvolvido por Günther Jakobs, parte do pressuposto de que certos transgressores contumazes das normas sociais - os inimigos - devem ser excluídos da sociedade, perdendo o direito de ter direitos, e isso justificaria a aplicação, por parte do Estado, de penas excessivas, a suspensão de garantias legais e a violação dos direitos humanos dos referidos inimigos. Neste trabalho, pretende-se analisar se a resposta dada pelo Estado e por seus agentes aos terroristas, por meio do Direito Penal do Inimigo, é legítima, justa, ou se, ao contrário, é tão somente a expressão de uma outra forma de violência.
  • ANGELA ELISA CABRAL PACHÊCO
  • A eutanásia enquanto problema ético e a questão filosófica da morte
  • Data: 12/08/2022
  • Hora: 14:00
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  • A eutanásia é um termo originário do grego (ευθανασία) que poderia ser traduzido como “morte boa” ou “morte apropriada” (etimologicamente, o eu quer dizer boa, digna, sem sofrimento, e thanathos significa morte). Desde o seu surgimento, a eutanásia tem sido objeto de múltiplos enfoques. Trata-se de um problema complexo, controverso e repleto de dilemas de natureza moral. A eutanásia é, por excelência, um tema que concerne à bioética, haja vista que envolve questões relacionadas à liberdade de escolher a própria morte, a responsabilidade dos agentes, aos efeitos de uma decisão e aos valores, juízos e convicções morais do sujeito. Além disso, trata-se de uma questão que tangencia a ontologia do ser vivo e a dignidade do viver. Mais ainda, ela nos coloca em face do problema da finitude, ou seja, da nossa condição de ser-para-a-morte. Eis por que a eutanásia, antes de ser um problema de ordem médica, é, preliminarmente, um tema de natureza filosófica. A reflexão filosófica sobre a eutanásia e o problema filosófico da morte tem enfoque também quanto à (falta de) qualidade da vida e, mais ainda, ao dever de humanidade para com pacientes em situações de extremo sofrimento e ausente de dignidade em razão da sofreguidão causada pelo seu estado de morbidade. A dignidade implica também em assegurar a condição de ‘unidade’ do próprio sujeito, por meio de uma decisão ética que comprometa, de forma responsável, o outro.
  • TAIARA DESIRÉE TAVARES DE CASTRO
  • O SENSÍVEL EM MERLEAU-PONTY E ARNE NÆSS
  • Data: 25/07/2022
  • Hora: 09:00
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  • Este trabalho reúne a Fenomenologia da Percepção e a Ecologia Profunda, apresentando uma intensa conexão entre os pensamentos dos filósofos Merleau-Ponty e Arne Næss sobre os conceitos de percepção e intuição e seus respectivos desdobramentos, mostrando que essas filosofias podem caminhar juntas na reabilitação do sensível no mundo, por meio do corpo, que inclui, entre outras, as relações entre o ser humano e tudo o que compartilha conosco a Terra, vista então como extensão da humanidade. Partindo do pressuposto que essa relação transcende o pensamento ontológico, mostrando uma ontologia que postula a humanidade como inseparável da natureza, chegamos ao ponto em que a reversibilidade do sentir merleaupontiana e o conceito de Autorrealização de Næss dialogam contribuindo para o planejamento do chamado friluftsliv e, talvez, para a concepção de uma nova Cosmologia Profunda da Vida, ousadamente apresentada no último capítulo desta obra, seguindo o que sugere o filósofo norueguês, como uma Ecosofia T própria: a Ecosofia TD. Propõe-se uma reflexão sobre o sentido da existência, considerando o valor intrínseco de todas as formas de vida e dos mínimos detalhes da natureza, percebendo-nos como componente sensível e expressão de pertença ao mundo ecológico profundo. Assim como Næss acreditava que a filosofia poderia ajudar a traçar uma saída do caos, sendo não apenas um 'amor à sabedoria', mas um amor à sabedoria relacionado à ação, sem o qual seria inútil, buscamos apresentar neste trabalho, interfaces das experiências corporais desveladas nas meditações de Merleau-Ponty e Arne Næss sobre percepção/intuição, para encontrar a presença do sensível no 'sistema' que começa com o 'imediato', e como a reversibilidade do sentir e a Autorrealização podem harmonizar mentalidades e comportamentos humanos diante dos desafios ambientais e existenciais do nosso tempo.
  • POLYANNI DALLARA DANTAS OLIVEIRA
  • A Arte como Verdade de um Povo: A concepção heideggeriana da Arte e a Brincadeira como Arte e Saber no Coco e Roda Paraibano
  • Data: 22/07/2022
  • Hora: 15:00
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  • As manifestações culturais populares são constituídas de elementos estéticos que criados e preservados pela oralidade, possuem dinâmicas próprias de manutenção e transformação ao longo do tempo em várias comunidades tradicionais do país. Além de dispor de autonomia em relação à lógica de mercado, resultado de um projeto colonialista ocidental subjacente ao desenvolvimento do método científico nas mais variadas áreas do saber, elas se distinguem da arte erudita em muitos aspectos dos quais aqui serão abordados. Tendo em vista a particularidade de elaboração de pensamento da tradição ocidental e da oralidade, buscou-se neste trabalho pensar a compreensão heideggeriana da obra de arte como a verdade de um povo, e os saberes do coco de roda paraibano que é uma manifestação cultural popular tradicional. E com isso, foi colocado em discussão o caráter comunitário e coletivo dos saberes das comunidades tradicionais, partindo dos seus elementos musicais, e o estudo sobre a obra de arte feito por Martin Heidegger. Diante dessas duas experiências do saber o que há de semelhante e único nelas? Quais são os pontos de contato e deslocamento entre esses dois modos de pensamento e experiência de criação de sentido? Além disso, a experiência do ser brincante e da brincadeira foram abordadas a fim de apresentar uma compreensão própria das comunidades sobre seus saberes, cultura e musicalidades e sentidos, e em paralelo se considerou a compreensão de jogo e brincadeira no pensamento de Martin Heidegger, Johan Huizinga e Gadamer. No primeiro capítulo, foi apresentada a compreensão heideggeriana sobre o fim da filosofia enquanto ciência e o pensamento do sentido. Já o segundo capítulo tratou da obra de arte como o pôr-se em obra da verdade tal como Heidegger a caracterizou. E por fim, o terceiro capítulo pensou a experiência da brincadeira, do jogo e do ser brincante a partir da reflexão de Heidegger, Huizinga e Gadamer em diálogo com o folguedo popular tradicional paraibano coco de roda.
  • MURILO HENRIQUE BARRANTES PATRIOTA
  • "A DEFINIÇÃO DE RETÓRICA EM PLATÃO E ARISTÓTELES”
  • Data: 08/06/2022
  • Hora: 14:00
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  • O problema que motiva esta pesquisa é o da definição de retórica dada por Aristóteles. Se ela é uma “capacidade de contemplar o que, em cada caso, se crê persuasivo” (1355b) e, ainda, é considerada como “antístrofe” da dialética, precisamos compreender duas coisas: primeiro, reconhecer e circunscrever o que se acredita como persuasivo; segundo, compreender qual a relação estabelecida entre retórica e dialética. Todavia, para apreciarmos o pensamento aristotélico a respeito da retórica, faz-se imprescindível um estudo das críticas de Platão à arte – principalmente no Fedro e no Górgias – para que se alcance o sentido da resposta aristotélica e sua perspectiva frente ao seu antecessor. Esta apreciação está reservada ao primeiro capítulo do trabalho. Na segunda parte, aborda-se as principais proposições da Arte Retórica de Aristóteles: interpreta-se e discute-se a definição de retórica dada por Aristóteles; analisar-se-á cada elemento que constitui a arte retórica arranjando-os num quadro conceitual; identifica-se as modalidades de produzir convencimento (pístis) como dimensões da experiência humana com a linguagem. Além disso, a pesquisa surge na tentativa de dirimir os preconceitos e as generalizações que foram alimentadas, ao longo dos anos, em torno dessa arte – relegando-a à condição de mero palavreado, floreio do discurso, manipulação pelas palavras, entre outros epítetos que prestaram um desserviço para sua compreensão e incorporação na educação. Defende-se a hipótese de que a retórica, enquanto arte, pode ser pensada como uma função da linguagem sem a qual ela não poderia operar e produzir significado – uma vez que ela implica a relação daqueles três elementos das provas: linguagem/discurso, recepção/interlocutores e a transmissão (orador e seu caráter). Esta hipótese, por sua vez, encontra-se conjugada com outras proposições: a retórica, a partir da definição aristotélica, é também uma capacidade de contemplar as crenças admitidas por um grupo e, nesse sentido, não se reduz à oratória, mas estende-se ao campo da reflexão filosófica; a retórica é “irm㔠da dialética – segundo o sentido que adotamos para a metáfora antístrophos – e, sendo assim, não há uma oposição entre ambas as esferas da prática discursiva, mas uma interdependência. Por fim, defende-se a retórica contra as acusações e os preconceitos a que se referiu e expõe-se as qualidades e virtudes da arte.
  • LUCAS HENRIQUE BATISTA PEREIRA DOS SANTOS
  • Paixão e virtude moral em Aristóteles
  • Data: 31/05/2022
  • Hora: 14:00
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  • O presente trabalho consiste em investigar o papel do logos e do pathos na determinação da ação virtuosa à luz da ética aristotélica. Algumas perguntas guiam nossa pesquisa: qual a função do logos e da phronesis na constituição da ação virtuosa? De que forma as emoções podem auxiliar o indivíduo a agir de forma virtuosa e a atingir a vida boa? Para tanto, serão inicialmente abordadas as virtudes éticas, dianoéticas e a noção de felicidade em Aristóteles; em seguida, será tratado o tema das paixões na Retórica, na Poética e na Ética a Nicômaco do referido filósofo; e, por fim, será enfrentado o problema principal desta dissertação que consiste em analisar de que modo o logos, a phronesis e o pathos se articulam na constituição do ethos
2021
Descrição
  • LUCAS DE LIMA CAVALCANTI GONÇALVES
  • Hermenêutica fenomenológica da experiência originária do cristianismo no pensamento de Martin Heidegger.
  • Data: 13/12/2021
  • Hora: 09:00
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  • Assim como a história da metafísica se constitui, para Heidegger, por um progressivo ocultamento da questão acerca do sentido do Ser, também a história do cristianismo testemunha um crescente enrijecimento da experiência cristã originária. Como os gregos que, ao inaugurar a questão do Ser, deram início ao seu esquecimento, os primeiros pensadores cristãos foram levados a interpretar a experiência viva da fé como uma objetualidade passível de fixação em um sistema de dogmas. A este sistema dogmático vieram ajuntar-se os quadros conceituais da ontologia antiga, pelo que se consuma o aprisionamento do espírito, o elemento da maleabilidade, na estrutura rígida de uma instituição totalizante. No entanto, todo esquecimento comporta o símile negativo daquilo que foi esquecido. Assim, Heidegger propõe o esquecimento como ponto de partida da rememoração, o símbolo como indício daquilo que em si mesmo não se mostra. O objetivo deste trabalho é mostrar como o método fenomenológico, que vai do esquecimento da origem a origem do esquecimento, é empregado por Heidegger na tarefa de tornar clara a constituição originária da experiência do cristianismo, como participação íntima da existência no acontecimento do deus crucificado. Analisamos, então, as possibilidades abertas pela fenomenologia para uma teologia entendida como discurso não-objetificante acerca da experiência da fé. Além disso, como o caminho para a origem do esquecimento desvela o fato de que à base do esquecimento da origem se encontra, em atenção a uma exigência imprópria de objetividade, o divórcio entre vida concreta e pensamento, procuramos mostrar como a experiência biográfica de Heidegger com o cristianismo o conduziu a uma apropriação destrutiva da tradição cristã. A partir daí, podemos investigar como, para ele, desde os escritos do apóstolo Paulo, brotam duas correntes a fecundar o solo da Cristandade: uma místico-poética, outra dogmático-institucional. Divisando na primeira, que soube preservar a potência criadora da palavra divina, possibilidades mais elevadas, Heidegger encontra na segunda os momentos em que o espírito ainda fala a partir do silêncio de seu ocultamento. Consideramos, então, como esta descoberta do espírito latente no dogma lhe fornece a chave de leitura para o pensamento dos grandes místicos da tradição cristã, quer tenham sido rejeitados pela via dogmático-institucional, como o jovem Lutero, quer tenham sido por ela apropriados, como Santo Agostinho. A partir de uma interpretação fenomenológica na mística cristã, nos deparamos, então, não mais apenas com a origem do esquecimento, mas com a própria origem enquanto experiência da temporalidade que constitui o horizonte de sentido do Ser.
  • HELIO ROSA DE OLIVEIRA
  • ÉTICA E DIREITO DOS ANIMAIS: A QUESTÃO DO ESPECISMO E DO ANTI ESPECISMO NA FILOSOFIA POLÍTICA CONTEMPORÂNEA
  • Data: 10/12/2021
  • Hora: 09:00
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  • A presente pesquisa tem como objetivo analisar o debate ao redor da questão se os animais não humanos têm direitos, a partir de uma ótica de ética prática. Para tanto, desenvolvemos de início a concepção de Carl Cohen que nega que os animais tenham direitos, mas defende que os humanos têm responsabilidades para com os animais, mas que em última instância o que prevalece em caso de conflito é o bem-estar da espécie humana. No segundo momento expomos a concepção de Tom Regan, quanto aos direitos animais, que critica o especismo de Cohen e afirma que os mesmos são seres que detêm direitos por compartilharem propriedades de gênero, ou seja, eles podem sentir dor e terem emoções como os seres humanos. No terceiro capítulo apresentamos o antiespecismo de Peter Singer e a sua teoria sobre a existência de um direito dos animais pautada sob uma ótica de ética prática. Ao fazermos a análise dos argumentos acreditamos que a perspectiva de Peter Singer se adequar às pretensões em vista de pensar e efetivar os direitos animais. Deste modo, defendemos que a partir da via proposta por Singer é possível pensar o direito dos animais.
  • RONIERY MELO DA SILVA
  • A COORIGINARIEDADE ENTRE AUTONOMIA PÚBLICA E PRIVADA SEGUNDO JURGEN HABERMAS
  • Data: 09/12/2021
  • Hora: 09:00
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  • O presente trabalho tem como objetivo demonstrar como Jurgen Habermas resolve o problema da autonomia pública e privada explícitos no modelo liberal e republicano. O método utilizado para tal pesquisa é o estudo bibliográfico de obras de Habermas e comentadores sobre o autor citado, utilizando obras nacionais e internacionais. No primeiro capítulo descrevo os modelos liberal e republicano segundo a concepção de Cidadão, Direito, Estado e Processo Político. No segundo capítulo mostro como Habermas elabora uma terceira concepção de democracia deliberativa através de uma síntese dos modelos liberal e republicano e uma crítica ao modelo reducionista democrático republicano. No terceiro capítulo a abordagem dá continuidade aos modelos supracitados, mas através de uma perspectiva da autonomia. Rousseau e Kant decidiram pensar os direitos humanos e a soberania popular no conceito de autonomia. Kant pensou a autonomia mais na linha liberal enquanto Rousseau mais na linha republicana. Mesmo assim, Habermas afirma que o conceito de autonomia estaria explicitado de verdade num modo de exercer a autonomia política calcada segundo o conteúdo da cooriginarieadade entre soberania popular e direitos humanos. No quarto capítulo demonstro inicialmente como direito e moral se separam e como Habermas os une por meio de um princípio do discurso. Da aplicação do princípio do discurso como reconciliação entre direito e moral originam-se categorias de direitos essenciais para reinterpretar a autonomia pública e privada e de que modo elas se solidarizam entre si
  • YAMILLE FRAGOSO DE MEDEIROS NUNES
  • O DIZER POÉTICO COMO DESVELAMENTO DO SER EM MARTIN HEIDEGGER
  • Data: 31/08/2021
  • Hora: 09:00
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  • Filosofia e poesia são saberes que sempre estiveram próximos durante o percurso do pensamento humano. Pretendo com este trabalho esboçar como ocorre a relação entre filosofia e poesia, especialmente dentro da filosofia de Martín Heidegger (1889-1979). O filósofo alemão busca uma forma mais eficaz para desenvolver a problemática do sentido do ser. Para Heidegger, é evidente que a questão do ser não poderia mais ser pensada por conceitos, que apenas abarcassem enunciados lógicos, então Heiddeger decide ultrapassar este modo de pensar, onde se depara com a poesia, com a finalidade de transitar pelas regiões labirínticas e extraordinárias do ser. Este novo estudo parte de como é o processo de fusão entre pensamento e filosofia. Heidegger então busca dentro da poesia do poeta lírico e romancista alemão Friedrich Hölderlin (1770-1843) o entendimento para o desenvolvimento do conceito de Dasein. Heiddeger foi um apreciador das obras Hölderlin, mas apenas com o passar dos anos iniciou o estudo sobre elas, o ponto crucial do encontro com a poesia do autor é a verdade do ser, trata-se de um pensamento que procura encontrar o campo possível de colocação do tema do ser no horizonte da história da metafísica e seu fato fundamental, que é o esquecimento do ser.
  • GEORGE LEITE FREXEIRA JUNIOR
  • O PACIFISMO INSTITUCIONAL COSMOPOLITA KANTIANO: HISTÓRIA, TEORIA E CRÍTICA
  • Data: 23/07/2021
  • Hora: 14:00
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  • O presente estudo investiga os principais elementos que constituem o Pacifismo Institucional Cosmopolita Kantiano, que busca, sobretudo, a promoção de mecanismos políticos e jurídicos que favoreçam uma paz perdurável entre as nações. A pesquisa permeia a problemática da guerra e paz nas relações internacionais; discute a proposta de paz perpétua de Abbé de Saint-Pierre aos países cristãos europeus, bem como as críticas realistas de Rousseau; chega à teoria cosmopolita contemporânea e examina o pensamento cosmopolita de Norberto Bobbio; as diferenças conceituais da readaptação da proposta de paz kantiana por Jürgen Habermas; e, por fim, apresenta as críticas realistas de Danilo Zolo ao projeto cosmopolita habermasiano. O cosmopolitismo surge como uma perspectiva teórica promissora para o direito internacional e para as relações internacionais, pois almeja um progresso jurídico e moral da humanidade. Neste seguimento, o estudo tem por finalidade responder ao seguinte questionamento: no plano internacional contemporâneo, quais as possibilidades para a constituição e manutenção de uma ordem cosmopolita que vise a “paz perpétua” entre as nações e o equilíbrio das relações políticas internacionais? Kant com sua proposta cosmopolita de paz perpétua, sustenta a dignidade humana como princípio de liberdade e a igualdade jurídica entre as nações, e sugere a construção de uma confederação de Estados livres antagônicos à guerra: uma proposta razoável e desejável, que preserva sua atualidade na contemporaneidade. Seu pacifismo político relaciona-se com Saint-Pierre e Rousseau, que o influenciaram em seu projeto de paz perpétua. Bobbio se insere na continuidade desse projeto kantiano. Habermas, em contrapartida, com sua revisão conceitual do cosmopolitismo e no intuito de readaptar o projeto kantiano de paz perpétua à atualidade, sugere uma república mundial de Estados com centralidade em instituições supranacionais que agiriam de forma a regular as relações dos indivíduos. Para o realista político Danilo Zolo, é plausível que o discurso habermasiano de reconstrução do cosmopolitismo kantiano encontre problemáticas políticas, culturais, econômicas e morais, que por consequência podem resultar em uma utopia quanto sua abordagem ética e jurídica. A pesquisa se propõe a analisar criticamente as possibilidades teóricas do cosmopolitismo como uma solução política progressiva para lidar com as guerras, violações dos direitos humanos e instabilidade das relações internacionais.
  • MARTINHO RAMALHO DE MÉLO
  • PARA UMA ANÁLISE CRÍTICA DA INSUFICIÊNCIA DA DEMOCRACIA PARTICIPATIVA NA CONSTITUIÇÃO DE 1988 SOB A PERSPECTIVA DA FILOSOFIA POLÍTICA DE BOBBIO
  • Data: 16/07/2021
  • Hora: 09:00
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  • Este trabalho dissertativo tem como objetivo geral e objeto realizar uma análise, de forma crítica, dos institutos de Democracia Participativa, inseridos na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Norberto Bobbio e sua filosofia política está presente enquanto o referencial e contraponto e com ele – e também contra ele - institutos da democracia participativa insertos na Constituição (tais como, v. g., plebiscito, referendo, iniciativa popular, entre outros menos relevantes) serão analisados no contexto do Estado Democrático de Direito criado em 1988. O problema de pesquisa consiste em saber se tais institutos ampliaram ou não (e porque) a nossa democracia. Temos como hipótese relativamente ao problema proposto que esse alargamento foi não apenas insuficiente como, objetivamente, urge ser ampliado. No que concerne ao método, trata-se de pesquisa bibliográfica, de caráter analítico e qualitativo dos referidos institutos e mecanismos participativos e os limites e possibilidades de seu uso e ampliação, com o que a análise preliminar da democracia participativa se conclui pela importância da sua presença pioneira na Constituição brasileira, mas, ressalvando-se a sua insuficiência para a ampliação e alargamento da Democracia. O referencial teórico – também contraponto - tem fundamento na filosofia política de Bobbio, se valendo também de Filósofos Políticos clássicos e modernos, notadamente naqueles aspectos de sua recepção na Filosofia Política de nosso autor guia. O objetivo geral da pesquisa, supra exposto, reflete-se nos objetivos específicos, trabalhados capítulo por capítulo: o primeiro, que faz um apanhado sintético da filosofia política de Bobbio; o segundo que examina os elementos centrais, em Bobbio, da chamada “Democracia Representativa”. O terceiro capítulo reflete o objetivo específico de examinar o contraponto oferecido pela Democracia Participativa. O quarto capítulo (refletindo o correspondente objetivo específico final) pretende tratar e criticar a representação (parafraseando Nélson Rodrigues) enquanto “vida como ela é” – diríamos melhor “como ela está sendo” na democracia puramente formal. Por fim e como síntese dos objetivos específicos expressos nos capítulos, conclui-se apontando prescritivamente como uma Democracia, que tenha o demos como centro e objetivo deve ser (ou, agora parafraseando Engels, como “as coisas poderiam não ter sido”).
  • AVAETÊ DE LUNETTA E RODRIGUES GUERRA
  • ASPECTOS FILOSÓFICOS E ATEMPORAIS DA TEORIA POLÍTICA DE MAQUIAVEL
  • Data: 21/06/2021
  • Hora: 14:00
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  • Trata-se, neste trabalho, de analisar as ideias e contribuições de Maquiavel para a Itália do século XVI, quando o Renascimento alcança seu auge, testemunhando fatos políticos envolvendo sua cidade natal, Florença, onde havia um grande desejo por parte da população que almejava mudanças, inspirando o sábio Florentino em seus escritos e pensamentos, gerando, assim, um forte sentimento de esperança em uma unidade política. O presente trabalho investiga tópicos referentes aos períodos Trecento e Quattrocento, fundamentais na construção do modelo político italiano da época, apresentando as influências históricas que levaram Nicolau Maquiavel a desenvolver suas teorias. A pesquisa foi desenvolvida tendo por base as obras O Príncipe e Discorsi, além das contribuições de importantes comentadores. A hipótese de investigação da presente dissertação afirma que Maquiavel foi responsável pela “invenção” de uma teoria política própria e inovadora para a época, desmistificando a ideia de que o Florentino seria apenas um agente revelador dos fatos que estavam ocorrendo no seu tempo. O método de investigação terá por objetivo demonstrar que, mesmo não tendo um caráter moralista, Maquiavel foi capaz de estabelecer princípios fundamentais da conduta humana no sentido filosófico, ao analisar aspectos da realidade política da época, instaurando um novo olhar, na tentativa de investigar o que é possível e eficiente no universo de alternativas aos que procuram vitórias nas suas práticas e ações, extraindo lições obtidas em eventos pregressos, que farão toda a diferença na formulação de sua teoria política. Também discute o conceito de virtù, utilizado pelo autor em seus escritos e frequentemente abordado por filósofos e pesquisadores de diversas épocas, fazendo uma análise das obras Discorsi e "O Príncipe" enquanto obra de aconselhamento a novos governantes, explorando algumas consequências destas abordagens. Por fim, no último capítulo, faremos um apanhado geral em torno das questões éticas e religiosas presenciadas pelo autor, discutindo religião e política, dialogando com as biografias de referência, objetivando um maior entendimento acerca das contribuições filosóficas trazidas por Maquiavel para a Itália da época.
  • EUCLIDES BARBOSA RAMOS DE SOUZA
  • Da teoria dos atos de discurso e o problema de Cohen
  • Data: 16/06/2021
  • Hora: 09:00
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  • A teoria dos atos de discurso foi fundada por John Langshaw Austin após a compilação de suas palestras na obra How To Do Things with Words (1962) e com ela elucidamos que a linguagem é capaz de muito mais do que uma simples descrição do mundo, tendo também uma capacidade de realizar ações e gerar fatos no mundo por meio de enunciações de modo que tais ações e fatos não poderiam ter outra origem senão esses mesmos atos de linguagem. A teoria dos atos de discurso, porém, era muito limitada e de certo modo imprecisa e apenas posteriormente, com os trabalhos de John R. Searle e Daniel Vanderveken (Foundations of Illocutionary Logic, 1985), essa teoria obteve um tratamento lógico-formal, trazendo uma análise muito mais detalhada da noção de ato ilocucionário, principalmente no que diz respeito à sua força ilocucionária e seus componentes fundamentais, além das noções de condições de sucesso (condições que o locutor deve preencher para realizar um ato ilocucionário com sucesso) e de condições de satisfação (condições que devem ser preenchidas no mundo para o que o objetivo do locutor se concretize). Um curioso problema surgiu na teoria antes desse aprimoramento e essa mudança, naturalmente, já foi suficiente para solucioná-lo. William Lycan (2008) formalizou esse impasse a partir de críticas realizadas a Austin por J. L. Cohen no seu artigo Do Illocutionary Forces Exist? e o chamou de problema de Cohen. Basicamente, esse problema diz respeito a uma aparente falta de comprometimento do locutor com o seu enunciado quando o inicia com o prefácio “declaro que...”, fazendo parecer que está realizando uma declaração performativa em vez de uma simples asserção acerca do mundo. A teoria dos atos de discurso atual o classificará como uma falácia, pois de uma tentativa de realização de um ato ilocucionário cuja força é declaratória não se deve deduzir que tal tentativa é satisfeita, i.e., que o ato foi realizado (que todas as condições de felicidade – condições de sucesso e de satisfação – foram preenchidas, no contexto de enunciação).
  • MATEUS DA SILVA FERNANDES
  • O Nilismo e a sua Superação para uma Transvaloração dos Valores em Friedrich Nietzsche
  • Data: 31/03/2021
  • Hora: 14:00
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  • O presente trabalho tem o objetivo de examinar a tese nietzschiana da superação do niilismo como etapa do processo de afirmação da vida que se dá pelo rompimento com a negação niilista dos valores e sua superação. Nesse itinerário, vamos examinar a resposta de Nietzsche ao problema da possibilidade de o niilismo ser, não apenas sintoma do enfraquecimento da potência sem a qual não é possível essa superação, mas também constitui parte desse processo que é ao mesmo tempo a firmação da arte através da vontade de potência. O campo dessa análise Nietzsche situa no âmbito da cultura e da moral no mundo ocidental. Com a finalidade de responder a essa questão, vamos utilizar os textos publicados em vida por Nietzsche bem como seus fragmentos póstumos, com destaque ao período de 1885 a 1889, como também contribuições acerca do pensamento nietzschiano encontradas em comentadores como Heidegger e Scarlett Marton, entre outras. As temáticas abordadas envolvem um vasto campo de discussão, como a cultura, a moral, a religião, e a ciência, na medida em que, discutindo os alicerces sobre os quais se erigem tais domínios, traçamos um itinerário que examina a desconstrução e constituição das bases do pensamento ocidental.
  • JOSÉ PAULO DA SILVA FILHO
  • “TUDO SERÁ PARA NÓS REAL, PARA VÓS TEATRO”: LEITURA DACARTA A d’ALEMBERT DE ROUSSEAU A PARTIR DE SEU DISCURSO SOBREA DESIGUALDADE
  • Data: 31/03/2021
  • Hora: 09:00
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  • Este projeto tem por finalidade apresentar uma proposta de leitura do texto Carta a D’Alembert sobre os espetáculos (1758) de Rousseau baseada em noções apresentas em outros textos do autor e, principalmente, no Discurso sobre as origens e os fundamentos da desigualdade entre os homens. Originalmente redigida como uma resposta ao verbete Genebra escrito por d’Alembert no sétimo volume da Enciclopédia, a Carta orbita em torno de uma contenda que reuniu os maiores nomes da Ilustração francesa. d’Alembert seria seu interlocutor “direto” na carta, porém, na discussão sobre o papel pedagógico do teatro, a crítica de Rousseau também dialoga com Voltaire e com Diderot, que reputavam elevada importância à cena teatral. Superando as análises tradicionais em que a Carta poderia se encaixar, a saber, em um registro metafísico ou “teológico”, a crítica aos espetáculos realizada por Rousseau se apresenta como a primeira crítica social feita ao teatro e revela no interior do seu discurso uma noção de “história” particular, apresentada no Discurso sobre a desigualdade, que seria o nervo do embate que envolveu esses pensadores e motivou a redação da Carta a d’Alembert. O resultado da leitura comparada entre esses dois textos do autor será o conteúdo apresentado nesse trabalho.
  • DIÓGENES RODRIGUES MOURA ROLIM
  • A MATEMÁTICA, OS PRINCÍPIOS LÓGICOS E O COGITO:DÚVIDA E CERTEZA NAS MEDITAÇÕES METAFÍSICAS DE DESCARTES
  • Data: 26/02/2021
  • Hora: 14:30
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  • O desenvolvimento da dúvida nas Meditações Metafísicas de Descartes chega ao seu nível mais radical ao pôr sob suspeita até mesmo as verdades mais simples da matemática. Apesar de ser um método fundado na razão, houve quem tenha visto na dúvida cartesiana um caminho insuperável, na medida em que teria comprometido as próprias operações racionais. Com efeito, duvidar mesmo das verdades intuitivas da matemática seria duvidar da intuição em geral, que é a forma privilegiada da razão. Em nosso trabalho, propomos uma reflexão sobre o limite da dúvida cartesiana a partir da comparação entre as verdades matemáticas e as verdades lógicas. Por que não seria possível, pelas próprias condições do método, duvidar dos princípios lógicos, cuja garantia é a própria evidência intuitiva? Por que a razão não é de todo comprometida pela força de um método que põe em questão o produto exemplar da razão, que é a matemática? Para responder essas questões, analisamos o desenvolvimento e o sentido da dúvida nas Meditações, os esclarecimentos feitos por Descartes principalmente nas Respostas às Objeções e nos Princípios da Filosofia, como também o sentido da concepção cartesiana de matemática e sua compreensão a respeito das chamadas noções comuns, que envolvem parte das verdades consideradas indubitáveis.
  • ALAN NASCIMENTO RODRIGUES
  • UMA INVESTIGAÇÃO SOBRE ESTÉTICA DA EXISTÊNCIA NO PENSAMENTO NIETZSCHIANO
  • Data: 26/02/2021
  • Hora: 14:00
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  • O presente estudo teve como objetivo investigar a relação arte e vida no pensamento de Friedrich Nietzsche (1844-1900). A partir da proposição do pensador quando enuncia que somente como fenômeno estético a vida aparece justificada (NIETZSCHE, 1992, p. 18), perguntou-se: “Como compreender a vida como uma obra de arte no pensamento nietzschiano? Especificamente, buscou-se indicar que é no contexto da crítica nietzschiana à cultura moderna que a estetização da existência se justifica frente ao niilismo que inibe uma vida autenticamente criativa; compreender que a questão enunciada pelo filósofo alemão pressupõe um protótipo de homem que tem no “além-do-homem” a expressão das forças artísticas apolíneas e dionisíacas; e, por fim, entender que viver de modo artístico pressupõe, conforme Nietzsche, compreender as forças estéticas que vibram no mundo, consequentemente transvalorar os valores e criar as condições de possibilidade para uma outra cultura: a cultura do cultivo de si. Metodologicamente trata-se de um estudo de interpretação de textos filosóficos e revisão bibliográfica, de natureza qualitativa, efetivada por uma abordagem hermenêutico-filosófica rigorosa em que analisa-se obras como: Genealogia da moral: uma polêmica (2007); Assim falou Zaratustra (2005); O nascimento da tragédia (1992), entre outros textos fundamentais do pensador e de seus comentadores. Contatou-se que Nietzsche compreende o indivíduo como detentor de forças artísticas que podem ser direcionadas pelo próprio indivíduo para que seja capaz de intervir livremente na vida e, portanto, tornar-se capaz de transformar uma existência passivamente niilista em existência afirmativa de vida ativa. A vida como fenômeno estético pressupõe abrir-se à vontade de potência e para um processo genealógico de si e de consequente reafirmação da vida em que o homem se torne senhor de si mesmo.
  • ANA GELICA ALVES GOMES
  • "A CONCEPÇÃO DE SUBJETIVIDADE NA “FENOMENOLOGIA DA PERCEPÇÃO”
  • Data: 23/02/2021
  • Hora: 09:00
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  • O filósofo francês Maurice Merleau-Ponty buscou descrever, através da fenomenologia, a relação entre ser humano e mundo sensível. Através de sua tese Fenomenologia da Percepção, datada de 1945, descreveu o ato perceptivo, tratando-o como um fenômeno originário, através da crítica ao empirismo e intelectualismo na abordagem da percepção. Também nessa obra trabalha o sentido do corpo próprio, conceito que visa superar a dicotomia mente x corpo e contrapõe-se à análise objetivista do corpo humano. Esse corpo é descrito pelo filósofo segundo os atributos que lhe são próprios e que o caracterizam enquanto um corpo sujeito, como a motricidade, a espacialidade, a afetividade, a sexualidade e a linguagem, tratados na primeira parte da Fenomenologia da Percepção: o corpo. Nesse sentido, o corpo passa a ser visto como um veículo do ser no mundo, da existência. O objetivo dessa dissertação é pensar a subjetividade humana como estando atrelada a essa corporeidade, como determinado na Fenomenologia da Percepção. Nesse sentido, discute-se aqui, inicialmente, o pensamento fenomenológico merleaupontyano a respeito da percepção, que parte da fenomenologia de Husserl, mas também a transforma. Posteriormente, busca-se discutir o corpo próprio, como instrumento reflexivo e intencional do ser no mundo, revelando-o, assim, como a raiz de uma subjetividade corporificada e intencional. Por fim, acompanhando o pensamento de Merleau-Ponty na obra apresentada, descreve-se mais profundamente a relação desse corpo próprio com o mundo vivido, destacando-se, em especial, a intersubjetividade e a temporalidade como conceitos centrais para se pensar uma subjetividade encarnada. Conclui-se que a obra Fenomenologia da Percepção apresenta uma subjetividade que, apesar de encarnada e singular, não pode ser vista a partir de uma perspectiva individualista, que prescinda de um mundo vivido compartilhado.
  • DAVIDSON MARINHO SOARES
  • DA CRÍTICA À ONTOLOGIA AO ENCONTRO COM O OUTRO NA ÉTICA DE LEVINAS.
  • Data: 22/02/2021
  • Hora: 09:00
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  • O propósito central de nosso trabalho é compreender o caminho da crítica feita por Levinas à ontologia, bem como, o modo como a filosofia levinasiana supera a ontologia por meio da ética. Tendo como eixo norteador da nossa pesquisa a obra Totalidade e Infinito (2019), mas também quando necessário, fazendo alusões as outras obras de Levinas e a comentadores. Objetivamos mostrar como a filosofia levinasiana constata a inclinação da ontologia em reduzir o outro ao mesmo. Este movimento de pensar o outro, sempre no registro do mesmo, formata o que Levinas conceitua como totalidade. Tal perspectiva de pensar o outro sob o cálculo da razão ontológica está na origem do pensamento filosófico. Desde a filosofia clássica com os primeiros filósofos até a contemporaneidade com Husserl e Heidegger, o outro foi pensado sob o prisma do primado ontológico. Nesse sentido, Levinas propõe pensar o outro fora do arranjo da totalidade e da compreensão do mesmo, para tanto, propõe a ética antes da ontologia, e o outro antes do mesmo. Para Emmanuel Levinas, a saída da ontologia em direção a ética como filosofia primeira, só é possível por meio do infinito expresso no rosto do outro. É na pura expressão do rosto do outro, que acontece a ruptura com a totalidade. É no rosto do outro, a partir da ideia de infinito, que o mesmo é convocado à responsabilidade ética pela alteridade do outro.
  • WELLINGTON FAUSTINO DE MELO DA SILVA
  • O HELENISMO À LUZ DA LEITURA DE SEXTO EMPÍRICO: CONSIDERAÇÕES CÉTICAS SOBRE O VIVER BEM
  • Data: 19/02/2021
  • Hora: 15:00
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  • The present study consists of an investigation on Hellenism in the light of what the skeptical Empirical Sixth (17th century) wrote. II d.C.). From the reading of the Pyrrhic Hypotypes and Against Mathematicians, book XI, the Sextian interpretation on the so-called hellenistic philosophies dogmatic is analyzed, especially in the context of discussions on the theme of ethics. Moreover, but through this examination, a deepening of the skeptical philosophy itself will be carried out, whose efforts are to better understand the senses of suspension of judgment (epokhé), unperturbability (ataraxia) and appearance (phainnomena) within the pyrronic corpus. In order to make these purposes, it begins with the investigation of the arguments responsible for establishing skeptical aporia in the face of contradictions perceived in the dogmatic pathway of philosophy. After that, it examines Sexto's perception of Hellenic Eudaimonism, a moment when strong objections to ethical science will be revealed, understood as the one responsible for establishing lessons related to living well. Sextian questions will culminate both in the impossibility of considering it an art itself and in the neutralization of dogmatic ethical conceptions. It is, of course, a hermeneutic of the Sextian text in order to explore ethical discussions.
2020
Descrição
  • LISANDRA CAROLINE DE ARAÚJO LIMA TEIXEIRA
  • Planetarização da Técnica: Uma Analítica Heideggeriana da Modernidade
  • Data: 10/12/2020
  • Hora: 15:00
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  • Procura-se traçar um caminho pelo pensamento de Martin Heidegger em sua elaboração central sobre a questão da essência da técnica moderna. Essa essência como Ge-stell percorre e determina toda a configuração de vida do homem moderno sobre a terra. Traduzida como com-posição ou interpelação provocadora, a essência da técnica moderna obstrui o elemento mais próprio do Ser, ela rege o próprio esquecimento da pergunta pelo Ser. Expande, assim, seu domínio planetário através do projeto matemático moderno que assegura tudo a partir de um cálculo prévio. Mantém-se, dessa forma, condenado o mistério do nascimento do que brota por si mesmo e num jogo ambíguo logo se oculta. Tudo se torna dis-ponibilidade, isso é o elemento central da determinação da técnica moderna no planeta e de seu reinado sobre o homem. Ela, também, determina o domínio das ciências exatas da natureza, nada é sem sua legitimação e objetivação. É a partir da essência da técnica que impera a representação científica em todos os âmbitos do viver humano e do real em sua totalidade. Encontra-se, aqui, o perigo do desenraizamento do homem, do esquecimento do Ser. O real é dominado pelo pensar calculador unilateral que o representa enquanto objetidade. O homem como subjectum representador vai ao encontro da natureza no caráter de juíz avaliador. Ela é interpelada a mostrar-se unicamente pela ótica da exploração e compreendida exclusivamente como matéria-prima para uso sob lógica de alguma utilidade. Resta, então, para Heidegger, traçar um caminho para o que salva dando um passo atrás da dominação técnica, mas estando nela, pensar serenamente e novamente sobre o Ser.
  • EDSON DE OLIVEIRA SILVA
  • JUSTIÇA E VIRTUDE NA REPÚBLICA DE PLATÃO
  • Data: 30/11/2020
  • Hora: 14:00
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  • Essa dissertação tem como objetivo apresentar o problema da justiça e sua relação com a virtude no diálogo A República de Platão. Tomamos como ponto de partida alguns diálogos socráticos que antecedem a República analisando as discussões da personagem Sócrates com seus interlocutores acerca da definição de virtude. Em cada diálogo que antecede a República, a virtude é apresentada de maneira distinta. Ora se apresenta como unitária, ora como múltipla, recebendo diversas definições ou até mesmo desembocando em aporia. Mostramos, num primeiro momento, que para compreendermos o conceito de virtude se faz necessário analisar os diálogos em conjunto, pois Platão aponta para uma definição geral. Ainda que as respostas sejam inconclusivas, elas assinalam o caráter filosófico que é a busca pela essência e fundamento das coisas. Num segundo momento, mostramos que na República, Platão tenta definir a essência da justiça, mas antes de defini-la é preciso demonstrar que ela é virtude. Ele apresenta uma definição de virtude sem incorrer em aporia. A justiça é definida como a virtude das virtudes, a virtude par excellence. Ela é a condição de possibilidade e ao mesmo tempo agregadora das demais virtudes, tais como: coragem, harmonia e sabedoria. O homem justo é, necessariamente, corajoso, equilibrado e sábio. Por último, mostramos como o pensamento ético-político de Platão ecoa em Aristóteles, que, por sua vez, retoma o problema da virtude articulando-o à ética e à política e do mesmo modo que Platão, ele demonstra que a justiça é a mais excelente das virtudes, pois é a mais perfeita e, portanto, superior a todas.
  • NATALIA TEIXEIRA RODRIGUES
  • Gênero, performance e precariedade: um estudo sobre o pensamento de Judith Butler
  • Data: 26/08/2020
  • Hora: 10:00
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  • Este trabalho consiste em um estudo sincrônico acerca do itinerário intelectual da filósofa Judith Butler e seu desenvolvimento teórico, no que tange a três conceitos: gênero, perfomance e precariedade. Para tanto, se apresenta dividido em três capítulos. Primeiramente, fazemos uma exposição téorico conceitual das três ondas que caracterizam o movimento feminista, por entendermos que a gênese teórica do conceito de gênero se funda neste momento histórico, mais especficamente na segunda onda, com a publicação do Segundo Sexo, pela filósofa Simone de Beauvoir. No segundo capítulo, buscamos expor a análise crítica de Judith Butler ao conceito de gênero, a partir do que ela intitula como genealogia da ontologia do gênero. Esta que como veremos, está fundada em um sistema sexo/gênero identitário que resulta em alguns problemas a serem pensados filosoficamente, entre eles, a formação de sexualidades binárias que acabam excluindo os corpos sem conformidade de gênero. Como alternativa ao sistema binário, a autora propõe uma crítica a identidade de gênero, a partir do que ela intitula como teoria da performatividade de gênero. Nesta direção, Butler irá recorrer à psicanálise, fundamentalmente o tabu da homossexualidade constituinte à formação psiquica dos sujeitos, antes mesmo, do tabu do incesto. Por fim, tem-se o terceiro, no qual apresentamos como Butler desemboca na formulação de que uma política de identidade não é capaz de fornecer uma concepção mais ampla, do que significa viver juntos. Como saída ético-política, Butler propõe uma crítica da dependência não reconhecida como ponto de partida para uma nova política do corpo, na qual, se tem a comprensão da precariedade imanente a todo e qualquer corpo. Por sua vez, neste último capítulo concluímos com a problematização imanente da relação que a autora faz entre os conceitos de precariedade e performatividade, a fim de sugerir a formação de novas alianças políticas capazes de modificar um modo de vida baseado na exclusão de corpos precários e sem conformidade de gênero.
  • ROGERIO GALDINO TRINDADE
  • A HISTÓRIA E SUA SOMBRA: O PROBLEMA DA HISTÓRIA ENTRE DILTHEY E HEIDEGGER
  • Data: 13/08/2020
  • Hora: 10:00
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  • O trabalho procura trazer a “questão histórica” para o horizonte de uma reflexão filosófica, ou seja, reconhecer na “historicidade [Geschichtlichkeit]” o âmbito fundamental de questionamento daquilo que é propriamente histórico. A “historicidade” é a possibilidade de atualização de si-mesmo do ser enquanto ser-aí histórico. O termo cunhado por Martin Heidegger a partir da palavra alem㠓Geschichtlich” (História) destoa do uso comum germânico da palavra como sinônimo de “Historie” (historiografia/ciência história). Com a palavra “historicidade”, Heidegger aponta para aquilo que perfaz a possibilidade de articulação essencial de nossa condição histórica de ser em um mundo. Não é apenas porque fazemos livros de história que possuímos uma história nós próprios. Antes, somos históricos porque nos deparamos com uma realidade que, de certa forma, foi herdada, mas que se abre como possibilidades vindouras a serem continuadas, elaboradas ou superadas, isto é, apropriadas ou não. Conseguintemente, a história deve ser considerada a partir de seu âmbito essencial, isto é, surgir como fundamento do estar lançado próprio ao ser humano em um destino. Diferente da simples ciência factual, a história, enquanto constituinte fundamental de cada um de nós, seres históricos, é uma forma de experiência do tempo que nos atualiza e nos lança nas possibilidades próprias e impróprias de nossa existência. Assim, no presente trabalho, nos limitamos a uma articulação conceitual introdutória da questão histórica do ser nos pensamentos de Wilhelm Dilthey e Martin Heidegger.
  • SHARLON SANTOS DE LUCENA
  • A QUESTÃO DA VERDADE NA FILOSOFIA DE MARTIN HEIDEGGER: O CONCEITO GREGO DE ALÉTHEIA.
  • Data: 10/08/2020
  • Hora: 15:00
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  • O presente trabalho se propõe a uma investigação sobre a questão da verdade compreendida como "alétheia" no pensamento de Martin Heidegger. Explicita-se a crítica do filósofo ao modo como a verdade foi entendida pela tradição filosófica a partir da abordagem corrente da temática em análise. Assim, se instaura a necessidade de se repetir a questão do Ser e do seu sentido. Em "Ser e Tempo", sobretudo, no § 44 parte-se da compreensão da analítica existencial do "Dasein" no âmbito do sentido do Ser e da verdade. Desse modo, se insere na via do pensamento a análise do texto “Sobre a Essência da Verdade”, onde também se aborda a noção de “alétheia” como a compreensão originária para designar a tensão entre velamento e desvelamento, emergindo assim a essência da verdade desde essa dinâmica.
  • PAULA GIOVANNA COSTA
  • CARACTERÍSTICAS DO PODER POLÍTICO EM HOBBES
  • Data: 31/07/2020
  • Hora: 09:00
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  • O presente trabalho possui como objetivo central a investigação da construção do poder político hobbesiano e, especificamente, a origem de tal poder. Analisa também a dicotomia entre a postura de Aristóteles e a de Hobbes. O fio condutor centra-se na explicação dos pensamentos antigo e moderno relativos ao tema. O primeiro tem como núcleo a concepção aristotélica e o segundo a tese de cunho materialista de Hobbes. O assunto é problematizado ao ser comparado a outros escritos filosóficos modernos. Assim, o exame abrange a filosofia da antiguidade até a contemporaneidade e conclui com questões abertas no cenário da Filosofia política recente.
  • TAYANE CRISTINE FERREIRA CLEMENTE DA SILVA
  • O INCONSCIENTE: DA METAPSICOLOGIA AO PROBLEMA DA MORALIDADE NO CAMPO DA INTERDIÇÃO
  • Data: 10/07/2020
  • Hora: 09:00
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  • No presente trabalho analisamos como se deram as reformulações teóricas de Freud que culminaram na divisão do aparelho psíquico elaborada em O Eu e o Id (1923), perpassando pela série de aperfeiçoamentos do conceito de Inconsciente ao longo dos estudos freudianos. Desse modo, observamos um ultrapassamento da divisão sistemática elaborada na primeira tópica em Cs, Pcs e Ics, em prol de uma rica interação entre as instâncias Id, Eu e Supereu, que constituem a segunda tópica e sua mais sofisticada modelização do mental, a fim de entender como se dão os processos mentais ditos normais e patológicos, através da dinâmica pulsional Eros e Tânatos. Investigamos a posição privilegiada da noção pulsão de morte como resultado de todo um processo de construção teórica que perpassa as tópicas freudianas, a fim de compreender como a interação entre as instâncias psíquicas Id, Eu e Supereu nos direciona a pensar a civilização como a tentativa de interdição das pulsões e, assim, pensarmos o problema da moral civilizatória e o mal-estar fruto dessa interdição. Por fim exploramos a noção de compulsão à repetição e observamos que a pulsão, embora não se inscreva ela mesma no aparato psíquico do sujeito, é o que se repete, é o que insiste em aparecer. Em meio a essa persistência da pulsão, é em função da figura do Outro que o sujeito irá ceder de seu desejo, e a instância crítica supereu, por sua vez, irá exigir cada vez mais renúncias pulsionais
  • DAMIAO BENILSON GOMES DE MELO
  • ÉTICA UTILITÁRIA E JUSTIÇA EM JOHN RAWLS: LIBERDADE E GARANTIA DOS DIREITOS INDIVIDUAIS COMO UM PROBLEMA DE FILOSOFIA PRÁTICA
  • Data: 27/05/2020
  • Hora: 14:00
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  • Em tempos de crise e instabilidade das instituições políticas democráticas em todo o planeta, esta pesquisa é um convite à análise da concepção de “justiça como equidade” do jurista e filósofo norte-americano John Bordley Rawls (1921-2002) e das ferramentas que ele nos oferece para uma razão prática. O tomo principal da teoria é a crítica lançada contra as restrições impostas pela ética utilitarista à liberdade individual pela aplicação do princípio maximizador da felicidade coletiva, em detrimento da vontade individual. Este é o princípio norteador do utilitarismo clássico defendido por Jeremy Bentham (1748-1832) e aperfeiçoado por John Stuart Mill (1806-1873) até chegar nas mãos de Henry Sidgwick (1838-1900). Nossa investigação parte da premissa comparativa e pretende oferecer uma resposta ao problema que envolve a aplicação dos princípios da justiça formulados na teoria rawlsiana. Pretendemos examinar a capacidade deles de determinar quando as instituições e os indivíduos serão justos por um esquema de cooperação social; avaliar se a teoria pode garantir, proteger e efetivar os direitos básicos e as liberdades individuais; avaliar de maneira descritiva os seus fundamentos e, finalmente, responder se a “justiça como equidade” pode ser recepcionada como uma alternativa prática e superior ao utilitatismo na concretização da justiça e dos direitos substanciais da sociedade. A nossa hipótese é negativa e deve-se à alegoria que se apresenta desde o início na teoria de Rawls, o que não impede nosso reconhecimento das contribuições do autor para o aperfeiçoamento das políticas de justiça social e para o aperfeiçoamento da própria democracia constitucional.
  • DIEGO SERGIO P ARAUJO
  • ÉTICA E CIÊNCIAS DA MENTE: Um diálogo necessário
  • Data: 28/02/2020
  • Hora: 10:00
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  • Os avanços das pesquisas científicas, em especial o progresso dos estudos do cérebro no âmbito das neurociências, modificaram substancialmente o modo como nós nos compreendemos enquanto seres racionais. Essa série de evidências têm causado, sem dúvidas, fortes impactos na forma como pensamos as dimensões e aspectos da vida humana. Linguagem, empatia, sociedade e moralidade não escapam a essa regra, e no caso dessa última, objeto da ética filosófica, esses estudos reabrem e renovam um debate sobre fundacionismo moral: seria a capacidade moral determinada pelo cérebro? Esse trabalho objetiva em abordar a natureza, os contornos e desdobramentos desse debate, analisando não só o impacto dessas evidências para as teses filosóficas, como também tentando compreender de que modo essas novas tentativas naturalizar os princípios éticos se revelam possíveis e exitosas.
2019
Descrição
  • THOMAZ FERNANDES ROCHA MOTA
  • Da teologia política à ontologia política: A profanação como teoria do poder destituinte no projeto Homo sacer de G. Agamben
  • Data: 10/12/2019
  • Hora: 10:00
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  • O presente trabalho segue a linha de leitura da obra de Giorgio Agamben proposta por Mathew Abbott, considerando o fio condutor da obra agambeniana sua ontologia política, ou seja, a questão de como decisões sobre a ontologia possuem implicações políticas. Partiremos desse conceito para apresentar a proposta agambeniana alternativa à teologia política, cujo diagnóstico atesta a subtração ao uso comum de uma parcela da ação humana, através de sua elevação ao sagrado pelo dispositivo sacrificial. Observando a relação, para Schmitt, de sua concepção de teologia política com seu conceito de político, que se implica nos conceitos schmittianos de movimento e em sua teoria constitucional, apresentaremos como a crítica agambeniana atinge esses dois pontos. Argumentar-se-á pela relação dessa crítica com uma concepção diferente do religioso que permite a Agamben uma crítica do capitalismo resgatando a tese de Walter Benjamin sobre o capitalismo como religião cultual. Finalmente, tentamos apresentar como uma concepção da sacralização como constituição de espaços políticos separados implica em uma concepção da tarefa de superação da teologia política distinta, apresentando a estratégia divisada por Agamben para superar a teologia política: a profanação.
  • TARCIANO SILVA BATISTA
  • A VIDA NUA COMO ARCHÉ DA BIOPOLITICA EM GIORGIO AGAMBEN
  • Data: 01/08/2019
  • Hora: 14:00
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  • A presente dissertacao tem como objeto: examinar a vida humana enquanto questao politica, isto e, analisar a vida nua como origem da biopolitica a partir do exposto conceitual levado a cabo por Agamben no Homo Sacer 1: o poder soberano e a vida nua (1995). O problema visa saber como esse autor reflete sobre a relacao entre a politica e a vida na contemporaneidade. De maneira que, seja como elemento politico ou como fronteira de articulacao entre vida e politica, natureza e cultura, zoe e bios, possamos elucidar como vida nua (ou mera vida, em termos benjaminianos) constitui a arche (perspectiva originaria) da biopolitica ocidental. Uma vez que a vida nua se apresenta sob os limites da violencia do Estado, incluida pelos “documentos de barbarie” em um cenario politico de dispositivos e tecnicas de exclusao. Nessa linha de raciocinio, nossa questao filosofica se apresenta da seguinte maneira: qual a relacao entre vida e politica quando, divididos na origem e articulados entre si atraves do poder do Estado, a vida humana (cidada, consciente e livre) torna-se nua, isto e, matavel pela decisao soberana impunemente, e a biopolitica, a gestao calculada da vida dos individuos, torna-se uma politica de excecao? Para tanto, o “campo” (de refugiados, de exterminios, para Agamben, mas tambem nas senzalas e fazendas coloniais) enquanto constituinte do paradoxo contemporaneo da soberania, pois ao mesmo tempo que cria a vida nua, produz sua total exclusao, torna-se o paradigma da politica ocidental. Assim, nossa hipotese e que se a vida nua institui o principio (Arche) da biopolitica em Agamben, as formas-de-vida devem compor o centro unitario da reflexao e do pensamento politico contemporaneo.
  • CAMILA MACEDO PEREIRA
  • A questão da fundamentação e o problema da efetivação dos direitos humanos em Norberto Bobbio
  • Data: 31/07/2019
  • Hora: 09:00
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  • Na presente dissertação analisaremos como a questão do fundamento dos direitos humanos e o problema de sua efetivação tem adquirido relevância no debate contemporâneo. Para dar conta dessas questões, escolhemos como principal referencial teórico o filósofo italiano Norberto Bobbio, para quem os conceitos de direitos humanos e dignidade não são unívocos, pois não podem abranger todos os cidadãos em todas as culturas e situações. Bobbio deixa claro que um fundamento absoluto tal como defendido pelo jusnaturalismo, não seria possível atualmente. Até porque, segundo ele, a expressão direitos humanos é vaga, imprecisa. Em razão do seu caráter histórico, os direitos humanos, por serem também mutáveis, não possuem fundamentos absolutos. Bobbio, por fim, ressalta que a questão fundamental da nossa época é de natureza política, pois se trata, sobretudo, de encontrar meios para a efetivação de tais direitos.
  • EDILENE BEZERRA DA SILVA
  • Uma investigação sobre a natureza humana: a importância das paixões na formação dos juízos e ações morais em D. Hume
  • Data: 31/07/2019
  • Hora: 09:00
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  • O presente trabalho tem como objetivo analisar as paixoes e sua contribuicao para a constituicao da filosofia moral de David Hume. Assim, destacamos a nocao de paixao, enquanto existencia original, cuja funcao vai alem de sensibilizar o individuo, pois trata-se de uma impressao reflexiva capaz de construir juizos e crencas, e que tambem se torna uma ferramenta essencial para a tomada de decisao moral do sujeito. Com efeito, trata-se de demonstrar como as paixoes integram nosso senso moral e como elas podem se constituir como um principio motivador das acoes morais. Por isso, convem compreender as paixoes e suas formas de expressao ao longo da historia da filosofia, o papel que as operacoes racionais desempenham no comportamento do individuo, quais as criticas que Hume faz ao racionalismo moral e, finalmente, qual a relacao entre necessidade e liberdade na determinacao das acoes humanas. Da mesma forma, tambem se investiga o surgimento das distincoes morais e qual a importancia destas distincoes na constituicao do comportamento moral do individuo. Alem disso, destaca-se o senso moral e sua origem derivada do prazer e do sofrimento alheio e como o sentimento de simpatia e a justica contribuem na constituicao do senso moral e na pratica de acoes justas. Por fim, este trabalho demonstra como os postulados filosoficos de Hume foram empiricamente corroborados pelas pesquisas em neurociencias acerca das emocoes e de sua relacao com o comportamento humano.
  • THIAGO ALBERIONE DA SILVA DE ARAUJO
  • A aporias da participação no Parmênides
  • Orientador : ANDERSON DARC FERREIRA
  • Data: 30/07/2019
  • Hora: 15:00
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  • O Parmênides de Platão coloca-se para nós como o mais formidável desafio literário e argumentativo da obra do ateniense, inspirando as mais variadas exegeses sobre o seu conteúdo e o seu papel no entendimento da filosofia platônica. Afim de auxiliarmos a difícil tarefa da leitura e da apreensão dos problemas contidos nesta obra, investigamos em nosso trabalho a problemática em torno da noção de “participação”, fruto de todo um desenvolvimento ocorrido nos “diálogos médios” que antecederam a composição do Parmênides, noção essa essencial não só para um correto entendimento das questões centrais do diálogo como para o sustento da estrutura explicativa da filosofia platônica como um todo. Para isso, nós reconstruiremos o desenvolvimento temático da participação no decorrer desses textos até o Parmênides, partindo sempre de alguns pressupostos: 1 – as diferenças entre as noções de predicação e de participação – uma vez que, em não poucas vezes na história do tratamento acadêmico desse diálogo, a essência do problema da participação foi categorizada como um problema lógico de “auto-predicação”; 2 – O antagonismo ontológico presente no diálogo, enfatizado por Samuel Scolnicov, entre a concepção de ser eleata, ou ser absoluto, e o ser platônico, multifacetado, das Formas. Esse antagonismo por sua vez acarreta num antagonismo lógico no uso do princípio da não-contradição que acabará por ameaçar a concepção das Formas, pois de acordo com a versão eleata deste princípio, ao qual Scolnicov chama de “princípio absoluto da não-contradição”, o que é deve ser de todo, em si, sem a possibilidade “ser em relação a”. O grande desafio de Parmênides será ajudar Sócrates a superar esta ontologia através do método hipotético desenvolvido na segunda parte do diálogo, o qual, nós defendemos, trará contribuições “euporéticas” para as aporias do ser parmenidiano, aporias as quais buscaremos contemplar detalhadamente, uma a uma, ao longo dos nossos capítulos, entendendo a partir dessas chaves interpretativas o tipo de ataque que cada uma delas representa à participação. Ap fim de nosso estudo, teremos uma melhor compreensão da relação Formas-participação e do papel modal que ela desempenha ao tornar possível a noção “de ser em relação a outro”, pioneiramente investigada pela filosofia de Platão.
  • RAFAELLA SILVEIRA SUCUPIRA DA COSTA
  • A AUTONOMIA DA VONTADE E O PROBLEMA DA FUNDAMENTAÇÃO DA MORALIDADE NO PENSAMENTO DE IMMANUEL KANT
  • Data: 30/07/2019
  • Hora: 14:00
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  • RESUMO: O tema desta dissertacao concerne ao problema da fundamentacao da moralidade no pensamento de Immanuel Kant. Mais especificamente, objetivamos compreender a possibilidade da autonomia da vontade como principio supremo da moral kantiana. O interesse por esse tema e justificado pela relevancia que ele assume para a filosofia moral tradicional. Em nosso percurso investigativo, elegemos tres objetivos especificos, quais sejam: compreender o papel pratico da razao, tanto em seus aspectos instrumentais, enquanto meio para alcancar um fim determinado, quanto em seus aspectos morais, enquanto faculdade determinante da acao moral; entender o problema da fundamentacao da moralidade, isto e, analisar os principios ilegitimos (da felicidade e da perfeicao) e o principio legitimo da moralidade (a autonomia da vontade); e, por fim, destacar o problema da efetivacao das acoes morais no mundo fenomenico. Com isso, pretendemos, seguindo o tracado da Fundamentacao da metafisica dos costumes e da Critica da razao pratica, analisar os contornos, os limites e as repercussoes da filosofia moral kantiana e, mais ainda, como o problema da fundamentacao da moralidade se afigura ainda atual no ambito da etica contemporanea.
  • DEIBSON JOAQUIM DOS SANTOS
  • A função da história ou a redenção dos oprimidos: inferências das "Teses sobre o conceito de história" de W. Benjamin à cultura historiográfica
  • Data: 30/07/2019
  • Hora: 09:00
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  • Este trabalho é uma contribuição para os debates sobre a importância da obra de Walter Benjamin para o conhecimento histórico, mais especificamente, refletiremos sobre as criticas realizada por ele contra os modelos historiográficos existentes no inicio do século XX e elaboremos argumentos que demonstre seus apontamentos para uma historiografia promotora da consciência histórica da classe oprimida. Entretanto, compreendemos que não é possível refletir sobre os argumentos de Benjamin nas Teses, sem um diálogo com outros textos de sua obra. Por isso, realizaremos uma interlocução entre os escritos benjaminianos anteriores a esse texto, as reflexões elaboradas pelos comentadores e os autores que possam contribuir para a justificação dos nossos argumentos. Para isso, estabelecemos objetivos que sejam passíveis de execução, uma vez que a amplitude teórica das teses reflete à práxis política, acadêmica e a vida de nosso teórico, de modo que não seria possível construir um trabalho que pudesse refletir sobre todo o arcabouço conceitual dessa obra de Benjamin por meio de um simples trabalho dissertativo. Por isso, empenharemos esforços em três perspectivas que identificamos nas Teses Sobre o Conceito de História: a cultura historiográfica do Historicismo; a violência como instrumento para a dominação da classe oprimida; o papel das emoções e sentimento enquanto instrumento para a redenção dos oprimidos e construção da consciência histórica dos trabalhadores. Porém, esses temas não serão tratados isoladamente, uma vez que a nossa pretensão é justificar ou ratificar a ideia que a historiografia historicista fortaleceu os instrumentos de dominação da burguesia contra a classe oprimida, por consequência, favoreceu o esquecimento das emoções e sentimentos vinculados aos acontecimentos históricos, ou seja, contribuiu para dissociar os processos históricos da construção da consciência histórica.
  • JOSÉ LEONARDO ALEXANDRE LACERDA
  • DO ABSURDO À REVOLTA: UMA ANÁLISE ANTROPOLÓGICA DA FILOSOFIA DE ALBERT CAMUS
  • Data: 30/07/2019
  • Hora: 09:00
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  • A ideia central desse trabalho tem por objetivo apresentar o caminho percorrido por Albert Camus no que se refere à temática do absurdo e da revolta com uma perspectiva antropológica filosófica nas obras O Mito de Sísifo e O Homem Revoltado. Partindo de início da compreensão sobre o absurdo em O Mito de Sísifo, onde o absurdo é visto como o despertar de uma vida maquinal que traz a consciência que o homem está sozinho diante de uma vida sem sentido e que é tratado por Camus por um lado, como um conflito entre o desejo de clareza do homem e, por outro lado, um mundo que oferece como resposta a irracionalidade de um ambiente desprovido de significado, caracterizando um divórcio entre o homem e o mundo, dessa forma, o absurdo transformava-se em revolta. Chegando à obra O Homem Revoltado, veremos a crítica feita por Camus à revolta do homem no âmbito metafísico e histórico, a revolta não é uma reação mecânica, mas um ato consciente. Diante dessa consciência deixada pela relação da nostalgia humana e a irracionalidade do mundo, veremos como esse homem revoltado age diante desse mundo inconsequente que legitima e autoriza quase tudo. Do absurdo de um mundo irracional à revolta como possibilidades de ação
  • VALKÍRIA OLIVEIRA DE MELO
  • Marguerite Porete e Mestre Eckhart: o aniquilamento e o desprendimento como caminhos para uma ética do amor
  • Orientador : ANDERSON DARC FERREIRA
  • Data: 30/07/2019
  • Hora: 09:00
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  • O pensamento místico desenvolvido por Marguerite Porete e Mestre Eckhart visa a transformação da alma após a experiência mística com Deus/Amor, momento em que a alma recebe a compreensão sobre Amor/Deus. A alma aniquilada/desprendida volta do encontro com Deus (que é o próprio Amor), transformada por Deus/Amor em Amor, com outra percepção do mundo e das pessoas, de modo que sua ação depois do encontro com o Divino é guiada por seu Amor. A alma que fora transformada no Amor, estando no mundo, tornar-se reflexo de Deus, momento este que percebe e move-se em relação a outrem com Amor (sua nova natureza), a essa ação da alma transformada por Amor damos o nome, em nosso trabalho, de „Ética do Amor‟. Para chegar a esse estado de elevação da alma e compreensão de Deus/Amor, Marguerite Porete e Mestre Eckhart sugerem, respectivamente, em seus escritos, O Espelho das almas simples e aniquiladas e que permanecem somente na vontade e no desejo de Amor e nos Sermões Alemães e em O livro da divina consolação o caminho para o aniquilamento e desprendimento das coisas tanto externas (mundo) como internas (vontade/eu). Nesse sentido, objetiva-se apresentar neste trabalho o caminho de aniquilamento e desprendimento que Marguerite e Eckhart propõem para dar suporte ao leitor sobre o pensamento místico de nossos autores, possibilitando a compreensão do momento em que a alma, ao perder sua vontade, tornando-se nada, pode ter uma experiência intelectiva sobre Deus/Amor e, a partir dessa compreensão, ser transformada e transformando sua relação com o próximo, o que chamamos de „Ética do Amor‟.
  • CAIO LIVIO SULPINO DANTAS
  • SUBJETIVIDADE E MUNDO DA VIDA: A SOLUÇÃO HUSSERLIANA PARA A CRISE DAS CIÊNCIAS EUROPEIAS.
  • Data: 29/07/2019
  • Hora: 14:00
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  • Para Husserl, a ciencia e parte integrante da origem e do destino da humanidade europeia, mas esta e tambem uma decisao viva. A condicao de escolha, o dilema, parece-nos destacar um ponto dubio na relacao entre a pretensao cientifica em explicar os fenomenos do mundo objetivamente e a aplicacao desta vontade (como metodo) a subjetividade do ser. No segundo sentido, a ciencia, tratada subjetivamente pela Fenomenologia, representa tudo quanto nao padronizado por abstracao ou modelagem, uma ciencia afeita a percepcao, a liberdade do que vem ao saber para si. De tal maneira que no presente trabalho, a comunhao tematica de um autor tao amplo como Husserl sera abordada como a fronteira da compreensao da liberdade para a eclosao de conhecimento e sentido renovados. Se a ciencia e, como verifica Husserl, tanto conhecimento em formas de conhecer o mundo, quanto e mundo de conhecimento de formas – dualidade apresentada no conceito mundo da vida – entao a solucao esta em aberto e a abertura e solucao. Esta e a pista que vem nos socorre no tratar o tema da Crise das Ciencias Europeias. A nova ciencia poe-se de um lado, guiada fenomenologicamente pela subjetividade sobreposta ao objetivismo; a Europa poe-se de outro, pensada por Husserl como continente espiritual, cultural, apregoado ao ser cientifico; no meio de ambas residindo o mundo da vida, como um modo de ser consciencia em aberto, fixa em presenca e mutavel em sentidos (consciencia fora de si). Perguntamos: o que e a crise de Husserl? Quais as implicacoes do mundo da vida para a tomada de partido subjetivamente livre? O que ve aquele que mira o mundo por olhos de decisao quanto a um mundo de sentido? Em vistas de alcancar o problema com seguranca, esperamos cumprir tres metas. A primeira e discorrer sobre as relacoes da Crise no campo cognoscente de Husserl, expondo o significado deste fenomeno no entendimento do autor. Segunda, conceituar o mundo da vida, demonstrando como o conceito se afigura a necessidade de por em suspenso uma dada realidade. E terceira, articular as nuances da subjetividade transcendental, efetuar a reflexao dos limites de Husserl por meio do cruzamento de suas ideias.
  • GEDEON JOSÉ DE OLIVEIRA
  • O CONCEITO DE VÍTIMA EM ENRIQUE DUSSEL.
  • Data: 29/07/2019
  • Hora: 14:00
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  • A presente pesquisa tem como tema os conceitos de vitima e tolerancia em Enrique Dussel, paradoxos e insuficiencias no campo etico politico (2002; 2006; 1997; 1995), frente ao qual se indaga: Como compreender o conceito de vitima e tolerancia em Enrique Dussel? Quais os paradoxos e insuficiencias destes conceitos no campo etico-politico na America Latina? A partir desta questao busca-se compreender o conceito de vitima e tolerancia a partir de Enrique Dussel para problematizar no campo da filosofia politica seus paradoxos e insuficiencias. Desse objetivo geral desdobram-se alguns outros especificos: levantar subsidios teoricos para o entendimento do que seja um conceito; discutir os conceitos de vitima e tolerancia aprofundados a luz da realidade latino-americana; evidenciar a relacao existente entre os processos de vitimizacao e os processos de producao e reproducao das relacoes sociais na sociedade capitalista; discutir os paradoxos e insuficiencias do conceito de vitima e tolerancia no contexto do capitalismo tendo em vista sua superacao; Problematizar os mecanismos e instrumentos construidos pelas classes populares e movimentos sociais como forma de reacao e enfrentamento aos processos de vitimizacao e exclusao social. Para articular os conceitos de vitima e tolerancia, escolhemos um percurso metodologico fundamentado na abordagem hermeneutica fenomenologica. Trata-se de uma pesquisa teorica, de cunho bibliografico, desenvolvida a partir do metodo arqueologico. Para a fundamentacao teorica dessa pesquisa utilizamos os seguintes autores: Castor Bartolome Ruiz (2006; 2004;) Voltaire (2000). Levinas (2009) Locke (1993) Heidegger (2011). A partir do trabalho desenvolvido ate o momento destaca-se o seguinte resultado: a ideia de vitima em Dussel perpassa todos os temas da filosofia da libertacao e tem consistencia propria, uma vez que Enrique Dussel aprofundou os principais autores da historia da filosofia, estabelecendo os limites epistemologicos e atraves da critica, sistematizou uma filosofia da America Latina para America Latina e da America Latina para o mundo, rompendo, deste modo, com os limites do pensamento unico europeu.
  • EDVAL DA COSTA ARAUJO
  • O (RES) SIGNIFICADO DO TRABALHO NOS MANUSCRITOS ECONÔMICO-FILOSÓFICOS DE 1844, DE KARL MARX.
  • Data: 29/07/2019
  • Hora: 09:30
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  • A presente dissertacao constitui-se de um estudo sobre o trabalho nos Manuscritos economico-filosoficos de 1844, de Karl Marx (1818-1883), sob o pressuposto da (res) significacao. Sabe-se que as mudancas de sentido do trabalho – que e materia imanente a vida do homem – trouxeram um entorpecimento as mentes humanas. Interferiu de forma direta no modo de conceber e relacionar-se com a natureza de si e do trabalho. Deste modo, a pesquisa visa examinar as consequencias impostas ao sujeito do trabalho a partir da perda da originalidade desta categoria. Analisa a relacao do homem com a natureza do trabalho, investiga o conceito de trabalho alienado/estranhado e busca contribuir com a reflexao da retomada do sentido positivo do trabalho como identitario ao homem contemporaneo, no sentido de valorar sob os efeitos das novas mudancas sociais, politicas e tecnologicas. Assim, a exposicao esta dividida em 03 (tres) partes. A primeira aborda o significado do trabalho com base nos estudos de Karl Marx sobre a Economia Politica dos economistas classicos ou ciencia da riqueza, representados por Adam Smith, David Ricardo e Say. Trata-se da natureza do trabalho. Na segunda parte esta contida a proporcao alienante que chegou o significado do trabalho na vida do homem. Isto e, o trabalho alienado. A terceira parte compreende a contribuicao do que se pode oferecer para potencializar o trabalho como bem comum, com o emprego das politicas publicas e as novas tecnologias. Logo, a pesquisa se encaminha para a conclusao de que e plausivel a retomada do sentido positivo do trabalho a natureza humana como objeto de emancipacao, diferente da concepcao e pratica exacerbado do capitalismo.
  • ANGÉLICA BATISTA BARBOSA
  • A MORAL DA AMBIGUIDADE SEGUNDO SIMONE DE BEAUVOIR
  • Data: 26/07/2019
  • Hora: 09:00
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  • A filosofa francesa Simone Lucie-Ernestine-Marie Bertrand de Beauvoir (1908-1986) e tida como uma mera partidaria das ideias filosoficas de Sartre. No entanto, basta darmos uma pequena folheada em um de seus romances, como por exemplo: A Convidada ou O sangue dos outros, e percebemos que os mesmos, estao carregados de conceitos filosoficos concernentes ao existencialismo e principalmente, todos apresentam carater moral. Nao apenas seus romances, mas a sua obra em geral apresenta esse mesmo fio condutor. Com base nessas constatacoes pretendemos delinear a construcao de uma moral. O minimo contato com qualquer de seus livros nos leva a perceber a relevancia dada as questoes morais, para compreendermos o que aqui chamei de construcao de uma moral, o que pode causar certo estranhamento, visto que o existencialismo nao postula regras a serem seguidas como as morais tradicionais, analisaremos em um primeiro momento o ensaio Pirro e Cineias no qual fica clara a tentativa de Beauvoir de elucidar a motivacao da acao humana, em seguida em O sangue dos outros, no qual ela aponta questionamentos acerca do sentido da vida, do papel que ocupamos no mundo e do impacto que nossas acoes geram em outrem e por fim a obra que servira de base para todo o nosso texto Por uma moral da ambiguidade, nessa sao postuladas questoes que envolvem a ambiguidade humana, o ponto de partida da construcao de sua moral.
  • JOSÉ RODRIGO GOMES DE SOUSA
  • O TERCEIRO COMO UM PROBLEMA PARA A ÉTICA DE EMMANUEL LÉVINAS.
  • Data: 12/07/2019
  • Hora: 09:00
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  • A presente pesquisa tem como objetivo analisar como o Terceiro se constitui um problema para a etica de Emmanuel Lévinas. Para tanto, o percurso realizado examina, primeiramente, como Lévinas e influenciado pela filosofia de Edmund Husserl e de Martin Heidegger, considerando que ele foi o um dos primeiros a levar para a Franca a perspectiva fenomenológica da filosofia. Analisando que Husserl e Heidegger nao saem do campo reducionista do eu, Levinas rompe com ambos e da inicio a uma fenomenologia que aborda o Outro. Isso ocorre quando o Outro e colocado como a coisa-em-si e o rosto como fenômeno. Em segundo lugar, a ética da alteridade e abordada a partir de três perspectivas: a primeira como reação ao outro, a segunda como reacao a partir de si mesmo a outra pessoa e a terceira como reação ao outro no sentido de substitui-lo em suas responsabilidades. Em terceiro lugar, a hospitalidade e encarada como abrigo ético enquanto cuidado e acolhimento do Outro na vulnerabilidade, e acolher o Outro na pura gratuidade. Hospitalidade corresponde a um recolhimento, a um acolhimento humano, supõe a virtude de hospedar e recolher o Outro em suas necessidades. Hospedar o Outro e responder de forma radical ao seu apelo. No quarto momento, e apresentado o Terceiro como o outro do Outro e com ele surge a possibilidade de tematizar o que antes não era possível. Com Zygmunt Bauman e entendido que a ética levinasiana e uma ética pós-moderna ao abordar o Outro, contudo, ela e inviabilizada com a entrada do Terceiro. Também e com o Terceiro que surge outra problemática: a emergência dos sem rosto. Bauman afirma que a Face e dissolvida em varias faces, a relação não e mais com o rosto e sim com as mascaras. Que ética seria possível de uma relação que não tem mais o rosto como referencia? O Terceiro e um problema que aponta para outros caminhos, para a possibilidade de uma ética líquida.
  • SAULO BANDEIRA DE OLIVEIRA MARQUES
  • Contra os moralistas: contrapontos a quatro leituras de viés moral da Arte Retórica de Aristóteles
  • Data: 04/07/2019
  • Hora: 10:00
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  • Provavelmente em virtude de sua instrumentalidade, ha um desassossego generalizado quando se lida com a retorica, mormente reputando-a como uma pratica de feitio imoral. Essa imagem a acompanha desde a disputa que travou com a filosofia, na Helade do Seculo V a.C., pela primazia de ser a paideia. Entretanto, ja naquela epoca, havia algumas perspectivas que a desvencilhavam, em todo ou em parte, dessa percepcao. Aristoteles, por exemplo, escreveu uma Arte Retorica na qual se propos a um tratamento tecnico a retorica, exortando exerce-la sob um jaez moral. Essa sua admoestacao por uma retorica “dignificada” ainda hoje conduz a interpretacoes da retorica enquanto uma atividade de vies moral, sob fundamentos diversos, nao obstante o seu jaez tecnico apontar para uma ambivalencia nesse ambito. Desde essa perspectiva, consideram-se aquelas leituras de feicao moral como leituras parciais, seja por sua incompletude, seja por sua unidirecionalidade, inadequadas, pois, para caracterizar a retorica. Nesse sentido, e em contraposicao a tais perspectivas, apresenta-se a retorica como derivacao da deinotēs, advogando por um jaez prioritariamente ambivalente no ambito moral. Para tanto, examinaram-se sob o modelo argumentativo de Toulmin quatro leituras de vies moral com fundamentos representativos distintos, dos quais se extrairam os elementos para a elaboracao do contra-argumento atraves da tecnica retorica da inventio por antimodelo. Uma vez desveladas suas bases de sustentacao, constatou-se que as excecoes apontadas consistiam em perspectivas equivalentes, recusadas enquanto tal por uma visao limitada das funcoes da retorica. Destarte, a leitura da retorica enquanto deinotes e a mais condizente com o seu jaez tecnico: como arte, a retorica nem e virtude, nem astucia; mas, uma “razao” do contingente, uma habilidade do juizo pratico que, pela observacao da realidade circundante em seu mister de “encontrar os meios mais pertinentes para persuadir” (Retorica, 1355b25-26), auxilia a especular o e agir no Mundo.
  • AISLAN FERNANDES PEREIRA
  • EM DIREÇÃO A UMA TRADIÇÃO INFERENCIALMENTE EXPRESSIVISTA DA SILOGÍSTICA
  • Data: 02/05/2019
  • Hora: 15:00
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  • O trabalho desta dissertacao, em um sentido amplo, busca resgatar o que pode estar no projeto original ou nucleo da filosofia, desde o seu aparecimento socratico: a ideia de racionalidade elucidativa. Essa racionalidade e voltada a expressar nossas praticas de uma forma em que possam ser confrontadas com objecoes e alternativas. A nocao de expressao e central a essa racionalidade. Essa centralidade e elucidada pelo filosofo contemporaneo Brandom (1994, 2000, 2008a, 2013), a partir da sua visao de inferencialismo semantico. Com essa visao, esta dissertacao, em um sentido estrito, investiga evidencias que levem a distincao da tradicao inferencialmente expressivista da silogistica. Nesse inferencialismo semantico, a logica e o “orgao da autoconsciencia semantica”. Nesse sentido, a logica nao define o racional, no sentido mais basico, mas permite ter consciencia, por articulacao inferencial, dos conteudos conceituais, que regem todos os nossos pensamentos. Evidencias, apresentadas no trabalho desta dissertacao buscam mostrar que o silogismo e marcado pelo carater logico-elucidativo, dessa autoconsciencia semantica, em razao do seu papel expressivo enquanto inseparavel da nocao de inferencia. Na primeira parte, da presente dissertacao, entao, faz-se o exame da tradicao da silogistica, na qual a expressao e a nocao principal. Esse exame e construido com base na tradicao da silogistica, composta da escola aristotelica de Campinas, organizada por Angioni (2014a), do logico economista Keynes (1906) e das escolas “formalistas”, representadas principalmente pelo logico polones Łukasiewicz (1957, 1929/1963) e por Corcoran (1972, 1974, 2009, 2015). Sao analisadas as principais alegacoes da escola de Campinas: a exposicao nao epistemologica, mas explanatoria, do conhecimento (cientifico), pelo silogismo, o papel secundario da nocao de verdade, a prioridade da estrutura predicativa, e a sugestao de aproximacao da silogistica com o sistema de logica relevante. Nessa analise, adiciona-se a discussao sobre o raciocinio do tipo epagogico, importante ao entendimento pratico dos “primeiros principios”. Tambem sao discutidos os principais pontos de Keynes: a prioridade semantica do juizo proposicional e o papel explicativo da inferencia dedutiva. Na segunda parte, da presente dissertacao, discute-se a relacao entre expressao, inferencia e o papel expressivo da logica, a partir do inferencialismo semantico de Brandom. Para discutir essa relacao, sao levantadas questoes propedeuticas, como o papel semantico de sentencas e subsentencas (termos e predicados) na linguagem, diferentes concepcoes de validade logica, alem do aspecto verofuncional, a demarcacao logica das regras simbolicas, a questao demarcatoria da logica, a ideia de “logica formal”, e o distanciamento da semantica formal em relacao a linguagem natural. Em seguida, aborda-se o arcabouco teorico do inferencialismo semantico de Brandom. Nesse arcabouco, entra em jogo a ideia de semantica filosofica, pragmatismos do tipo semantico e conceitual, expressivismos do tipo racionalista, logico e proposicionalmente conceitual, e a nocao semanticamente primitiva de incompatibilidade. Assim, aos que estao interessados na correspondencia entre logica antiga e logica moderna, o trabalho desta dissertacao oferece uma contribuicao util, em especial a projetos de formalizacao da silogistica, que nao precisam apelar contra ou a favor de uma abordagem estritamente formal da logica.
  • ALVARO HENRIQUES DAVID NETO
  • NIETZSCHE E A MORAL COMO PROBLEMA: DA COSMOLOGIA À ÉTICA DO ARCO
  • Data: 26/04/2019
  • Hora: 09:00
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  • O presente trabalho inclina-se ao exame da critica de Nietzsche a moral. Nesse passo, tenciona, para alem da consignacao da cedica diatribe a moral platonico-crista, registrada demasiadamente em seu programa, reflexionar acerca do alcance e leitmotiv mesmo da critica. No bojo desta dissertacao, isso significa esquadrinhar, com arrimo tambem numa hipotese cosmologica verificavel em seu projeto e aqui aplainada, se escampam dos escritos acerbos outras morais. Bem assim, almeja-se ofertar notas responsivas a suspeita de alguma iconoclastia moral advogada pelo filosofo. Nao escapam do plexo de objetivos desta exposicao, ademais, buscas por descricoes capazes de engendrar, com algum vigor, intuicoes calcadas na existencia de uma filosofia moral positiva, isto e, tenta-se verificar, a partir do entrelacamento de algumas nocoes, se existe um dizer-sim vocacionado a moral. Disso deflui, necessariamente, o perscrutar de indicios que, jungidos, serao capazes – ou nao – de revelar a vivencia de um projeto etico inserto na filosofia de Nietzsche. Para tanto, dois movimentos mostram-se imprescindiveis: aquele aderente a tentativa de investigar o caminho investigativo – o metodo genealogico – e seus achados; e aqueloutro ja mencionado, que se mostra na identificacao de uma hipotese cosmologica que atravessa seus escritos. Nessa vereda, utiliza-se com mais intensidade das obras dos periodos intermediario e tardio. Isso porque, como se verificara, desde Humano, demasiado humano ate Ecce Homo as reflexoes sobre a moral ocupam espaco privilegiado.
  • MARIA DE FATIMA DE SOUSA MEDEIROS
  • A LIBERDADE EM JEAN-JACQUES ROUSSEAU
  • Data: 28/02/2019
  • Hora: 17:30
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  • A revolucao francesa e o sucesso dominante do seculo XVIII e seu impeto, acreditamos, permanece ainda nos dias de hoje. A forca intelectual da Franca fez com que o Iluminismo ou epoca da razao se identificasse com a causa da liberdade francesa - Jean-Jacques Rousseau, e considerado como um dos pensadores que marca um impulso de uma especie de liberdade voltada a uma natureza de etica estatal: Rousseau, nasceu em Genebra, em 1712. De familia com poucos recursos financeiros, orfao de mae ainda recem-nascido e abandonado pelo pai na infancia, Rousseau nao teve sorte de contar com uma educacao formal. Leitor voraz, sobretudo dos grandes autores latinos como Plutarco, experimentou na Literatura, na Filosofia e na contemplacao da natureza, como narra em seus textos autobiograficos, os encantos de uma vida feliz e solitaria. O seu espirito aventureiro o encorajou, ainda na adolescencia, a abandonar Genebra e viajar pela Europa. Na Franca, conviveu conflituosamente com os principais pensadores de seu tempo – Voltare, Diderot, Condilllac, D’Alembert e outros – e produziu suas principais obras, onde sempre vamos encontrar a nocao de liberdade a partir do estado de natureza do homem que nao foi separado de si mesmo e que nao se tornou coisa no decorrer da historia; percursor do Romantismo, tanto pelos temas que tratou como pela sua escrita carregada de sentimentos, critico do absolutismo e da moral decadente da nobreza e da burguesia, escreveu obras revolucionarias que marcaram a Historia da filosofia, da Literatura, e das Ciencias Humanas: O Discurso sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre os Homens, Nova Heloisa, O Contrato Social, O Emilio; As Confissoes e os Devaneios de um Caminhante Solitario. Diante do exposto, podemos mencionar que, a presente dissertacao tem como objeto central de estudo a concepcao de liberdade na obra do pensador Jean-Jacques Rousseau. No desenvolvimento da pesquisa, foi realizado um arcabouco epistemologico tentado explicitar a nossa maneira o pensamento do filosofo sobre a questao da liberdade do homem no Estado Natural e no Estado Social; para esta finalidade, nos valemos do conceito de liberdade encontrada na obra “O Contrato Social”, neste ambito da filosofia politica, nos perguntamos: qual a relacao entre a critica que Rousseau faz a degeneracao do homem da cidade com sua proposta de liberdade politica? Com finalidade de respondermos a tal indagacao, a dissertacao foi exposta projetada em tres momentos, a saber: primeiro discorrendo sobre as condicoes de vida no Estado de Natureza; no segundo, procura-se mostrar o rompimento do homem com a natureza, demonstrando como surgiu deste romper as desigualdades como consequencias da evolucao; depois, na terceira parte, e feita uma leitura da Obra O Contrato Social para destacar a politica como solucao para a corrupcao humana.
  • PAULO DE TARSO COSTA
  • CONSIDERAÇÕES SOBRE A DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO SEGUNDO HEGEL
  • Data: 28/02/2019
  • Hora: 15:30
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  • Ate que ponto o trabalho objetifica o sentido da vida do homem? Trata-se de uma questao amplamente difundida na Filosofia, sendo Hegel, um dos principais autores que refletiu sobre o processo transformador desse fenomeno social, uma vez que atraves da atividade laboral o homem modifica a si mesmo e o ambiente em que esta inserido. Partindo dessa problematizacao, esta dissertacao se debrucara sobre a discussao critica no pensamento de Hegel, a partir de tres momentos de sua obra, a saber: O Sistema da Vida Etica, a Filosofia Real e Fenomenologia do Espirito. Em suma, a concepcao do trabalho e compreendida atraves do significado atribuido ao mesmo (o conceito de trabalho) e a forma de sua realizacao (trabalho humano), onde ambas a leituras apresentam implicacoes na divisao social do trabalho. Portanto, acredita-se que o presente trabalho contribuira ao debate filosofico, na medida em que a acao trabalhante do homem sobre a natureza revela um questionamento acerca do sentido do trabalho no processo de autonomia e liberdade humana.
  • PAULO DE TARSO COSTA
  • CONSIDERAÇÕES SOBRE A DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO SEGUNDO HEGEL
  • Data: 28/02/2019
  • Hora: 15:30
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  • Ate que ponto o trabalho objetifica o sentido da vida do homem? Trata-se de uma questao amplamente difundida na Filosofia, sendo Hegel, um dos principais autores que refletiu sobre o processo transformador desse fenomeno social, uma vez que atraves da atividade laboral o homem modifica a si mesmo e o ambiente em que esta inserido. Partindo dessa problematizacao, esta dissertacao se debrucara sobre a discussao critica no pensamento de Hegel, a partir de tres momentos de sua obra, a saber: O Sistema da Vida Etica, a Filosofia Real e Fenomenologia do Espirito. Em suma, a concepcao do trabalho e compreendida atraves do significado atribuido ao mesmo (o conceito de trabalho) e a forma de sua realizacao (trabalho humano), onde ambas a leituras apresentam implicacoes na divisao social do trabalho. Portanto, acredita-se que o presente trabalho contribuira ao debate filosofico, na medida em que a acao trabalhante do homem sobre a natureza revela um questionamento acerca do sentido do trabalho no processo de autonomia e liberdade humana.
  • ASSIS WALNER FREIRE DE ALBUQUERQUE
  • Título: Uma Semântica para a Lógica Minimal Paraconsistente
  • Data: 28/02/2019
  • Hora: 15:00
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  • Resumo: Nossa pesquisa apresenta uma semantica para a Logica Minimal Paraconsistente (MPL). A Logica Minimal Paraconsistente, enquanto sub-calculo em uma construcao “natural” da Logica Paraconsistente (C1) de N. C. A. da Costa, tem como ponto de partida a Logica Positiva (PL) proposta por Hilbert e aparece no artigo The Construction of the Calculi Cn of da Costa de Alves e Queiroz (1991). Alves e Queiroz propoem, tendo em vista o dualismo entre IL e C1, ao inves de se adicionar o Principio de Nao-contradicao e se chegar a Logica Minimal Intuicionista e termos uma logica paracompleta, adicionar o Principio do Terceiro Excluido (A˅¬A) e se chegar a outra Logica Minimal, mas de carater paraconsistente, que eles chamam de Logica Minimal Paraconsistente (MPL). A Logica Minimal Paraconsistente (MPL) tem um papel importante em uma construcao natural da Logica Paraconsistente (C1). Todavia, os autores Alves e Queiroz no fim do artigo nao desenvolveram a Logica Minimal Paraconsistente de um ponto de vista semantico, apenas apresentaram seus esquemas de axiomas, mas apontaram o interesse em uma investigacao futura. Vale lembrar que uma semantica de valoracoes para calculos Cn, 1 ≤ n ≤ ω, nao pode ser uma semantica bivalente no sentido classico do termo. Foi necessario, portanto, uma modificacao no conceito de valoracao para se obter uma semantica de valoracoes para o calculo Cn, 1 ≤ n ≤ ω de carater bivalente (ALVES, 1976, p. 53). Nossa dissertacao e, portanto, uma apresentacao da Logica Minimal Paraconsistente (MPL), seu desenvolvimento sintatico e semantico, em paralelo as semanticas de semi-valoracoes de Andrea Loparić e Elias H. Alves, apresentamos uma semantica tambem de semi-valoracoes que satisfaz MPL e a prova de sua correcao, completude e decidibilidade.
2018
Descrição
  • ABELARDO JOSÉ DE OLIVEIRA
  • O PAPEL DA RAZÃO NO CONHECIMENTO DO SENSÍVEL (CIÊNCIA) EM SANTO AGOSTINHO
  • Data: 07/11/2018
  • Hora: 10:30
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  • RESUMO O presente estudo constitui-se em uma dissertacao de mestrado fundada em um referencial bibliografico, em que foram utilizadas como fontes principais as obras: Contra academicos, De libero arbitrio e De trinitate de Santo Agostinho. Seu principal objetivo e analizar o papel da razao no conhecimento do sensivel (ciencia). O que se pretende e entender como se da o processo do conhecimento racional em relacao ao que Agostinho denominou de ciencia, conhecimento do mundo sensivel. A principio, e apresentado um problema que se refere a  questao da possibilidade do conhecimento da verdade, presente no Contra academicos. Refutando o ceticismo, Agostinho inicia sua reflexao filosofica com a afirmacao do eu existencial ou autoconsciencia como primeira verdade apoditica. Tomando como fio condutor esse pressuposto, no livro II do Contra academicos, Agostinho discorre sobre as tres realidades percebidas diretamente pelo homem: O ser, a vida e a razao. E os canais que possibilitam o conhecimento sao os sentidos exteriores, o sentido interior e a razao. Para Agostinho o que ha de mais elevado na natureza humana da alma e a razao. Considerando estes conceitos, adentra-se tambem em outros temas como: sensacao e memoria. Alem disso, no livro XII do De trinitate, Agostinho, apos expor como se da o conhecimento humano, apresenta a razao humana dividida em dois niveis: razao inferior (ciencia) e razao superior (sabedoria); a ciencia e concebida como o conhecimento das coisas humanas, a sabedoria, o conhecimento das coisas divinas. A ciencia como conhecimento do mundo sensivel, assim como Agostinho apresenta, revela sua preocupacao em nao prescindir do mundo material nas suas reflexoes filosoficas. Este aprofundamento epistemologico traz um equilibrio a teoria do conhecimento de Agostinho, ainda hoje identificada com a teoria da iluminacao. Eis a importancia de aprofundar este tema, trazendo a luz, aspectos ainda nao suficientemente abordados na epistemologia de Santo Agostinho.
  • HYWKESEN EMMANUEL LIMA DE SANTANA
  • O rio se encontra com a sua foz no mar-homem: caminhos da gnosiologia de Górgias e Protágoras
  • Orientador : FRANCISCO DE ASSIS VALE CAVALCANTE FILHO
  • Data: 07/11/2018
  • Hora: 08:30
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  • De uma maneira sucinta, podemos fazer um sobrevoo no presente trabalho. Partimos de um dado problematico: a recepcao do eleatismo pela primeira sofistica, particularmente, segundo os fragmentos de Protagoras e Gorgias. A primeira obra mobilizada para isso sera De Melisso, Xenophane, Gorgia, (MXG), analisada segundo Barbara Cassin, onde se articula e se justifica o tratado como uma obra completa em sua unidade significativa. Em seguida, abordarmos a doutrina do “homem medida” (homo mensura) de Protagoras, segundo os testemunhos de Platao (Teeteto) e Sexto Empirico (Adv. Math.) e a analise de Untersteiner. O que buscamos compreender e como de sua recepcao critica a Parmenides, podemos situar a posicao de ambos os sofistas no que diz respeito a questao da cognoscibilidade humana e acerca de uma possivel gnosiologia.
  • MARTINA DOS SANTOS NOBRE
  • DA CONTRIBUIÇÃO DA TEORIA DOS ATOS DE DISCURSO À TEORIA DA INTENCIONALIDADE DE JOHN SEARLE
  • Orientador : CANDIDA JACI DE SOUSA MELO
  • Data: 31/10/2018
  • Hora: 16:00
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  • Esta dissertacao visa analisar a contribuicao da teoria dos atos de discurso a teoria da intencionalidade de John R. Searle, a saber: o modelo dos atos de discurso, utilizado para compreender a intencionalidade como representacao. Ao optar por uma analise logica ao inves de uma analise ontologica, Searle assume a forma logica dos atos de discursos enquanto analogia para explicar a estrutura dos estados intencionais utilizando quatros nocoes logicas da teoria dos atos de discurso: distincao entre conteudo proposicional e forca ilocucionaria, direcao de ajuste, condicoes de sinceridade e condicoes de satisfacao. Na sua teoria dos atos de discurso Searle trata da relacao entre a linguagem e o mundo, o que lhe leva a explicar as funcoes essenciais da linguagem e ao exame do papel dos atos de discursos na determinacao da significacao linguistica. Tal abordagem e apresentada nos livros Speech Acts (1969) e Expression and Meaning (1979) no qual Searle segue os passos de seu mestre John L. Austin. Nessa perspectiva, os atos de discurso do tipo ilocucionarios sao considerados como as primeiras unidades de significacao, no uso e na compreensao das linguas naturais. Os atos ilocucionarios elementares tem uma forma logica que e constituida de uma forca ilocucionaria F e de um conteudo proposicional P. E e a forca ilocucionaria quem determina as quatro maneiras possiveis de estabelecer uma relacao entre a linguagem (as palavras) e o mundo (as coisas) chamada de direcao de ajuste. Neste primeiro momento, Searle nao tratou explicitamente do carater intencional ou representacional da linguagem. Tal lacuna sera completada no livro Intentionality (1983) onde ele apresenta sua teoria da mente, da intencionalidade humana, em particular. Este livro e um divisor de aguas, pois nele Searle defende uma tese muito forte segundo a qual a mente funda a linguagem. No entanto, para elaborar sua abordagem sobre a intencionalidade Searle vai utilizar como base a teoria dos atos de discurso. Nossa pesquisa mostra quais sao os tracos comuns entre os atos ilocucionarios e os estados intencionais e explica porque Searle considera que a intencionalidade e propria aos estados mentais enquanto a intencionalidade da linguagem e derivada.
  • ANTONIO MARCELO DO NASCIMENTO NETO
  • AUTENTICIDADE E RECONHECIMENTO NO MULTICULTURALISMO DE CHARLES TAYLOR
  • Data: 11/10/2018
  • Hora: 15:00
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  • Este trabalho visa analisar o conceito de multiculturalismo proposto pelo filosofo canadense Charles Taylor a fim de destacar a associacao apresentada pelo autor entre autenticidade e reconhecimento. Charles Taylor e um dos filosofos politicos contemporaneos mais influentes e reconhecidos. Ele dedicou parte de sua obra a reflexao sobre a realidade multicultural, criando ideais modernos de autenticidade e reconhecimento, que tem como marca um reconhecido equilibrio, alem de fornecer solucoes autenticas que vao de encontro ao atomismo politico e a razao instrumental.Dessa forma, buscamos compreender o conceito de multiculturalismo proposto pelo autor, o ideal da autenticidade e a formulacao do reconhecimento, para assim encontrarmos a intrinseca relacao entre eles e suas importancias.
  • ANTONIO MARCELO DO NASCIMENTO NETO
  • AUTENTICIDADE E RECONHECIMENTO NO MULTICULTURALISMO DE CHARLES TAYLOR
  • Data: 11/10/2018
  • Hora: 14:00
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  • Este trabalho visa analisar o conceito de multiculturalismo proposto pelo filosofo canadense Charles Taylor a fim de destacar a associacao apresentada pelo autor entre autenticidade e reconhecimento. Charles Taylor e um dos filosofos politicos contemporaneos mais influentes e reconhecidos. Ele dedicou parte de sua obra a reflexao sobre a realidade multicultural, criando ideais modernos de autenticidade e reconhecimento, que tem como marca um reconhecido equilibrio, alem de fornecer solucoes autenticas que vao de encontro ao atomismo politico e a razao instrumental.Dessa forma, buscamos compreender o conceito de multiculturalismo proposto pelo autor, o ideal da autenticidade e a formulacao do reconhecimento, para assim encontrarmos a intrinseca relacao entre eles e suas importancias.
  • AMANDA CRISTINA PACIFICO
  • GIORGIO AGAMBEN: a condição da vida humana no estado de exceção
  • Data: 24/08/2018
  • Hora: 15:00
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  • O proposito deste trabalho e analisar, a partir do pensamento do filosofo italiano Giorgio Agamben o fenomeno do Estado de excecao. A proposta de nossa investigacao e analisar a seguinte questao: O estado de excecao no sentido proposto por GiorgioAgamben, e o paradigma de governo da contemporaneidade? A hipotese que Agamben defende e que sim, a excecao e o paradigma fundante do Estado Moderno, tanto na versao totalitaria ou democratica. Para justificar esta hipotese, tracamos o caminho da relacao entre politica e direito sobre o vies da vida humana. Numa primeira aproximacao podemos dizer que o estado de excecao e o dispositivo original por meio do qual o poder soberano captura a vida humana. Agamben capta uma tensao simultanea na politica e no direito, em sua relacao a vida humana. O objetivo geral desta pesquisa e analisar as categorias de vida nua, dispositivo e soberania, que segundo o filosofo sao conceitos essenciais para a definicao do estado de excecao. Nossa pesquisa bibliografica se inicia com as obras de Giorgio Agamben pertencentes ao seu projeto filosofico denominado HOMO SACER, especificamente a obra Estado de Excecao, objeto de nossa investigacao. Comecaremos articulando o caminho utilizado pelo filosofo na compreensao da denominacao do Estado de excecao. A partir desta investigacao descreveremos a polaridade existente entre o Estado democratico de direito e o Estado de excecao defendendo a seguinte tese: o Estado democratico de direito como um Estado de excecao e o estado de excecao como regra. Nossa intencao e, a partir desta pesquisa, contribuir aos debates da filosofia politica e da filosofia do direito acerca deste objeto.
  • JOSÉ ROGÉRIO GOMES DE SOUSA
  • A IDENTIDADE DISCURSIVA COMO ELO ENTRE ÉTICA E POLÍTICA EM HABERMAS
  • Data: 08/08/2018
  • Hora: 14:00
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • A presente pesquisa dissertativa em a intencao de abordar acerca da etica do discurso e a democracia. Para tal empreendimento a linha invisivel que da fundamentacao e a teoria do discurso, mais especificamente, a linguagem em Habermas. Parte-se primeiro de um ponto especifico: a definicao de sujeito e a razao em Kant, de modo que se faz um contraposicao a tal concepcao mediante a paradigma da linguagem. Assim, Habermas faz uma mudanca de paradigma: sai do paradigma da razao, isto e, da consciencia para o paradigma da linguagem. Segue-se o desenvolvimento abordando sobre a questao da intersubjetividade e a etica do discurso, tendo como ponto fulcral a conciliacao de uma etica particular com uma etica universalista. O que tende a responder a seguinte questao: como e possivel conciliar uma etica particular com uma etica universalista? Por fim, aborda-se sobre a democracia, mais especificamente, sobre a tomada de decisao dos atores no cenario politico e se tal decisao e movida por interesses particulares ou comunitarios. De pano de fundo tenta-se responde a questao: e possivel um elo entre moral e politica? Isso provoca a pensar se ha uma formacao especifica do ser humano para agirem comunicativamente ou uma concepcao de homem em Habermas.
  • JOSÉ ROGÉRIO GOMES DE SOUSA
  • A IDENTIDADE DISCURSIVA COMO ELO ENTRE ÉTICA E POLÍTICA EM HABERMAS
  • Data: 08/08/2018
  • Hora: 14:00
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  • A presente pesquisa dissertativa em a intencao de abordar acerca da etica do discurso e a democracia. Para tal empreendimento a linha invisivel que da fundamentacao e a teoria do discurso, mais especificamente, a linguagem em Habermas. Parte-se primeiro de um ponto especifico: a definicao de sujeito e a razao em Kant, de modo que se faz um contraposicao a tal concepcao mediante a paradigma da linguagem. Assim, Habermas faz uma mudanca de paradigma: sai do paradigma da razao, isto e, da consciencia para o paradigma da linguagem. Segue-se o desenvolvimento abordando sobre a questao da intersubjetividade e a etica do discurso, tendo como ponto fulcral a conciliacao de uma etica particular com uma etica universalista. O que tende a responder a seguinte questao: como e possivel conciliar uma etica particular com uma etica universalista? Por fim, aborda-se sobre a democracia, mais especificamente, sobre a tomada de decisao dos atores no cenario politico e se tal decisao e movida por interesses particulares ou comunitarios. De pano de fundo tenta-se responde a questao: e possivel um elo entre moral e politica? Isso provoca a pensar se ha uma formacao especifica do ser humano para agirem comunicativamente ou uma concepcao de homem em Habermas.
  • MARTINA DOS SANTOS NOBRE
  • DA CONTRIBUIÇÃO DA TEORIA DOS ATOS DE DISCURSO À TEORIA DA INTENCIONALIDADE DE JOHN SEARLE
  • Orientador : CANDIDA JACI DE SOUSA MELO
  • Data: 31/07/2018
  • Hora: 15:00
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  • No seu livro Intencionalidade (1983), Searle defende que a significacao de um enunciado e derivada da intencionalidade da mente. O objetivo dessa dissertacao e demonstrar como a teoria dos atos de discurso foi utilizada por ele para responder o problema da representacao. Em outras palavras, como o filosofo passou do problema da significacao para o problema da representacao. Para isso, apresentamos uma introducao a teoria dos atos de discurso, bem como a teoria da intencionalidade searleana, apontando as nocoes logicas da teoria dos atos de discursos utilizadas analogamente para explicar a teoria da intencionalidade. Por fim, apresentamos a logica das atitudes proposicionais de Daniel Vanderveken com o intuito de explicar a estrutura logica desse tipo de ato mental.
  • SERGIO PAULO BARRETO DA SILVA
  • O caráter destrutivo e a estética da barbárie em Walter Benjamin
  • Data: 31/07/2018
  • Hora: 14:30
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  • O presente trabalho visa investigar as ideias de carater destrutivo e estetica da barbarie na obra de Walter Benjamin. O conceito de destruicao, no pensamento de Benjamin, torna-se amplo na medida em que toda acao construtiva pressupoe uma acao destrutiva. A destruicao da falsa aparencia perpassa tanto a tradicao historicista quanto a heranca cultural. Se o historiador dialetico remove as ruinas para tornar visiveis os caminhos, os movimentos de vanguarda tornam-se barbaros, movidos por uma reacao ao processo de dominacao da heranca cultural. Neste sentido, evidencia-se a “crise da tradicao” no pensamento de Benjamin. Dividida em duas partes, a pesquisa analisara, na primeira parte, o conceito benjaminiano de destruicao, evidenciando aspectos historico-filosoficos e culturais e, na segunda parte, analisara a ideia de uma estetica da barbarie, tendo como referencia as vanguardas artisticas, os novos meios de reproducao tecnicaa reacao da tradicao a partir da estetizacao da politica.
  • SERGIO PAULO BARRETO DA SILVA
  • O caráter destrutivo e a estética da barbárie em Walter Benjamin
  • Data: 31/07/2018
  • Hora: 13:30
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  • O presente trabalho visa investigar as ideias de carater destrutivo e estetica da barbarie na obra de Walter Benjamin. O conceito de destruicao, no pensamento de Benjamin, torna-se amplo na medida em que toda acao construtiva pressupoe uma acao destrutiva. A destruicao da falsa aparencia perpassa tanto a tradicao historicista quanto a heranca cultural. Se o historiador dialetico remove as ruinas para tornar visiveis os caminhos, os movimentos de vanguarda tornam-se barbaros, movidos por uma reacao ao processo de dominacao da heranca cultural. Neste sentido, evidencia-se a “crise da tradicao” no pensamento de Benjamin. Dividida em duas partes, a pesquisa analisara, na primeira parte, o conceito benjaminiano de destruicao, evidenciando aspectos historico-filosoficos e culturais e, na segunda parte, analisara a ideia de uma estetica da barbarie, tendo como referencia as vanguardas artisticas, os novos meios de reproducao tecnicaa reacao da tradicao a partir da estetizacao da politica.
  • ANTONIO FRANCISCO DA SILVA FILHO
  • Eudemonologia: a possibilidade de se viver menos infeliz no mundo segundo Arthur Schopenhauer
  • Data: 31/07/2018
  • Hora: 09:30
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  • A presente dissertacao constitui-se de uma pesquisa teorico-bibliografica acerca da eudemonologia como possibilidade de se viver menos infeliz no mundo segundo o pensamento do filosofo voluntarista Arthur Schopenhauer. No intuito de explicar como e possivel encontrar no filosofo pai do pessimismo a possibilidade de se viver num mundo que ontologicamente e Vontade. Ela e o eixo da filosofia de Schopenhauer. Para o pensador, a Vontade esta em tudo e manifesta-se em tudo, apresenta-se fenomenalmente nos mais variados graus. Ela e o numeno, a coisa-em-si mencionada na filosofia de Kant. Assim este mundo podera ser assim considerado o pior dos mundos possiveis, cabendo ao nao nascer como a maior de todas as sortes, sendo comparado esse mundo a um verdadeiro inferno. Coube percebermos que se a existencia esta presa ao que entendemos como Vontade, esta em si e caotica, a possibilidade de uma eudemonologia e rejeitada pela propria ontologia deterministica que concebe a todos numa condicao de eterna insatisfacao, razao pela qual o mundo nao passaria de uma oscilacao entre dor e tedio. A eudemonologia sera expressao eufemistica, pois na estrutura filosofica apresentada por Schopenhauer e impossivel ser feliz. No entanto, o filosofo ja no termino de sua vida, elaborou os Parerga e Paralipomena, aos quais pertencem os Aforismas para Sabedoria de Vida. Estes juntamente com A arte de ser feliz, contem conselhos para uma vida menos infeliz, em consonancia a toda conjuntura de seu “organismo” filosofico. Ademais, nosso principal objetivo sera demonstrar que nao ha discrepancia nessas duas esferas da filosofia de Schopenhauer, mas que, pelo contrario, podemos trata-las suplementares.
  • GABRIEL BORSERO ESTRELA BERNARDO
  • EXISTÊNCIA E ANGÚSTIA NO PENSAMENTO DE MARTIN HEIDEGGER
  • Data: 30/07/2018
  • Hora: 14:30
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  • RESUMO: A presente dissertacao consiste num estudo a partir da filosofia de Martin Heidegger (1889-1976), filosofo alemao do seculo XX. Investigamos aspectos do que Heidegger batizou de uma analitica existencial do Dasein. Enfatizamos os conceitos de existencia e de mundo, conforme trabalhados em seu principal tratado Ser e Tempo (1927). Para estabelecer o acesso a essas bases, buscamos desenvolver uma interpretacao do Dasein como ser-no-mundo e, a partir dela, destacar a possibilidade de transcendencia e compreensao que sao inerentes ao Dasein, mesmo quando inicialmente, em sua decadencia nas ocupacoes cotidianas, so parece existir efetivamente o ente. Com fundamento nessas indicacoes, nos empenhamos em interpretar o conceito heideggeriano de angustia. Procuramos mostrar que na investigacao fenomenologica de Heidegger, a angustia aparece nao como mero estado psicologico, mas como o humor fundamental que retira o Dasein de sua familiaridade com o mundo cotidiano e o suspende junto ao nada. Assim, a angustia se mostra como o elemento da analitica que possibilita ao Dasein acessar uma interpretacao originaria de si mesmo a partir da apreensao da estranheza de sua existencia. Nossa pesquisa se encaminha para a conclusao que o Dasein – por seu acesso privilegiado ao sentido do ser – se singulariza entre os demais entes intramundanos. O objetivo e dizer que essa autoafirmacao vai alem das concepcoes de homem atreladas dogmaticamente a sua inclinacao para a racionalidade e capacidade de manipular a natureza, se retendo nas condicoes a priori de tais conclusoes; e que atraves da angustia o homem se revelara como determinado essencialmente por sua finitude.
  • THIAGO DE OLIVEIRA MEDEIROS
  • Nietzsche: um riso filosófico para além do bem e do mal
  • Data: 27/07/2018
  • Hora: 09:00
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  • A seriedade deste trabalho se encontra justamente em apresentar a critica de Nietzsche a moral pelo vies da leveza, do riso, do jogo e do bom humor. Trata-se aqui de mostrar que o ataque de Nietzsche a moral da compaixao, nao se origina a partir de afetos vingativos, rancorosos e ressentidos. A transvaloracao de todos os valores almejada pelo filosofo deve passar necessariamente por uma gargalhada profunda e impiedosa contra todos os artigos de fe fabricados por uma moral que passou a dar as cartas do jogo nos mais diversos dominios da civilizacao. A partir da sabedoria tragica de Zaratustra, Nietzsche aprendeu que a melhor maneira de fazer frente a desertificacao provocado pelo niilismo e toda forma de vinganca contra a vida, nao era atraves da ira, mas sobretudo, pelo riso. Esse riso, que chamamos de filosofico e que se destina para alem do bem e do mal, nao deve ser confundido com o riso, como fenomeno puramente biologico, proprio do homem. E preciso dizer que esse riso so pode ser experimentado por aqueles que possuem a coragem e a forca necessaria para dancar sobre as bordas do abismo e que acolhem alegremente a vontade de poder como principio fundamental da vida. O homem fraco desconhece totalmente esse riso, porque nao consegue ver graca em um mundo destituido de sentido e finalidade. Para conseguir rir para alem da moral, o homem precisa pagar o preco de lancar-se no indeterminado e cultivar a disciplina da escuta e da abertura para conviver amorosamente com o caos e o tragico com o parte inerente da vida. O riso filosofico de Nietzsche, e o riso dionisiaco, que nao conhece limites, que nao pretende corrigir a vida, nem comporta sobre si qualquer especie de nojo contra a existencia. Em suma, o riso para alem do bem e do mal, tem como funcao, restituir as potencias criativas que foram comprometidas pelo processo de moralizacao vivido pelo bicho-homem. Por meio desse riso o homem tem a chance de reconciliar-se com a parte mal-dita da vida, com as dimensoes historicamente amaldicoadas por uma moral destituida de humor e alegria.
  • ALIXANDRE SOARES DE CARVALHO
  • A teoria do conhecimento na perspectiva do Filósofo Blaise Pascal
  • Data: 26/07/2018
  • Hora: 14:00
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  • O presente trabalho tem por objetivo refletir sobre a teoria do conhecimento na perspectiva do filosofo Blaise Pascal e sua posicao perante a ideia de uma ciencia universal da ordem e da medida, fundamentada no enaltecimento da razao, enquanto unica faculdade do conhecimento absoluto e seguro. Ante esta epoca, a concepcao que o filosofo Blaise Pascal (1623-1662) faz do saber, vem representar um avanco para o seu tempo ao fundamentar sua epistemologia no equilibrio entre conhecimento racional (dedutivo-logico) e o conhecimento relacionado ao coracao. Com efeito, a razao nao tendo aceso direto aos termos primitivos a exemplo da nocao de tempo e espaco, devido ser da ordem dos sentimentos ( Luz Natural) e nao podendo fazer afirmacoes absolutas sobre sua natureza se da conta de seus limites. A impossibilidade desse conhecimento absoluto e perfeito na filosofia pascaliana e uma marca da condicao humana, que por sua vez, e revestida de grandeza e miserabilidade, desproporcional perante a natureza e sem um ponto fixo, conforme o projeto cartesiano. Por isso, tanto a razao quanto o coracao tem o seu dominio, o coracao sente e a razao demonstra. Vale salientar, que nossa pesquisa se baseia em investigacao bibliografica, na qual foram utilizados, de modo especifico, as obras Pensamentos (Pensees) e Do Espirito Geometrico e da Arte de Persuadir.
  • JULIANA MARY DE CARVALHO ROLIM
  • A DIGNIDADE HUMANA NO HUMANISMO INTEGRAL DE MARITAIN
  • Data: 25/07/2018
  • Hora: 14:00
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  • Este trabalho estuda o Humanismo Integral do tomista frances Jacques Maritain, sobretudo o manifesto contido nos dois primeiros capitulos da sua obra de 1936, intitulados A Tragedia do Humanismo e Um Novo Humanismo. Trata-se de uma concepcao filosofica que redesenha a questao do homem em tres vieses principais: o antropologico, o teologico e o etico. A dissertacao visa responder: o Humanismo Integral e uma recepcao do jus naturalismo teologico, sobretudo o aquiniano, implicando em uma critica aos humanismos antropocentricos? A hipotese defendida ao longo do texto e afirmativa, ao passo em que se ve na filosofia naturalista de Maritain, uma argumentacao etica favoravel a existencia de uma dignidade essencialmente humana, enquanto valor concebido de forma diversa a manifestacao da dignidade humana do humanismo antropocentrico. Para estudar isso o trabalho foi dividido em tres capitulos. No primeiro, abordou-se o vies antropologico, as raizes do humanismo e a doutrina de Jacques Maritain como um discurso que prega, implicitamente, em favor da dignidade humana. No segundo, abordou-se o vies teologico, a filiacao do autor ao humanismo cristao e os impactos da dissolucao da Idade Media. No terceiro, abordou-se o vies etico, a critica ao ateismo puro e o novo humanismo.
  • TIAGO DE JESUS SOUSA
  • A pintura de Paul Cézanne como expressão de presença em Merleau-Ponty
  • Data: 25/07/2018
  • Hora: 09:00
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  • RESUMO: Paul Cezanne, um dos maiores pintores modernos, chamado mesmo por Pablo Picasso de O Grande Mestre, e tomado neste trabalho como a referencia fundamental de ruptura com a arte, a ciencia e a filosofia classicas. Pretende-se aqui, descrever como Maurice Merleau-Ponty ve na obra do pintor frances uma possibilidade de superar uma filosofia positivista e idealista que transforma tudo em pensamento, sem levar em conta o contato primordial com o mundo. A ideia de que a pintura de Cezanne e tomada como possibilidade de expressao do mundo bruto ou selvagem e aplicada aqui no sentido de que, por habitar esse mundo e fazer parte dele, o pintor nao o transforma em pensamento para pintar, e por isso nao faz uma representacao do mundo em sua tela, mas funda um mundo proprio, resultado da promiscuidade entre o vidente e o visivel que possibilita, por esse ato criador, a experiencia com o Ser enquanto presenca.
  • KLEDSON TIAGO ALVES DE SOUZA
  • Liberdade, igualdade e amor: perspectivas para uma ética em Nicolau de Cusa (1401-1464).
  • Data: 20/07/2018
  • Hora: 10:00
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  • A problematica que percorrera as linhas desta dissertacao sera: e possivel encontrar nas obras de Nicolau de Cusa aspectos que nos proporcione uma reflexao etica, mesmo sem ele ter escrito alguma obra especifica sobre tal tema? Como hipotese de trabalho vemos ser possivel encontrar uma etica nos seus textos, mesmo considerando que esses textos estao mais voltados a discutir o caminho da mente humana a verdade. Nao obstante, entendemos que nesse espaco reflexivo ha a possibilidade de se contemplar uma etica. O germe da nossa discussao esta na relacao e posicao que Nicolau de Cusa assume perante a Verdade, pois para ele a essencia do ser humano esta toda ela na sua relacao com a Verdade. O homem tem um desejo vivo de felicidade, e esse desejo so se pode realizar no conhecimento daquela Verdade por ele perseguida. E fato que nao ha nenhuma obra sistematica sobre etica que o Cardeal tenha escrito. Mesmo assim, o aspecto etico presente em suas obras conflui para a configuracao do comportamento humano na prossecucao do seu ser como tarefa. Para atingir nossos objetivos dividimos o presente trabalho em tres capitulos: no primeiro, trataremos a respeito da metafisica e do conhecimento, a partir de dois caminhos: explicitacao dos conceitos metafisicos complicatio, explicatio e contractio e suas articulacoes; e o dinamismo inerente na busca pela verdade absoluta, sendo este dinamismo fruto da contracao. No segundo capitulo, tres passos nos serao importantes: a caracterizacao do homem como singular, pensar o homem como viva imago dei e o seu lugar de mediacao. Ora, se o homem esta como natura media, se faz importante mais um passo que e reconhece-lo como simbolo dos simbolos. Nesse sentido, o homem cumpre uma finalidade de compreender a gloria e o louvor de Deus a partir da interpretacao das coisas. O terceiro capitulo esta dividido em tres momentos: o primeiro e o da cognitio sui, que faz o homem perceber os rastros da trindade em si e sua triplice participacao (sensus, ratio e intellectus) na uni-trinidade absoluta (unitas, aequalitas e conexio), sendo este o primeiro passo no assemelhamento com Deus e depois desse conhecimento de si sera importante pensar e trabalhar a ideia da posse plena de si, atraves da formulacao cusana sis tu tuus et ego ero tuus. O segundo momento e pensar a liberdade. Este tema e central e sera pensado em articulacao com o motivo do microcosmo e do capax dei. O ser que Deus da ao homem e dotado de livre vontade em que pode restringir ou ampliar sua participacao no principio. No terceiro e ultimo momento mostraremos dois aspectos importantes e complementares ao amplexo etico-gnosiologico de Nicolau de Cusa: a justica como modo contraido da aequalitas, e caritas como forma da fe atuada. Ainda trataremos nessa parte do imperativo etico ou da lei da igualdade. Com essa configuracao da pesquisa esperamos conseguir explicitar uma etica em Nicolau de Cusa ou pelo menos lancar um pouco mais de luz sobre a questao.
  • WEIDER FERREIRA DA SILVA
  • Personalização e despersonalização em Emmanuel Mounier.
  • Data: 20/06/2018
  • Hora: 09:00
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  • O personalismo de Emmanuel Mounier tem o ser humano como centro, nas suas reflexoes. Ele apresenta o ser humano atraves do conceito de pessoa, uma maneira peculiar e bastante propria e original. Todavia, podem-se encontrar tracos do desenvolvimento do conceito de pessoa ao longo de toda a Historia da Filosofia. A organizacao da ideia de ser humano como pessoa, porem, so aparecera em 1932, nas publicacoes da revista Esprit, na Franca, sob a inspiracao e direcao de Mounier. Neste trabalho, apresenta-se uma reflexao sobre o movimento de personalizacao e despersonalizacao, conforme o pensamento de Mounier. A personalizacao e o movimento que o ser humano realiza para assumir a condicao de pessoa. A condicao de pessoa e compreendida como telos de todo ser humano. A despersonalizacao, por conseguinte, sera analisada, nesta reflexao, sob duas possibilidades: a primeira, como o contrario da personalizacao. A segunda possibilidade e aquela na qual o ser humano nem chega a ser pessoa, seja por causa das determinacoes do meio em que vive e outras, seja por escolha livre.
  • EMMANUEL PEDRO SORMANNY GABINO RIBEIRO
  • NOMOS, SOBERANIA, LEGALIDADE E POSITIVISMO JURÍDICO EM THOMAS HOBBES
  • Data: 15/03/2018
  • Hora: 09:00
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  • Esta dissertacao teve como objeto de estudo o positivismo juridico em Thomas Hobbes. A questao do enquadramento historico de Hobbes como um autor juspositivista chamou a nossa atencao a primeira vista. Tinhamos como “dado” a classificacao de Hobbes como um pensador jusnaturalista, formulador de uma teoria completa do estado de natureza, do direito de natureza, das leis de natureza, e contratualista. Por conseguinte, a multiplicacao dessa imagem, por meio de varias obras de historia do pensamento politico e de historia do pensamento juridico, nos parecia consolidada. Se ha um comeco, este foi a obra de Norberto Bobbio, mais propriamente, a coletanea de ensaios sobre Hobbes publicada no Brasil, em 1991. Conheciamos outras obras do filosofo italiano, ja haviamos trabalhado alguns ensaios da coletanea supracitada, mas os ensaios publicados, originalmente, em 1954 e em 1962, intitulados, respectivamente, “Lei Natural e Lei Civil na Filosofia Politica de Hobbes” e “Hobbes e o Jusnaturalismo”, despertaram curiosidade e interesse pela pesquisa. Dizendo melhor, foi a leitura desses ensaios que nos causou “perplexidade”. De Bobbio, partimos para Hobbes, e voltamos aos comentadores, fazendo parecer que o tempo da interpretacao e circular. Bobbio assumiu duas posicoes distintas nos ensaios acima referidos. No primeiro, disse que Hobbes “pertence, de direito, a historia do positivismo juridico”. No segundo, afirmou que “o jusnaturalismo moderno comeca com Hobbes”. Diante desses dois ensaios provocadores, o problema da critica historica converteu-se em uma questao teorica. Foi necessario examinar como outros teoricos e filosofos do direito, tao relevantes quanto Bobbio, realizaram o enquadramento historico de Hobbes. No entanto, a tarefa mais importante foi o exame da obra de Hobbes. Ao longo da pesquisa, alguns autores foram emergindo das notas de rodape dos ensaios de Bobbio. Mais curioso foi o fato de que, da sugestao de leituras oferecidas pelo autor italiano, fomos atraidos por um filosofo politico e por um jurista que marcaram, decisivamente, o seculo XX. O primeiro, Leo Strauss, o segundo, Carl Schmitt. Strauss construiu a imagem de Hobbes como o primeiro jusnaturalista moderno. Schmitt o imaginou como o precursor do positivismo juridico do seculo XIX. Para os propositos desta dissertacao, nos limitamos a relacao Hobbes, Schmitt e Bobbio. De modo que a nossa hipotese foi a de que o enquadramento historico que Bobbio realizou sobre o pensamento de Hobbes, afirmando que o filosofo ingles pertence de direito a historia do positivismo juridico em razao da sua concepcao da lei e do Estado, resultou do impacto provocado pela interpretacao de Schmitt sobre o pensamento politico de Hobbes. Teve como objetivo verificar, em que medida, o Hobbes, classificado por Bobbio como positivista juridico, foi tributario do impacto produzido pela interpretacao de Schmitt sobre o pensamento politico do filosofo ingles. O problema que respondemos foi: em que medida, o Hobbes de Bobbio como precursor do positivismo juridico resultou da interpretacao, que de Hobbes, fez Schmitt? O trabalho foi feito da seguinte forma: o ponto de partida foi a intepretacao de Bobbio. Depois, a pesquisa bibliografica privilegiou a leitura das obras de Hobbes, muito embora, a referencia maior tenha sido Leviata. Em seguida, as obras de Schmitt, sobretudo o livro especifico sobre Hobbes. Este constituiu o nucleo da dissertacao. Para persuadir o leitor da hipotese que foi estabelecida, foram realizados cortes e recortes dos textos utilizados. Escolhemos, de modo proposital, as passagens dos textos que objetivaram corroborar a nossa hipotese, responder o problema e atingir o objetivo. Este trabalho permitiu que o dossie sobre as relacoes entre Schmitt, Bobbio e Hobbes nao fosse, definitivamente, fechado. Pretendeu provocar o reexame dos documentos, e com ele exclamar o inacabado, a infinitude da interpretacao.
2017
Descrição
  • CARLOS MAGNO DE FREITAS COSTA
  • O Projeto Kantiano de uma Lógica Transcendental e a Dedução Metafísica das Categorias.
  • Data: 15/12/2017
  • Hora: 14:00
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  • Na Introducao a edicao B da Critica da Razao Pura, Kant afirma que, somente estabelecendo que as categorias sao representacoes a priori, sera possivel garantir sua necessidade como os conceitos puros do entendimento para a representacao dos objetos da experiencia – necessidade sem a qual nao sera possivel demonstrar sua legitimidade. Para essa tarefa, Kant busca derivar esses conceitos das funcoes logicas de julgar por meio de uma analise do entendimento puro que ele denomina logica transcendental. Essa nova logica deve estabelecer o estatuto a priori e a legitimidade das categorias, em complemento a sua investigacao das formas a priori da sensibilidade, levada a cabo na secao da Critica denominada Estetica Transcendental. Para isso, na secao da Logica Transcendental denominada Deducao Metafisica das Categorias, Kant vai contrapor a logica geral, isto e, a logica formal nos moldes de Aristoteles, a logica transcendental, em vista de determinar o conjunto completo desses conceitos puros do entendimento e estabelecer que, como formas a priori do entendimento, as categorias sao a representacao da unidade necessaria do entendimento para o diverso de intuicoes dadas pela sensibilidade, em vista da representacao dos objetos da experiencia. O presente trabalho tem como objetivo examinar a Deducao Metafisica das Categorias em vista do projeto kantiano de uma logica transcendental que estabeleca a legitimidade das categorias.
  • SEBASTIANA INACIO LIMA
  • O MODELO TELEOLÓGICO DE TOMÁS DE AQUINO: Um estudo dos vícios e das virtudes
  • Orientador : ANDERSON DARC FERREIRA
  • Data: 15/12/2017
  • Hora: 14:00
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  • Este trabalho pretende apresentar uma compreensao do modelo teleologico de Santo Tomas de Aquino e um estudo dos vicios e das virtudes. Compreender o modelo etico tomista e a importancia do uso da razao como guia do homem ao seu fim ultimo. Na Suma de Teologia, Tomas de Aquino trabalha a questao do fim ultimo a partir do homem como um ser criado por Deus e com capacidade de discernir orientado pela razao. Alicercados nisso, procuramos problematizar: qual a finalidade dos atos humanos dentro do modelo teleologico Tomasiano? Apresentamos alguns fundamentos do modelo etico teleologico tomista, que culmina no fim ultimo que e a beatitude. No primeiro capitulo trabalhamos os fundamentos do modelo etico tomista, fazendo um parametro com os modelos eticos dos primordios da filosofia grega e dialogando com a etica aristotelica, tentamos analisar a logica da acao humana em Tomas de Aquino, um pouco acerca dos tipos de vida: ativa e contemplativa, a vontade e a razao e a etica das virtudes. No segundo capitulo: O Tratado das Paixoes e dos Vicios vem desvendar a natureza do homem e o papel da moralidade nas relacoes humanas e para com Deus, alem de apresentar um resumo sobre o tratado das paixoes e dos vicios e a sua funcao na etica de Santo Tomas. O tratado das virtudes ocupa o terceiro e ultimo capitulo e apresenta um pouco como as virtudes funcionam na vida do homem tomasiano. A pesquisa para desenvolver esse trabalho foi primariamente desenvolvida na Suma de Teologia Primeira Parte: Prima Pars eSegunda Parte que englobam: Prima secunda e Secunda Secundae, tambem utilizamos alguns estudiosos e comentadores da obra de Santo Tomas como Carlos Josaphat, Lima Vaz, Leo J. Elders, H. D. Gardeil, e outros, e de Filosofia Medieval e Crista PhiloteusBoehner, Etienne Gilson, alem da Etica a Nicomaco de Aristoteles.
  • SERGIO RICARDO DE A VIRGINIO FILHO
  • Direito natural, política e liberdade em John Locke
  • Orientador : EDMILSON ALVES DE AZEVEDO
  • Data: 15/12/2017
  • Hora: 10:00
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  • O presente trabalho tem como objeto de pesquisa a leitura de duas obras de John Locke, o “Segundo Tratado sobre o Governo” e a “Carta acerca da Tolerancia” no qual serao discutidos os conceitos de Contrato Social e liberdade. E uma peca chave no desenvolvimento da pesquisa a narrativa do consentimento de individuos participantes de uma condicao caracteristica de um estado ou circunstancia “natural” – o Estado de Natureza – em que se goza de uma liberdade anterior a formacao de uma sociedade, com base na utilizacao da razao concedida a cada um para perseguir a sobrevivencia e a satisfacao dos meios necessarios para tal, segundo a lei natural. O conceito de liberdade utilizado por Locke e analisado a partir da ideia de ruptura com a tradicao e posterior fundamentacao do pensamento politico com base na autonomia da razao humana. A pesquisa se caracteriza eminentemente como bibliografica e tem por objetivo geral investigar como John Locke defende o conceito de contrato social.
  • ANDERSON LIMA
  • APRESENTAÇÃO DE UM MODELO DE INVESTIGAÇÃO FILOSÓFICA EM PLATÃO
  • Data: 14/12/2017
  • Hora: 15:00
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  • O presente trabalho, que integra tres capitulos, tem por objetivo apresentar Socrates como um modelo de filosofo. Os capitulos sao esbocados da seguinte forma: no primeiro e feita uma analise da questao acerca da definicao, que se encontra mais nitidamente no dialogo Menon: “O que deve ter uma definicao para ser aceitavel”, “Qual a necessidade para Socrates de uma definicao?”, etc.; no segundo capitulo, e feito um exame do modo de refutacao (o elenchos) socratico: “Como Socrates consegue refutar seus interlocutores?”, “Por que ele os refuta?”, etc.. Nesses dois primeiros capitulos, ao lado das analises feitas, sao mostrados como Socrates se manifesta como paradigma de filosofo e como sao delineadas as exigencias para a pesquisa cientifica/ filosofica. No terceiro capitulo, e feita uma analise do que Socrates diz ser a filosofia, nesta analise buscamos tambem compreender sua declaracao “uma vida nao examinada nao e digna de ser vivida (Apologia de Socrates: 38a)”. O trabalho pretende apresentar a tese socratica de que a vida digna de ser vivida e a vida filosofica, e um modelo de vida filosofica por excelencia e o de Socrates. Essa pesquisa e feita fundamentalmente a partir dos dialogos Menon e da Apologia a Socrates e Fedon.
  • FRANCISCO DE ASSIS MARIANO
  • A ESTRUTURA DOS ARGUMENTOS PROBABILÍSTICOS A FAVOR DA EXISTÊNCIA DE DEUS: um estudo da teologia natural de Richard Swinburne
  • Data: 14/12/2017
  • Hora: 15:00
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  • The existence of God (2004) e uma tentativa de Richard Swinburne de, com o auxilio da teoria da probabilidade, reformular os argumentos historicos a favor da existencia de Deus de forma indutiva, demonstrando a hipotese teista como provavelmente verdadeira. Esses argumentos tem uma estrutura comum que parte de duas teorias de raciocinio indutivo: teoria da confirmacao bayesiana e inferencia da melhor explicacao. Essa pesquisa pretende explicar essa estrutura. Tres argumentos de Swinburne sao estudados a luz dessa estrutura: o argumento cosmologico, o argumento da alma e o argumento dos milagres. Por fim, algumas objecoes sao levantadas e respondidas.
  • RANIERE FONSECA DE SOUZA
  • VERDADE E DISCURSO FILOSÓFICO NO PENSAMENTO DE HEIDEGGER
  • Orientador : MIGUEL ANTONIO DO NASCIMENTO
  • Data: 14/12/2017
  • Hora: 14:30
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  • Este trabalho de dissertacao visa demonstrar a relacao entre o problema da verdade e o discurso apofantico a partir do pensamento de Heidegger. Buscamos discutir verdade e discurso filosofico sob a perspectiva hermeneutica heideggeriana. Esta ligacao entre a verdade e o discurso apofantico envolve discutir as descobertas de Heidegger no contexto da fenomenologia husserliana, tendo em vista que esta e fundamental para o desenvolvimento da hermeneutica heideggeriana. Nosso objetivo se pauta pela relacao entre o discurso filosofico apofantico e o problema da verdade, perpassando a critica a metafisica, como tambem a critica a logica tradicional e a critica a teoria da verdade como adequacao. Nosso intento mostra o quanto o discurso filosofico tradicional esta circunscrito na estrutura discursiva apofantica e seus criterios de verdade. A questao da verdade, por fim, apresenta-se na exigencia de superar o carater metafisico apofantico, enquanto estrutura impeditiva, para poder ser compreendida como desvelamento (aletheia), constituindo aquilo que o pensamento de Heidegger aponta como tarefa do pensar para a filosofia contemporanea.
  • RUBENS CÉSAR GUIMARÃES SALLES
  • DEMOCRACIA E ELITISMO
  • Data: 14/12/2017
  • Hora: 09:00
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  • A proposta deste trabalho e demostrar, a partir da analise historica-conceitual, a critica direcionada a democracia no periodo do seu surgimento, ou invencao, na Grecia Classica e a sua relacao com outras formas de governo notadamente a aristocracia. A partir desta analise compreender a relacao entre aquela forma de governo e a Teoria das Elites partindo do pressuposto de que a democracia sempre esteve, assim como todas as outras formas de governo, sob a influencia de uma minoria que detem o poder e comanda a maioria. A democracia, seja enquanto forma de governar um Estado ou de gerir organismos politicos, esta, parafraseando Sartre, condenada a elitizacao? A este conceito de elitizacao nao podemos aplicar um juizo de valor imediato, ja que guarda ligacao direta e semelhante com conceitos trabalhados pela tradicao como Aristocracia e Oligarquia que sao compreendidos, a partir de Aristoteles, respectivamente como forma justa e desviada de governar, portanto com valores positivo o primeiro, e negativo o segundo. Finalmente investigaremos tambem dois dos chamados elitistas democraticos, que buscam nao so uma conciliacao entre os valores do elitismo e a democracia, mas, a partir da leitura dos chamados elitistas classicos, passam a compreender o elitismo como condicao de possibilidade para a democracia.
  • JORGE GONÇALVES DE ABRANTES
  • Uma leitura da Ética I de Spinoza com vistas ao método geométrico
  • Data: 13/12/2017
  • Hora: 15:00
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  • Vamos examinar e discutir a natureza e o conteudo dos principios da primeira parte da Etica de Spinoza em relacao aos Elementos de Euclides, cujo proposito principal consistira em apontar que os principios spinozanos sao distintos e divergentes dos principios euclidianos em alguns aspectos. Nesse sentido, nos propomos a procurar apontar as diferencas e semelhancas que possa haver entre o metodo geometrico euclidiano e o metodo geometrico spinozano, com o intuito de problematizar a questao da presenca do metodo geometrico na etica spinozana.
  • DARIÔHANA MOREIRA ALENCAR
  • A PLURALIDADE HUMANA COMO CONDIÇÃO DA POLÍTICA SEGUNDO O PENSAMENTO DE HANNAH ARENDT
  • Data: 13/12/2017
  • Hora: 14:00
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  • O objetivo dessa pesquisa consiste em compreender a nocao de pluralidade humana na filosofia politica de Hannah Arendt. O conceito de politica mostra-se, em seu pensamento, como o espaco entre os homens e a pluralidade como condicao desse aparecimento. Para que possamos compreender melhor tais conceitos, investigamos as suas conexoes com as nocoes de acao e discurso, pois sao estas que garantem a pluralidade humana e a liberdade. Em virtude da preocupacao com essa garantia, nossa autora detecta o esquecimento desse espaco propriamente politico, o espaco publico. Tal esquecimento se revelou, na tradicao do pensamento politico, como aquele que colocava a contemplacao no lugar da acao e associou esta ultima a violencia. Isso acabou se mostrando especialmente na eclosao do fenomeno totalitario. Diante desse fenomeno, Arendt se pergunta pela possibilidade da politica ainda ter algum sentido, ou seja, o que resta depois de um regime que tinha como principio a negacao do homem por completo? Para responder a essa questao, recorremos ao aspecto da pluralidade humana que abriga nossas capacidades mais fundamentais, a saber, a acao e o discurso. Tais capacidades revelam uma saida para fugir do obscurecimento da politica e garantir um espaco que acomode o ser humano em todos os seus aspectos. E na tentativa, entao, de resgatar o sentido da politica e de perguntar pela pertinencia do pensamento da autora ainda hoje que essa dissertacao foi elaborada.
  • GÉSSYCA DEIZE SANTOS MEDEIROS
  • O UTILITARISMO PREFERENCIAL DE PETER SINGER: UMA ABORDAGEM ÉTICA PARA A DEFESA ANIMAL
  • Data: 13/12/2017
  • Hora: 10:00
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  • A presente pesquisa aborda a proposta de uma etica em defesa dos animais nao humanos a partir da perspectiva utilitarista de Peter Singer. Examinaremos, inicialmente, a concepcao de etica pratica ou aplicada baseada em um ponto de vista universalizavel, cuja pretensao e a solucao de questoes e dilemas morais sob um vies pratico da vida cotidiana. Para tanto, analisaremos a definicao do utilitarismo classico a partir das ideias de Jeremy Bentham e John Stuart Mill, bem como do utilitarismo de preferencias do filosofo australiano Peter Singer, isso com o intuito de demonstrar seu impacto e aplicacao na luta pela libertacao animal. A perspectiva singeriana propoe como condicao preliminar a discussao sobre o problema da igualdade o que permite, por sua vez, evidenciar o principio basico de sua concepcao etica: o principio da igual consideracao de interesses. Como demonstraremos, esse principio sustenta que se existem interesses semelhantes no plano das acoes, eles devem ser respeitados independentemente da cor da pele, do sexo, da capacidade de raciocinio ou de qualquer caracteristica factual. Sumariamente, a ideia moral de considerar os interesses tem como parametro o limite de sensibilidade ou, em termos especificos, e em concordancia com os utilitaristas classicos, a capacidade de sofrer e de sentir prazer. Assim, para o autor, desde que a senciencia seja satisfeita, o principio de igualdade deve ser aplicado tambem aos interesses dos animais nao humanos. Isso permite afirmar que os seres humanos possuem a obrigacao moral de considerar imparcialmente os interesses dos demais animais em detrimento de seus interesses menores, ja que sua exploracao indiscriminada e injustificavel no ambito da moralidade. Tendo em vista essas consideracao, avaliaremos, por ultimo, algumas criticas a concepcao de Singer, bem como as possiveis respostas a tais controversias e mal-entendidos.
  • GÉSSYCA DEIZE SANTOS MEDEIROS
  • O UTILITARISMO PREFERENCIAL DE PETER SINGER: UMA ABORDAGEM ÉTICA PARA A DEFESA ANIMAL
  • Data: 13/12/2017
  • Hora: 10:00
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  • A presente pesquisa aborda a proposta de uma etica em defesa dos animais nao humanos a partir da perspectiva utilitarista de Peter Singer. Examinaremos, inicialmente, a concepcao de etica pratica ou aplicada baseada em um ponto de vista universalizavel, cuja pretensao e a solucao de questoes e dilemas morais sob um vies pratico da vida cotidiana. Para tanto, analisaremos a definicao do utilitarismo classico a partir das ideias de Jeremy Bentham e John Stuart Mill, bem como do utilitarismo de preferencias do filosofo australiano Peter Singer, isso com o intuito de demonstrar seu impacto e aplicacao na luta pela libertacao animal. A perspectiva singeriana propoe como condicao preliminar a discussao sobre o problema da igualdade o que permite, por sua vez, evidenciar o principio basico de sua concepcao etica: o principio da igual consideracao de interesses. Como demonstraremos, esse principio sustenta que se existem interesses semelhantes no plano das acoes, eles devem ser respeitados independentemente da cor da pele, do sexo, da capacidade de raciocinio ou de qualquer caracteristica factual. Sumariamente, a ideia moral de considerar os interesses tem como parametro o limite de sensibilidade ou, em termos especificos, e em concordancia com os utilitaristas classicos, a capacidade de sofrer e de sentir prazer. Assim, para o autor, desde que a senciencia seja satisfeita, o principio de igualdade deve ser aplicado tambem aos interesses dos animais nao humanos. Isso permite afirmar que os seres humanos possuem a obrigacao moral de considerar imparcialmente os interesses dos demais animais em detrimento de seus interesses menores, ja que sua exploracao indiscriminada e injustificavel no ambito da moralidade. Tendo em vista essas consideracao, avaliaremos, por ultimo, algumas criticas a concepcao de Singer, bem como as possiveis respostas a tais controversias e mal-entendidos.
  • JOÃO MIGUEL DE MORAES
  • VONTADE DE VERDADE E AS "METAMORFOSES DO NIILISMO"
  • Data: 12/12/2017
  • Hora: 09:00
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  • Resumo:O pensamento nietzschiano esforca-se em denunciar que na base da verdade nao ha um fundamento metafisico que lhe de sustentacao e assegure a sua validade, mas uma “vontade” de tornar fixo, consistente, eterno e imutavel o que esta em permanente mudanca. Problematizando essa vontade, Nietzsche assevera que “nada e mais perigoso do que um desejo que contradiz a essencia da vida”, pois foi justamente a partir das fabulacoes metafisicas dessa vontade que se desdobrou o grande problema do Ocidente: o “niilismo”. Sendo o niilismo aquilo que constitui a “logica” do processo historico, buscaremos compreender como se deu a sua formacao, bem como os caminhos trilhados pelo filosofo para uma possivel superacao desse predominante dizer “nao” a vida. Partindo da perspectiva que o niilismo nao e um fenomeno uniforme, mas complexo e dinamico, por sofrer variadas “metamorfoses” ao longo do seu desenvolvimento historico, buscaremos compreender e explicitar como se constituem cada uma de suas formas e as possiveis relacoes e tensoes que possa haver entre elas e a vontade de verdade. Entendemos que embora tais tensoes e relacoes nao estejam apresentadas de forma sistematizada em suas obras, seria possivel confluir os apontamentos e reflexoes desenvolvidos em seus escritos para sustentar nossa interpretacao de que a procedencia historica, o desenvolvimento e a “consumacao” do niilismo na modernidade, bem como a sua possivel superacao, estao diretamente relacionados a “vontade de verdade”. Por fim, buscaremos compreender de que maneira o filosofo, ao problematizar a vontade de verdade e o niilismo a partir do conceito “vontade de poder”, busca transfigurar o “nao” que marcou a trajetoria do Ocidente em um grande “sim” a vida.
  • JORGE ANDERSSON VASCONCELOS DIAS
  • RACIONALIDADE RETÓRICA E JURÍDICA EM CHAIM PERELMAN
  • Orientador : NARBAL DE MARSILLAC FONTES
  • Data: 12/12/2017
  • Hora: 09:00
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  • A presente pesquisa dedica-se a estudar o conceito de Razao nos limites da obra de Chaim Perelman, que reabilitou a Retorica de Aristoteles e, assim, conseguiu conferir ao exercicio da opiniao um valor renegado desde de a filosofia cartesiana, a qual prestigiava apenas o modelo demonstrativo de pensamento. Pretende-se abordar como Perelman conseguiu romper com o paradigma demonstrativo de racionalidade, como a Nova Retorica pode contribuir para o saber juridico constituem o objeto da pesquisa. Ver-se-a que a razao retorica alarga substantivamente o conceito de Razao tradicionalmente pensado na filosofia, e que esta forma de raciocinar abre caminhos para pensar-se num saber juridico voltado para o convencimento, e, nesta medida, para o acordo.
  • EUCLIDES SILVESTRE PEREIRA NETO
  • A VIDA COMO VONTADE DE PODER EM NIETZSCHE: O CORPO COMO FIO CONDUTOR
  • Data: 05/12/2017
  • Hora: 14:00
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  • Este trabalho acolhe a proposta nietzschiana de “partir do corpo e usa-lo como fio condutor” de uma pesquisa que busca ilustrar sua percepcao da vida como manifestacao da vontade de poder. Nessa perspectiva e possivel compreender Nietzsche como um “filosofo da vida”, porque, por meio de uma concepcao de corpo como oligarquia de forcas instintuais originadas da vontade de poder, e que ele desenvolve “uma filosofia do instinto” como criador de vida. Desta forma ocorre a observacao do corpo, seu novo campo paradigmatico de pesquisa, pois como instrumento e objeto de indagacao filosofica ele permitiria fazer uma reducao de todas as funcoes organicas a vontade de poder. Com esta perspectiva fisiologica, o pensamento de Nietzsche quer dissipar a obscuridade dos pressupostos transcendentais da tradicao metafisica, que denega a vida sensivel qualquer valor de verdade em beneficio de uma suposta vida num alem-mundo, para afirmar a existencia tragica como fundamento de uma concepcao de vida saudavel como fenomeno da vontade de potencia. Para clarificar esta compreensao, optamos por escrever pequenos ensaios filosoficos que analisam o sentido proprio dos diversos termos que Nietzsche utiliza para constituir sua visao do corpo como fio condutor da vida como vontade de poder. No seu conjunto estes ensaios demonstram a evolucao da concepcao de corpo, vida e vontade de poder no pensamento de Nietzschiano ao caracterizar seus status de compreensao e desenvolvimento no contexto especifico de cada obra em que sao apresentados.
  • GIORDANO BRUNO DE LACERDA MARQUES
  • UMA HERMENÊUTICA DE SI: O Cuidado de Si em Michel Foucault
  • Data: 20/11/2017
  • Hora: 09:30
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  •  O trabalho aqui desenvolvido tem por objetivo apresentar uma leitura acerca do modo como Michel Foucault, em sua obra Hermeneutica do Sujeito, alcanca o conceito de “cuidado de si” concomitantemente intricado ao conceito de “cuidado dos outros”. Tais conceitos foram seus objetos de estudos nos ultimos anos de ensino no College de France e se desenvolveram no seu corpus teorico atraves de seu interesse em se pensar a problematica da “subjetividade e verdade”, isto e, como se constituiu o sujeito, mais precisamente, a subjetividade moderna. Aqui apresentamos uma teoria do “cuidado de si” em seu nascimento, sua origem, com o personagem de Socrates e seu desenvolvimento ate o inicio da era crista em que o cuidado se voltou inteiramente para espiritualidade individual e se distanciou da relacao do “cuidado do outro”, isto e, as pessoas, as relacoes politicas, a polis (a cidade). Tal tema foi estudado por Foucault como um “principio positivo matricial” relativo as morais rigorosas durante todo o periodo compreendido entre os seculos V a.C. e V d.C. e que viria a transformar-se profundamente no decorrer das epocas desde um “fenomeno de conjunto”, para os gregos, a um preceito da espiritualidade particular, monastica, do individuo, na primeira era Crista. E preciso ressaltar que tais transformacoes se modificaram menos no campo dos principios filosoficos do que no campo dos exercicios da existencia, em seu refinamento e que, como consequencia, o cuidado de si sofreu uma ofuscacao pelos processos que deram mais relevo a formula delfica do “conhece-te a ti mesmo” como principio filosofico e fundador da espiritualidade moderna, do “eu” cartesiano. Assim, neste trabalho serao abordadas as definicoes conceituais relativos ao estudo do pensador frances visando a trajetoria de uma hermeneutica das sujeicoes, dos exercicios da existencia e das praticas da existencia de acordo com a descobertas de Michel Foucault. Nessa perspectiva, busca-se compreender as razoes pelas quais o levaram a considerar o que foi tomado como perturbador no conceito de cuidado de si para ser obscurecido durante essa historia do pensamento humano.
  • GIORDANO BRUNO DE LACERDA MARQUES
  • UMA HERMENÊUTICA DE SI: O Cuidado de Si em Michel Foucault
  • Data: 20/11/2017
  • Hora: 09:30
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  •  O trabalho aqui desenvolvido tem por objetivo apresentar uma leitura acerca do modo como Michel Foucault, em sua obra Hermeneutica do Sujeito, alcanca o conceito de “cuidado de si” concomitantemente intricado ao conceito de “cuidado dos outros”. Tais conceitos foram seus objetos de estudos nos ultimos anos de ensino no College de France e se desenvolveram no seu corpus teorico atraves de seu interesse em se pensar a problematica da “subjetividade e verdade”, isto e, como se constituiu o sujeito, mais precisamente, a subjetividade moderna. Aqui apresentamos uma teoria do “cuidado de si” em seu nascimento, sua origem, com o personagem de Socrates e seu desenvolvimento ate o inicio da era crista em que o cuidado se voltou inteiramente para espiritualidade individual e se distanciou da relacao do “cuidado do outro”, isto e, as pessoas, as relacoes politicas, a polis (a cidade). Tal tema foi estudado por Foucault como um “principio positivo matricial” relativo as morais rigorosas durante todo o periodo compreendido entre os seculos V a.C. e V d.C. e que viria a transformar-se profundamente no decorrer das epocas desde um “fenomeno de conjunto”, para os gregos, a um preceito da espiritualidade particular, monastica, do individuo, na primeira era Crista. E preciso ressaltar que tais transformacoes se modificaram menos no campo dos principios filosoficos do que no campo dos exercicios da existencia, em seu refinamento e que, como consequencia, o cuidado de si sofreu uma ofuscacao pelos processos que deram mais relevo a formula delfica do “conhece-te a ti mesmo” como principio filosofico e fundador da espiritualidade moderna, do “eu” cartesiano. Assim, neste trabalho serao abordadas as definicoes conceituais relativos ao estudo do pensador frances visando a trajetoria de uma hermeneutica das sujeicoes, dos exercicios da existencia e das praticas da existencia de acordo com a descobertas de Michel Foucault. Nessa perspectiva, busca-se compreender as razoes pelas quais o levaram a considerar o que foi tomado como perturbador no conceito de cuidado de si para ser obscurecido durante essa historia do pensamento humano.
  • BRUNO ALEXANDRE CADETE DA SILVA
  • A Violência Virtuosa em O Príncipe de Maquiavel
  • Data: 31/10/2017
  • Hora: 09:30
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  • A presente dissertacao versa sobre como a violencia pode ser considerada um dispositivo racional a partir de Maquiavel. No caso, a violencia que notadamente e considerada um mal, ganha um sentido logico e instrumental, principalmente no que se refere a sua utilizacao como um mecanismo politico. Para Maquiavel, a violencia esta completamente intrinseca a politica, nao sendo apenas estrategia ou instrumento, mas estando incorporada a politica como arte de governar. Neste sentindo, Maquiavel, ao se basear no contexto historico de sua epoca, assim como nos grandes exemplos da antiguidade classica, buscando de forma realista a verdade efetiva (verita effetuale) das coisas, determina que o Estado deva dispor de um poder soberano central, sendo o legitimo detentor do monopolio da forca. A obra O Principe de Maquiavel tem como sintese um chamado a redencao da Italia renascentista que nada mais e do que a formacao de um Estado centralizado e consolidado: um Estado como obra de arte. Para isso, essa violencia tecnica teria sua justificacao atraves de seus propositos. Sua qualificacao como ma seria a ausencia de propositos, o que ocorre quando e a violencia pela violencia, sem nenhum contexto de transformacao positiva da sociedade ou manutencao do Estado. A violencia submetida a racionalidade da politica, como um saber pratico, e a que e utilizada para um proposito maior, se transformando assim em uma techne politica de fato. Desse modo, para Maquiavel a violencia virtuosa, entendida como categoria tecnica da politica, deveria contribuir nao so para a fundacao do Estado moderno (poiesis), como tambem para a sua manutencao (techne).
  • MICHELLE FERNANDES DE ARAUJO
  • Entre a Miséria e o Sol: Absurdo e criação em Albert Camus
  • Data: 16/10/2017
  • Hora: 14:30
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  • O presente trabalho e um estudo da filosofia de Albert Camus visando compreender qual postura o homem pode ter em relacao a sua existencia quando em face do absurdo. Por absurdo, devemos entender, sempre segundo Camus, o desamparo que a racionalidade do homem sente diante do silencio do mundo em face de suas mazelas. Esse desamparo acaba por gerar a confrontacao que pode encaminhar ao que o filosofo denomina de “suicidio”, e que sera alvo da sua critica, ou ao fim ultimo almejado, que sera a criacao estetica como o avesso do suicidio. Ambas possibilidades evidenciam-se como formas de lidar com a ausencia de sentido do mundo, a saber, o proprio absurdo. Todavia, se o suicidio (fisico ou filosofico) nao responde a falta de sentido do mundo, cabe-nos pensar se, a partir disso, seria possivel estabelecer um ethos, um modo de acao, que assuma como paradigma a criacao estetica. Caberia ao homem empreender, deste modo, uma atitude criadora, embora sem esperanca e sem recorrer a ideias que poderiam ser consideradas como totalizantes (como, por exemplo, a busca de um ideal de verdade determinado; uma verdade, muito cara a metafisica, que daria sentido ou explicaria a vida e o mundo, escondendo ou nao lidando com o absurdo). O presente texto segue, assim, o movimento filosofico do raciocinio absurdo proposto por Camus, buscando explicitar que consequencias se pode depreender do absurdo como regra de acao. Para cumprir com tal objetivo, nossa analise se centrou em duas de suas obras: O Mito de Sisifo, que nos auxilia a pensar em que medida o suicidio nao e uma saida para a aparente falta de sentido do mundo; e O Estrangeiro, onde poderemos notar o absurdo tanto do ponto de vista literario quanto existencial.
  • MICHELLE FERNANDES DE ARAUJO
  • Entre a Miséria e o Sol: Absurdo e criação em Albert Camus
  • Data: 16/10/2017
  • Hora: 14:30
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  • O presente trabalho e um estudo da filosofia de Albert Camus visando compreender qual postura o homem pode ter em relacao a sua existencia quando em face do absurdo. Por absurdo, devemos entender, sempre segundo Camus, o desamparo que a racionalidade do homem sente diante do silencio do mundo em face de suas mazelas. Esse desamparo acaba por gerar a confrontacao que pode encaminhar ao que o filosofo denomina de “suicidio”, e que sera alvo da sua critica, ou ao fim ultimo almejado, que sera a criacao estetica como o avesso do suicidio. Ambas possibilidades evidenciam-se como formas de lidar com a ausencia de sentido do mundo, a saber, o proprio absurdo. Todavia, se o suicidio (fisico ou filosofico) nao responde a falta de sentido do mundo, cabe-nos pensar se, a partir disso, seria possivel estabelecer um ethos, um modo de acao, que assuma como paradigma a criacao estetica. Caberia ao homem empreender, deste modo, uma atitude criadora, embora sem esperanca e sem recorrer a ideias que poderiam ser consideradas como totalizantes (como, por exemplo, a busca de um ideal de verdade determinado; uma verdade, muito cara a metafisica, que daria sentido ou explicaria a vida e o mundo, escondendo ou nao lidando com o absurdo). O presente texto segue, assim, o movimento filosofico do raciocinio absurdo proposto por Camus, buscando explicitar que consequencias se pode depreender do absurdo como regra de acao. Para cumprir com tal objetivo, nossa analise se centrou em duas de suas obras: O Mito de Sisifo, que nos auxilia a pensar em que medida o suicidio nao e uma saida para a aparente falta de sentido do mundo; e O Estrangeiro, onde poderemos notar o absurdo tanto do ponto de vista literario quanto existencial.
  • ALEXANDRE SOARES DE SOUSA
  • SIGNIFICADO DE HOMEM EM MARTIN HEIDEGGER - LEITURA DA OBRA "SOBRE O HUMANISMO"
  • Data: 30/09/2017
  • Hora: 10:00
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  • O intuito dessa dissertacao sugere fazer uma reflexao filosofica nos moldes heideggerianos sobre o homem. Isto significa dizer, nao da mesma forma que articulou a tradicao filosofica, ou melhor, a metafisica, a qual o apresentou como sendo apenas um ente pertencente a totalidade, que compoe ser, cujo diferencial e referencial e mostra-lo como animal racional, e nada mais. Martin Heidegger na obra Sobre o humanismo, que e o texto donde parte e se constitui a nossa pesquisa, propoe para significado de ser humano a vinculacao desse com o ser, pois segundo ele, essa tradicao confundiu o sentido de ser, que e ontologico, com o sentido de ente, que e ontico, dando a entender que este e aquele significassem a mesma coisa. Para Heidegger, nao se pode compreender o homem sem antes compreender o ser, uma vez que, ambos os conceitos estao imbricados, ou seja, so saberemos o que seja o homem mediante a sua concatenacao com o ser. Ele recomenda, a priori, que se faca a diferenca ontologica, a saber, a diferenca entre ser e ente, para nao se cometer o mesmo erro da tradicao, ou seja, cair no esquecimento dessa diferenca, que confundira o ser de modo igual a ente. O filosofo tambem aponta, que a possibilidade para que isso ocorra, venha atraves do ente, que ele denomina Dasein, o qual nao implica em determinacao para homem, melhor dizendo, atraves do ente que em seu modo de ser desencobre o ser. E, este modo de ser desse ente e a existencia.
  • PAULO SERGIO DA MOTA PEREIRA
  • A LITERATURA COMO PROJETO FILOSÓFICO: UMA ANÁLISE DO ROMANCE A NÁUSEA DE JEAN-PAUL SARTRE
  • Data: 28/09/2017
  • Hora: 14:00
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  • O cerne desta dissertacao consiste em uma analise da relacao entre filosofia e literatura no pensamento de Jean-Paul Sartre, com o objetivo compreender seu projeto filosofico a partir dos textos literarios. Para tanto, tomar-se-a por base o romance A Nausea; porem, para compreender a relacao de complementaridade entre estes dois registros na obra de Sartre se faz necessario aludir tambem a alguns de seus textos de filosofia conceitual como: A transcendencia do Ego, O Ser e o nada, entre outros, bem como a outras obras de ficcao citadas ao longo do trabalho. A ideia de buscar elementos nos dois registros na obra de Sartre justifica-se pelo modo como ele conduz seu projeto de pensar a existencia humana. Desta feita, cabe salientar que o caminho percorrido neste trabalho vai de uma contextualizacao do dialogo entre filosofia e literatura, passando por essa relacao no interior do pensamento de Sartre, para, enfim, chegar a analise do romance A Nausea, do qual procurar-se-a compreender no proprio texto literario o projeto filosofico de Sartre de pensar a existencia humana a partir da literatura.
  • CAIO FELIPE VARELA MARTINS
  • MOLAR E MOLECULAR: O PENSAMENTO COMO ATO CRIATIVO EM GILLES DELEUZE
  • Data: 28/09/2017
  • Hora: 09:00
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  • Com o termo da multiplicidade, Deleuze e Guattari alcancam um espaco diferente do conhecimento filosofico por afirmarem a diferenca ao inves de nega-la. Mostramos no presente trabalho uma pesquisa atraves do metodo cartografico no sentido de abordar alguns conceitos colocados como principais para mapear a movimentacao do pensamento na filosofia deleuzo-guattariana. Os termos molar e molecular nortearao nossa pesquisa como apresentacao do proprio movimento pelos autores, sua trocas e mutacoes nao so no pensamento, mas na propria realidade nos mostra uma dualidade coexistente que nos demonstra tambem a multiplicidade, a heterogeneidade e o movimento. Esta movimentacao do pensamento nos levara ao trajeto de encontrar o ato de criacao, e mais especificamente a criacao de conceitos como exercicio principal do filosofo.
  • CÍCERO BATISTA GOMES DOS SANTOS
  • TÍTULO: Excelência e Escolha deliberada em Aristóteles.
  • Data: 25/09/2017
  • Hora: 14:00
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  • RESUMO Neste trabalho temos como objetivo investigar de que forma os argumentos apresentados nos Livros I, II e III da Etica a Nicomacos, sobretudo no tratado da virtude moral (I 13 – III 8), oferecem indicios suficientes para compreendermos como as escolhas deliberadas influenciam a virtude moral do homem grego. Aristoteles destaca que as questoes morais estao estritamente vinculadas as acoes (Πράξη) realizadas pelos homens e, ao mesmo tempo, essas questoes perpassam tambem o campo das emocoes. Nesse sentido, na presente dissertacao empreendemos uma analise do “tratado da virtude moral” que corresponde aos livros supracitados. Com efeito, ao longo do trabalho, a analise de outros livros da Etica a Nicomacos sera de grande valia, uma vez que nos proporciona embasamento para sustentar a linha de pesquisa que nos propomos a estudar. Dito isso, compreenderemos que o homem aristotelico trava uma batalha contra os seus proprios desejos na tentativa de atingir a excelencia ou a virtude (αρετή), pois as escolhas parecem obedecer certas regras do pensar – ou melhor, do aspecto racional da alma (ψυχή) – e, por isso, ao realiza-las, o agente tende voluntariamente a alcancar o fim desejado. Assim, aquele que delibera esta em contato direto com o objeto desejado, para tanto, parece essencial analisarmos a relacao entre escolhas deliberadas e virtude moral ja que assim poderemos compreender o modelo de homem proposto por Aristoteles na Etica a Nicomacos. --
  • FRANCISCO DAMAZIO DE AZEVEDO SEGUNDO
  • TÍTULO: O Amor como fundamento ético-político n’A Cidade de Deus, de santo Agostinho
  • Data: 25/09/2017
  • Hora: 10:00
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  • Na presente dissertacao temos por escopo apresentar o amor como fundamento etico-politico no pensamento de Aurelio Agostinho, tendo como fonte basilar a obra A Cidade de Deus. A tematica se faz necessaria diante das problematicas eticas e politicas vivenciadas na contemporaneidade, com o uso do Estado e das instituicoes sociais para manutencao das desigualdades sociais, raciais, religiosas, o que desagua na exclusao e sofrimento do outro. A hipotese aqui levantada diz respeito ao amor, enquanto fundamento e motivador das acoes humanas, desta forma, sera averiguada a via etica agostiniana de amar “onde tudo e Justica”, a fim de serem percebidas as falhas da acao etica-politica quando os cidadaos nao amam o que deve ser amado. Para tanto, a fim de que este estudo seja salutar, num primeiro momento sera analisado o lugar que a etica possui no pensamento do Filosofo africano. Posteriormente, a analise da etica propriamente agostiniana e, por fim, o estudo do amor enquanto fundamento etico-politico. O amor entao se apresenta como fundamento, porem, o objeto a ser tratado no que se deve amar, diante dos problemas vivenciados de injusticas sociais e ideologias discriminatorias. Os capitulos, desta maneira, dividem-se em tres momentos: primeiramente, sera analisada a divisao de Filosofia perpetrada pelo Bispo de Hipona no livro supracitado, sendo decorrente da filosofia platonica, no caso: as areas racional, natural e moral; que, por sua vez, sao ramificacoes do pensamento socratico, da sabedoria contemplativa e da sabedoria ativa. Apos chegar a compreensao de qual seja o espaco da etica, enquanto via emergente da moral e, portanto, da vida ativa, que possui por objetivo “amar onde tudo e Justica”, entao sera estudado o que e a etica. Desta maneira, a segunda parte estara imersa na conceituacao da etica agostiniana, suas categorias, a fim de se verificar quais as condicoes para que uma determinada acao seja compreendida como etica ou nao. Assim, sera desenvolvida uma pesquisa sobre o problema da existencia do mal, na visao maniqueia, que sera rechacada pelo Filosofo africano, tendo como pano de fundo o livre-arbitrio e, consequentemente, a categoria de vontade, bem como a importancia do amor como “peso”, que inclina o homem e, portanto, as suas acoes. No terceiro capitulo, o estudo estara centrado na analise da questao da sociabilidade do homem que ocorre por fatores naturais e contingentes, diante do livre-arbitrio da vontade. Por fim, sera analisado o problema das relacoes entre lei temporal e lei eterna, a fim de se verificar os conflitos existentes entre a Cidade dos Homens e a Cidade de Deus, que esta fundamentado no amor e, no seu itinerario, retorna para o proprio amor, a fim de encontrar a Felicidade (beate vivere). Palavras-chaves: Amor. Etica. Politica. --------------- DADOS DA BANCA II: TITULO: Excelencia e Escolha deliberada em Aristoteles. MESTRANDO: Cicero Batista Gomes dos Santos. DATA: dia 25 de setembro as 14:00. BANCA: Profa. Dra. Maria Simone Marinho Nogueira – (UFPB) Orientadora. Prof. Dr. Antonio Gomes dos Santos – (UFCG) Membro Externo. Prof. Dr. Bartolomeu Leite da Silva – (UFPB) Membro Interno. NUMERO DE PAGINAS: 96 RESUMO Neste trabalho temos como objetivo investigar de que forma os argumentos apresentados, sobretudo, nos Livros I, II e III da Etica a Nicomacos, considerado como um tratado da excelencia (I 13- III 8), oferecem indicios suficientes para compreendermos como as escolhas deliberadas influenciam a excelencia do homem apresentado por Aristoteles. Ele destaca que as questoes morais estao estritamente vinculadas as acoes (pra=civ) realizadas pelos homens. Ao mesmo tempo, essas acoes perpassam tambem o campo das emocoes. Nesse sentido, o presente trabalho empreende uma analise do “tratado da virtude moral”, que corresponde aos livros supracitados. Com efeito, ao longo do trabalho, a analise de outros livros da Etica a Nicomacos, bem como de outras obras de Aristoteles como a Politica, por exemplo, sera de grande valia uma vez que nos proporciona embasamento para sustentar a linha de pesquisa a qual nos propomos estudar. Dito isso, compreenderemos que o homem aristotelico trava uma batalha contra os seus proprios desejos na tentativa de atingir a excelencia ou a virtude. Pois, as escolhas parecem obedecer certas regras do pensar – ou melhor, do aspecto racional da alma – e, por isso, ao realiza-las, o agente tende voluntariamente a alcancar o fim desejado. Assim, aquele que delibera esta em contato direto com o objeto desejado, para tanto, parece essencial analisarmos a relacao entre escolhas deliberadas e excelencia ja que assim poderemos compreender o modelo de homem proposto por Aristoteles na Etica a Nicomacos.
  • FRANCISCO DAMAZIO DE AZEVEDO SEGUNDO
  • TÍTULO: O Amor como fundamento ético-político n’A Cidade de Deus, de santo Agostinho
  • Data: 25/09/2017
  • Hora: 10:00
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  • Na presente dissertacao temos por escopo apresentar o amor como fundamento etico-politico no pensamento de Aurelio Agostinho, tendo como fonte basilar a obra A Cidade de Deus. A tematica se faz necessaria diante das problematicas eticas e politicas vivenciadas na contemporaneidade, com o uso do Estado e das instituicoes sociais para manutencao das desigualdades sociais, raciais, religiosas, o que desagua na exclusao e sofrimento do outro. A hipotese aqui levantada diz respeito ao amor, enquanto fundamento e motivador das acoes humanas, desta forma, sera averiguada a via etica agostiniana de amar “onde tudo e Justica”, a fim de serem percebidas as falhas da acao etica-politica quando os cidadaos nao amam o que deve ser amado. Para tanto, a fim de que este estudo seja salutar, num primeiro momento sera analisado o lugar que a etica possui no pensamento do Filosofo africano. Posteriormente, a analise da etica propriamente agostiniana e, por fim, o estudo do amor enquanto fundamento etico-politico. O amor entao se apresenta como fundamento, porem, o objeto a ser tratado no que se deve amar, diante dos problemas vivenciados de injusticas sociais e ideologias discriminatorias. Os capitulos, desta maneira, dividem-se em tres momentos: primeiramente, sera analisada a divisao de Filosofia perpetrada pelo Bispo de Hipona no livro supracitado, sendo decorrente da filosofia platonica, no caso: as areas racional, natural e moral; que, por sua vez, sao ramificacoes do pensamento socratico, da sabedoria contemplativa e da sabedoria ativa. Apos chegar a compreensao de qual seja o espaco da etica, enquanto via emergente da moral e, portanto, da vida ativa, que possui por objetivo “amar onde tudo e Justica”, entao sera estudado o que e a etica. Desta maneira, a segunda parte estara imersa na conceituacao da etica agostiniana, suas categorias, a fim de se verificar quais as condicoes para que uma determinada acao seja compreendida como etica ou nao. Assim, sera desenvolvida uma pesquisa sobre o problema da existencia do mal, na visao maniqueia, que sera rechacada pelo Filosofo africano, tendo como pano de fundo o livre-arbitrio e, consequentemente, a categoria de vontade, bem como a importancia do amor como “peso”, que inclina o homem e, portanto, as suas acoes. No terceiro capitulo, o estudo estara centrado na analise da questao da sociabilidade do homem que ocorre por fatores naturais e contingentes, diante do livre-arbitrio da vontade. Por fim, sera analisado o problema das relacoes entre lei temporal e lei eterna, a fim de se verificar os conflitos existentes entre a Cidade dos Homens e a Cidade de Deus, que esta fundamentado no amor e, no seu itinerario, retorna para o proprio amor, a fim de encontrar a Felicidade (beate vivere). Palavras-chaves: Amor. Etica. Politica. --------------- DADOS DA BANCA II: TITULO: Excelencia e Escolha deliberada em Aristoteles. MESTRANDO: Cicero Batista Gomes dos Santos. DATA: dia 25 de setembro as 14:00. BANCA: Profa. Dra. Maria Simone Marinho Nogueira – (UFPB) Orientadora. Prof. Dr. Antonio Gomes dos Santos – (UFCG) Membro Externo. Prof. Dr. Bartolomeu Leite da Silva – (UFPB) Membro Interno. NUMERO DE PAGINAS: 96 RESUMO Neste trabalho temos como objetivo investigar de que forma os argumentos apresentados, sobretudo, nos Livros I, II e III da Etica a Nicomacos, considerado como um tratado da excelencia (I 13- III 8), oferecem indicios suficientes para compreendermos como as escolhas deliberadas influenciam a excelencia do homem apresentado por Aristoteles. Ele destaca que as questoes morais estao estritamente vinculadas as acoes (pra=civ) realizadas pelos homens. Ao mesmo tempo, essas acoes perpassam tambem o campo das emocoes. Nesse sentido, o presente trabalho empreende uma analise do “tratado da virtude moral”, que corresponde aos livros supracitados. Com efeito, ao longo do trabalho, a analise de outros livros da Etica a Nicomacos, bem como de outras obras de Aristoteles como a Politica, por exemplo, sera de grande valia uma vez que nos proporciona embasamento para sustentar a linha de pesquisa a qual nos propomos estudar. Dito isso, compreenderemos que o homem aristotelico trava uma batalha contra os seus proprios desejos na tentativa de atingir a excelencia ou a virtude. Pois, as escolhas parecem obedecer certas regras do pensar – ou melhor, do aspecto racional da alma – e, por isso, ao realiza-las, o agente tende voluntariamente a alcancar o fim desejado. Assim, aquele que delibera esta em contato direto com o objeto desejado, para tanto, parece essencial analisarmos a relacao entre escolhas deliberadas e excelencia ja que assim poderemos compreender o modelo de homem proposto por Aristoteles na Etica a Nicomacos.
  • CLEDSON DE SOUZA CARLOS
  • Os modos de subjetivação do indivíduo através da sexualidade, segundo Foucault
  • Data: 23/08/2017
  • Hora: 10:30
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  • O presente trabalho, baseado em Michel Foucault, constitui-se de uma pesquisa teorico-bibliografica acerca dos modos de subjetivacao do individuo atraves da sexualidade, presente na estetica da existencia grega e no dispositivo da sexualidade moderno. Propomo-nos analisar a seguinte problematica: Como o poder atua no individuo no processo de subjetivacao atraves da sexualidade. Para analisar a sexualidade contemporanea, Foucault distingue dois tipos de poder: o poder soberano e o biopoder. Ao analisar a sexualidade conforme o poder soberano, percebe-se equivocadamente que o principal efeito do poder e a repressao. Devido a esse equivoco, Foucault desconstroi esse instrumento de analise insuficiente, criticando a teoria repressiva e mostrando que a principal atuacao do poder na sexualidade na contemporaneidade e atraves do dispositivo da sexualidade estimulando sua manifestacao e a discursividade sexual. No entanto, Foucault mostra que a sexualidade pode ser vivida de modo distinto, assim apresenta outro modo de subjetivacao, analisando como os gregas classicos desenvolveram sua sexualidade como estetica da existencia. Finalmente observamos que a sexualidade e construida historicamente e nao um dado natural, assim o sujeito contemporaneo tem a possibilidade de elaborar a partir de si mesmo uma vida livre e criativa.
  • EDNO JOSÉ OSÓRIO DE ARAÚJO
  • A Justiça na República de Platão
  • Data: 15/08/2017
  • Hora: 14:00
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  • A grande discussao estabelecida no dialogo a Republica refere-se a tentativa de definir o sentido do conceito de justica, expostas nas premissas de Cefalo, Polemarco, Trasimaco e Glaucon, todas refutadas por Socrates, preparando, o mestre de Platao, o caminho para novas discussoes depois de declarar que a cidade e fundada a partir da associacao entre os homens e que so e possivel observar a justica tendo uma visao geral dela. Dessa forma, analisa-se se na cidade fundada, vista a partir da perspectiva de unidade, que forma o todo da politeia platonica, podemos encontrar nela as seguintes virtudes: sabedoria, coragem, temperanca e justica, a fim de se qualificar o que e a justica na cidade e nos individuos que compoem as seguintes classes: governantes, guerreiros e artifices. Como resultado dessa analise, encontraremos, na concepcao de Platao, no que consiste, portanto, a nocao de justica entre as partes citadas e respondermos o porque de Platao procurar a justica atentando, especialmente, para o todo para depois investigar nas partes, que sao os individuos, se ha indicio da justica. O saldo desse trabalho mostrara que a justica nao e apenas de um, mas que o uniao entre as partes revela que ela resulta da perfeita harmoniosa entre a cidade e os seus habitantes na qual cada um ocupara o lugar que lhe e devido segundo a disposicao de sua alma. Esse percurso respondera nossa indagacao que verso sobre o metodo empregado por Platao visando observar a justica nas letras grande. Ao cabo desse analise, Platao investiga em que medida a cidade estara pronta para dar prosseguimento e manutencao da justica ja visualizada. Sendo assim, ele estabelece um modelo de educacao em que os individuos serao submetido e testados a fim de encontrar, entre eles, aqueles que seus carateres apresentam as melhores disposicoes para governar a polis. Uma vez educado e consagrado os guardioes da cidade [o Filosofo-Rei], este, por sua vez, procurara estabelecer as melhores leis, cujo conteudo sera encontrado com o auxilio da dialetica, visando atender o anseio da comunidade sem prejuizo para as partes.
  • DAMIANA BEZERRA ALVES
  • CORPO, DISCIPLINA E RESISTÊNCIA EM MICHEL FOUCAULT
  • Data: 27/07/2017
  • Hora: 10:00
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  • RESUMO O proposito deste trabalho consiste em fazer um estudo acerca do corpo, da disciplinar e da resistencia em Foucault. Pode-se dizer que quando se discute poder disciplinar em Foucault se esta a discutir os modos de subjetivacao presentes na sociedade provenientes das ideias de normatizacao, controle e utilidade. Nesse campo, surge entao o seguinte problema: como o corpo podera resistir ao enquadramento dado no poder disciplinar? Para Foucault, o poder representa relacoes de forcas, controle das singularidades penetrante e altamente escorregadio na dimensao dos diversos mecanismos de acao, nao situado apenas no apice da hierarquia social, ou seja, no Estado. O poder disciplinar em Foucault e um poder descentrado, estrategico, constitutivo dos espacos e do tempo, em que aos poucos vai exercendo a fabricacao dos corpos e produzindo individuos que sejam doceis e uteis para o funcionamento de determinada instituicao ao qual a singularidade esta inserida. A hipotese correlacionada as estrategias de fuga a esse poder consiste na auto formacao da subjetividade do sujeito e as suas praticas de resistencia anexada a maneira que este sujeito ira agir politicamente em sua realidade. Nesse sentido, analisaremos a etica do cuidado de si como elemento primordial para a constituicao da parresia – compreendida como o falar franco, o falar verdadeiro, a luz da ideia da veridiccao. Atraves das obras: A Hermeneutica do sujeito e A coragem da verdade: governo de si e dos outros II, momento sobre o qual Foucault se debruca na sua ultima fase, tratando nesse aspecto sobre as questoes etica. O metodo que usaremos sera o hipotetico-dedutivo, aquele que se constroi uma teoria elaborando hipoteses a partir das quais as conclusoes podem ser refutadas ou aceitas, e a coleta de dados sera atraves de pesquisa bibliografica realizada sobre as traducoes das suas referidas publicacoes, tais como: livros, palestras e os cursos proferidos no college de France. Necessariamente abordaremos no capitulo inicial o espaco, o tempo e o corpo como elementos constitutivos desse poder, abarcando tambem a presenca ininterrupta da resistencia. No segundo, trataremos sobre o surgimento das instituicoes disciplinares observando a vigilancia e como a disciplina apareceu. Portanto, no ultimo capitulo iremos estudar as formas de resistencia ao poder disciplinar, como: parresia e o cuidado de si. Palavras–Chave: Disciplina. Resistencia. Foucault.
  • ALEXANDRE VENANCIO DA SILVA
  • O PROBLEMA DO CONHECIMENTO EM HUSSERL: AS MEDITAÇÕES CARTESIANAS COMO MODELO PARA A FILOSOFIA FENOMENOLÓGICA
  • Data: 13/06/2017
  • Hora: 10:00
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  • O objetivo dessa dissertacao e apresentar o problema do conhecimento em Husserl. Partiremos das principais criticas que o mesmo utilizou de forma contundente as ciencias positivistas, do qual identificaremos nessas criticas o conceito de Krisis. No primeiro capitulo achamos necessario apresentar um Husserl que le Descartes e ao mesmo tempo justificar a sua metodologia fenomenologica com base no metodo deste filosofo frances. No segundo capitulo dessa dissertacao fizemos uma nova interpretacao da ideia de superacao que Husserl promoveu ao desenvolver uma critica ao pensamento kantiano. Por fim, ao final da dissertacao, apresentamos o conceito de Lebenswelt, identificado aquilo que podera ser o alicerce de nosso trabalho: o mundo da vida e as coisas dadas em si mesma. E nesta proposta que concluiremos a nossa pesquisa dizendo que o mundo transcendental nao pode ser representado por uma ideia logica ou uma construcao cientificista. Por mais que percebemos as coisas se transformarem e se apresentarem de muitas formas, Husserl ve algo estavel que sempre foi independente nesse seu mostrar. E nesta empreitada que se localiza o fenomeno – o eidos. Do qual acreditamos ser o grande problema do conhecimento do homem no mundo que lhe cerca – a perca da sua identidade (ou eidos) no mundo por causa das grandes transformacoes cientifica. Palavras-chave: fenomenologia; Krisis; lebenswelt; mundo transcendental
  • GLAUCIO VINICIUS DE SOUZA ALVES
  • DESENCANTAMENTO E UTOPIA: DAS RELIGIÕES "SECULARES" AOS TOTALITARISMOS POLITÍCOS
  • Data: 29/05/2017
  • Hora: 10:00
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  • O objetivo do presente trabalho e o de analisar como o moderno processo de secularizacao ocidental influiu no quadro da existencia humana a partir de algumas de suas manifestacoes socio-historicas e politicas. Para tanto, nos debrucaremos sobre as experiencias totalitarias do ultimo seculo, por representarem o apice conhecido do que se pode entender por concentracao de poder. Nossa reflexao, como convem a atividade filosofica, parte de uma perplexidade: como foi (e e?) possivel a um dirigente ou oligarquia ter arrastado multidoes e multidoes de almas inflamadas – e por assim dizer incondicionalmente determinadas – a nao somente cometer crimes assombrosos contra alegados oponentes como tambem a entregar suas proprias vidas em razao de propostas politicas que, de modo invariavel, eram flagrantemente inexequiveis? Assim, depois de apreender o sentido da politica (ocidental) nos primordios da filosofia grega, remontaremos as origens do Estado moderno para comprovar em que medida a sua dinamica interna marcou a tendencia desmesurada de crescimento do poder ate o paroxismo da politizacao integral da vida dos cidadaos. Autores como Eric Voegelin e Raymond Aron detectaram, por sua vez, simbolos religiosos que foram apropriados pelos sectarismos do seculo XX, mostrando ao investigador os perigos de se subestimar o nivel de penetracao psicologica e espiritual politicamente alcancaveis: trata-se de compreender um modo de “traducao politica” da secularizacao no Ocidente.
  • RENAN PIRES MAIA
  • RAZÃO E FÉ NA MODERNIDADE: UM DEBATE ENTRE SPINOZA E JACOBI Renan Pires Maia
  • Data: 06/04/2017
  • Hora: 14:00
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  • Resumo A presente dissertacao tem como objetivo central a exploracao do debate entre Spinoza e Jacobi quanto a possibilidade da racionalidade de atingir a Verdade. De um lado, temos Spinoza como defensor da razao e, por outro, Jacobi, que se insere como critico da racionalidade defendida na filosofia espinosana, vinculando o racionalismo ao ateismo e ao determinismo (que, na visao jacobiana, seriam aspectos do espinosismo) e defendendo a fe como a base de todo conhecimento, sobretudo o das verdades mais essenciais. O debate entre Spinoza e Jacobi nao se da de modo direto, posto que nao foram contemporaneos, mas entre Jacobi e os pensadores influenciados pela filosofia espinosana – entre os quais Lessing e Mendelssohn – que, nos seculos XVIII e XIX, compunham uma parte significativa da intelectualidade alema. O debate entre Jacobi e Spinoza atraves de Lessing e Mendelssohn ficou conhecido como a Querela do Panteismo.
  • MARCOS ANTONIO ALVES DO NASCIMENTO
  • O CONCEITO DE SIMPATIA E O SEU PAPEL NA FILOSOFIA MORAL DE DAVID HUME
  • Data: 29/03/2017
  • Hora: 09:00
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  • Esta dissertacao tem o objetivo de investigar a teoria moral do filosofo escoces David Hume, no que se refere ao conceito de simpatia, e qual seu papel na filosofia moral humeana. Analisa tambem o conceito de utilitarismo que de acordo com Hume deve ser concebido como um criterio geral de moralidade, pois, todo ser humano tem uma forte ligacao com a sociedade e a percebe como um bem-estar da humanidade. Para cumprir o objetivo proposto, esta pesquisa, foi dividida em tres capitulos. No primeiro, apresento os aspectos gerais da filosofia de Hume como o empirismo, impressoes e ideias, a causalidade, liberdade e necessidade. No segundo capitulo, trato da moral e suas distincoes, se tem seu fundamento na razao ou na sensibilidade, a justica como virtude artificial e as paixoes. Finalmente, no terceiro e ultimo capitulo trato a simpatia e o utilitarismo, e qual sua relacao com a moral humeana.
  • MARIANA FRUTUOSO ARAUJO
  • POSSIBILIDADES DA LIBERDADE CONFORME A FILOSOFIA CRÍTICA DE KANT
  • Data: 27/03/2017
  • Hora: 09:00
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  • Na historia da filosofia a questao da liberdade constantemente e posta em reflexao e e sempre discutida como algo inerente a natureza humana, por esse motivo, percebemos que essa questao se constitui como um tema amplo sobre o qual podemos atribuir interpretacoes diversas. A nossa pesquisa consiste em desenvolver uma discussao sobre a ideia de liberdade a partir da relacao entre razao e liberdade conforme a filosofia de Kant (1724-1804) que apresenta uma investigacao critica acerca da natureza especulativa e do dominio da acao humanos tendo como fundamento o conceito de razao pura. Em vista disso, no primeiro capitulo discorremos sobre os argumentos de Kant na Critica da razao pura no que concerne a discussao da ideia de liberdade que se apresenta no interior do conflito da razao em relacao a reflexao da cosmologia racional, com tal discussao Kant pretende assegurar um dominio inteligivel pelo qual seja possivel admitir a causalidade livre. Desse modo, Kant pode pensar o dominio das acoes humanas em relacao a liberdade pratica, por conseguinte, apresentamos no segundo capitulo os argumentos da Fundamentacao da metafisica dos costumes que antepoem o conceito de liberdade como conceito-chave para a explicacao da autonomia da vontade dos seres humanos, entendemos que a possibilidade do dominio incondicionado da autonomia humana do qual depende a moral tem relacao com a possibilidade da ideia de liberdade transcendental. Entretanto, e com a teoria do fato da razao que Kant aponta ser possivel admitir a realidade da lei moral, nesse seguimento, tentamos fazer uma analogia entre a constituicao do ambito pratico com base na Critica da razao pratica e a possibilidade da efetividade da liberdade para o homem, e assim, considerar o lugar da liberdade na arquitetonica da razao pura.
  • RAY RENAN SILVA SANTOS
  • TITULO DA DISSERTAÇÃO: A fisiologia da interpretação no pensamento de Nietzsche
  • Data: 17/03/2017
  • Hora: 14:00
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  • RESUMO Este trabalho tem por escopo analisar as nocoes de fisiologia e interpretacao na filosofia de Nietzsche. Para tanto, visto que Nietzsche nao se propos a escrever nenhum estudo sistemico referente a tais nocoes, a nossa tarefa consiste em exercer a atividade da interpretacao. Ao investigarmos o que e interpretacao, a propria interpretacao se faz, assim, presente, realizando-se no percurso de nosso texto. Toda intepretacao esta situada em um “lugar” a partir do qual sua efetivacao e possivel, e todo lugar exprime uma diferenca, uma singularidade. Essa diferenca e referente a constituicao fisiologica do mundo como vontade de poder. Na medida em que o mundo se realiza a partir e enquanto pluralidade de vontades, cada vontade diz respeito a uma configuracao especifica e complexa que visa o dominio, dominio este que tem a ver com ponto optico, isto e, perspectivismo, interpretacao a partir da qual aquele que interpreta nao o faz senao por meio de sua propria percepcao. Contudo, quem interpreta? Haveriamos de pressupor um “aquele” ou “quem”, como se houvesse um agente que interpretasse? Visto que o mundo e pluralidade de vontades, a perspectiva logico-metafisica da unidade, no sentido quantitativo, ja se mostra como uma atribuicao de valor, como um meio pelo qual vontades intensificam seu poder interpretativamente. E a partir do desenvolvimento de tais pressupostos que toda a nossa pesquisa tera seus desdobramentos. .
  • THIAGO LIRA ALVES AGOSTINHO
  • O problema da dominação na filosofia da práxis de Antonio Gramsci
  • Data: 23/01/2017
  • Hora: 14:30
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  • Este trabalho tem por intento investigar uma fundamentacao possivel para o problema da dominacao em Antonio Gramsci a partir da nocao de hegemonia. O legado de Gramsci e reconhecido no pensamento ocidental por enfrentar o problema da dominacao dedicando especial atencao a politica em seu constructo, explicando como a dominacao ocorre politicamente sem desloca-la do ambito economico. Enquanto critico do capitalismo e do fascismo, o autor se propoe a delinear uma alternativa de contra-hegemonia atraves de um estudo sobre o Estado moderno e as possibilidades de uma “revolucao dos subalternos”. Considerando que varios autores, da filosofia antiga a modernidade, trataram de estabelecer uma concepcao acerca da vida social segundo uma ideia de justica e de como ela se configura pelo Estado, o presente trabalho analisa o Estado segundo a otica dos antigos (Platao e Aristoteles), de como o poder se exerce dum ponto de vista transcendente ate a modernidade, na tradicao imanente inaugurada por Maquiavel que ficou reconhecida como “realismo politico”. Com a revolucao burguesa, o Estado se define segundo os parametros da representacao e do sufragio universal, o que implica na aparicao do conceito de cidadania. Tracamos uma rememoracao destes conceitos, cujas nuances se apresentam nas tradicoes jusnaturalista e marxista, definindo as variadas leituras da politica. Assim, sao abordados especialmente alguns autores – Maquiavel, Lenin e Marx – cuja importancia historica e primordial ao pensamento gramsciano. O projeto de uma revolucao comunista em Gramsci inclui compreender as relacoes de dominacao capitalista a luz de uma revolucao triunfante na epoca, isto e, o modelo de insurgencia ocorrido na Russia em 1917. O diferencial e que o ocidente nao atende as mesmas “condicoes de possibilidade” como naquele pais, e esta leitura caracteriza Gramsci como pensador marxista ortodoxo ou heterodoxo. Neste empreendimento, para que possa ocorrer uma revolucao exitosa dada as dificuldades do mundo ocidental, e fundamental a participacao de varios setores da sociedade civil, desde os intelectuais aos partidos politicos, com vistas a derrubar o Estado burgues em suas ramificacoes. O conceito de revolucao, para Gramsci, nao consiste na mera reducao a violencia armada pura e simples, mas vigora juntamente com uma radical reforma moral e intelectual da sociedade. Por fim, como um adendo, analisamos as viabilidades e vicissitudes da proposta gramsciana do problema da dominacao. Tendo elucidado este conceito, tracamos uma exposicao sobre a ideologia vigente – o neoliberalismo, segundo as categorias gramscianas de poder, ideologia, Estado e sociedade civil. Nao poderiamos deixar de fazer mencao a questao do partido politico, em como Gramsci pensava este organismo, bastante diverso em nosso tempo. Vamos analisar de modo sucinto como os partidos atualmente sao destituidos duma ideologia definida, dedicados integralmente a obterem o poder nas republicas parlamentares. Vale salientar que os escritos de Gramsci nao possuem uma definicao acabada da ideia de “dominacao”: seu grandioso escopo e dividido em seu periodo juvenil – de militante e parlamentar que atuava no Partido Comunista Italiano – ate seu encarceramento e producao intelectual adversa dos Cadernos do carcere, em que se encontra suas grande contribuicao teorica de fato.
  • THIAGO LIRA ALVES AGOSTINHO
  • O problema da dominação na filosofia da práxis de Antonio Gramsci
  • Data: 23/01/2017
  • Hora: 14:30
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  • Este trabalho tem por intento investigar uma fundamentacao possivel para o problema da dominacao em Antonio Gramsci a partir da nocao de hegemonia. O legado de Gramsci e reconhecido no pensamento ocidental por enfrentar o problema da dominacao dedicando especial atencao a politica em seu constructo, explicando como a dominacao ocorre politicamente sem desloca-la do ambito economico. Enquanto critico do capitalismo e do fascismo, o autor se propoe a delinear uma alternativa de contra-hegemonia atraves de um estudo sobre o Estado moderno e as possibilidades de uma “revolucao dos subalternos”. Considerando que varios autores, da filosofia antiga a modernidade, trataram de estabelecer uma concepcao acerca da vida social segundo uma ideia de justica e de como ela se configura pelo Estado, o presente trabalho analisa o Estado segundo a otica dos antigos (Platao e Aristoteles), de como o poder se exerce dum ponto de vista transcendente ate a modernidade, na tradicao imanente inaugurada por Maquiavel que ficou reconhecida como “realismo politico”. Com a revolucao burguesa, o Estado se define segundo os parametros da representacao e do sufragio universal, o que implica na aparicao do conceito de cidadania. Tracamos uma rememoracao destes conceitos, cujas nuances se apresentam nas tradicoes jusnaturalista e marxista, definindo as variadas leituras da politica. Assim, sao abordados especialmente alguns autores – Maquiavel, Lenin e Marx – cuja importancia historica e primordial ao pensamento gramsciano. O projeto de uma revolucao comunista em Gramsci inclui compreender as relacoes de dominacao capitalista a luz de uma revolucao triunfante na epoca, isto e, o modelo de insurgencia ocorrido na Russia em 1917. O diferencial e que o ocidente nao atende as mesmas “condicoes de possibilidade” como naquele pais, e esta leitura caracteriza Gramsci como pensador marxista ortodoxo ou heterodoxo. Neste empreendimento, para que possa ocorrer uma revolucao exitosa dada as dificuldades do mundo ocidental, e fundamental a participacao de varios setores da sociedade civil, desde os intelectuais aos partidos politicos, com vistas a derrubar o Estado burgues em suas ramificacoes. O conceito de revolucao, para Gramsci, nao consiste na mera reducao a violencia armada pura e simples, mas vigora juntamente com uma radical reforma moral e intelectual da sociedade. Por fim, como um adendo, analisamos as viabilidades e vicissitudes da proposta gramsciana do problema da dominacao. Tendo elucidado este conceito, tracamos uma exposicao sobre a ideologia vigente – o neoliberalismo, segundo as categorias gramscianas de poder, ideologia, Estado e sociedade civil. Nao poderiamos deixar de fazer mencao a questao do partido politico, em como Gramsci pensava este organismo, bastante diverso em nosso tempo. Vamos analisar de modo sucinto como os partidos atualmente sao destituidos duma ideologia definida, dedicados integralmente a obterem o poder nas republicas parlamentares. Vale salientar que os escritos de Gramsci nao possuem uma definicao acabada da ideia de “dominacao”: seu grandioso escopo e dividido em seu periodo juvenil – de militante e parlamentar que atuava no Partido Comunista Italiano – ate seu encarceramento e producao intelectual adversa dos Cadernos do carcere, em que se encontra suas grande contribuicao teorica de fato.
2016
Descrição
  • FLAVIANO COSTA SANTOS
  • ÉTICA DA COMPAIXÃO: UMA VISÃO NÃO PESSIMISTA DE SCHOPENHAUER
  • Data: 05/12/2016
  • Hora: 09:00
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  • RESUMO: A presente dissertacao tenciona uma analise sobre a obra O mundo como vontade e como representacao, de Schopenhauer, em especial sobre o IV tomo, no caso, acerca de sua concepcao etica, bem como de demais obras, a exemplo de Sobre o fundamento da moral, Sobre a liberdade da vontade e alguns ensaios de Parerga e paralipomena, de modo a compreender nao apenas o que a concepcao etica comunica como tambem o que o pensamento schopenhaueriano em sua extensao abarca e, deste modo, empreender uma busca por entre as ideias e posicionamentos do filosofo que nos direcionem a uma descentralizacao do pessimismo atribuido a sua filosofia, especialmente sobre a compaixao se mostrar enquanto resposta favoravel a tal empreendimento. Para tal, deteremo-nos inicialmente em explanar acerca dos pilares principais que fundamentam a filosofia schopenhaueriana, a saber: a vontade metafisica e a representacao – teoria do conhecimento –, objetivando assim compreender os conceitos e ideias de maior relevancia que sedimentam o “pensamento unico”. Sendo assim, nosso itinerario filosofico tera como fio condutor uma exposicao e analise acerca de ideias e conceitos centrais da filosofia de Schopenhauer, a medida que apresentamos posicionamentos e ideias que nos favorecam quanto a descaracterizacao do pessimismo atribuido a sua filosofia. Portanto, tracaremos um percurso de modo a entender as ideias que estao por tras da etica da compaixao, tal como a justica, o “tat twam asi”, o egoismo, o suicidio, a caridade etc., principalmente pelo fato de sua etica nao ser de carater prescritivo, objetivando assim considera-la enquanto contraponto ao pessimismo atribuido a sua filosofia.
  • LUIS ANTONIO MOPI LAFUENTE
  • Título: Semiose: o interpretante e a inferência de Charles Sanders Peirce.
  • Data: 21/11/2016
  • Hora: 14:30
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  • Resumo: Esta pesquisa tem como objeto de estudo a relacao entre o interpretante e a inferencia na teoria semiotica do pensador estadunidense Charles Sanders Peirce; como metodo de trabalho se utilizou a pesquisa bibliografica e interpretacao dos conceitos citados, alem da analise de alguns exemplos onde se pudesse observar de forma “empirica” a atuacao desses conceitos. Entre os principais resultados se pode citar o fato de que estudar a relacao entre a inferencia e o interpretante no pensamento de Peirce significa analisar como o signo nasce, cresce e se autocorrige seguindo uma intencao ou norma contida num tipo especifico de interpretante (o interpretante final), que pode ser sintetizada na tendencia do signo de representar o seu objeto em todos os aspectos possiveis. Sendo assim, verificou-se tambem que as bases logicas do interpretante residem no conceito de causacao logica, ja que o interpretante e o resultado mediato da acao do objeto por meio do signo; dai que a representacao seja considerada como a forma ordenada de um processo logico que acontece entre os tres elementos do signo peirceano (representamen-objeto- interpretante). E nesse sentido que se pode afirmar que uma das primeiras funcoes do interpretante e propiciar a inferencia “tal signo representa tal objeto”, ponto de origem de qualquer signo e portanto de qualquer linguagem, e sobre o qual se fundamenta qualquer interpretacao posterior. De fato, a origem inferencial do signo e um dos fundamentos da epistemologia anticartesiana de Peirce, o qual nega as bases intuitivas da ciencia e do pensamento da sua epoca; para Peirce nao ha cognicao imediata (intuicao) do objeto conhecido, pois todo e qualquer conhecimento e mediado pelo signo. As bases inferenciais da epistemologia peirceana se sustentam no conceito matematico do continuum, ideia que no quadro geral da filosofia evolucionaria de Peirce se conhece sob o nome de teoria do sinequismo. Desse modo, a cognicao como processo inferencial, pressupoe como logicamente possivel uma regressao ao infinito em direcao ao objeto, pois o significado de um signo e outro signo, e uma progressao ao infinito em direcao ao interpretante final, pois todo signo e interpretado em outro signo subsequente. E nessas bases teoricas que se pode concluir que o ser do signo consiste em existir como um ente logico.
  • LUIS ANTONIO MOPI LAFUENTE
  • Título: Semiose: o interpretante e a inferência de Charles Sanders Peirce.
  • Data: 21/11/2016
  • Hora: 14:30
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  • Resumo: Esta pesquisa tem como objeto de estudo a relacao entre o interpretante e a inferencia na teoria semiotica do pensador estadunidense Charles Sanders Peirce; como metodo de trabalho se utilizou a pesquisa bibliografica e interpretacao dos conceitos citados, alem da analise de alguns exemplos onde se pudesse observar de forma “empirica” a atuacao desses conceitos. Entre os principais resultados se pode citar o fato de que estudar a relacao entre a inferencia e o interpretante no pensamento de Peirce significa analisar como o signo nasce, cresce e se autocorrige seguindo uma intencao ou norma contida num tipo especifico de interpretante (o interpretante final), que pode ser sintetizada na tendencia do signo de representar o seu objeto em todos os aspectos possiveis. Sendo assim, verificou-se tambem que as bases logicas do interpretante residem no conceito de causacao logica, ja que o interpretante e o resultado mediato da acao do objeto por meio do signo; dai que a representacao seja considerada como a forma ordenada de um processo logico que acontece entre os tres elementos do signo peirceano (representamen-objeto- interpretante). E nesse sentido que se pode afirmar que uma das primeiras funcoes do interpretante e propiciar a inferencia “tal signo representa tal objeto”, ponto de origem de qualquer signo e portanto de qualquer linguagem, e sobre o qual se fundamenta qualquer interpretacao posterior. De fato, a origem inferencial do signo e um dos fundamentos da epistemologia anticartesiana de Peirce, o qual nega as bases intuitivas da ciencia e do pensamento da sua epoca; para Peirce nao ha cognicao imediata (intuicao) do objeto conhecido, pois todo e qualquer conhecimento e mediado pelo signo. As bases inferenciais da epistemologia peirceana se sustentam no conceito matematico do continuum, ideia que no quadro geral da filosofia evolucionaria de Peirce se conhece sob o nome de teoria do sinequismo. Desse modo, a cognicao como processo inferencial, pressupoe como logicamente possivel uma regressao ao infinito em direcao ao objeto, pois o significado de um signo e outro signo, e uma progressao ao infinito em direcao ao interpretante final, pois todo signo e interpretado em outro signo subsequente. E nessas bases teoricas que se pode concluir que o ser do signo consiste em existir como um ente logico.
  • WESLEY RENNYER MARTINS RABELO PORTO
  • Dialética no Ceticismo Pirrônico: a contribuição da sofística no corpus argumentativo cético.
  • Data: 17/11/2016
  • Hora: 14:00
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  • O presente trabalho tem por objetivo principal refletir sobre a natureza do discurso pirronico, e, paralelamente, tentar compreender a contribuicao da eristica para a formacao de determinados procedimentos argumentativos ceticos. No primeiro capitulo, tracaremos o desenvolvimento historico do ceticismo, incluindo, nesta etapa, o momento precedente a formacao da tradicao cetica como escola, isto e, o momento do chamado proto-ceticismo, que irrompe ainda no periodo pre-socratico. No capitulo dois, daremos inicio a analise critico-comparativa entre a sofistica e o ceticismo, tendo por foco desta analise o pensamento dos sofistas Protagoras de Abdera e Gorgias de Leontinos. Aqui veremos como algumas formulas teoricas e teses destes sofistas anteciparam alguns dos principios e argumentos mais significativos do discurso pirronico. Finalmente, no terceiro e ultimo capitulo, nossa investigacao se volta para o discurso cetico em si mesmo, pois examinaremos as caracteristicas fundamentais e os elementos identitarios do logos cetico. Nesta fase, sobretudo, nossa busca pelos componentes fulcrais do discurso pirronico tera por fundamento os escritos de Sexto Empirico, nossa mais rica e importante fonte sobre o ceticismo grego. Teremos, pois, um dialogo denso com o autor pirronico, para que assim possamos extrai as principais caracteristicas do discurso cetico.
  • VINICIUS LAURINDO DOS SANTOS PEREIRA
  • Considerações sobre a ética animal a partir de Peter Singer
  • Data: 14/11/2016
  • Hora: 14:00
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  • Este trabalho investiga a relacao entre o homem e o animal nao-humano, concentrando-se inicialmente na analise dos principais argumentos filosoficos tradicionais, que visam justificar a exploracao do animal, e, posteriormente, na exposicao da critica ao especismo elaborada pelo filosofo Peter Singer. O animal e visto no pensamento ocidental como um ser inferior aos seres humanos. Ele existiria apenas para servir as necessidades do homem, como se fosse um mero objeto. E preciso interrogar, como propoe esta pesquisa, se existiria alguma justificativa plausivel para se defender tais posicoes e tambem investigar a proposta etica de Peter Singer.
  • LAURO CRISTIANO MARCULINO LEAL
  • Das ideias constituintes da noção de felicidade no De Consolatione Philosophiae
  • Data: 09/11/2016
  • Hora: 10:00
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  • Refletir acerca do pensamento de Boecio e trazer consigo a responsabilidade de alcancar a intensidade de sua obra, tendo em vista que alem da sua contribuicao como um dos principais tradutor e comentador das obras de Aristoteles, ele se fixara na Historia da Filosofia como aquele que ofereceu novos direcionamentos e problemas a serem investigados, pois, dentre outros temas, apresentou a sociedade uma nova metodologia educacional, provavelmente antecipando a Escolastica. Introduziu nas discussoes filosoficas o problema dos universais ao perguntar, no comentario a Isagoge de Porfirio, o modo de existencia dos generos e das especies, elaborou com notoriedade obras que tratam de musica, teologia, matematica, logica e metafisica. Entretanto, a proposta da nossa pesquisa e debrucarmos-nos em uma das suas obras de maior repercussao no periodo medieval e que oferece, em meio a varios motes, um novo sentido ao conceito de felicidade: A Consolacao da Filosofia. Esta sera entao um elo entre o mundo helenico, com seu conjunto de sistemas filosoficos constituidos e a uma nova estrutura cultural e social romana, em que o tema central que fara esta juncao sera a ideia de felicidade. Desta forma, buscaremos sistematizar o caminho que Boecio desenvolveu para demonstrar que a compreensao da felicidade e um caminho que permite nos libertar da angustia contida nos falsos bens, cuja implicacao sera a de promover uma aproximacao daquilo que e verdadeiro. Atraves disto, exploraremos as problematicas que se originam no proprio conceito de felicidade e que se aprofundam nas esferas que dao sustentacao a este pensamento, pois a ideia e a de mostra-la como apresentando uma estrutura basilar cuja analise nos conduz ao entendimento das principais questoes que envolvem a condicao de existencia do homem.
  • GUSTAVO CAVALCANTI DE MELO
  • Funções parciais recursivas e funções parcialmente Turing-computáveis: uma prova de equivalência
  • Data: 24/10/2016
  • Hora: 14:30
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  • As nocoes de funcao parcial recursiva e de funcao parcialmente Turing-computavel, definidas na primeira metade do seculo XX, foram apresentadas como a contraparte formal da nocao intuitiva de funcao parcial algoritmica. Neste contexto, esta pesquisa destina-se a desenvolver uma prova alternativa – utilizando quintuplas – de que ambas as nocoes, apesar de conceitualmente distintas, sao extensionalmente equivalentes no sentido de que determinam o mesmo conjunto de funcoes numericas, e a demonstrar, em termos aritmeticos, com o auxilio do Teorema de Rice, que embora este conjunto seja decidivel, ele contem infinitos subconjuntos indecidiveis, dentre os quais estao o conjunto das funcoes recursivas e o conjunto das funcoes recursivas primitivas.
  • CEZAR BRAGA STURBA
  • RESSENTIMENTO: RAÍZES ANCESTRAIS DA DECADÊNCIA DO HOMEM OCIDENTAL SEGUNDO NIETZSCHE
  • Data: 07/10/2016
  • Hora: 15:00
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  • O trabalho trata da condicao de decadencia do homem contemporaneo a partir do pensamento de Friedrich Nietzsche. Busca-se atingir a compreensao das forcas que impedem o homem de atender a todos os chamados de sua existencia. Para caracterizar isto de forma conceitual procura-se compreender e desenvolver o conceito nietzschiano de vontade de poder. A pesquisa e desenvolvida com base em uma estrutura e um fio condutor que possibilitem mostrar o entendimento do homem de acordo com o processo historico-genealogico de sua existencia. Tenta-se estabelecer o fio da compreensao do assunto com base no qual consigamos apontar que o homem carregou, como sua sombra, o ressentimento, por onde ele tenha passado. Assim foi colocado em relevo o contraste da diferenca entre o homem e o animal, a fim de conseguirmos caracterizar uma ideia de homem. Procura-se fazer ver que o afastamento do homem de seu passado animal foi, para Nietzsche, a origem de muitos males que hoje sao confundidos com a propria historia e com a ideia de homem. Procura-se evidenciar que neste berco problematico, nesta guerra do homem contra seu espirito animal, podemos identificar as primeiras inclinacoes para os afetos ressentidos e demonstrar que eles sao muito mais que meros produtos da civilizacao ocidental; demonstramos como a direcao do pensamento socratico-platonico e sua atuacao nortearam a filosofia no sentido de uma grave consequencia: a consolidacao do ressentimento. Objetiva-se mostrar como conclusao que outrora o ressentimento reside no homem sem a conotacao de algo danoso e perigoso; mas agora reina como a base nociva de criacao de valor.
  • CEZAR BRAGA STURBA
  • RESSENTIMENTO: RAÍZES ANCESTRAIS DA DECADÊNCIA DO HOMEM OCIDENTAL SEGUNDO NIETZSCHE
  • Data: 07/10/2016
  • Hora: 15:00
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  • O trabalho trata da condicao de decadencia do homem contemporaneo a partir do pensamento de Friedrich Nietzsche. Busca-se atingir a compreensao das forcas que impedem o homem de atender a todos os chamados de sua existencia. Para caracterizar isto de forma conceitual procura-se compreender e desenvolver o conceito nietzschiano de vontade de poder. A pesquisa e desenvolvida com base em uma estrutura e um fio condutor que possibilitem mostrar o entendimento do homem de acordo com o processo historico-genealogico de sua existencia. Tenta-se estabelecer o fio da compreensao do assunto com base no qual consigamos apontar que o homem carregou, como sua sombra, o ressentimento, por onde ele tenha passado. Assim foi colocado em relevo o contraste da diferenca entre o homem e o animal, a fim de conseguirmos caracterizar uma ideia de homem. Procura-se fazer ver que o afastamento do homem de seu passado animal foi, para Nietzsche, a origem de muitos males que hoje sao confundidos com a propria historia e com a ideia de homem. Procura-se evidenciar que neste berco problematico, nesta guerra do homem contra seu espirito animal, podemos identificar as primeiras inclinacoes para os afetos ressentidos e demonstrar que eles sao muito mais que meros produtos da civilizacao ocidental; demonstramos como a direcao do pensamento socratico-platonico e sua atuacao nortearam a filosofia no sentido de uma grave consequencia: a consolidacao do ressentimento. Objetiva-se mostrar como conclusao que outrora o ressentimento reside no homem sem a conotacao de algo danoso e perigoso; mas agora reina como a base nociva de criacao de valor.
  • ROGER MOURA DOS SANTOS
  • A via simbólica na fundamentação da Matese de Mário Ferreira dos Santos
  • Data: 25/07/2016
  • Hora: 14:00
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  • Esta dissertacao concerne a Matese da Filosofia Concreta de Mario Ferreira dos Santos. Em sua obra homonima ao seu projeto, Filosofia Concreta, ha um predominio da via ascensional (aristotelico-tomista); nas obras de Matese ha a primazia da via descensional (platonica) – de modo que o filosofo imprime um embasamento de dupla via sobre o mesmo projeto filosofico, com o fim de enrijece-lo. A Matese tem forte verve pitagorico-platonica, e emprega sobremaneira a via simbolica nos seus postulados. Entao, como nos detemos sobre ela, apos fazer uma breve sintese de alguns projetos de Mathesis, desenvolvemos a concepcao de simbolo, analogia e participacao: com o intuito de mostrar a correspondencia que o filosofo brasileiro faz entre as suas conviccoes, a teoria da participacao das formas platonicas, a mimeses e a simbolica numerica pitagorica. Feito isto, analisamos a Matese de Mario Ferreira – seu objeto de estudo (o principio enquanto principio), alguns dos seus postulados (formulacoes de leis ontologicas e mateticas) e seu fim: a afirmacao rigorosa do ser.
  • JOSEPH ANDERSON PONTE CAVALCANTE LEITE
  • O Niilismo Europeu Como Desmoronamento dos Valores Cosmológicos no Pensamento de Friedrich Nietzsche
  • Data: 07/07/2016
  • Hora: 14:00
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  • A partir da leitura hermeneutica de alguns textos do filosofo alemao Friedrich Nietzsche, assim como de alguns comentadores de seu pensamento, procuraremos apontar para o que a filosofia nietzschiana afirma acerca do niilsimo, tema este que teve em Nietzsche uma atencao singular e extraordinaria. Para cumprir tal investigacao, teremos como principal objeto de pesquisa o fragemneto postumo 11[99], que manifetsa o niilismo como sendo um movimento que se presentifica em assencao a partir do acontecimento do desmoronamento dos valores cosmologicos; aqui apresentados enquanto as tres categorias da razao fim, unidade e verdade. Desta forma, e preciso, entao, se deter ao que significa valor no pensamento Nietzsche para, assim, evidenciar a relacao do que seja o ato de valoracao com o movimento do niilismo, atentando, tambem, para outro elemento importante que ronda a filosofia nietzschiana: o perspectivismo. Alem disso, para poder invetsigar acerca do niilismo e tudo o que lhe envolve enquanto acontecimento, e necessario apontar para o principio fundamental pelo qual Nietzche nomeia o real, a saber, a vontade de poder em sua eterna retomada. Como principio daquilo que engendra valor e a propria dinamica da vida, e imprescindivel, entao, apontar para a vontade de poder como aquilo que rege a realidade, nao como essencia ou substancia, mas como o que insiste em retornar para um se constituir, como o que insiste em retorna com ansia para poder.
  • LEONARDO DE SOUSA OLIVEIRA TAVARES
  • A Farsa do Ego: ontologia e historicidade em Sartre
  • Data: 26/06/2016
  • Hora: 14:30
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  • Com a analise que se fez do ensaio A transcendencia do Ego ate o amadurecimento do conceito de ipseidade no Sartre de O ser e o nada, nos almejamos atingir nao so a compreensao precisa do que e o Ego. Mais do que isso, buscamos definir o que esse objeto transcendente representa diante da totalidade da ontologia fenomenologica. Para viabilizar tal intento, nos nos utilizamos, principalmente, de uma aproximacao conceitual que expressa a continuidade que ha entre o jovem Sartre fenomenologo e um Sartre existencialista. Desse modo, concluimos a analise sartriana do conceito de Ego com um questionamento que nos direciona para a identificacao do estofo que preenche o Ego transcendente. E, em ultima instancia, apelamos para a constituicao da consciencia que o projeta para fora de si. Trata-se de um esforco para a releitura de um conceito que sera, supostamente, analisado em seu fundamento constituinte.
  • ANDRÉ FELIPE GONÇALVES CORREIA
  • Tensão e Cisão sob a Ótica de Abismo: Por uma interpretação da doutrina do eterno retorno em Nietzsche autor; André Felipe Gonçalves Correia
  • Data: 21/06/2016
  • Hora: 14:00
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  • Trata-se de uma interpretacao concernente a doutrina do eterno retorno na obra de Friedrich Nietzsche. Duas nocoes basilares a percorrem: a de “homem doente” e a de “tensao originaria”. Partindo da interpretacao de que a tradicao filosofica promoveu ora a cisao ora a superacao das tensoes, firmando-se acima de tudo nos principios de nao-contradicao (¬ [α & ¬α]), identidade (α –> α) e terceiro-excluido (α v ¬α), diria Nietzsche que ela desviara-se de sua “saude”. O cerne desta problematica diz respeito a oposicao dos contraditorios. Apenas em mutua referencia eles se nos apresentam, caso contrario se perderiam, pois um exige o outro. Um empenho de cisao resultaria em uma dicotomia ontologica. Entretanto, tampouco uma superacao conciliadora se nos apresenta como “salutar”, pois assim o exercicio de ambas as nocoes se perderia um no outro, dissolvendo-se em uma “unidade” na qual a “diferenca” e um empenho tardio e nao originario. Cisao e superacao dizem o mesmo em sua diferenca, pois ambas desviam/cindem o homem de si proprio. A perspectiva filosofica de Nietzsche atua simultaneamente de modo critico e de modo inaugural, ou seja, diferencia na unidade (destroi) e unifica na diferenca (constroi). Isto diz justamente o conteudo de sua filosofia, e tambem sua dificuldade, sua “tensao”. A doutrina do eterno retorno se insere neste entorno a medida que e pensada mediante a imagetica do circulo, pois, tal como diz Heraclito, comum e principio e fim em periferia de circulo. O pensamento heraclitico percorre todo o trabalho, visto que o proprio Nietzsche reconheceu a sua doutrina no ensinamento daquele. O desdobramento deste conteudo desemboca na relacao do homem com o tempo, evocando, mediante a nocao de “instante”, a “tensao originaria” entre eternidade e temporalidade. Todo este involucro se faz visivel a partir da otica de “abismo”.
  • VICTOR PEREIRA GOMES
  • Funções recursivas primitivas: caracterização e alguns resultados para esta classe de funções
  • Data: 21/06/2016
  • Hora: 09:00
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  • A classe das funcoes recursivas primitivas nao constitui uma versao formal para a classe das funcoes algoritmicas, estudamos esta classe especial de funcoes numericas devido ao fato de que muitas das funcoes conhecidas como algoritmicas sao recursivas primitivas. A abordagem acerca da classe das funcoes recursivas primitivas tem como objetivo explorar esta classe especial de funcoes e, a partir disto, apresentar solucoes para os seguintes problemas: (1) dada a classe das derivacoes recursivas primitivas, ha um algoritmo, ou seja, um procedimento mecanico, para reconhecer derivacoes recursivas primitivas? (2) Existe uma funcao universal para a classe das funcoes recursivas primitivas? Se sim, essa funcao e recursiva primitiva? (3) Toda funcao algoritmica e recursiva primitiva? Para apresentar solucoes para estas questoes, nos pautamos no metodo hipotetico-dedutivo e argumentamos com base nos manuais de Davis (1982), Mendelson (2009), Dias e Weber (2010), Rogers (1987), Soare (1987), Cooper (2004), entre outros. Apresentamos a teoria das maquinas de Turing, que constitui uma versao formal para a nocao intuitiva de algoritmo, e, em seguida, a famosa tese de Church-Turing, a qual identifica a classe das funcoes algoritmicas com a classe das funcoes Turing-computaveis. Exibimos a classe das funcoes recursivas primitivas, e mostramos que a mesma constitui uma subclasse das funcoes Turing-computaveis. Tendo explorado a classe das funcoes recursivas primitivas, como resultados, provamos que existe um algoritmo reconhecedor para a classe das derivacoes recursivas primitivas; que existe uma funcao universal para a classe das funcoes recursivas primitivas a qual nao pertence a esta classe; e que nem toda funcao algoritmica e recursiva primitiva.
  • FRANCISCO DE ASSIS BEZERRA DOS SANTOS
  • O corpo como espelho do outro: interlocuções entre Merleau-Ponty e Lacan
  • Data: 16/06/2016
  • Hora: 09:30
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  • Resmo: O corpo e um tema fundamental para a psicanalise. Para a filosofia, encontrou em Merleau-Ponty sua maior expressao, em especial no livro Fenomenologia da percepcao. Em Lacan, figurou como ponto de partida em sua obra e perfez grande parte do seu ensino, ate o final. Problematizar o corpo parece necessario e imperativo, frente a tendencia cada vez mais reificante do desenvolvimento cientifico acerca do sujeito e do seu corpo. Entre o biologizante e o mistico, filosofia e psicanalise sao campos que tornam possivel a discussao a respeito de um tema tao contundente sem cair nas vertentes dissonantes do saber. O objetivo deste trabalho dissertativo e argumentar, com Merleau-Ponty e com Lacan, como o corpo se apresenta como correlativo ao sujeito, e como se articula a formacao do eu a partir deste corpo proprio, termo marcante nos dois pensadores. Ao se utilizar de uma metodologia voltada para a leitura aprofundada dos textos e dos autores e discussao de seus conceitos e premissas, a presente dissertacao da oportunidade de perceber que os referidos pensadores, cada um em seu campo, tornou possivel ou mais viavel o entendimento do papel primordial, fundamental, fundante e permeador do corpo na experiencia do homem, do sujeito, do eu.
  • JONAS DIAS GUERZONI
  • Esclarecimento, Atualidade e Atitude no Discurso Filosófico de Michel Foucault
  • Data: 13/06/2016
  • Hora: 14:30
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  • A pesquisa analisa o contexto das argumentacoes de Foucault em relacao ao Esclarecimento kantiano. Mobilizam-se, neste contexto, as nocoes de “atitude critica” e “ontologia do presente”. Estas nocoes indicam a possibilidade de uma leitura do discurso filosofico de Foucault que seja fundamentada nas nocoes de “atualidade” e “atitude”. Com este objetivo, procede-se investigacao acerca dos diversos diagnosticos da Modernidade por Foucault e indica-se, neste contexto, a centralidade da nocao de “atualidade”. Por fim, a investigacao da configuracao da “atualidade” revela a importancia, para o discurso filosofico de Foucault, da nocao de “atitude”.
  • JOSÉ ROBERTO GOMES
  • A EXPERIÊNICA DO TOCAR E A REVERSIBILIDADE DA CARNE EM MERLEAU-PONTY
  • Data: 10/06/2016
  • Hora: 09:00
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  • : Esta dissertacao pretende investigar a experiencia do tocar e a reversibilidade da carne em Merleau-Ponty, delimitando-se por duas obras de Merleau-Ponty que procuram analisar a nocao de corpo proprio e a ideia de reversibilidade da carne, respectivamente, as obras Fenomenologia da Percepcao e O visivel e o invisivel. Na Fenomenologia da percepcao, encontramos o caminho que Merleau-Ponty fez ao pretender revisar a nocao classica da percepcao, que era compreendida como a representacao dos dados sensiveis pela consciencia. Atraves da descricao fenomenologica da percepcao, que se constitui num retorno ao mundo da experiencia, num retorno a forma como as coisas e o mundo aparecem a um sujeito, a percepcao apresenta-se como um saber primordial. A forma como percebemos, ou seja, nossa experiencia perceptiva funda nosso conhecimento e isso acontece por meio do corpo proprio. Tardiamente, a obra Fenomenologia da percepcao, Merleau-Ponty desenvolve em O visivel e o invisivel, uma ontologia da carne em que o corpo, como sensivel exemplar, entra numa relacao de encarnacao com o mundo, embora esteja no mundo e seja carne com o mundo guarda uma identidade propria na individualidade. Assim nosso objetivo e analisar a partir da nocao de corpo proprio de Merleau-Ponty o que e a experiencia do tocar e ao mesmo tempo ser tocado numa acao que Merleau-Ponty chamou de reversibilidade da carne, em um processo que vai da fenomenologia a ontologia. Merleau-Ponty ao defender a nocao de corpo-proprio com base numa analise fenomenologica da experiencia do tocante tocado levou ele a pensar numa reversibilidade da carne que se da nao apenas entre minha mao que toca e e tocada, mas tambem em nossa relacao com o. mundo. Nossa hipotese e de que muitos que falaram sobre o tocar e falaram do ponto de vista de tocar as coisas, porem nao falaram da experiencia do tocar e de ser tocado, numa experiencia originaria que abre a dimensao do Ser, da Carne como elemento da relacao fundante da percepcao e da interrogacao filosofica.
2015
Descrição
  • IZABELA DOMINGOS DA SILVA
  • O PAPEL DAS INTELECÇÕES LÓGICAS DENTRO DA ‘FILOSOFIA DA LINGUAGEM’ DESENVOLVIDA POR PEDRO ABELARDO
  • Data: 05/11/2015
  • Hora: 14:00
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  • Resumo: O trabalho desenvolvido por Pedro Abelardo no seculo XII foi de grande contribuicao para a filosofia medieval. Em meio a disputa entre logicos e gramaticos, nosso autor buscou o caminho da Dialetica. Muito conhecido por seus metodos de ensino e intrigas na sua vida pessoal e academica, Abelardo buscou conhecimento no campo da logica, etica e, ate mesmo teologico. Visou solucionar o problema dos universais, a saber, uma questao fortemente discutida no medievo, introduzida por Porfirio e discutida pelos principais pensadores da filosofia medieval. Nao satisfeito com a proposta de seus mestres Guilherme (realista) e Roscelino (nominalista), optou por uma terceira via. Chamada de Conceitualismo. A querela dos universais e discutida por Abelardo em Logica Ingredientibus, mas tambem e quando ele introduz seu conceito de inteleccao, fortemente influenciado por Aristoteles. Contudo, somente no Tractatus de Intellectibusele passa a desenvolver com mais profundidade este termo e seu papel na linguagem. O processo intelectivo, elaborado por Pedro Abelardo, acaba por tambem englobar o que podemos chamar de um estudo acerca do conhecimento e, ate mesmo, a descricao de um psicologismo. Buscamos explicar o conceito de inteleccao, como Abelardo o desenvolve e como esta inserido no contexto de suas principais obras ligadas a logica ou ‘filosofia da linguagem’.
  • IZABELA DOMINGOS DA SILVA
  • O PAPEL DAS INTELECÇÕES LÓGICAS DENTRO DA ‘FILOSOFIA DA LINGUAGEM’ DESENVOLVIDA POR PEDRO ABELARDO
  • Data: 05/11/2015
  • Hora: 14:00
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  • Resumo: O trabalho desenvolvido por Pedro Abelardo no seculo XII foi de grande contribuicao para a filosofia medieval. Em meio a disputa entre logicos e gramaticos, nosso autor buscou o caminho da Dialetica. Muito conhecido por seus metodos de ensino e intrigas na sua vida pessoal e academica, Abelardo buscou conhecimento no campo da logica, etica e, ate mesmo teologico. Visou solucionar o problema dos universais, a saber, uma questao fortemente discutida no medievo, introduzida por Porfirio e discutida pelos principais pensadores da filosofia medieval. Nao satisfeito com a proposta de seus mestres Guilherme (realista) e Roscelino (nominalista), optou por uma terceira via. Chamada de Conceitualismo. A querela dos universais e discutida por Abelardo em Logica Ingredientibus, mas tambem e quando ele introduz seu conceito de inteleccao, fortemente influenciado por Aristoteles. Contudo, somente no Tractatus de Intellectibusele passa a desenvolver com mais profundidade este termo e seu papel na linguagem. O processo intelectivo, elaborado por Pedro Abelardo, acaba por tambem englobar o que podemos chamar de um estudo acerca do conhecimento e, ate mesmo, a descricao de um psicologismo. Buscamos explicar o conceito de inteleccao, como Abelardo o desenvolve e como esta inserido no contexto de suas principais obras ligadas a logica ou ‘filosofia da linguagem’.
  • JERONIMO JOSE DE OLIVEIRA
  • Título da Dissertação: A LOGICA MODERNORUM EM PEDRO HISPANO: um estudo das Summulae Logicales e dos Syncategoreumata
  • Data: 05/11/2015
  • Hora: 10:00
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  • Resumo: Este trabalho aduz a contribuicao de Pedro Hispano, nas suas obras Summulae Logicales e Syncategoreumata, ao desenvolvimento dos temas da Logica Modernorum, como as propriedades dos termos e os elementos sincategorematicos. Considera-se, aqui, que as investigacoes acerca de tais propriedades sao uma marca que diferencia a Logica (Dialetica) do seculo XIII daquela desenvolvida anteriormente. No seculo XIII, com todo o Organon de Aristoteles conhecido, o filosofo medieval ocupou-se da escrita de manuais para serem usados nas universidades, como os de Guilherme de Shyreswood, Lamberto de Auxerres e Pedro Hispano, nos quais se discorria tanto os temas de logica vetus e logica nova, como se desenvolviam reflexoes modernas, nao mais sobre os silogismos, mas agora sobre cada termo constituinte da proposicao. Os termos de uma proposicao sao o sujeito e o predicado (o nome e o verbo), sao as palavras que, mesmo se tomadas fora de um contexto proposicional tem significacao, tem um sentido para quem estiver familiarizado com a linguagem empregada no discurso. As propriedades dos termos aduzidas por Pedro Hispano na Summulae Logicales sao a significacao (significatio), a suposicao (suppositio) a relacao (relatio), a ampliacao (ampliatio), a apelacao (appelatio), a restricao (restrictio) e a distribuicao (distributio). Ocupamo-nos dessas propriedades no segundo capitulo deste trabalho. Antes, no primeira capitulo, discorremos sobre os seis tratados cujos temas pertencem a logica antiquorum e que oferecem uma propedeutica necessaria ao estudo da logica. Por fim, no terceiro capitulo, expomos a importancia da obra Syncategoreumata, que fornece o estudo dos demais componentes das proposicoes e argumentos.
  • JERONIMO JOSE DE OLIVEIRA
  • Título da Dissertação: A LOGICA MODERNORUM EM PEDRO HISPANO: um estudo das Summulae Logicales e dos Syncategoreumata N
  • Data: 05/11/2015
  • Hora: 09:00
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  • Resumo: Este trabalho aduz a contribuicao de Pedro Hispano, nas suas obras Summulae Logicales e Syncategoreumata, ao desenvolvimento dos temas da Logica Modernorum, como as propriedades dos termos e os elementos sincategorematicos. Considera-se, aqui, que as investigacoes acerca de tais propriedades sao uma marca que diferencia a Logica (Dialetica) do seculo XIII daquela desenvolvida anteriormente. No seculo XIII, com todo o Organon de Aristoteles conhecido, o filosofo medieval ocupou-se da escrita de manuais para serem usados nas universidades, como os de Guilherme de Shyreswood, Lamberto de Auxerres e Pedro Hispano, nos quais se discorria tanto os temas de logica vetus e logica nova, como se desenvolviam reflexoes modernas, nao mais sobre os silogismos, mas agora sobre cada termo constituinte da proposicao. Os termos de uma proposicao sao o sujeito e o predicado (o nome e o verbo), sao as palavras que, mesmo se tomadas fora de um contexto proposicional tem significacao, tem um sentido para quem estiver familiarizado com a linguagem empregada no discurso. As propriedades dos termos aduzidas por Pedro Hispano na Summulae Logicales sao a significacao (significatio), a suposicao (suppositio) a relacao (relatio), a ampliacao (ampliatio), a apelacao (appelatio), a restricao (restrictio) e a distribuicao (distributio). Ocupamo-nos dessas propriedades no segundo capitulo deste trabalho. Antes, no primeira capitulo, discorremos sobre os seis tratados cujos temas pertencem a logica antiquorum e que oferecem uma propedeutica necessaria ao estudo da logica. Por fim, no terceiro capitulo, expomos a importancia da obra Syncategoreumata, que fornece o estudo dos demais componentes das proposicoes e argumentos.
  • MARCÉU GAUTAMA SOTERORUDÁ BRITO
  • SUPOSITIO, CONOTATIO E SIGNIFICATIO: A CRÍTICA DO NOMINALISMO OCKHAMIANO AO REALISMO
  • Data: 03/11/2015
  • Hora: 14:00
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  • O presente trabalho tem como objetivo investigar de que forma ocorre a critica do sistema nominalista ockhamiano frente as teorias realistas desenvolvidas no medievo. Para que a presente pesquisa se realize optamos por tracar um caminho investigativo que se inicia com a elucidacao do que seja a ‘Querela dos Universais’ no medievo e o estabelecimento das tipologias que congregam as teorias do periodo. Posteriormente trabalhamos com a contextualizacao do sistema logico desenvolvido por Guilherme de Ockham fixando as bases de seu sistema e apontando alguns dos autores realistas que sao criticados pelo autor. Para que o sistema logico do autor se tornasse claro buscamos elucidar a Logica dos Termos de seu tempo, o que significa o nominalismo do autor e quais sao as ferramentas logicas por ele usadas para implementar sua critica ao realismo, a saber: a suposicao, a conotacao e a significacao. Por fim buscamos discorrer e demonstrar qual e a resposta nominalista do autor frente aos modelos teoricos realistas, colocando os universais somente com existencia mental, exercendo uma funcao semantica, e desprovidos de ontologia e de uma realidade que esteja fora da mente humana, deslocando o eixo da discussao do problema para o campo da logica em detrimento do campo ontologico.
  • ADRIEL DOS SANTOS SILVA
  • A dificuldade de se pensar a multiplicidade em Aristóteles a partir das compreensões de Jan Lukasiewiscz e Enrico Berti sobre a contradição e o princípio da não-contradição
  • Data: 03/11/2015
  • Hora: 09:00
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  • Resumo: A multiplicidade em Aristoteles pode ser identificada com uma de suas mais celebres e repetidas afirmacoes: o ser se diz em diversos sentidos. Neste trabalho propomos uma discussao sobre a multiplicidade em Aristoteles a partir do desenvolvimento de suas nocoes da contradicao e do principio da nao-contradicao, priorizando uma analise a partir da propria construcao aristotelica e das condicoes postas para a formulacao do principio. Para isso discutiremos a ciencia a partir da qual o principio e formulado, a ciencia do ser enquanto ser, questoes acerca da universalidade e das particularidades do ser, distincoes entre oposicoes, assim como similaridades e confusoes que possam haver entre as nocoes de contrariedade e contraditoriedade, modos de se dizer o ser e outras questoes pertinentes para o entendimento da distincao entre as ciencias particulares e aquela dita do ser enquanto ser. O trabalho seguira confrontando algumas leituras do principio da nao-contradicao e questionando uma leitura corrente e nao-univoca deste principio. Defenderemos que Aristoteles compreende o ser tanto em relacao a unidade quanto a multiplicidade, que tais compreensoes sao distintas, mas que ao pensar numa ciencia do ser enquanto ser e, consequentemente, no principio da nao-contradicao, ele, alem de nao esta pensando na multiplicidade do ser, a tenta afastar da investigacao.
  • LAIZA RODRIGUES DE SOUZA
  • O PROBLEMA DOS UNIVERSAIS NO MEDIEVO: O Nominalismo de Ockham e a passagem da Ontologia à Lógica
  • Data: 03/11/2015
  • Hora: 09:00
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  • Este trabalho pretende apresentar um panorama geral da Querela dos Universais do medievo. O debate acerca do estado dos universais tem suas bases conceituais no pensamento dos filosofos antigos e se inaugura tradicionalmente com a formulacao de Porfirio de Tiro. Durante a Idade Media surgiram varias hipoteses acerca de qual estado dos universais, dentre as quais destacamos o realismo de Duns Scotus e Boaventura, o nominalismo extremo de Roscelino e o anti-realismo de Pedro Abelardo. Finalmente, apresentamos a solucao de Guilherme de Ockham ao problema dos universais. Com um posicionamento nominalista, que e contrario a existencia de qualquer entidade universal fora da mente, Ockham desenvolve uma teoria da suposicao na qual os universais sao tomados como termos mentais que, de acordo com uma funcao semantica, ocupam o lugar dos particulares a que se referem num contexto proposicional. Deste modo, procuramos mostrar como a perspectiva de Ockham traz o problema dos universais do ambito ontologico para o logico.
  • LAIZA RODRIGUES DE SOUZA
  • O PROBLEMA DOS UNIVERSAIS NO MEDIEVO: O Nominalismo de Ockham e a passagem da Ontologia à Lógica
  • Data: 03/11/2015
  • Hora: 09:00
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  • Este trabalho pretende apresentar um panorama geral da Querela dos Universais do medievo. O debate acerca do estado dos universais tem suas bases conceituais no pensamento dos filosofos antigos e se inaugura tradicionalmente com a formulacao de Porfirio de Tiro. Durante a Idade Media surgiram varias hipoteses acerca de qual estado dos universais, dentre as quais destacamos o realismo de Duns Scotus e Boaventura, o nominalismo extremo de Roscelino e o anti-realismo de Pedro Abelardo. Finalmente, apresentamos a solucao de Guilherme de Ockham ao problema dos universais. Com um posicionamento nominalista, que e contrario a existencia de qualquer entidade universal fora da mente, Ockham desenvolve uma teoria da suposicao na qual os universais sao tomados como termos mentais que, de acordo com uma funcao semantica, ocupam o lugar dos particulares a que se referem num contexto proposicional. Deste modo, procuramos mostrar como a perspectiva de Ockham traz o problema dos universais do ambito ontologico para o logico.
  • GUSTAVO DE CASTRO
  • A FILOSOFIA E A MÚSICA DE RENÉ DESCARTES: Entendimento e anotações sobre a tradução.
  • Data: 29/10/2015
  • Hora: 10:00
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  • O COMPÊNDIO DE MÚSICA DE RENÉ DESCARTES: Entendimento e anotações sobre a tradução. RESUMO O presente trabalho tem como foco de seu estudo o “Compendium Musicae” do filósofo René Descartes. A tradução ipsis literis com as anotações e notas de esclarecimentos faz-se necessária para uma breve análise de pequenos trechos do livro. Além da tradução, nosso objetivo é apresentar pequenos trechos comentados, uma vez que, por conta do desconhecimento do texto e pela dificuldade de acesso às suas nuances, e, para um satisfatório entendimento é necessário que o leitor saiba um mínimo sobre teoria, regras e conceitos musicais, e também sobre a história que permeia a época em que o texto foi escrito. Portanto, teremos como foco de pesquisa única e exclusivamente o próprio texto de Descartes, amparado por livros que estarão, por sua vez, listados na bibliografia de pesquisa para um maior aprofundamento e entendimento do “Compendium Musicae”. Neste trabalho, poderemos minimamente observar como René Descartes entendia a música, o som e suas inter-relações, formatando assim um conceito estético musical muito particular, que encontraremos em determinados momentos de sua vida, em suas correspondências. Pretendemos, que este trabalho lance luz numa obra de Descartes ainda pouco estudada, que nos apresenta um filósofo em início de carreira que, durante toda sua existência, ficou marcado e rotulado por seu conjunto de obras com forte apelo matemático, mas que um dia, ainda jovem, escreveu sua primeira obra na qual, apesar de suas tendências matemáticas, explicita, dentro de seu conteúdo, além da matemática, o seu lado mais humano.
  • DOUGLAS FAVERO
  • Título da dissertação: Deformação sistemática da linguagem como possibilidade da emancipação da espécie humana.
  • Data: 20/07/2015
  • Hora: 09:30
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  • RESUMO Habermas, em sua obra Conhecimento e Interesse, pôde analisar a pré-história do positivismo moderno com o objetivo de recuperar a possibilidade de uma renovada teoria do conhecimento através da auto-reflexão das ciências, recusar a reflexão isto é o positivismo. A tese principal é a de que todo conhecimento tem conexão com um interesse que o orienta, seja no âmbito teórico, de acordo com as ciências da natureza, seja no âmbito prático, de acordo com as ciências culturais. Habermas pôde analisar a conexão entre conhecimento e interesse com o propósito de apoiar a afirmação de que a crítica do conhecimento só é possível como teoria da sociedade. A psicanálise freudiana é acionada, por Habermas, com o propósito de fundamentar teoricamente a conexão entre conhecimento e interesse, evidenciando que as legitimações das neuroses individuais tem sua conexão com as legitimações societárias. O que está atrás das legitimações, em última analise, é o poder que se exerce pela comunicação deformada. A adequada interpretação desta comunicação deformada evidencia o interesse fundamental da espécie humana, a saber: o interesse pela emancipação.
  • DOUGLAS FAVERO
  • Título da dissertação: Deformação sistemática da linguagem como possibilidade da emancipação da espécie humana.
  • Data: 20/07/2015
  • Hora: 09:30
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  • RESUMO Habermas, em sua obra Conhecimento e Interesse, pode analisar a pre-historia do positivismo moderno com o objetivo de recuperar a possibilidade de uma renovada teoria do conhecimento atraves da auto-reflexao das ciencias, recusar a reflexao isto e o positivismo. A tese principal e a de que todo conhecimento tem conexao com um interesse que o orienta, seja no ambito teorico, de acordo com as ciencias da natureza, seja no ambito pratico, de acordo com as ciencias culturais. Habermas pode analisar a conexao entre conhecimento e interesse com o proposito de apoiar a afirmacao de que a critica do conhecimento so e possivel como teoria da sociedade. A psicanalise freudiana e acionada, por Habermas, com o proposito de fundamentar teoricamente a conexao entre conhecimento e interesse, evidenciando que as legitimacoes das neuroses individuais tem sua conexao com as legitimacoes societarias. O que esta atras das legitimacoes, em ultima analise, e o poder que se exerce pela comunicacao deformada. A adequada interpretacao desta comunicacao deformada evidencia o interesse fundamental da especie humana, a saber: o interesse pela emancipacao.
  • RUBENS SÓTERO DOS SANTOS
  • A epistemologia de David Hume: uma investigação acerca da legitimidade da crença
  • Data: 17/07/2015
  • Hora: 14:00
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  • Apos Hume ter mostrado que os raciocinios causais nao fazem parte do escopo da razao dedutiva, como eles poderiam ser ditos legitimos? Nesta dissertacao, buscaremos mostrar como sao possiveis crencas legitimas na epistemologia de David Hume. Mostrar como crencas legitimas sao possiveis e importante para se evitar um anarquismo epistemologico, no qual nem mesmo filosofar seria possivel. Dessa forma, veremos que apesar da razao ter sido destronada e os raciocinios causais terem ganho o estatuto de crenca oriunda do instinto do habito, mesmo assim crencas legitimas sao possiveis. Para tal, daremos o estatuto de provas as crencas causais conferindo assim a legitimidade que a epistemologia de Hume permite. Uma vez feito isso, teremos criterios epistemicamente seguros e reajustaveis para identificar, nessa ampla esfera das crencas causais, quais podem ser evitadas e quais devem ser seguidas. Essa dissertacao estruturar-se-a a partir do Tratado da Natureza Humana e da Investigacao acerca do Entendimento Humano de David Hume.
  • EDUARDO JOSÉ DE AZEVEDO CHARTERS FUENTES MORAIS
  • Identidade, Diferenciação e Metafísica de Eventos
  • Data: 22/06/2015
  • Hora: 14:30
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  • A discussao metafisica sobre a causalidade e identidade de eventos, no ambito do fisicalismo, surge no contexto do colapso do behaviorismo. Porquanto os paradigmas do positivismo-logico dominaram a filosofia, o behaviorismo dominou a psicologia. A ruptura co  o positivismo, marcada pela obra de Willard V. O. Quine. A critica aos dois dogmas do empirismo e a proposta de uma traducao radical, premitiu erguer as teses da indeterminacao do significado e inescrutabilidade da referencia. Como alternativa ao empirismo Quine recorre a simplificacao ontologica e ao holismo da teoria, mas com a primazia da experiencia, propondo assim uma guinada rumo ao pragmatismo. Contudo, o pragmatismo de Quine era fundamentado numa perspectiva behaviorista para a aquisicao de competencias linguisticas, e o behaviorismo nao se firmou como paradigma para a explicitacao do vocabulario mentalista. Quine teve grande influenia no trabalho e vida de Donald Davidson. A economia ontologica e o holismo da teoria marcam a obra de Davidson atraves da escolha de eventos como entidades basicas e da proposta de problematizacao do significado, em Verdade e Significado, atraves de uma teoria da verdade. Enquanto que em artigos como Action, Reasons and Causes Davidson desenvolve uma aboirdagem ao papel causal de eventos na intencao e na acao, afirmando que razoes sao causas, em The logical Form of Action Sentences e Causal Relations, ele explora as formas logicas adequadas para descrever eventos e para delcaracoes causais singulares e para estbelecer a identidade de events. As posicoes metafisicas daqui decorrentes siustentam, em individuation of Events, um criterio de individuacao causal de eventos e em Events as particulars e Eternal vs Ephemeral Events, Davidson sustenta que eventos sao particulares espaciotemporais irrepetiveis, finalizando uma discussao metafiscia de eventos que lhe permitira abordar o problema da relacao corpo-mente, no argumento domonismo anomalo. o monismo anomalo de Donald Davidson, apresentado em Mental Events propoe as teses do monismo - eventos fisicos e eventos mentais -, e do anomalismo do mental - eventos mentais falham em cair sob leis causais estitas. Para suportar essas teses, Davidson formula tres principios, cuja conjuncao nos da uma versao nao reducionista do fisicalismo de ocorrencias, que, portanto, permite conciliar o vocabulario mentalista com a estrutura linguistica fisicalista. Assim, o monismo anomalo suporta uma teoria da superveniencia do mental. Apesar do monismo anomalo sofrer algumas criticas, como a acusacao de epifenomenalismo, a teoria so sucumbe mos seus pressupostos iniciais, ou seja, a causlidade e a identidade a priori. Assim, os aspectos mais frageis do argumento consistem na dificuldade de rastrear e identificar, na experiencia, eventos neurais com eventos mentais, e na formulacao de leis estritas. Questoes estas que dependem, repectivamente, do avanco das neurociencias e desenvolvimento da fisica.
  • DENIS DE SOUZA AZEVEDO
  • Corpo próprio e cogito tácito em Merleau-Ponty
  • Data: 08/05/2015
  • Hora: 10:00
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  • A fenomenologia merleau-pontyana, com a preocupacao de nao por o sujeito ou o mundo como precedencia para compreendermos a relacao do ser e do mundo vivido, cinde com as principais correntes filosoficas da modernidade, a saber: intelectualismo e empirismo. Para esta superacao, Merleau-Ponty lanca mao da nocao de corpo proprio e faz uma abordagem acerca da percepcao sempre do ponto de vista daquele que percebe. Com isso, o ser no mundo, situado em seu mundo circundante, esta em relacao constante com este, sem distinguir-se nunca. O cogito, portanto, elevado a absoluto por Descartes, volta a ser “mundano” nesta filosofia fenomenologica, tendo em vista que o pensamento nao detem mais o poder de tudo “deglutir” apartado do mundo. Ser no mundo, enfim, e estar situado numa efetividade vivencial, na qual sujeito e mundo entrelacam-se numa mutualidade que forma a unica experiencia possivel. Por fim, nosso trabalho versara sobre esta superacao da fenomenologia frente ao absolutismo egoico deixado pelo intelectualismo de Descartes.
  • JADISMAR DE LIMA FIGUEIREDO
  • Corpo próprio, Espacialidade e Mundo Percebido em Merleau-Ponty
  • Data: 08/05/2015
  • Hora: 10:00
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  • O presente estudo aborda uma proposta de trabalho fundada em um referencial bibliográfico em que foi utilizada como principal fonte a obra Fenomenologia da Percepção do filósofo Maurice Merleau-Ponty. Seu principal objetivo é analisar o conceito de corpo próprio e sua espacialidade discutida na citada obra do filósofo. A princípio, é apresentado um problema que é o conceito de corpo analisado pela fisiologia como uma estrutura justaposta. Em contrapartida, Merleau-Ponty aponta para uma nova compreensão de corpo, não como constituído de órgãos, mas como corpo próprio que é capaz de reconhecer sua própria existência como um sujeito vivo, pois ele é situado no espaço e não apenas posicionado nele. Tomando como fio condutor o sentido de espacialidade, Merleau-Ponty discorre sobre o mesmo não como um espaço abordado pela Geografia, em que é possível pensar em localizações, mas como um espaço de situação em que o sujeito possa perceber o seu próprio corpo, como sujeito perceptivo. É o mundo experimentado, vivido, no qual o sujeito consegue reconhecer sua própria existência.A noção de espaço não pode ser compreendida como partes isoladas, mas com modalidades que se associam com o sujeito. Considerando estes conceitos, adentra-se também em outros temas como: a intencionalidade e a motricidade. O primeiro como uma tendência do corpo próprio de se “dirigir para” porque tem a intenção de fazê-lo e o segundo como uma extensão do corpo de poder se apropriar dos fenômenos percebidos a fim de compreendê-los. Também é discutido neste trabalho o conceito de mundo percebido em que o sujeito perceptivo percebe os fenômenos e o mundo em perspectivas. Além disso, ele não está sozinho, pois existem outros sujeitos que carregam consigo uma particularidade de Eu em que este é responsável pela ressignificação do mundo e da apropriação dos fenômenos através de perspectivas. Existe o Eu de outrem, mas este não pode ser invadido, o que se sabe dele é apenas o que é expresso, comunicado. Eis a importância da linguagem que se faz presente em toda a discussão não apenas como linguagem verbal, mas como gramática corporal.
  • JADISMAR DE LIMA FIGUEIREDO
  • Corpo próprio, Espacialidade e Mundo Percebido em Merleau-Ponty
  • Data: 08/05/2015
  • Hora: 10:00
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  • O presente estudo aborda uma proposta de trabalho fundada em um referencial bibliográfico em que foi utilizada como principal fonte a obra Fenomenologia da Percepção do filósofo Maurice Merleau-Ponty. Seu principal objetivo é analisar o conceito de corpo próprio e sua espacialidade discutida na citada obra do filósofo. A princípio, é apresentado um problema que é o conceito de corpo analisado pela fisiologia como uma estrutura justaposta. Em contrapartida, Merleau-Ponty aponta para uma nova compreensão de corpo, não como constituído de órgãos, mas como corpo próprio que é capaz de reconhecer sua própria existência como um sujeito vivo, pois ele é situado no espaço e não apenas posicionado nele. Tomando como fio condutor o sentido de espacialidade, Merleau-Ponty discorre sobre o mesmo não como um espaço abordado pela Geografia, em que é possível pensar em localizações, mas como um espaço de situação em que o sujeito possa perceber o seu próprio corpo, como sujeito perceptivo. É o mundo experimentado, vivido, no qual o sujeito consegue reconhecer sua própria existência.A noção de espaço não pode ser compreendida como partes isoladas, mas com modalidades que se associam com o sujeito. Considerando estes conceitos, adentra-se também em outros temas como: a intencionalidade e a motricidade. O primeiro como uma tendência do corpo próprio de se “dirigir para” porque tem a intenção de fazê-lo e o segundo como uma extensão do corpo de poder se apropriar dos fenômenos percebidos a fim de compreendê-los. Também é discutido neste trabalho o conceito de mundo percebido em que o sujeito perceptivo percebe os fenômenos e o mundo em perspectivas. Além disso, ele não está sozinho, pois existem outros sujeitos que carregam consigo uma particularidade de Eu em que este é responsável pela ressignificação do mundo e da apropriação dos fenômenos através de perspectivas. Existe o Eu de outrem, mas este não pode ser invadido, o que se sabe dele é apenas o que é expresso, comunicado. Eis a importância da linguagem que se faz presente em toda a discussão não apenas como linguagem verbal, mas como gramática corporal.
  • SAVIO LIMA SIQUEIRA
  • Mousikê na Concepção de Conhecimento
  • Data: 08/05/2015
  • Hora: 10:00
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  • Analisamos a mousike na analogia da linha do conhecimento platonico do livro VI da Republica, e em qual regiao do inteligivel esta localizada: na Dianoia ou Noesis . Dissertamos sobre a mousike na construcao da polis, da confirmacao da insuficiencia do seu ensino na definicao da justica ate o seu papel didatico, que faz com que se mantenha na educacao. Tambem apontamos a critica a mimesis e a todas as artes poeticas, por sua distancia do dominio inteligivel, e pela censura aos poetas e suas representacoes e a necessidade da sua vigilancia. Avaliamos a mimesis na mousike, sintetizando as representacoes que as artes mimeticas fazem; a recepcao dessa mimesis, imitacao e representacao, com o argumento contra os amadores de espetaculos, no livro V da Republica. Constatamos a localizacao da mousike no inteligivel, na analogia da linha, no livro VI da Republica, com a apreciacao das quatros operacoes cognitivas apresentadas por Platao. Observamos a mousike como conhecimento no livro VII da Republica, e o seu papel junto as demais ciencias propedeuticas da dialetica, sem realizar o que consideramos uma interpretacao pitagorica da mousike. O ponto central deste trabalho consiste em chamar a atencao para as quatro operacoes cognitivas da alma (Rep.511d): Inteligencia, Noesis, Entendimento, Dianoia, Crenca, Pistis e Suposicao, no Imaginario. Percorremos as analises feitas por pesquisadores especializados, como forma de confrontar com a nossa tese, baseada no que esta escrito na Republica. Na nossa interpretacao, a qual nao e realizada de maneira Pitagorica, Platao apenas fala de duas operacoes cognitivas, nao de duas musicas. A unica localizacao possivel da mousike na Analogia da Linha e na Dianoia, junto com as demais disciplinas propedeuticas da Dialetica. Na Noesis so pode haver a dialetica como a cupula das ciencias, segundo a propria Republica. A mousike nao pode se encontrar no apice dos estudos do filosofo-rei.
  • VICENTE FAGNER MORAIS SERAFIM
  • A GEOGRAFIA FÍSICA DE KANT. CONHECIMENTO DO MUNDO, EDUCAÇÃO E COSMOPOLITISMO.
  • Data: 31/03/2015
  • Hora: 15:00
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  • Ministrados quarenta e nove vezes entre os anos de 1756 e 1796, os cursos de Geografia Fisica de Kant foram concebidos – junto aos de Antropologia – como “propedeutica” e “condicao de possibilidade” para todas as formas de conhecimento pratico do mundo e visavam, entre seus mais destacados objetivos, “civilizar jovens estudantes para se tornarem ‘cidadaos do mundo’”. Kant entende por Geografia Fisica uma forma empirica de conhecimento da ordenacao e estruturas espaciais, produtora de verdades locais e regionais territorialmente derivadas de regras especificas da cidadania. Ate muito recentemente negligenciados pelos estudiosos, os Cursos de Geografia Fisica encontravam-se insuficientemente explorados e, assim, tambem as entao visiveis implicacoes que esta disciplina empirica tem para a concepcao kantiana da etica e da educacao cosmopolitas. Impoe-se, portanto, que se ultrapasse o carater assistematico de sua composicao, os preconceitos ali manifestos e as curiosidades desprovidas de cientificidade, e se considere sistematicamente suas ideias e propositos gerais os quais repercutem diretamente na compreensao kantiana de pedagogia e de moralidade.
  • DANIEL HENRIQUES MORAES
  • ONDE NÃO HÁ SOBERANO, NÃO HÁ SÚDITOS Uma leitura epistemológica de O Pensamento
  • Data: 31/03/2015
  • Hora: 14:30
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  • O objetivo desta dissertacao e compreender a epistemologia em Frege, alem de perpassar o problema da verdade. Durante sua vida, Frege recebeu influencia de varios autores como: Kuno Fischer, Ernst Abbe, Herman Lotze; assim como a critica de Bertrand Russell, que fez com que mudasse o rumo de seus trabalhos, conferindo uma fundamentacao filosofica em sua tentativa de basear a Aritmetica atraves da logica. Frege, ao final de sua vida, escreveu o artigo O pensamento (1918-1919) no qual buscava estabelecer as bases de sua epistemologia. Conforme diz nas primeiras linhas de seu trabalho, alcancar a verdade deve ser a meta da logica, que deve ser entendida como a unica alternativa para chegarmos as verdades que nao nos sao reveladas pelos axiomas matematicos. Para tanto, revisamos as obras que se propuseram a trabalhar o tema, das quais podemos destacar: o proprio artigo O pensamento (1918-1919), Conceitografia (1879) e As fontes do conhecimento em matematica e ciencias naturais matematicas (1924), alem da critica de autores contemporaneos de seu legado. A verdade possui dimensao propria, nao possui um portador, ela e senhora de si e para alcanca-la, devemos utilizar as demonstracoes logicas.
  • CARLOS BEZERRA DE LIMA JUNIOR
  • Discurso apofático e inefabilidade de Deus em Mestre Eckhart
  • Data: 31/03/2015
  • Hora: 13:30
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  • O presente estudo sobre Mestre Eckhart tem como objetivo principal a análise conceitual de como o autor encara a aporia da transcendência. A resposta dada ao problema pelo autor se faz mediante um tipo de discurso chamado apofático, ou teologia negativa, que é a forma pela qual não se pode imputar atributos à deidade. Esse problema é marcante na história da filosofia antiga e medieval, e encontra em Eckhart um dos maiores divulgadores. A pesquisa se estrutura mediante uma análise do que seja a teologia negativa acompanhada de uma outra análise sobre os conceitos gerais do autor, encerrando-se com uma última análise de certos sermões capitais do pensamento eckhartiano. Trata-se, em última instância, de uma pesquisa bibliográfica, que utiliza a edição crítica das obras latinas e alemães de Eckhart, bem como de comentadores.
  • ANTONIO RODRIGUES CAVALCANTE
  • A Fundamentação do Progresso Moral e Jurídico da Humanidade em Kant
  • Data: 30/03/2015
  • Hora: 15:00
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  • Resumo: Esta dissertação trata dos fundamentos do direito cosmopolita no pensamento de Immanuel Kant. Na medida em que, para Kant, sem um direito cosmopolita que garanta a paz entre as nações, não é possível a garantia nem mesmo dos direitos entre os indivíduos no interior dos Estados e, sem a garantia de direitos entre os indivíduos, não há exercício da liberdade, o interesse de Kant no cosmopolitismo revela-se vinculado ao projeto do Esclarecimento, que ele expõe em seu opúsculo Resposta à Pergunta: que é Esclarecimento? Com base nos conceitos de liberdade, legalidade, direito, justiça – que segundo Kant têm seus fundamentos a priori na razão humana, sendo por isso reconhecidos como tais por todo o gênero humano – vamos abordar as análises de Kant referentes a um direito que torne possível uma paz duradoura, fundada num direito cosmopolita. Nesse percuso, vamos examinar conceitos importantes da reflexão kantiana sobre a moral, que estão na base de sua concepção do direito, tais como, autonomia, heteronomia, liberdade da vontade, coação, moralidade e legalidade. Esses conceitos irão nos dar elementos para entender a passagem do direito entre os indivíduos no interior dos Estados à instituição de um direito universal, ou cosmopolita, entre as nações, passagem que vai configurar o que Kant entende por progresso da humanidade como progresso moral e jurídico.
  • NIVEA GOMES NASCIMENTO
  • Justiça e Política: ATteoria Liberal dos Direitos das minorias de Will Kymlicka.
  • Data: 27/03/2015
  • Hora: 15:00
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  • RESUMO A presente dissertação pretende apresentar a Teoria do Multiculturalismo de Will Kymlicka, como uma maneira de contribuir na construção de argumentos teóricos que sustentem os novos direitos de representação que permitam a recuperação do pleno exercício de cidadania dos grupos minoritários.O teórico e filosofo canadense propõe uma correção dos princípios fundamentais do liberalismo no intuito de se fazer reconhecer os direitos das culturas minoritárias.Kymlicka considera que o liberalismo convencional é uma teoria insuficiente e uma prática política defeituosa, por sua incapacidade no tratamento às demandas culturais, bem como à importância destas para a democracia liberal. Sendo este trabalho um estudo teórico e analítico acerca do papel do Estado e da sociedade na construção da cidadania dessas minorias, buscando expor algumas objeções apresentadas pela teoria contemporânea do pensador canadense. Um dos principais fundamentos dentro da discussão multicultural é considerar a realidade como uma fase em construção. O multiculturalismo é uma realidade e um projeto ideal de como se convive em uma sociedade pluralista, onde esta coloca em evidências o sonho da convivência harmônica com os diferentes grupos. E este descreve e aplica as regras e preceitos para a compreensão do pluralismo das culturas e dos vários grupos que distingue as sociedades ocidentais contemporâneas. O autor canadense é muito sensível à diversidade de problemas relacionados à integridade cultural das minorias, e tem declarado com firmeza que há na contemporaneidade diversidades culturais que incorporam uma série de conflitos entre maioritários e minoritários. Palavras-chave: multiculturalismo, justiça, política, direito, cultura, Kymlicka.
  • VERA LUCIA PINTO
  • A CRÍTICA HABERMASIANA AO CONCEITO DE INTERESSE DE KANT
  • Data: 25/03/2015
  • Hora: 09:00
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  • RESUMO O presente trabalho apresenta a crítica do filósofo Jürgen Habermas (1929) ao conceito de interesse de Kant (1724-1804) tomando como fundamento teórico a obra Conhecimento e Interesse (1968), bem como citações de Kant, mediante a leitura nas suas três Críticas. O interesse da razão em Kant surge a partir da seguinte questão: ‘Como são possíveis os Juízos Sintéticos a priori?” Esta pergunta nos remete à clássica questão da Crítica da Razão Pura “Que posso saber?” Tendo a primeira um indício de resposta a esta última já se percebe evidente toda a preocupação de Kant com a filosofia sobre a validade de um a priori com fins práticos para o problema do conhecimento. Dado o envolvimento inconteste da razão com a práxis, evidencia-se que todo o esforço de crítica por Kant é dirigido a fins práticos. Em sua obra Conhecimento e Interesse Habermas desenvolve os fundamentos de sua teoria dos interesses cognitivos, onde ele postula a unidade indissociável de conhecimento e interesse, tanto para as ciências naturais quanto para as ciências histórico-hermenêuticas. Ao que se percebe, está nascendo aqui o projeto de Conhecimento e Interesse (1968). Este é o momento em que, seguido à crítica ao positivismo, Habermas propõe o estudo objetivo das questões levantadas acerca do interesse. E isto consiste naquilo que ele chama de “tarefa da teoria crítica”.
  • GIZOLENE DE FÁTIMA BARBOSA DA SILVA
  • SIGNIFCADO NIILISTA DE IDEAIS ASCÉTIOS NO PENSAMENTO DE FRIEDRICH NIETZSCHE
  • Data: 23/03/2015
  • Hora: 15:00
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  • A presente dissertação tem como objetivo principal compreender o que o filósofo Friedrich Nietzsche chama de ideais ascéticos e de niilismo. Essa dissertação é o resultado de uma pesquisa que tenta mostrar isso especificamente a partir da obra Genealogia da moral. Segue-se buscando identificar e caracterizar este assunto também em outras obras deste pensador e estendendo-o ao como alguns especialistas de Nietzsche o abordam. O estudo começa com um apanhado do significado dos ideais ascéticos estabelece as formas como se manifestam no mundo, através da religião, da filosofia e da arte. Apresenta-se o sacerdote ascético como o elemento a partir do qual se obtém a compreensão principal dos ideais ascéticos; procura-se indicar que falar do ideal ascético no sacerdote é falar do modo de ser fundamental do ideal ascético. Na Genealogia da moral, os ideais ascéticos são caracterizados como sendo essencialmente forma de niilismo. Recorre-se ao conceito nietzschiano de niilismo para mostrar que e como o caráter de vontade de nada intrínseco ao niilismo está presente também nos ideais ascéticos como uma forma de decadência. Conclui-se com base nesse fato que os ideais ascéticos tornam a vontade de poder decadente porque a tornam uma vontade de valorar em que valor neste caso é valor de nada. Por fim é empregada a compreensão do conceito de criação enquanto possibilidade de superação desses ideais através da arte trágica e da filosofia legisladora como forma da vontade de poder.
2014
Descrição
  • ROSSANA MARIA LOPES
  • CORPO E SUBJETIVIDADE EM MERLEAU-PONTY
  • Orientador : IRAQUITAN DE OLIVEIRA CAMINHA
  • Data: 17/12/2014
  • Hora: 10:00
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  • RESUMO A concepção de subjetividade apresentada por Merleau-Ponty na Fenomenologia da percepção revela o sujeito vinculado ao seu corpo e mostra o corpo como o espaço de expressão e realização desta subjetividade. O eu não é mais uma substância abstrata pensante, mas uma subjetividade que vive num mundo que o condiciona e no qual interfere. Submetida às condições corporais, esta subjetividade evidenciará sua condição de ser no mundo, assumindo novas formas de apreensão de sua espacialidade e temporalidade. O corpo concebido como sensibilidade originária assume o estatuto de corpo próprio ou corpo vivido, i.e., um corpo que é meu e através do qual eu vivo. Neste sentido, a experiência vivida de abertura e de comunicação entre um corpo e o mundo faz da percepção a fonte da experiência originária de vinculação e acesso do corpo ao mundo que se manifesta através de um corpo que sente. A percepção implicará uma inerência e um envolvimento pré-reflexivo do corpo com o mundo, fonte de uma experiência direta anterior a qualquer pensamento e realizada por meio da intencionalidade. Enquanto atividade que condensa a função ordenadora, expressiva e intencional, a percepção transforma o corpo em sujeito. A experiência perceptiva, portanto, é vivida por meio de uma corporeidade que se torna sujeito da percepção. O corpo perceptivo constitui-se no paradigma que modela e organiza o mundo a partir de sua perspectiva, fazendo de suas experiências motrizes e perceptivas modulações existenciais para um corpo-sujeito. O corpo que é meu, com o qual percebo, vejo, toco e movo-me, constitui-se num eu, num corpo que eu sou. Esta concepção de subjetividade acolhe todas as dimensões do humano e faz com que o mundo seja reencontrado no sujeito por meio de sua corporeidade.
  • ANILDO DE SOUZA SILVA
  • NIETZSCHE E A TRANSVALORAÇÃO DA TRAGÉDIA
  • Data: 12/12/2014
  • Hora: 14:30
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  • NIETZSCHE E A TRANSVALORAÇÃO DA TRAGÉDIA RESUMO O objetivo capital desse trabalho constitui-se em investigar, a partir obra filosófica de Nietzsche –, sobretudo, nos textos O nascimento da tragédia; Humano, demasiado humano e Genealogia da Moral –, de que forma o esteta contemporâneo compreendeu a noção de arte trágica em três perspectivas diferenciadas. Para tal indústria, encadear-se-ão as seguintes etapas: Primeiro, será esboçado o panorama geral das vontades de poder e de sobrevivência, bem como a consequente afirmação do viver por parte do homem. Subsequentemente, será construído um entendimento acerca da arte trágica como metafísica de artista. Percebendo-a como resultado das pulsões apolíneas e dionisíaca, as quais se relacionam com o princípio de individuação e assim manifesta-se uma interpretação do mundo como fenômeno estético. Nessa primeira perspectiva, a arte trágica será útil ao homem por tornar o absurdo da vida suportável. Em seguida, será refletida a segunda noção de arte trágica como formadora do homem em vistas de suas pulsões mais primitivas, principalmente, das vontades de sobrevivência e de criação. Essa segunda forma de contemplar a tragédia encontra-se relacionada a uma instrumentalização do socratismo e ao perspectivismo nietzschianos. Ademais, o trágico servirá para educar o homem para a afirmação do seu viver. Em um terceiro momento, objetiva-se demonstrar como a arte trágica, descaracterizada pela modernidade, passa a ser compreendida como uma sacerdotisa asceta. Por fim, serão realizadas algumas considerações finais acerca da problemática de como a arte trágica teve o seu significado modificado de metafísica de artista, passou por formadora do homem e chegou a sacerdotisa ascética. Contudo, existe um elemento que irá transpor todas as três noções nietzschianas de trágico na arte, a saber: a utilidade do mesmo em seduzir o homem a afirmar o seu viver.
  • RAMON BOLIVAR CAVALCANTI GERMANO
  • "Existência na Paciência: uma introdução no pensamento de S. A. Kierkegaard"
  • Data: 10/10/2014
  • Hora: 19:00
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  • RESUMO No presente trabalho desenvolvemos um itinerário de aproximação da obra de Kierkegaard que, levando em conta três momentos distintos de sua produção, nos possibilite uma visão mais lúcida e rigorosa de sua atividade como autor e, particularmente, de sua forma de leitura da existência humana. Cientes do caráter complexo do corpus kierkegaardiano – acentuado pela forma indireta de sua comunicação – resolvemos desenvolver uma leitura que, voltada para o sentido que a existência humana ocupa no pensamento do autor, nos introduza em alguns dos problemas e conceitos fundamentais que formam o quadro geral de compreensão da existência assim como a entende Kierkegaard. Mostramos como a existência precisa ser compreendida a partir de uma nova concepção da liberdade, bem como a partir de uma nova compreensão da relação entre ser e pensar – isto é, precisa ser compreendida como inter-esse – o que leva fundamentalmente a uma recolocação do problema da verdade. Concluímos com uma abordagem do problema de tornar-se si mesmo ou com a questão da aquisição do si-mesmo (Selv) na paciência. Com isso nos aproximamos de uma compreensão mais coerente e rigorosa da leitura que Kierkegaard faz da existência humana – levando particularmente em conta o papel que a paciência ocupa nessa leitura – bem como, por extensão, traçamos um itinerário de aproximação de sua atividade
  • MARCIO LIMA DO NASCIMENTO
  • DO MAL-ESTAR EM FREUD AO MAL-ESTAR EM BAUMAN
  • Data: 22/09/2014
  • Hora: 14:00
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  • O propósito do presente trabalho é estabelecer um “diálogo” entre as análises de Freud (O mal-estar na civilização) e Bauman (O mal-estar da pós-modernidade) acerca da noção de Mal-estar, a fim de mostrar um traço específico da combinação entre culpa e medo, que seria a vida para o consumo. Nossa leitura sobre o Mal-estar na civilização de Freud aponta para o sentimento de culpa como um elemento fundamental dentro do projeto civilizatório, que fere a autenticidade dos valores da vida e conduz o sujeito a viver continuamente mergulhado numa incômoda condição. Nessa perspectiva, em nome da proteção contra ameaças de qualquer tipo, todos são convocados para sacrificar a liberdade, convertendo prazer por culpa, ainda que na dimensão civilizada obcecada pela segurança, mais liberdade seja sinônimo de menos mal-estar. Bauman procura analisar a questão sob o aspecto da insegurança e indeterminação que, no seu entendimento, são traços marcantes da contemporaneidade. De acordo com o autor, na pós-modernidade encontramos um momento profundamente carente de certezas, proteção e segurança, os medos são inúmeros e inseparáveis da vida humana. Ele apresenta os alicerces sociais dos medos que assolam os indivíduos na modernidade líquida, procurando identificar suas origens comuns. Na visão dele tudo o que o ser humano sempre buscou foi a felicidade, que só poderia ser obtida através da comunhão entre segurança e liberdade, inconciliáveis ao longo da história, incompatíveis na civilização moderna, sólida ou líquida, mas, aparentemente, viáveis no consumo.
  • THIAGO GOMES DA SILVA NUNES
  • A SOMBRA DO MUNDO ANTIGO REFLEXOS DO PENSAMENTO GREGO NA FILOSOFIA DE FRIEDRICH NIETZSCHE
  • Data: 12/09/2014
  • Hora: 15:00
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  • RESUMO O pensamento nietzschiano navega por meio de um substrato conceitual derivado de uma intuição do período de juventude, nisto que podemos denominar como pano de fundo da obra nietzschiana, sua concepção de vida (Leben). Multiplicidade, contraste, contradição, guerra, vir a ser, criação e degradação, em suma, o devir, serão as marcas derradeiras de uma especulação cosmológica que desaguaria na formulação da vontade de poder (Der Wille zur Macht), conceito dinâmico que expressa o caráter antagônico da vida em meio ao movimento ininterrupto de desejo por poder. Tais caracterizações foram influenciadas pelo contato de Nietzsche com a literatura e a filosofia da antiguidade, especialmente as do período arcaico, e por isso a vontade de poder pode fazer uma significativa referência aos ideais de homem-mundo destes tempos, sobretudo aqueles expressos por Heráclito. Nietzsche compreendia que o pensamento heraclítico resguardava um saber similar aquele do teatro dionisíaco, como a perfeita confluência entre a filosofia e o saber/viver arcaico. Desta forma, sua teorização da vida acaba por assumir o próprio caráter interpretativo, mas nem por isso abre mão de sua realidade, o que significaria nutrir o vigor necessário para assumir a condição perspectivista do viver ao envolver os aspectos contraditórios e dinâmicos do cosmos. Isto nos leva a concluir que na filosofia nietzschiana estaria a vigorar um saber trágico-dionisíaco, como uma intuição filosófica inspirada majoritariamente nos escritos arcaicos, o que nos possibilita denominá-la como a sombra do mundo antigo, posto que nela se expressa certo “retorno” do pensamento arcaico. No segundo momento, a identificação desse saber nos possibilita falar de um hipotético projeto subjacente à filosofia nietzschiana, mas isso, ao partir do vislumbre de uma correlação quase que necessária entre vontade de poder e eterno retorno (Ewige Wiederkunft), e de um possível desdobramento dessas formulações naquilo que Nietzsche pretendera como transvaloração de todos os valores.
  • THIAGO GOMES DA SILVA NUNES
  • A SOMBRA DO MUNDO ANTIGO REFLEXOS DO PENSAMENTO GREGO NA FILOSOFIA DE FRIEDRICH NIETZSCHE
  • Data: 12/09/2014
  • Hora: 10:00
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  • RESUMO O pensamento nietzschiano navega por meio de um substrato conceitual derivado de uma intuição do período de juventude, nisto que podemos denominar como pano de fundo da obra nietzschiana, sua concepção de vida (Leben). Multiplicidade, contraste, contradição, guerra, vir a ser, criação e degradação, em suma, o devir, serão as marcas derradeiras de uma especulação cosmológica que desaguaria na formulação da vontade de poder (Der Wille zur Macht), conceito dinâmico que expressa o caráter antagônico da vida em meio ao movimento ininterrupto de desejo por poder. Tais caracterizações foram influenciadas pelo contato de Nietzsche com a literatura e a filosofia da antiguidade, especialmente as do período arcaico, e por isso a vontade de poder pode fazer uma significativa referência aos ideais de homem-mundo destes tempos, sobretudo aqueles expressos por Heráclito. Nietzsche compreendia que o pensamento heraclítico resguardava um saber similar aquele do teatro dionisíaco, como a perfeita confluência entre a filosofia e o saber/viver arcaico. Desta forma, sua teorização da vida acaba por assumir o próprio caráter interpretativo, mas nem por isso abre mão de sua realidade, o que significaria nutrir o vigor necessário para assumir a condição perspectivista do viver ao envolver os aspectos contraditórios e dinâmicos do cosmos. Isto nos leva a concluir que na filosofia nietzschiana estaria a vigorar um saber trágico-dionisíaco, como uma intuição filosófica inspirada majoritariamente nos escritos arcaicos, o que nos possibilita denominá-la como a sombra do mundo antigo, posto que nela se expressa certo “retorno” do pensamento arcaico. No segundo momento, a identificação desse saber nos possibilita falar de um hipotético projeto subjacente à filosofia nietzschiana, mas isso, ao partir do vislumbre de uma correlação quase que necessária entre vontade de poder e eterno retorno (Ewige Wiederkunft), e de um possível desdobramento dessas formulações naquilo que Nietzsche pretendera como transvaloração de todos os valores.
  • Ana Paula Silva Pereira
  • Título: A crítica de Hannah Arendt à universalidade vazia dos Direitos Humanos: o caso do “refugo da terra”.
  • Data: 05/09/2014
  • Hora: 09:00
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  • MESTRADO EM FILOSOFIA CCHLA - UFPB DEFESA DE DISSERTAÇÃO 5 de setembro de 2014 – 9: hs Candidata: Ana Paula da Silva Pereira Banca examinadora: Prof. Giuseppe Tosi, orientador Prof. Giovanni da silva Queiroz (membro interno) Prof. José Tadeu B. de Souza – membro externo (UNICAP) Prof. Castor Mari Martín Bartolomé Ruiz – membro externo (UNISINOS) via skype Título: A crítica de Hannah Arendt à universalidade vazia dos Direitos Humanos: o caso do “refugo da terra”. Resumo Em Origens do Totalitarismo, uma das questões abordadas por Hannah Arendt, diz respeito ao suposto caráter universal dos direitos humanos e como eles tornam-se frágeis diante de situações de exceção nas quais um grande grupo de pessoas perdeu os seus direitos mais básicos. A questão colocada pela autora é referente à dicotomia direitos humanos x direitos do cidadão. A grande massa de pessoas que perdiam a sua cidadania ou eram obrigadas a refugiar-se em outro país, sem ser, desse modo, assimiladas a esse novo território e sem poder voltar para o seu território de origem, sentindo-se constantemente ameaçadas por não mais possuírem um lugar onde se sentir em casa no mundo, pois, encontravam-se jogados nos campos de concentração ou nos campos de internamento haviam se tornado uma constante do século XX, quando duas guerras mundiais colocaram milhões de pessoas na situação de refugiados e apátridas. Esses apátridas e refugiados não eram uma constante apenas no século passado, ainda hoje, milhões de pessoas continuam fugindo de seus países para refugiar-se em outros lugares. Mesmo com os inúmeros avanços nas legislações do direito internacional no que diz respeito à situação frágil em que se encontram apátridas e refugiados, ainda assim seria imprudente afirmar a universalidade dos direitos humanos. E é nesse sentido que a crítica de Hannah Arendt aos direitos humanos continua atual: ela consiste em afirmar que os chamados “direitos inalienáveis” nunca foram eficazes na proteção nem de apátridas, nem de refugiados, e de todos os outros “refugos” da terra. Autores contemporâneos como Giorgio Agamben se confrontam com o pensamento de Arendt, fazendo uma atualização desses temas. O homo sacer, figura jurídica do direito romano, é trazida por Agamben para explicar a condição dessas pessoas que vivem a margem da sociedade, e estão excluídas do direito. A crítica de Arendt ao aspecto universal dos direitos humanos é atualizada por Agamben que a aprofunda retomando antigos conceitos como o homo sacer de bando de campo, que são fundamentais para entendermos os inúmeros conflitos que acontecem no mundo atual.
  • MARIA DIVANNA DA ROCHA SANTOS
  • O mal em Santo Agostinho: um estudo das implicações metafísicas e morais
  • Data: 07/08/2014
  • Hora: 10:00
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  • O presente trabalho de dissertação pretende investigar um dos maiores problemas que assolam a humanidade, o problema do mal. Debaixo da formulação “O que é o mal e qual a sua origem”, buscaremos expor o pensamento de um dos maiores pensadores e teóricos, da história da filosofia ocidental, a esse respeito, Santo Agostinho. Com o intuito de entender como Agostinho responde ao problema do mal, tendo em vista que tal problemática pode ser investigada em vários vieses, nos deteremos em dois aspectos: o metafísico e o ontológico. Levando-se em conta as inúmeras correntes filosóficas e teológicas que foram combatidas por nosso autor, centraremos nossas investigações, prioritariamente, nas obras agostinianas antimaniqueias. O percurso de nosso trabalho, portanto, iniciar-se-á com o entendimento das correntes filosóficas que influenciaram o pensamento agostiniano, percorrerá a forma com que Agostinho entende o problema do mal a partir da metafísica e terminará por analisar suas teorizações acerca do mal moral.
  • Matheus Arthur Gadelha Costa
  • "A TEORIA DA REPRESENTAÇÃO DE ARTHUR SCHOPENHAUER: Estética e Fisiologia como duas formas contrapostas de conhecimento"
  • Data: 07/08/2014
  • Hora: 10:00
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  • Em sua obra magna, O Mundo como Vontade e como Representacao, Arthur Schopenhauer elabora sua Teoria da Representacao como subdividida em duas consideracoes contrapostas: a representacao que segue o fio condutor do principio de razao, e aquela que independe deste principio. Na perspectiva dessa divisao, o filosofo apresenta seu conceito de conhecimento, que da mesma maneira sera subdivido em duas experiencias completamente diferentes. E na explanacao dos elementos constitutivos dessas duas concepcoes contrapostas de conhecimento que Schopenhauer se propos a apresentar o significado do Mundo como Representacao. Dessa maneira, nosso trabalho tem como objetivo principal apresentar a tensao inerente a essas duas concepcoes de conhecimento, e explorar por essa via os limites do conhecimento em geral. Como intencao metodologica, optamos por dividir a presente dissertacao em tres partes, onde a primeira corresponde ao momento da fundamentacao do conceito de representacao na perspectiva de uma epistemologia, onde tivemos o objetivo de apresentar o extenso arcabouco conceitual da teoria da representacao de Schopenhauer. Na segunda parte adentramos na primeira concepcao de conhecimento para o filosofo, onde exploramos os atributos caracteristicos e os limites dessa concepcao. Na terceira parte nos detivemos na segunda concepcao de conhecimento, onde Schopenhauer tem como objetivo ultrapassar os limiares da primeira e apresentar uma forma de conhecimento inteiramente intuitiva e livre das amarras de uma racionalidade meramente instrumental.
  • DIEGO SOARES DE SOUZA
  • TÍTULO DA DISSERTAÇÃO: A IDEIA DE VONTADE LIVRE COMO DESENVOLVIMENTO CONCEITUAL NA FILOSOFIA DE HEGEL
  • Data: 06/08/2014
  • Hora: 14:00
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  • RESUMO A presente dissertação tem por objetivo desenvolver o estudo da Ideia hegeliana de vontade livre, a fim de mostrar que essa ideia é o elemento no qual toda a esfera do direito (como espírito objeto) se desenvolve. Nossa investigação tomará como limite textual os momentos nos quais o referido tema é claramente desenvolvido, a saber, as obras Filosofia do Direito (1820), e a Enciclopédia das Ciências Filosóficas em Compêndio (1830), em seu primeiro momento, o espírito subjetivo. Desta forma, nos limitaremos a analisar o progresso dialético da Ideia lógica, que se desdobra conceitualmente em Natureza e em Espírito, até se determinar como Vontade que, primeiramente, dá-se como universal; desenvolve-se, em seguida, como vontade livre individual, caracterizada pelo arbítrio (particular) e, por fim, tem a sua mais concreta determinação, como livre em si e para si (singular).
  • SIMONE DE OLIVEIRA BELTRÃO LEITE
  • Nomes Próprios e Filosofia da Linguagem: uma análise contemporânea
  • Data: 06/08/2014
  • Hora: 10:00
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  • A presente pesquisa de dissertação tem como objetivo discorrer acerca do papel dos nomes próprios dentro da filosofia da linguagem contemporânea. O viés que adotaremos é o de um internalista. Para realizar nossa pesquisa iniciaremos por contextualizar qual foi o significado que a virada pragmático-linguística teve no campo filosófico. Disso tentaremos expor alguns dos elementos mais importantes que caracterizam a importância das discussões dos nomes próprios dentro da filosofia da linguagem. Tendo em vista nosso viés internalista, buscaremos demonstrar duas funções básicas dos nomes próprios, a função informacional e a função operacional. De posse disso apresentaremos duas correntes distintas das teorias da nomeação, o descritivimo e a teoria da causalidade. Com esse percurso pretendemos conseguir mostrar ao leitor o significado e o papel que os nomes próprios assume dentro das discussões contemporâneas da filosofia da linguagem de cunho analítica.
  • MARCIO ROBERTO SOARES BEZERRA
  • O CONCEITO DE INFINITO EM SPINOZA
  • Data: 01/08/2014
  • Hora: 10:00
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  • Esta dissertação tem o objetivo de discorrer sobre o conceito de infinito em Baruch Spinoza, tomando como referencial teórico principal duas de suas obras, Os Pensamentos Metafísicos e a Carta 12. A tarefa aqui é mostrar que o conceito de infinito representa uma ideia chave para o sistema de Spinoza, sobre o qual estão assentadas as teses da causalidade imanente e do paralelismo psicofísico. O estudo se inicia com uma abordagem histórica acerca da questão do infinito, discutido por uma tradição de pensadores que antecederam Spinoza, desde os gregos até Descartes na modernidade. Em um segundo momento, a análise se volta para questão do infinito entendido por Spinoza que, ao defender a ideia do infinito atual, acaba retomando as teorias de Anaxágoras, Nicolau de Cusa e Giordano Bruno, segundo as quais Deus não está separado de suas criaturas, mas mantém uma relação de imanência com elas. Nesse caso, para Spinoza, afirmar que Deus é infinito significa dizer que Ele abrange todas as coisas e nada pode existir separado Dele, ou melhor, sendo substância, Deus não pode ser separado de suas afecções (os modos), o que é explicado pela imanência de sua causalidade, na qual causa (Deus) e o efeito (as afecções) ocorrem conjuntamente. O hábito de separar a substância de suas afecções vem da confusão entre o modo como a mente percebe a substância através dos entes de Razão (tempo, medida, número) e a essência da própria substância. Pelos entes de Razão, a substância é composta de partes e, portanto divisível; todavia, considerando o seu aspecto essencial, ela é indivisível. Isso explica também a tese do paralelismo já que a mente e o corpo, devido à indissociabilidade das afecções, não podem ser consideradas substâncias independentes, mas expressões de uma única e mesma substância, ora concebida pelo atributo pensamento, ora concebida pelo atributo extensão. De acordo com Spinoza, o dualismo proposto pelo seu principal interlocutor, Descartes, surgiu justamente pelo fato deste confundir o aspecto real da substância (atributos indivisíveis) com seu aspecto modal (modos divisíveis).
  • RAQUEL PATRIOTA DA SILVA
  • TÍTULO DA DISSERTAÇÃO: Negatividade do Belo: A Estética crítica de Theodor Adorno
  • Data: 31/07/2014
  • Hora: 17:30
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  • RESUMO: De certa maneira ofuscada pela profusão de trabalhos sobre a “Indústria da Cultura” ou, mais recentemente, sobre a Dialética Negativa, a Teoria Estética permanece relativamente pouco explorada em meio aos estudos sobre Adorno no Brasil. Seu valor não pode ser considerado secundário mas, como procuraremos demonstrar, essa é uma obra de especial relevância para a compreensão das relações que os conceitos entretecem na filosofia de Adorno. Nosso trabalho discute o conceito de Belo e o de Negatividade como modo de trazer à luz a forma dessas relações. Através de três momentos, exploraremos como a ideia de “negatividade” do conceito está implicada na reflexão estética e como, em consequência, essas considerações estéticas retornam à filosofia crítica de Adorno. Seu conhecido postulado sobre a Estética como correção da razão instrumental é paradigmático para a leitura de sua própria crítica à racionalidade, ele mesmo sendo resultado e força motriz de seu pensamento. Com isso, nosso trabalho é dotado de uma dupla possibilidade: por um lado, contribui com as discussões sobre a filosofia crítica de Adorno ao dar relevo à “negatividade” em sua estética; por outro, contribui com a estética, enquanto disciplina filosófica, ao mostrar como uma de suas categorias centrais, a noção de Belo, pode tomar parte no discurso crítico.
  • RAQUEL PATRIOTA DA SILVA
  • TÍTULO DA DISSERTAÇÃO: Negatividade do Belo: A Estética crítica de Theodor Adorno
  • Data: 31/07/2014
  • Hora: 17:30
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  • RESUMO: De certa maneira ofuscada pela profusão de trabalhos sobre a “Indústria da Cultura” ou, mais recentemente, sobre a Dialética Negativa, a Teoria Estética permanece relativamente pouco explorada em meio aos estudos sobre Adorno no Brasil. Seu valor não pode ser considerado secundário mas, como procuraremos demonstrar, essa é uma obra de especial relevância para a compreensão das relações que os conceitos entretecem na filosofia de Adorno. Nosso trabalho discute o conceito de Belo e o de Negatividade como modo de trazer à luz a forma dessas relações. Através de três momentos, exploraremos como a ideia de “negatividade” do conceito está implicada na reflexão estética e como, em consequência, essas considerações estéticas retornam à filosofia crítica de Adorno. Seu conhecido postulado sobre a Estética como correção da razão instrumental é paradigmático para a leitura de sua própria crítica à racionalidade, ele mesmo sendo resultado e força motriz de seu pensamento. Com isso, nosso trabalho é dotado de uma dupla possibilidade: por um lado, contribui com as discussões sobre a filosofia crítica de Adorno ao dar relevo à “negatividade” em sua estética; por outro, contribui com a estética, enquanto disciplina filosófica, ao mostrar como uma de suas categorias centrais, a noção de Belo, pode tomar parte no discurso crítico.
  • PAULO DE TARSO ROCHA
  • Os Princípios do Sofrimento Humano em Schopenhauer e Freud
  • Data: 31/07/2014
  • Hora: 14:00
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  • A presente dissertação tem por objetivo evidenciar os princípios do sofrimento humano, partindo das noções de instinto, na metapsicologia freudiana, eda metafísica da Vontade, na filosofia schopenhaueriana. Junto a isto encontra-se a hipótese e a justificação de que o sofrimento é uma condição irrevogável do indivíduo, considerando que sua germinação coincide com a do próprio ser humano. O percurso escolhido para este empreendimento perpassa por concepções de Freud acerca do jogo de forças mais embrionários presentes na psiquê, que remetem, sobretudo, aos impulsos sexuais, chegando às semelhantes elaborações de Schopenhauer, e traz constantemente à tona os pontos de contato entre os trabalhos de ambos os autores, tornando possível um exercício comparativo, e um paralelo final que aponta estratégias particulares para abnegação do sofrimento, advindas das reflexões freudianas e da sabedoria de vida e do consolo metafísico schopenhaueriano.
  • VALDEZIA IZIDORIO AGRIPINO
  • HUMANISMO COMO ÉTICA: UM ESTUDO SOBRE A ALTERIDADE EM EMMANUEL LÉVINAS, de VALDEZIA IZIDORIO AGRIPINO,
  • Data: 28/07/2014
  • Hora: 10:30
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  • RESUMO O presente trabalho tem como objetivo central apresentar um estudo sobre a alteridade e a problemática do humanismo presente na obra de Emmanuel Lévinas. O ponto norteador desta pesquisa concentra-se no empenho do filósofo para retirar a ética do campo ontológico e, consequentemente, apontar um novo sentido do humano. Lévinas observou que sua época encontrava- se diante de uma crise ética de desvalorização da vida humana causada por paradigmas solipsistas sobretudo do meio político. O egoísmo é apontado por ele como o grande causador dos males da sociedade, em que cada indivíduo busca o seu próprio bem sem pensar nos horrores que podem causar aos outros homens. Lévinas percebe que as relações humanas não podem ser ditas através de discursos egoístas e monológicos, em que o Eu é colocado como centro das argumentações filosóficas. É assim que o humanismo pode repousar sobre uma significação que se revela no rosto de outro homem, como fenômeno ético não totalizável, em uma face responsável que possibilita à ética ocupar o lugar de prima philosophia. Desse modo, abre-se uma nova perspectiva ética, a da responsabilidade pelas necessidades dos outros. O homem é o sentido fundamental de seus escritos, direcionados para uma nova forma de conceber a ética. A filosofia levinasiana alcança o campo metafísico ou ético no Rosto do Outro ser humano, rompendo com a ordem da totalidade, i.c., da ontologia da guerra. Lévinas mostra novos caminhos pelos quais a filosofia totalitária em que o mesmo objetiva o outro de forma arbitraria, pode ser substituída por um discurso ético-filosófico não descrito pelos fundamentos da ontologia. Tal proposta toma forma argumentativa com a ideia do infinito cartesiana a qual possibilita a ruptura com a totalidade. A proposta filosófica de Lévinas busca construir um saber que respeite as diferenças e acolha a alteridade em que o Outro permanece como outro, como um estrangeiro, sem reduzi-lo a um objeto. O Humanismo levinasiano é o humanismo do outro homem.
  • MARAYSE MUNIZ GUIMARÃES
  • "CONSIDERAÇÕES ACERCA DO RESSENTIMENTO NA "GENEALOGIA DA MORAL" DE FRIEDRICH NIETZSCHE"
  • Data: 25/07/2014
  • Hora: 10:00
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  • RESUMO Nesta dissertação, é realizada uma análise do problema do ressentimento no pensamento de Nietzsche a partir de sua crítica à filosofia de inspiração socrático-platônica e à tradição judaico-cristã. Primeiramente, buscou-se a compreensão do ponto de vista genealógico adotado pelo filósofo em sua “Genealogia da moral”, no qual o autor faz uma avaliação acerca de como os valores “bom e ruim”, criados por uma moral dos senhores, foram transmutados em “bom e mau”, simultaneamente, pela moral dos escravos. De acordo com Nietzsche, todos os valores – instituídos pela tradição –, nada mais são do que consequência de uma transvaloração de valores nobres – os quais são provenientes de um povo livre e forte –, para uma cultura de homens fracos e decadentes, a qual é tecida por uma moral escrava e doente. Uma moral metafísica que, por fim daria, ao fraco, um sentido para a vida e para o seu sofrer. Dessa forma, pautados em sua estimativa, tentamos mostrar que, em Nietzsche, o ressentimento toma um lugar essencial na história da emergência de uma determinada forma de valoração, a saber, escrava. Foram abordados, também, a gênese dos valores morais e o modo como se deu a sua transvaloração pelo pensamento tradicional. Indicou-se, pois, os principais elementos da crítica de Nietzsche à metafísica e à religião, enquanto fontes constituidoras de valores. Verificaram-se, ainda, como os problemas suscitados pela reflexão nietzschiana revelam-se atuais, notadamente os relacionados ao ressentimento. Palavras-chave: Ressentimento. Nietzsche. Moral. Transvaloração.
  • EDNALDO FIRMINO DA SILVA
  • 'EMANCIPAÇÃO E ESCLARECIMENTOS EM HARBEMAS
  • Data: 09/07/2014
  • Hora: 14:00
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  • RESUMO Este estudo tem como objetivo aprofundar uma das principais inovações elucidadas por Habermas na teoria da ação comunicativa, o debate do esclarecimento, a emancipação e a ética do discurso. A perspectiva da emancipação ganha notoriedade no movimento iluminista, que buscou engendrar nos indivíduos uma liberdade intelectual, política, religiosa entre outras. Os críticos da Escola de Frankfurt, Adorno e Horkheimer acreditam que o projeto do esclarecimento deixou uma profunda lacuna no que corresponde aos seus ideais, por conseguinte, eles acreditavam que a razão foi convertida em uma razão alienada que se desviou do projeto emancipatório. Habermas No Discurso Filosófico da Modernidade (1985) posiciona-se criticamente a Adorno e Horkheimer, enfatizando que Adorno e Horkheimer podem está embreados em mito, já que na modernidade existiram mudanças bastante significativas. Ao tratar da categoria trabalho, Habermas buscará substituí-lo pela linguagem, pois acredita que antes do trabalho pressupõe-se a linguagem. O que Habermas está buscando não é uma desconstrução da teoria de Marx, mas uma reconstrução, na qual há uma predominância da linguagem sobre o trabalho. Desse modo, a comunidade comunicativa, a qual os indivíduos fazem uso da linguagem como meio de entendimento mútuo possam alcançar a emancipação. Considerando esse modelo, Habermas, na ética do discurso tem como fundamentação uma moral que está voltada para consenso, uma vez que, o consenso é constituído na comunidade argumentativa. Mas, para que aconteça a constituição dessa comunidade é preciso que haja uma radical validade universal.
  • HAMILTON CEZAR GOMES GONDIM
  • O tratamento das proposições em G. E. Moore: consequências e aporias no âmbito moral
  • Data: 21/05/2014
  • Hora: 10:30
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  • O trabalho apresenta e discute de forma comparativa as obras de Geroge Edward Moore, baseado nos textos The Nature of Judgment e Principia Ethica. Faz-se uma análise, exposição historica e resgate da discussão emergente na tradição analítica sobre a concepção de conceito e proposição na primeira obra do autor de 1899 para, assim, analisar o uso da mesma no âmbito moral nos Principia, observando se tais noções são conciliáveis. Para uma contextualização histórica, o trabalho aborda a própria discussão do autor com autores como kant, Bradley e tradições recorrentes na história da filosofia como o hedonismo. Evidencia-se em que medida os conceitos morais e da natureza podem ser tratados no método analítico do autor. O trabalho também esclarece pontos acerca da noção de bom da ética, sua hierarquização de valores, a utilização de noções como probabilidade, intuição e estética na constituição de sua teorização moral. Além disso, observa-se as consequências da moral mooreana quanto a esfera política,  em que medida Moore articula sua efetivação na esfera prática.

  • LUISMAR CARDOSO DE QUEIROZ
  • TEMPORALIDADE E FACTICIDADE. A VIDA CRISTÃ PRIMITIVA NO JOVEM HEIDEGGER
  • Data: 04/04/2014
  • Hora: 15:30
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  • De modo a interpretação da vida cristã primitiva foi capaz de liberar a experiência da temporalidade? Esta é a questão que norteia a presente dissertação. Segundo nossa hipótese de trabalho, o fenômeno concreto da vida religiosa define o fio condutor através do qual Heidegger poderá estabelecer a determinação sistemática das estruturas constitutivas da analítica existencial. A análise fenomenológica da vida cristã primitiva será decisiva para o que está em jogo com a noção da facticidade, a saber, levar a cabo a problemática transcendental de kant como forma de abrir a dimensão originária da temporalidade. Muitas influências foram importantes para a elaboração e para os resultados obtidos com a ontologia fundamental. Lacunar ou raros, porém, premaneciam os estudos focados dos excritos do jovem Heidegger, particularmente sobre fenomenologia da religião. Através deles se mostra que a vida cristã primitiva, relatada no Novo Testamento, é uma influência tão determinanate para a questão da temporalidade originária a ponto de Heidegger declarar que a "vida cristã primitiva ensina a temporalidade". Orientado pelo ambiente neokantiano, Heidegger se torna herdeiro da problemática transcendental dando-lhe um tratamento inteiramente original. A elaboração de sua posição frente à problemática transcendental dará lugar à noção de facticidade. A compreensão da vida cristã primitiva a partir de uma hermenêutica da facticidade traz á tona achados fenomenológicos que promoverão a elaboração filosófica da experiência fática da vida a qual antecipa o projeto de uma ontologia dos fundamentos, intentada em "Ser e Tempo" e, deste modo, consiste em um irrrenunciável para a compreensão da filosofia heidegggeriana.

  • LEONARDO PAULINO ALVES
  • Teísmo Clássico e o Problema do Mal: uma análise da resposta de Alvin Plantinga
  • Data: 04/04/2014
  • Hora: 10:30
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  • Esta dissertação trata do problema do mal posto como desafio à crença do teísmo clássico. Ela considera o conceito de Deus sustentado pelo teísmo ortodoxo fazendo uma descrição dos seus atributos e mostrando que há problemas do mal que só se sustentam se esta concepção sobre Deus for mantida. Se o conceito de Deus é modificado, os problemas do mal deixam de fazer sentido. Ela procede também em fazer uma descrição das várias versões do desafio do mal a fim de por o problema lógico do mal dentro do eu contexto histórico-sistemático da discussão. Em seguida ela faz uma exposição mais detalhada do problema lógico do mal e de como a defesa do livre-arbítrio posta por Alvin Plantinga busca responder a este desafio. Além disso ela também procura apresentar o próprio peregrinar filosófico de Plantinga em seu tratamento do mal particularmente no contexto do teísmo cristão destacando seu modelo de epistemologia religiosa denominado de "epistemologia reformada".

  • NOEMIA DE MENDONCA LINS PEQUENO
  • A concepção de Eudaimonia em Aristóteles
  • Data: 27/03/2014
  • Hora: 19:00
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  • O presente estudo pretende analisar a formacao do conceito de Eudaimonia no sistema etico aristotelico. Nos ultimos anos verifica-se um crescente interesse revivacional diante dos estudos referentes a moral aristotelica. O sistema desenvolvido pelo Filosofo busca compreender o papel da acao boa, sua eleicao e meio correto de realizacao, como metodo apropriado para a constituicao de uma ciencia do etos. Para entendermos o que motiva essa busca e a formulacao do Estagirita nossa pesquisa sera guiada pelo objetivo geral de mostrar que a concepcao de felicidade de Aristoteles, e a relevante dimensao etica que ela atingi, se constitui de um referencial teorico rico de conteudos onde se exalta a importancia das virtudes, como guia da conduta humana. Nossa hipotese de trabalho e a de que a felicidade delineada pelo sistema etico de nosso autor da um guia correto para a conduta humana no exercicio do convivio da polis, para fins de se atingir, nessa polis, a felicidade/eudaimonia. Portanto, o que pretendemos nessa pesquisa e delimitar qual e o papel da felicidade no sitema etico aristotelico.
  • BRENO DUTRA SERAFIM SOARES
  • O CONCEITO DE NIILISMO NA OBRA DE FRIEDRICH NIETZSCHE
  • Data: 17/03/2014
  • Hora: 09:00
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  • RESUMO A pergunta que motiva a presente dissertação foi formulada da seguinte forma: o que é o niilismo na obra de Friedrich Nietzsche? Antes de adentrar no estudo da obra de Nietzsche, elabora-se um escorço histórico acerca do tema. O segundo capítulo é dedicado às obras publicadas por Nietzsche em vida. Observa-se como, já nessas obras, o tema aparece, a princípio, de forma incipiente, sem a designação que viria a receber; mas, posteriormente, sob a nomenclatura que seria adotada nos escritos póstumos. Vê-se como o niilismo está ligado à derrocada da metafísica, da religião e da moral. Na terceira e última parte, discorre se a respeito do niilismo como exposto nos fragmentos póstumos. Tenta-se dar um encadeamento as ideias que estão espalhadas ao longo de fragmentos que datam de 1885 a 1889. Tem - se a oportunidade de perceber como Nietzsche elabora uma conceituação mais robusta do tema, estabelecendo distinções tais como niilismo ativo e passivo, bem como etapas nas quais a consciência do niilismo se agrava. Niilismo. Metafísica. Consciência. Liguagem. Moral. Valor. Perspectiva.
  • RONALDO ZANELLA
  • Cultura Homérica e Agonismo no Jovem Nietzsche
  • Data: 14/03/2014
  • Hora: 09:30
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  • RESUMO Esta dissertação de mestrado tem por objetivo investigar a cultura homérica e seu contexto helênico que tanto ocuparam as reflexões de Nietzsche. O trabalho analisa desde a sua dissertação ginasial até os escritos propriamente ditos da fase inicial de sua filosofia. Para justificar a importância da abordagem homérica estabelecida pelo jovem Nietzsche, serão contextualizados trechos das fases subsequentes de sua obra e de escritos póstumos. Esses trechos se referem diretamente ao corpus desta dissertação. Em função de uma melhor análise comparativa não será descartado o suporte filológico tão evidente nesta primeira fase de seu pensamento. A comparação implica a ida direta aos textos homéricos, proporcionando uma análise rigorosa dessa relação entre o poeta-aedo arcaico e o filósofo moderno. Num primeiro momento é analisado a importância da aristocracia. A arete no sentido de valores que crescem numa cultura e resplandecem em determinados indivíduos que formam uma aristocracia, nela o caráter rivaliza com as condições normatizadoras da vida. No ínterim desse evento, a arte é a corrente que oferece a transmissão e a transformação cultural. Dado esse passo, será apresentado o agonismo como um valor construtivo da cultura que parte do confronto físico na narrativa homérica, se desenvolve na competição poética e dramaturga e se estabelece na dialética filosófica. A perspectiva imagética da ira de Aquiles é um exemplo paradigmático para o caráter decadente do homem moderno, e uma contribuição estética para a superação de seu estado amórfico. A seguir investiga-se o sentido original do termo mito nos épicos que somada à perspectiva nietzschiana sobre Homero reacende a vivacidade mítica. Essa abordagem tem como escopo traçar um itinerário para o ressurgimento de Dioniso. O mito que de coadjuvante nos épicos torna-se protagonista na tragédia. Enfim, na Modernidade, Dioniso, por intermédio de Nietzsche, assume uma dimensão filosófico-trágica como símbolo da irrestrita afirmação da vida. PALAVRAS-CHAVE: Nietzsche. Homero. Aristocracia. Agonismo. Mito.
  • RONALDO ZANELLA
  • Cultura Homérica e Agonismo no Jovem Nietzsche
  • Data: 14/03/2014
  • Hora: 09:00
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  • RESUMO Esta dissertação de mestrado tem por objetivo investigar a cultura homérica e seu contexto helênico que tanto ocuparam as reflexões de Nietzsche. O trabalho analisa desde a sua dissertação ginasial até os escritos propriamente ditos da fase inicial de sua filosofia. Para justificar a importância da abordagem homérica estabelecida pelo jovem Nietzsche, serão contextualizados trechos das fases subsequentes de sua obra e de escritos póstumos. Esses trechos se referem diretamente ao corpus desta dissertação. Em função de uma melhor análise comparativa não será descartado o suporte filológico tão evidente nesta primeira fase de seu pensamento. A comparação implica a ida direta aos textos homéricos, proporcionando uma análise rigorosa dessa relação entre o poeta-aedo arcaico e o filósofo moderno. Num primeiro momento é analisado a importância da aristocracia. A arete no sentido de valores que crescem numa cultura e resplandecem em determinados indivíduos que formam uma aristocracia, nela o caráter rivaliza com as condições normatizadoras da vida. No ínterim desse evento, a arte é a corrente que oferece a transmissão e a transformação cultural. Dado esse passo, será apresentado o agonismo como um valor construtivo da cultura que parte do confronto físico na narrativa homérica, se desenvolve na competição poética e dramaturga e se estabelece na dialética filosófica. A perspectiva imagética da ira de Aquiles é um exemplo paradigmático para o caráter decadente do homem moderno, e uma contribuição estética para a superação de seu estado amórfico. A seguir investiga-se o sentido original do termo mito nos épicos que somada à perspectiva nietzschiana sobre Homero reacende a vivacidade mítica. Essa abordagem tem como escopo traçar um itinerário para o ressurgimento de Dioniso. O mito que de coadjuvante nos épicos torna-se protagonista na tragédia. Enfim, na Modernidade, Dioniso, por intermédio de Nietzsche, assume uma dimensão filosófico-trágica como símbolo da irrestrita afirmação da vida. .
  • MATHEUS WANDERLEY GONDIM
  • A relação de necessidade ente pensamento e linguagem
  • Data: 28/02/2014
  • Hora: 08:30
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • O presente trabalho tem por objetivo principal realizar um estudo da relação de necessidade entre pensamento e linguagem, isto é, identificar se a posse de linguagem é condição necessária par a posse de pensamentos. Para isso, será realizaada uma revisão de alguns elementos da literatura filosófica produzida sobre o assunto na segunda metade do século XX e começo do século atual. Um capítulo será dedicado à análise do argumento de Donald Davidson (1917-2003), com ênfase particular ao seu artigo Thougth and Talk, de grande influência sobre o tema. Argumentos contrários também serão contemplados, a proposta de Searle, presente em Consciousness and Language, e a tese de Bermúdez, em Thinking Without Words, terão um capítulo dedicado. A partir da análise bibliográfica, será elaborado um capítulo com teor mais argumentativo, com o objetivo de avaliar as teses apresentadas e realizar uma contribuição filosófica academicamente relevante.

  • PAULA FERNANDA P. DE AMORIM
  • Critica de John Searle A Inteligência Artificial: Uma abordagem em Filosofia da Mente
  • Data: 27/02/2014
  • Hora: 15:00
  • Mostrar Resumo
  • Este texto é destinado a apresentar a crítica do filósofo John Searle em seu artigo Minds, brains and programs (1950) ao que ele nomeia Inteligência Artificial Forte, bem como a outras abordagens em filosofia da mente, a exemplo do computacionalismo. Através da exposição da experiência de pensamento, descrita por Searle em seu referido artigo, o Argumento do Quarto Chinês, se buscará esmiuçar e apresentar os pontos fortes e fracos de tal argumento, expondo as suas principais críticas já desenvolvidas. Através desses esforços, buscar-se-á atingir a compeensão do que seria a contribuição de Searle para a Filosofia da Mente e para a Filosofia da Inteligência Artificial, sendo este o principal objetivo da pesquisa.

2013
Descrição
  • EDNA QUERINO DO AMARAL
  • Filosofar e Morrer em Montaigne
  • Data: 10/12/2013
  • Hora: 15:00
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  • Este trabalho tem como objetivo explorar algumas das obras de Montaigne de que trata da problematica, como e o caso de Da Fisionomia; Do Exercicio; De como Filosofar e Aprender a Morrer, e, sobretudo, daquela considerada a mais importante: O Ensaios. Percorremos o tracado de suas ideias a fim de perscrutar uma questao fundamental em sua filosofia: devemos ou nao temer a morte? Iremos, com efeito, demonstrar como se constitui seu arcabouco teorico, indicando, ainda, a centralidade que tais questoes (a filosofia e a morte) assumem no conjunto de sua obra.
  • MICHAEL DOUGLAS DE ALMEIDA NUNES
  • O Sujeito Moderno e a Emergência do Cuidado de Si Segundo Foucault.
  • Data: 09/12/2013
  • Hora: 15:00
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  • O presente trabalho tem por finalidade apresentar a partir daquelas que sao tidas como as tres fases do pensamento de Michel Foucault, uma possibilidade de pensar o sujeito. Na primeira fase, a Arqueologia do Saber, e apresentada uma impossibilidade de conceituar o homem, uma vez que este e na Era da Semelhanca, um com o mundo, e na Era da Representacao, representado como sujeito do conhecimento, o que ratificara na Modernidade com o surgimento das ciencias humanas o desaparecimento do sujeito moderno. Na Genealogia do Poder este mesmo sujeito e tido dentro de mecanismos de poder e de modos de sujeicao que impossibilitam pensar uma relacao entre o homem e uma verdade sobre si, uma vez que este sujeito que e assujeitado esta imerso na esfera da heteronomia. Ja na ultima fase chamada, tambem, de o ultimo Foucault, busca-se defender um estatuto para o sujeito real que nao e mais o sujeito moderno, nem o sujeito assujeitado. Procura-se uma relacao entre o novo formato de sujeito e uma verdade possivel, levando-se em consideracao os modos de subjetivacao, os conceitos e praticas desenvolvidas pelos grecoclassicos, estendidos numa cultura do cuidado de si e dos outros, mediante o discurso verdadeiro, o franco-falar, a parresia. Palavras-chave:
  • DIEGO UCHOA S.CARVALHO
  • OS CONCEITOS DE REPRESENTAÇÃO EM SCHOPENHAUER
  • Data: 16/08/2013
  • Hora: 09:30
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  • RESUMO A presente dissertação tem como finalidade expor os conceitos de representação e suas respectivas consequências na concepção de mundo de Arthur Schopenhauer. Os conceitos de representação inerentes à filosofia schopenhaueriana respondem a questionamentos relativos ao conhecimento humano formulados desde a Antiguidade Clássica, o que justifica a plena relevância do tema. É também de assaz importância a preemente necessidade de sublinhar-se, no pensamento do filósofo, sutilezas acerca do conceito geral de representação às quais não foi dada a devida importância por parte dos estudiosos da matéria. Para tanto, num primeiro momento, o texto busca delimitar e expor os pressupostos teóricos imprescindíveis para sua compreensão. Em seguida, pretende formular o referido conceito geral. Logo após, tem o propósito de ordenar os conceitos específicos de representação de acordo com o Princípio de Razão Suficiente. Por fim, objetiva relacionar as ideias precedentes à noção de Vontade como númeno ou coisa-em-si, além de explanar, com base nessa, um novo conceito de representação, dessa vez, independente daquele princípio. PALAVRAS-CHAVE: Mundo, Princípio de Razão Suficiente, Representação, Schopenhauer.
  • IVONALDO CORREIA DANTAS
  • O MÉTODO DE INTERPRETAÇÃO DA ESCRITURA NO TRATADO TEOLÓGICO POLÍTICO DE SPINOZA
  • Data: 27/06/2013
  • Hora: 09:30
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • RESUMO O objetivo desta dissertação é apresentar o método de interpretação da Escritura descrito no sétimo capítulo do Tratado Teológico Político. Segundo o seu prefácio, Spinoza descreve um método novo e livre de interpretação da Escritura, a partir do qual ele investiga as questões que se relacionam com essa interpretação e que, ao longo da sua argumentação, levam-no a concluir em favor da absoluta liberdade da razão e da separação entre a filosofia e a teologia. O método de interpretação da Escritura é aquilo que permite desenvolver toda a argumentação necessária para que o leitor do Tratado aceite a conclusão de Spinoza, que a liberdade de pensar é benéfica ao Estado e à própria religião. Para Spinoza, método é um instrumento que a mente usa para investigar a verdade. O método de interpretação da Escritura é o mesmo de interpretação da natureza, conforme diz Spinoza. O método requer certas exigências que o leitor-destinatário do Tratado deve observar para interpretar adequadamente a Escritura. O primeiro requisito é o critério de ex sola Scriptura, ou seja, não se admitem outros dados senão aqueles extraídos da própria Escritura e da sua história. O objeto e o critério do método se concentram na Escritura, por isso, ao longo de vários capítulos, o Tratado demonstra que muitas coisas que se afirmam da Escritura são apenas preconceitos. Na interpretação de Spinoza, o intérprete se revela num outro papel, o de investigador. Antes era de usurpador, quando os intérpretes se aproveitavam dos preconceitos do vulgo para usurpar o sentido dos textos da Bíblia em benefício próprio. A questão interpretativa de Spinoza se concentra no sentido e não na suposta verdade dos textos. É por isso que o antigo pressuposto de que a Revelação contida nos textos sacros garantia a verdade das coisas que narrava é totalmente abandonado. Spinoza estabelece como pressuposto o conhecimento adequado da língua e da história do texto. Usando o mesmo método de interpretação para a natureza e para a Escritura, o filósofo demonstra que elas fundamentam ciências distintas, respectivamente, a filosofia e a teologia, e que ambas são distintas entre si e que não se submetem uma à outra. Logo, desde que apenas as ações dos homens sejam o motivo do seu julgamento social, o livre pensar é não só lícito como benéfico.
  • SAULO DE TASSO RUSSO BARRETO
  • Palavras-chave: contingência; redescrição; literatura; solidariedade.
  • Data: 17/05/2013
  • Hora: 14:00
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  • RESUMO Pela cisão do sujeito entre o idiossincrático e o público, e a impossibilidade de conciliação entre esses dois planos, o filósofo americano Richard Rorty inventa sua utopia de uma democracia liberal e ironista e defende uma alternativa para expansão da solidariedade humana. Tanto na ampliação da solidariedade, quanto para criar uma utopia, a ideia de contingência é central. Marcado pelo tempo e pelas tradições culturais de sua sociedade, o sujeito já não possui essências nem natureza, mas uma trama de episódios descritos por uma linguagem contingente. A contingência da linguagem e da identidade são ideias articuladas para tratar as descrições do mundo e de si como resultado da capacidade humana de imaginação. Rompendo com a ideia de uma objetividade capaz de acessar uma realidade independente das contingências e da linguagem, Rorty nomeia de redescrição o processo no qual reinventamos nossos vocabulários para resolver conflitos e seguir progredindo intelectual e moralmente. Tal progresso surge na ampliação dos espaços de conversação e na garantia privada dos indivíduos de se autocriarem. Pela imaginação e redescrição, a filosofia rortyana busca na literatura o instrumento capaz de aproximar os indivíduos, mostrar suas contingências e semelhanças, para expandir o senso de solidariedade numa comunidade. O objetivo central dessa dissertação é entender na filosofia de Richard Rorty como, a partir da contingência, a literatura age nas redescrições do vocabulário privado dos indivíduos e possibilita a ampliação do sentimento de solidariedade.
  • EVERTON LIRA MARCONDES DE PAULA
  • "Consciência, Liberdade e Moral em Descartes"
  • Data: 15/04/2013
  • Hora: 14:00
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  • RESUMO A presente dissertação busca discutir a questão "Consciência, Liberdade e Moral em Descartes". A filosofia cartesiana nos apresenta uma nova visão acerca da consciência, da liberdade e da moral. Esses três fatores se configuram na essência da filosofia de Descartes, de modo que cada fator está conectado um com o outro como a engrenagem de um re lógio que precisa estar em harmonia para funcionar bem. No desabrochar de sua filosofia, Descartes mostra o papel que cada um desses fatores tem de forma progressiva e contínua, uma vez que tudo se origina no “cogito ergo sum ” e, a partir dessa tão conhecida frase, desenvolve-se um novo saber. A faculdade do pensar leva ao conhecimento de nossa própria consciência. Ela nos dá a capacidade de distinguir o verdadeiro do falso. De posse dessa capacidade, passamos a ter o poder de escolha, o livre-arbítrio, que se conecta diretamente com a moral. Palavras chave: consciência, liberdade, moral
  • EUGENIA RIBEIRO TELES
  • Uma Abordagem paraconsistente para o problema da consistência dos dilemas morais
  • Data: 15/03/2013
  • Hora: 15:00
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • RESUMO
    O presente trabalho aborda a questão da consistência lógica dentro do contexto dos dilemas morais; mais especificamente dilemas morais genuínos, que são situações nas quais uma pessoa tem o conflito entre duas ações obrigatórias guiadas pelo mesmo princípio. Ou seja, existem duas obrigações que deveriam ser satisfeitas, mas por se tratarem de ações incompatíveis, em que uma é a negação da outra, não podem ambas ser praticadas. Quando se faz a formalização do dilema moral conjuntamente com alguns princípios deônticos o resultado é uma contradição. Dentro do framework da Lógica Deôntica clássica, por causa de sua limitação em tratar com paradoxos devido a alguns princípios clássicos, a existência dos dilemas morais é tida como algo absurdo ou uma afronta à racionalidade. Assim, dada à inconsistência, a solução seria negar a existência dos dilemas ou negar os princípios deônticos envolvidos na inconsistência. A solução mais propagada foi a negação da existência dos dilemas. Entretanto, discordando dessa solução, tentamos enfraquecer a argumentação racionalista com base na ideia de dialetéias e consequentemente sugerindo que, se os dilemas morais forem tratados em um framework paraconsistente a inconsistência não seria motivo suficiente para negar a existência desses dilemas.

  • MARTA MARIA ARAGAO MACIEL
  • EXPERIÊNCIA HISTÓRICA E UTOPIA: SOBRE A POSSIBILIDADE DO AINDANÃO- SER NO PENSAMENTO DE ERNST BLOCH
  • Data: 04/03/2013
  • Hora: 14:00
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  • RESUMO RESUMO RESUMO A derrota de uma revolução socialista na Alemanha e a experiência da barbárie produzida no A derrota de uma revolução socialista na Alemanha e a experiência da barbárie produzida no A derrota de uma revolução socialista na Alemanha e a experiência da barbárie produzida no A derrota de uma revolução socialista na Alemanha e a experiência da barbárie produzida no A derrota de uma revolução socialista na Alemanha e a experiência da barbárie produzida no A derrota de uma revolução socialista na Alemanha e a experiência da barbárie produzida no A derrota de uma revolução socialista na Alemanha e a experiência da barbárie produzida no nazista organizado pelas forças de direita massacre nazista organizado pelas forças de direitamassacre nazista organizado pelas forças de direita massacre nazista organizado pelas forças de direitamassacre nazista organizado pelas forças de direitamassacre nazista organizado pelas forças de direita massacre nazista organizado pelas forças de direitamassacre nazista organizado pelas forças de direitamassacre nazista organizado pelas forças de direita massacre nazista organizado pelas forças de direitamassacre nazista organizado pelas forças de direita massacre nazista organizado pelas forças de direita massacre nazista organizado pelas forças de direita massacre nazista organizado pelas forças de direita massacre nazista organizado pelas forças de direitamassacre nazista organizado pelas forças de direitamassacre nazista organizado pelas forças de direita massacre nazista organizado pelas forças de direita massacre nazista organizado pelas forças de direitamassacre nazista organizado pelas forças de direita massacre nazista organizado pelas forças de direita massacre nazista organizado pelas forças de direita massacre nazista organizado pelas forças de direita, vivenciadas por Ernst Bloch (1885 , vivenciadas por Ernst Bloch (1885 , vivenciadas por Ernst Bloch (1885 , vivenciadas por Ernst Bloch (1885, vivenciadas por Ernst Bloch (1885 , vivenciadas por Ernst Bloch (1885 , vivenciadas por Ernst Bloch (1885, vivenciadas por Ernst Bloch (1885 , vivenciadas por Ernst Bloch (1885, vivenciadas por Ernst Bloch (1885 , vivenciadas por Ernst Bloch (1885 -1977), 1977), 1977), influenciaram a sua retomada da relevância filosófica e política dos sonhos de utopia que influenciaram a sua retomada da relevância filosófica e política dos sonhos de utopia que influenciaram a sua retomada da relevância filosófica e política dos sonhos de utopia que influenciaram a sua retomada da relevância filosófica e política dos sonhos de utopia que influenciaram a sua retomada da relevância filosófica e política dos sonhos de utopia que influenciaram a sua retomada da relevância filosófica e política dos sonhos de utopia que influenciaram a sua retomada da relevância filosófica e política dos sonhos de utopia que influenciaram a sua retomada da relevância filosófica e política dos sonhos de utopia que influenciaram a sua retomada da relevância filosófica e política dos sonhos de utopia que influenciaram a sua retomada da . Já em 1918, ano marcado por profundas efervescências na vida político história produziu. Já em 1918, ano marcado por profundas efervescências na vida políticohistória produziu. Já em 1918, ano marcado por profundas efervescências na vida político história produziu. Já em 1918, ano marcado por profundas efervescências na vida políticohistória produziu. Já em 1918, ano marcado por profundas efervescências na vida político história produziu. Já em 1918, ano marcado por profundas efervescências na vida políticohistória produziu. Já em 1918, ano marcado por profundas efervescências na vida político história produziu. Já em 1918, ano marcado por profundas efervescências na vida político história produziu. Já em 1918, ano marcado por profundas efervescências na vida político história produziu. Já em 1918, ano marcado por profundas efervescências na vida político história produziu. Já em 1918, ano marcado por profundas efervescências na vida políticohistória produziu. Já em 1918, ano marcado por profundas efervescências na vida político história produziu. Já em 1918, ano marcado por profundas efervescências na vida político história produziu. Já em 1918, ano marcado por profundas efervescências na vida político história produziu. Já em 1918, ano marcado por profundas efervescências na vida políticohistória produziu. Já em 1918, ano marcado por profundas efervescências na vida político história produziu. Já em 1918, ano marcado por profundas efervescências na vida político história produziu. Já em 1918, ano marcado por profundas efervescências na vida político história produziu. Já em 1918, ano marcado por profundas efervescências na vida político história produziu. Já em 1918, ano marcado por profundas efervescências na vida políticohistória produziu. J
  • ANDRÉ RICARDO SANTOS DIAS PINTO
  • O Conceito de Trabalho a partir do Método da Economia Política no Grundrisse de Karl Marx.
  • Data: 06/02/2013
  • Hora: 15:00
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • presente trabalho intenta analisar o conceito de trabalho encontrado na

    Introdução à crítica da economia política, obra de Karl Marx datada de 1857. Para tanto, inicialmente investigamos a conjugação de fatores de natureza filosófica e política que perfazem o conteúdo do referido texto. Em sua crítica à economia burguesa, Marx parte da investigação da economia política clássica, representada por expoentes como Adam Smith e David Ricardo, para antepor o projeto de uma economia política capaz de apreender e expor corretamente o movimento do capital a partir do paradigma de sua realização: segundo Marx, o ato de trabalho desenvolvido pela classe trabalhadora. A Introdução à crítica da economia política faz parte do conjunto de esboços dispostos nos Grundrisse e compreende o projeto da crítica da economia política formulado a partir da ideia de um método da economia política nela desenvolvido. Partimos, portanto, da análise da função do método na investigação e exposição marxiana, com o intuito de identificar a configuração epistêmica que o trabalho assume dentro do referido método e, por fim, expomos a hipótese de que o trabalho conforma o método. Antes, porém, buscamos apresentar o contexto histórico que subjaz à filosofia crítica desenvolvida por Marx, especificamente, o período compreendido pela elaboração do projeto analítico na forma do método esboçado nos Grundrisse. Procedemos à análise da tradição crítica que se dedicou ao estudo da obra, à apresentação da obra e à investigação de seus constituintes epistêmicos. A formulação do conceito de trabalho, seus momentos e definições presentes na estrutura categorial esboçada por Marx, além da sua relação com o método são investigados na parte central deste trabalho. Investigamos, enfim, a forma como Marx desenvolveu o conceito de trabalho através do esforço de representá-lo teoricamente a partir da sua realização efetiva, do ato concreto desenvolvido pelos agentes históricos produtores. Esta intenção resguarda a tentativa de investigá-lo corretamente em vista a expô-lo enquanto uma totalidade sintética de variadas determinações nem sempre imediatas à percepção dos agentes. Expor o trabalho da forma adequada e em coerência mediata com sua concretude na esfera da produção de mercadorias implicaria dotar a economia política da compreensão adequada dos meandros de sua realização, concluindo-se que o trabalho é a categoria que abarca todo o processo de produção.

  • JEANE VANESSA SANTOS SILVA
  • UMA PROPOSTA CONTEXTUALISTA DE JUSTIFICAÇÃO EPISTÊMICA
  • Data: 05/02/2013
  • Hora: 14:30
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  •  

    RESUMO
    Com seu surgimento na antiguidade para servir a propósitos terapêuticos, o ceticismo, desdobrou-se sobre várias facetas ao longo da história da filosofia. Dentre elas a que parece ter se estabelecido por vez nos debates epistemológicos é aquela cujas formulações encontram-se ainda na modernidade junto a um projeto de conhecimento infalível do mundo. Desde então tornou-se terreno comum em teoria do conhecimento levar a dúvida até sua ultima instância suspendendo assim todo nosso conhecimento do mundo. Esse texto pretende apresentar a Teoria Contextualista da Justificação Epistêmica como uma alternativa ao ceticismo. Nosso principal objetivo é mostrar que ao separar o contexto filosófico, onde oceticismo se estabeleceu, do contexto de nossas vidas cotidianas aquele conhecimento comum do mundo que acreditamos possuir pode ser salvaguardado. 

     

    RESUMO

    Com seu surgimento na antiguidade para servir a propósitos terapêuticos, o ceticismo, desdobrou-se sobre várias facetas ao longo da história da filosofia. Dentre elas a que parece ter se estabelecido por vez nos debates epistemológicos é aquela cujas formulações encontram-se ainda na modernidade junto a um projeto de conhecimento infalível do mundo. Desde então tornou-se terreno comum em teoria do conhecimento levar a dúvida até sua ultima instância suspendendo assim todo nosso conhecimento do mundo. Esse texto pretende apresentar a Teoria Contextualista da Justificação Epistêmica como uma alternativa ao ceticismo. Nosso principal objetivo é mostrar que ao separar o contexto filosófico, onde oceticismo se estabeleceu, do contexto de nossas vidas cotidianas aquele conhecimento comum do mundo que acreditamos possuir pode ser salvaguardado. 

  • MAISA MARTORANO SUAREZ PARDO
  • Obrigação Política e Desobidiência Civil : Uma Leitura de Alessandro Passerim D`Entreves.
  • Data: 18/01/2013
  • Hora: 14:00
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  • Esse trabalho se propõe a investigar a possibilidade de compreender a desobediência civil como um dever políticoa partir da análise das obras do filósofo do direito e da política italiano Alessandro Passerin d’Entrèves. A partir da concepção de Estado do autor, analisamos as relações de comando e obediência na estrutura estatal e estabelecemos umaaproximação ao problema da obediência às leis através de seu conceito de ‘obrigação política’. Analisando especificamente estudos acerca da desobediência civil e da legitimidade da resistência de Passerin d’Entrèves, Norberto Bobbio e Hannah Arendt, tentamos responder à pergunta: porquê desobedecer? Para possibilitar a abordagem acima descrita, exploramos alguns problemas clássicos da filosofia política e do direito, tais como a noção de autoridade, o conflito entre os conceitos de legalidade e legitimidade e a definição do Estado como monopólio da força legítima. Nesse sentido, essa pesquisa aborda alguns conflitos entre grandes correntes do pensamento ocidental, como jus naturalismo e jus positivismo, ciências políticas e filosofia, entre outros.

    A partir da noção de ‘obrigação política’ de d’Entrèves é possível interpretar a desobediência civil como dever, especialmente nas experiências democráticas.

     

     

2012
Descrição
  • ANGELA LIMA CALOU
  • A CIDADE E O SILÊNCIO: EXPERIÊNCIA E NARRAÇÃO EM WALTER BENJAMIN
  • Data: 21/12/2012
  • Hora: 14:00
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  • O presente trabalho assume por escopo a exposição da crise da experiência na modernidade em sua associação com o declínio da narração segundo Walter Benjamin, tendo em vista apresentar o modo como este filósofo visualiza a estruturação da sensibilidade moderna. Refere-se, para tanto, especificamente à maneira tal qual esta discussão se realiza nos ensaios da década de 1930: Experiência e pobreza (1933), O narrador (1936) e Sobre alguns temas em Baudelaire (1939). Um primeiro capítulo concentra-se no enfoque das circunstâncias socio-históricas que acreditamos subjazerem à reflexão benjaminiana sobre o conceito de experiência. Visa-se à exposição da relação que este constructo parece manter em face da Belle Époque europeia – espécie de “Idade de Ouro” cuja ruptura se efetiva em meio ao advento da Primeira Guerra. A partir desse conflito, assiste-se a irrupção de um programa que põe em suspeita não só o estatuto da experiência social que os anos de paz e estabilidade da Belle Époque pareciam assegurar, mas o da própria razão, lançando-a em um processo cujos contornos determinam-se na falência do discurso moderno em sua promessa de felicidade determinada no enlaço entre racionalidade, progresso técnico e emancipação. Procuramos evidenciar que é diante desse anúncio de esgarçamento da tradição política e moral e dos valores e referências admitidos como imagem do que um dia se quis “Civilização Ocidental”, que Benjamin aferirá sua tese a respeito da modernidade: o diagnóstico de um radical empobrecimento da experiência humana ante o esvaziamento das esferas coletivas de sentido. Tendo por pressuposto esta asserção, em um segundo capítulo perguntamo-nos pelos caracteres dessa experiência evanescida, pelo mecanismo motriz de sua derrocada, pelo traço de ambiguidade que caracteriza este declínio bem como pelo seu consequente direto: o aniquilamento da narração. Identificada à autoridade e à sabedoria, a experiência conforma-se às impressões transmitidas de geração a geração, comuns às organizações sociais notadamente ritualísticas, comunitárias e artesanais. Sua perda é sinônimo de uma alteração das formas tradicionais de existência e de interação. Essas alterações expressam-se historicamente também na dimensão da palavra, de modo que o empobrecimento da experiência ocasione, para Benjamin, o empobrecimento da narração, paulatinamente deposta ante o surgimento do romance e da informação jornalística. Transita-se, destarte, a um terceiro e último capítulo, no qual, a partir da relação entre a pobreza da experiência e o fim da arte de narrar, constata-se com Benjamin o signo da modernidade: a profunda transformação das formas de percepção estética. Verifica-se que a sensibilidade coletiva, no mundo moderno, pauta-se em uma dinâmica do hiperestímulo que perpassa as múltiplas esferas da vida, transmutando a relação que estabelecemos com a temporalidade, superpondo o choque ao vivido, a consciência à memória, em suma, a vivência (Erlebnis) do indivíduo isolado e fragmentado que habita as velozes paisagens citadinas à possibilidade de uma experiência em sentido forte (Erfahrung).

  • EMMANOEL DE ALMEIDA RUFINO
  • O CONCEITO DE JUSTIÇA SEGUNDO PLATÃO À LUZ DA PROBLEMÁTICA NÓMOS X PHÝSIS NOS LIVROS I-IV DA REPÚBLICA
  • Data: 14/12/2012
  • Hora: 14:30
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • Resumo
    A temática da justiça é pedra angular do projeto teórico da República, de Platão.
    Nessa obra, a compreensão do que é a justiça e de como ela deve se manifestar na relação
    indivíduo-pólis (369a) é o alicerce de toda uma filosofia que visa o alcance da verdade
    relativa ao Belo, ao Nobre e ao Justo. E por esse motivo, tais problemas principiam o diálogo
    platônico. Contudo, a análise do conceito de justiça – concentrado no entremeio dos Livros I e
    IV da República – nos remete inevitavelmente à problemática nómos-phýsis, que subjaz aos
    argumentos em pauta no diálogo, exigindo uma reflexão atenta acerca de vários outros
    problemas inerentes ao pensamento ético-político grego. Na verdade, para começar a propor
    seu modelo de Politeía, Platão precisa responder às questões abertas por essa problemática:
    lei ou natureza, qual delas é o fundamento que confere legitimidade ao exercício do poder, à
    elaboração das leis, à prática da justiça? No plano jurídico, essa problemática abrange a
    questão do naturalismo-positivismo jurídico e no plano ético, à relação entre autonomiaheteronomia
    na relação entre indivíduo e pólis. Na República, Platão resgatará toda a tradição
    que o antecipa, dialogando com o pensamento político de sua época, através dos argumentos
    de Sócrates para com os seus interlocutores no diálogo. Para responder à problemática e
    fundamentar sua concepção de justiça, Platão investigará a natureza da dikaiosýne, mostrando
    – simultaneamente – o papel da phýsis em relação ao nómos e vice-versa. Em outras palavras,
    para mostrar qual desses pólos têm preeminência sobre a justiça, esse filósofo buscará
    conhecer a natureza dela, analisando a legitimidade da expressão nomotética da mesma e sua
    correta aplicação, em vista de uma pólis realmente justa. Assim, terá que se comprometer com
    análises ontológicas e gnoseológicas – sem falar do projeto de paideia – que se articulam a
    partir do Livro II. Para contemplar essa investigação, nossa pesquisa apresentará o
    desenvolvimento das concepções de justiça, nómos e phýsis na tradição do pensamento grego,
    para então compreendermos como esses elementos ingressam no âmbito da filosofia política
    platônica. Analisaremos, pois, as raízes da problemática nómos-phýsis a partir do sentido préplatônico
    desses conceitos, intercalados com o de justiça, que, por sua vez, atravessam a
    mítica tradição arcaica, o advento da pólis, o florescimento da filosofia pré-socrática,
    ganhando destaque à luz do movimento sofista, cuja leitura da questão nómos-phýsis é tensa,
    não unilateral, como nos fazem crer muitos manuais. O eixo deste trabalho se arraiga,
    portanto, na relevância que a problemática nómos-phýsis tem na compreensão do argumento
    platônico acerca da justiça. Diante de tudo isso, abrir-se-ão algumas hipóteses que
    buscaremos defender: não só vislumbraremos a não homogeneidade da compreensão sofística
    8
    acerca da problemática, como chegaremos à conclusão de que Platão é (sim) um idealista,
    mas totalmente pragmático. Ao colocar a justiça e, consequentemente, o nómos, sobre o
    critério da phýsis, notaremos que, por mais decisiva que seja – ao alcance da verdadeira
    justiça – o alcance do supra-sensível, a filosofia platônica não se encerra no Mundo das
    Ideias, pois parte do sensível – do mundo prático – e retorna para ele.

  • MARCELA CÁSSIA SOUSA DE MELO BENÍCIO FIGUEIREDO
  • Filosofia e Fisiologiana Nuova Scienza do Mundo Civil em Giambatista Vico: Pensar uma Filosofia Prática.
  • Data: 13/12/2012
  • Hora: 14:00
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • O pensamento do filósofo italiano Giambattista Vico [1668-1744] tem como questão
    primordial uma investigação acerca dos princípios do mundo civil das nações e,
    consequentemente, tem como problemática o conhecimento da gênese do patrimônio da
    humanidade. Nesse sentido, o presente trabalho tem como objetivo apresentar o percurso pelo
    qual Vico passou até que seu projeto de uma nova ciência fosse realizado. Do mesmo modo,
    afirma-se aqui, que o desenvolvimento do pensamento viquiano reflete não só a sua formação
    intelectual, como é responsável pela preparação do próprio autor no que concerne ao seu
    projeto de uma nova ciência. Sendo assim, ao percorrer o caminho pelo qual se constituiu o
    pensamento viquiano, o leitor também se prepara para a proposta dessa nova ciência, que se
    mostra como uma nova metafísica e, de todo modo, serve como alerta para solidificar a
    importância da vida civil. A respeito disso, pode-se afirmar, portanto, que nas suas Orações
    inaugurais [Orationes Inaugurales], em especial no De Ratione [1708], a questão da reforma
    do saber enfrenta a querela entre antigos e modernos, no De Antiquissima [1710] a questão do
    conhecimento enfrenta a limitação da mente humana àquilo que é produto do seu fazer
    [facere], assim como do conhecimento infinito e completo que Deus tem de todas as coisas,
    ambos aplicados ao critério do verum-factum, onde o verdadeiro se identifica com o feito. No
    Diritto Universale [1721] a relação entre certum e verum, ratio e auctoritas, ou seja, a
    solidificação da convergência entre Filosofia e Filologia, não obstante Vico, nessa obra, ter
    apresentado a Filologia como ciência. Todavia, tais questões são expostas na sua Vita [1728]
    e se apresentam essenciais para a formação do projeto viquiano de uma nova ciência, a saber,
    a realização da sua obra magna, a Scienza Nuova, com última edição em 1744. Com isso, a
    importância da relação entre Filosofia e Filologia, para Vico, é imprescindível para o estudo
    do mundo civil das nações, confirmando assim uma via não meramente teorética, mas o
    sentido prático que tem essa nova ciência.

  • ANTONIO GERALDO DE OLIVEIRA SEIXAS
  • HEIDEGGER E O FENÔMENO ORIGINÁRIO DA VERDADE (a)lh/qeia): Uma investigação acerca da postulação ontológica da verdade.
  • Data: 05/11/2012
  • Hora: 14:00
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  • Introdução

     

    O presente estudo tem por objetivo a realização de uma investigação centrada no âmbito das idéias expressas na obra Ser e Tempo de Martin Heidegger (1889-1976), publicada em 1927, especificamente, no que tange à questão do sentido de verdade em sua perspectiva ontológica fundamental e sua relação com a perspectiva tradicional que entende verdade como correspondência ou adequação. Em seguida, superada essa questão inicial, encaminhar-se para aquilo que efetivamente fundamenta o sentido ontológico de verdade – uma perspectiva hermenêutica.

    Inicialmente, não se pode deixar de destacar o fato de que a relação da verdade com a coisa pode ser estabelecida de duas formas: numa primeira forma, a verdade do conhecimento consistiria na concordância do conteúdo do pensamento (expresso numa proposição) com um determinado objeto (a coisa). Essa concepção, tomando-se como referência o pensamento, pode ser caracterizada como conceito transcendente de verdade; em uma segunda forma, contraposta a essa, a verdade não seria extraída de uma relação entre um pensamento e algo que lhe é transcendente, mas seria definida no interior do próprio pensamento: a verdade imanente, neste caso, seria a concordância do pensamento consigo mesmo – uma concepção de verdade puramente formal.[1] 

    Nessa investigação, o que pretendemos expor é como Heidegger elabora sua compreensão de verdade e por que ela representa um aprofundamento em relação à tradicional idéia segundo a qual a verdade seria uma propriedade das proposições ou dos juízos, ou seja, seria a relação entre aquilo que se diz e aquilo que se verifica na realidade (adequação com a coisa ou objeto), ou uma relação imanente do pensamento (expresso por uma proposição ou juízo) consigo mesmo.

    Neste contexto, nossa proposta será a de realizarmos uma apresentação do que impulsiona o pensamento de Heidegger, ou seja, a questão que representa e orienta todo o seu pensamento – a questão do sentido do ser. Como bem atesta Peraita, “toda a obra filosófica de Heidegger gira em torno da questão do sentido do ‘ser’, [...].”[2] A partir da questão primordial do ser, procuraremos mostrar um horizonte no qual é possível identificar o questionamento acerca da verdade e de seu fundamento hermenêutico.

     


    [1] HESSEN, Johannes. Teoria do conhecimento. São Paulo: Martins Fontes, 2000, p.119.

    [2] toda la obra filosófica de Heidegger gira en torno a la cuestión del sentido del ‘ser’, [...]. (PERAITA, Carmen      Segura. Heidegger y la metafísica. Madrid: Editor literário Fernando Bodega Quiroga, 2007, p.21. Disponível em <http://www.archive.org/details/csegura-metafisica>, tradução nossa).

  • HALLAN PEREIRA DE OLIVEIRA
  • O Nillismo e o Processo Histórico no Pensamento Europeu através do Pensamento de Nietzsche.
  • Data: 31/10/2012
  • Hora: 14:30
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  • O trabalho que segue constitui uma reflexão acerca do termo Niilismo e o seu processo de desenvolvimento no pensamento europeu, através da Filosofia de Nietzsche. Esta reflexão é resultado de uma pesquisa que relaciona as obras de Nietzsche e de alguns de seus intérpretes. O estudo começa com a análise genealógica dos ideais ascéticos, para os quais o filósofo aponta como expressões dos três tipos de niilismo (passivo, reativo e ativo) que surgem nesse processo de desenvolvimento na Europa, processo pelo qual o niilismo se realiza. A metodologia adotada foi a de desenvolver um estudo horizontal e vertical das obras de Nietzsche, que, articuladas com a de seus intérpretes, resultou na afirmação, de que talvez este seja o principal objetivo de Nietzsche ao diagnosticar essa doença do homem: que o niilismo é a causa de todas as doenças na vida do homem, no sentido de levá-lo a autodestruição. Sua tentativa, desse modo, seria mostrar outra direção, ensinando, apontando o caminho da ponte para a superação de todos os valores, o Übermensch (além-homem) sendo esta a única forma de travar um combate contra todo valor niilista, buscando sempre a perspectiva de afirmação da vida em seu vir-a-ser, buscando seu sentido nele mesmo e na Terra.

  • HALLAN PEREIRA DE OLIVEIRA
  • O Nillismo e o Processo Histórico no Pensamento Europeu através do Pensamento de Nietzsche.
  • Data: 31/10/2012
  • Hora: 14:30
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  • O trabalho que segue constitui uma reflexão acerca do termo Niilismo e o seu processo de desenvolvimento no pensamento europeu, através da Filosofia de Nietzsche. Esta reflexão é resultado de uma pesquisa que relaciona as obras de Nietzsche e de alguns de seus intérpretes. O estudo começa com a análise genealógica dos ideais ascéticos, para os quais o filósofo aponta como expressões dos três tipos de niilismo (passivo, reativo e ativo) que surgem nesse processo de desenvolvimento na Europa, processo pelo qual o niilismo se realiza. A metodologia adotada foi a de desenvolver um estudo horizontal e vertical das obras de Nietzsche, que, articuladas com a de seus intérpretes, resultou na afirmação, de que talvez este seja o principal objetivo de Nietzsche ao diagnosticar essa doença do homem: que o niilismo é a causa de todas as doenças na vida do homem, no sentido de levá-lo a autodestruição. Sua tentativa, desse modo, seria mostrar outra direção, ensinando, apontando o caminho da ponte para a superação de todos os valores, o Übermensch (além-homem) sendo esta a única forma de travar um combate contra todo valor niilista, buscando sempre a perspectiva de afirmação da vida em seu vir-a-ser, buscando seu sentido nele mesmo e na Terra.

  • MARCIO JOSE SILVA LIMA
  • NIETZSCHE E A CRÍTICA AO HISTORICISMO: UMA ANÁLISE A PARTIR DA RELAÇÃO ENTRE HISTÓRIA E VIDA NA SEGUNDA CONSIDERAÇÃO INTEMPESTIVA
  • Data: 27/09/2012
  • Hora: 10:00
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  • RESUMO O presente trabalho tem por finalidade analisar, através de uma leitura interpretativa, a crítica nietzschiana ao historicismo a partir da relação entre história e vida. O historicismo é compreendido nesta dissertação como o uso exagerado do conhecimento histórico, a crença em uma filosofia da história conforme apresentou o hegelianismo e a objetividade da história enquanto ciência moderna. Segundo Nietzsche, a forma como se concebia a história no século XIX, tornava a vida doente e degenerada. O excesso de cultura histórica retirava do homem o poder próprio da criação e lhe restringia a mera reprodução do passado. O passado era visto como um modelo a ser copiado, pois, influenciado pela filosofia da história que apontava para um devir determinado por uma entidade metafísica e o cientificismo que concebia a história como uma ciência que descreve com exatidão o passado, o homem tornou-se incapaz de criar e passou apenas a viver a história dos outros, a história daqueles que já foram. A humanidade tornou-se velha, caduca, sem vitalidade. Neste contexto, em sua Segunda Intempestiva, o filósofo alemão aponta para aquilo que seria uma utilização proveitosa da história a serviço da vida. Refletindo sua utilidade e sua desvantagem, o pensador direciona os rumos da história para um outro sentido. Uma nova maneira de se conceber a história como atividade criativa em extrema consonância com a vida.

  • THALINE LUIZE RIBEIRO FONTENELE
  • Os Presussupostos da Ética da Virtude de Aldair MacIntyre: prática de vida e tradição
  • Data: 06/09/2012
  • Hora: 15:00
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  • RESUMO A presente pesquisa visa compreender e estimular o debate em torno da ética das virtudes na filosofia de Alasdair MacIntyre. Para o filósofo escocês, as sociedades contemporâneas têm vivido uma séria crise da moralidade, que reflete em grande parte nos conflitos sociais e psicológicos do sujeito contemporâneo. A existência dessa crise moral é justificada pela ausência de um caráter teleológico que possa fundamentar as ações morais desses sujeitos. Sem um telos, o sujeito passa a fundamentar suas ações morais nas emoções e nos desejos pessoais, deixando-se guiar pelo emotivismo. Assim, considerando o processo argumentativo de MacIntyre em obras centrais como: Depois da virtude(2001), Justiça de Quem? Qual Racionalidade?(1991) e Tres versiones rivales de la etica(1999), o trabalho tem como pretensão apresentar os pressupostos morais do seu pensamento, destacando os conceitos de práticas, narrativa de vida e tradição, de forma a oferecer os fundamentos necessários não só para compreender a existência dessa crise moral, mas, capaz de recuperar o caráter teleológico condizente com o contexto social das sociedades contemporâneas. Com isso, se espera concluir que a cultural liberal não é capaz de fornecer um fim último ao agir humano e que a ética das virtudes de Alasdair MacIntyre pode ser uma proposta satisfatória para resolver os conflitos morais dessa sociedade. Palavras-chave: Filosofia. Ética. Moralidade. Alasdair MacIntyre. Racionalidade prática.

  • ARIOALDO ARAUJO JUNIOR
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  • Data: 20/08/2012
  • Hora: 14:30
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  • ARIOALDO ARAUJO JUNIOR
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  • Data: 20/08/2012
  • Hora: 14:30
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  • JUDITE EUGENIA BARBOSA COSTA
  • HOBBES: o Estado como produto do medo e da esperança
  • Data: 16/07/2012
  • Hora: 15:00
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  • RESUMO
    O presente trabalho objetiva analisar o surgimento do Estado absolutista, suas causas e
    consequências, bem como o seu fortalecimento na Inglaterra do século XVII, tendo por base a
    filosofia política de Thomas Hobbes, que considera o fenômeno do poder atrelado à sua
    concepção de Estado. Para isso questiona-se? Como a formulação do Estado é proposta por
    Hobbes? Quais as funções e os limites desse poder? Para esclarecer estas questões, analisa-se
    o contexto histórico em que Hobbes desenvolveu seu sistema filosófico, posteriormente, serão
    analisadas as noções de natureza humana, leis de natureza, soberania e estado civil.

  • ANGELA MARIA FARIAS ALBUQUERQUE
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  • Data: 19/06/2012
  • Hora: 10:00
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  • MARCÍLIO DINIZ DA SILVA
  • Sobre a independência das três primeiras teses (151e-186e) no Teeteto de Platão.
  • Data: 18/06/2012
  • Hora: 15:00
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  • A dissertação trata basicamente do problema da conexão entre as três primeiras teses apresentadas na primeira parte do diálogo platônico Teeteto, a saber 1) a tese de que epistēmē é aisthēsis, 2) a tese do homo mensura de Protágoras e 3) a tese do Fluxismo. Iniciamos expondo o problema de tal conexão entre as teses, considerada por alguns intérpretes como logicamente necessária e por outros como o contrário. Depois, passamos a expor a conexão platônica das três teses, partindo de várias considerações prévias e da introdução da problemática do diálogo; em seguida, analisamos a primeira refutação, a Defesa de Protágoras (DP) e por fim, a segunda refutação (ou seja, de 160e-186e), visando melhor compreender a relação entre as três teses apresentadas; e por último, encerramos nossas considerações e comentários, elaborando uma resposta em favor da defensabilidade da independência (considerando que as teses não são logicamente necessárias umas às outras) entre as três teses.
  • MAERCIO LOPES SIQUEIRA
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  • Data: 01/06/2012
  • Hora: 10:00
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  • DIDIMO GEORGE DE ASSIS MATOS
  • Da Lógica Paraconssistente á Quase-Verdade:Um Examme de Dois Trabalhos de Newton da Costa.
  • Data: 31/05/2012
  • Hora: 10:00
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • O Presente Trabalho examinadois dos resultados de Newton da Costa, fim de mostrar sua unidade para a filosofia e apontar possiveis desenvolvimetos filosoficos.Examina-se em primeiro lugar , a lógica paraconsistente , tanto do ponto de vista histórico e técnico, quanto alguns de seus desenvolvimentos; depois examina-se a teoria da quase verdade. Por fim, propõe-se usos desses desenvolvimntos na filosofia, buscando mostrar caminhos em filosofia da ci~encia e metafisica.

  • FRANCISCO ALMEIDA DE LUCENA
  • CORPO VIVIDO E CORPO PULSIONAL: UMA LEITURA DE MERLEAU-PONTY E FREUD
  • Data: 18/05/2012
  • Hora: 09:00
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  • RESUMO
    Empirismo e intelectualismo são perspectivas distintas que, sobretudo a partir da modernidade com o pensamento de Rene Descartes e dos empiristas ingleses, norteiam o estatuto epistemológico de diversas áreas do conhecimento científico. Na contemporaneidade, tais perspectivas se fazem perceber em áreas como a anatomia, fisiologia, medicina, biologia, psicologia, dentre outras. Não raro a compreensão do ser humano que advém dessas perspectivas padece de um reducionismo que hora tende ao psicologismo, hora ao fisicismo. A compreensão e a abordagem do corpo, por exemplo, padecem desse reducionismo. Uma abordagem que pretenda uma compreensão integral do corpo carece levar em conta os diversos e complexos aspectos que o compõem. O pensamento de Maurice Merleau-Ponty e de Sigmund Freud possibilita uma leitura do corpo como uma instância viva e pulsional que resiste a pretensão de uma definição objetiva do corpo. A subjetividade que permeia todas as partes e mecanismos corporais, bem como as forças pulsionais que agem sobre os mesmos, subvertem toda e qualquer pretensão de enquadramento reducionista, e impõem à corporeidade um caráter vivido e surpreendente.

  • JOSE MARTINS DE LIMA NETO
  • PINTURA E CORPO NA FILOSOFIA DE MERLEAU-PONTY.
  • Data: 27/03/2012
  • Hora: 15:00
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  • A meta deta Dissertação foi verificar 0 porquê da recorrencia da pintura na filosofia de Merleau-Ponty.Por tanto, analisamos os textos A Dúvida de Cézane, A Linguagem indireta e as Vozes do Silêncio e o Olho e o espirito que tratam diretamente da pintura, demonstrando a sua função em cada um deles, levando em consideração as noções do corpo e expressão.Inicialmente, analizammos a concepção de corpo que teve como objetivo resgatar o aspecto primordial do sensivel, em seguida, tratamos da teoria da expressão merleau - pontiana que toma a expressão pictoricacomo privilegiada, por fim apresentamos a pintura relacionada com os temas da história e da visibilidade .

  • TALES SALES DA SILVA
  • Uma Leitura Politíca das Teses sobre a filosofia da História de Walter Benjamin.
  • Data: 27/03/2012
  • Hora: 14:30
  • Mostrar Resumo
  • A presente dissertação faz uma análise politíca das Teses sobre a filosofia da história de Walter Benjamin.a primeira parte consiste em uma contextualização histórica sobre os principais acontecimentos que balizaram o seculo XX e foram determinantespara a experiencia formativa do pensador em questão.Deste modo, escolhi a III internacional Comunista, a Revolução Russa de 1917, a Revolução Alemã , O Nazismo eo PactoMolotovRibbentrop de 1939 para ilustração do perío que envolve a vida politíca e intelectual de walter Benjamin Benjamin.A narrativa começa pelo embrolio da Primeira Guerra Mundial que causou uma enorme polemica dentro da cúpula da Segunda Internacional.

2011
Descrição
  • LUIZ ANTONIO DOS SANTOS BEZERRA
  • O MAL EM POOL RICOEUR
  • Data: 05/12/2011
  • Hora: 10:00
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  • O presente trabalho tem o objetivo de analisar como Paul Ricoeur enfrenta a questao do mal, problema que desafia teologos e filosofos. Filosofo contemporaneo, Ricoeur, em razao das aporias observadas nas tentativas de definir a origem e a natureza do mal, elabora-lhe uma compreensao metacategorizada, sem incorrer no idealismo avocado pelo teologismo ou pelo psicologismo. Para tanto, aportou na fenomenologia hermeneutica como metodo que possibilita compreender o mundo do texto, e, a partir dele, uma ontologia fundada na acao. O agir, neste caso, contem outro-de-si, emoldurando uma onto-teologia em que o mal, mormente em relacao ao bem, vai alem da natureza de ser, ou de nao-ser, ou de dever-ser, chegando a de nao-dever-ser como ponto culminante de sua filosofia do sentido. Para tanto, Paul Ricoeur redirecionou o sentido da abordagem tradicional, que enfrenta a questao do mal a partir de sua origem e de sua ocorrencia, indicando a sua eliminacao como uma solucao que, se nao definitiva, ao menos acredita que, nos tempos atuais, se mostra etica e politicamente melhor dentre as saidas possiveis para uma questao desafiadora como o mal.
  • GIOVANNI JOSE DE SOUSA MEDEIROS
  • Democracia e Estado de Direitos na Filosofia Política de Norberto Bobbio.
  • Data: 02/12/2011
  • Hora: 15:30
  • Mostrar Resumo
  • A presente dissertação trata da relação entre democracia e estado de direito. Trata-se de uma
    questão complexa e desafiadora, pois envolve a questão do poder, da natureza e do
    funcionamento das instituições e do modo como estão estruturados os regimes democráticos.
    O referido tema é abordado por Norberto Bobbio A Era dos Direitos e O Futuro da
    Democracia, obras nas quais ele concebe a democracia como o lócus fundamental do estado
    de direito e como sua condição de possibilidade e efetivação. Este fato não o impede de
    denunciar as lacunas e fragilidades da democracia, haja vista que ela sofre os reveses
    decorrentes de suas promessas não realizadas. Nessa perspectiva foram elencados os
    elementos necessários para o funcionamento da mesma de forma mais contundente e
    organizada. Ademais, foi possível ainda indicar os avanços e perspectivas dos regimes
    democráticos no que concerne a instauração e funcionamento do estado de direito e,
    sobretudo, foi possível mostrar que, não obstante seus limites, a democracia ainda se impõe
    como a mais adequada forma de organização política disponível em nosso contexto atual,
    sendo ainda a condição essencial para a efetivação de alguns direitos fundamentais.

  • GIOVANNI JOSE DE SOUSA MEDEIROS
  • Democracia e Estado Direitos na Filosofia Política de Noberto Bobbio.
  • Data: 02/12/2011
  • Hora: 15:30
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  • A presente dissertação trata da relação entre democracia e estado de direito. Trata-se de uma questão complexa e desafiadora, pois envolve a questão do poder, da natureza e do funcionamento das instituições e do modo como estão estruturados os regimes democráticos. O referido tema é abordado por Norberto Bobbio A Era dos Direitos e O Futuro da Democracia, obras nas quais ele concebe a democracia como o lócus fundamental do estado de direito e como sua condição de possibilidade e efetivação. Este fato não o impede de denunciar as lacunas e fragilidades da democracia, haja vista que ela sofre os reveses decorrentes de suas promessas não realizadas. Nessa perspectiva foram elencados os elementos necessários para o funcionamento da mesma de forma mais contundente e organizada. Ademais, foi possível ainda indicar os avanços e perspectivas dos regimes democráticos no que concerne a instauração e funcionamento do estado de direito e, sobretudo, foi possível mostrar que, não obstante seus limites, a democracia ainda se impõe como a mais adequada forma de organização política disponível em nosso contexto atual, sendo ainda a condição essencial para a efetivação de alguns direitos fundamentais.
  • ANTONIO SANTANA SOBRINHO
  • ELEMENTOS DA TEORIA DO PODER EM MICHEL FOUCAULT
  • Data: 01/12/2011
  • Hora: 14:30
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  • RESUMO

     

    O conceito de poder é necessariamente uma análise no tempo histórico e, sobretudo, nas correntes de pensamentos que são abordadas pelos diferentes autores que discutem essa temática. Este trabalho configura-se como um exercício de reflexão a respeito da percepção de Michel Foucault sobre o sentido de poder. Porém, é necessário afirmar que Michel Foucault nunca discutiu o tema poder como uma entidade coerente, única e estável, mas como “relações de poder”. Portanto, a questão do poder é indissociável e constitui um tema enraizado em seu pensamento. Por sua vez, compreender o mecanismo pelo qual se sustentam as relações sociais, em destaque, as desigualdades de relação de dominação e obediência que dão razão à autoridade e à natureza das obrigações políticas, constitui-se um trabalho constante do pensamento humano. A nossa análise procura perceber a historiografia e definição do poder para Michel Foucault e quais os pontos centrais da sua ideia. Construindo uma nova forma de poder, apresentando novos princípios como localidade, exterioridade, transitoriedade e não ideologização, rompendo com a visão tradicional do poder e com o signo do abandono dessa teoria, ele denominou sua posição de analítica do poder.

     

    Palavras-chaves: Elementos. Teoria. Poder. Foucault.

     

  • JOSIMAR RODRIGUES HERCULANO
  • ARTE COMO NECESSIDADE DA EXISTÊNCIA NA FILOSOFIA DE NIETZSCHE
  • Data: 30/11/2011
  • Hora: 14:00
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  • RESUMO
    A arte que na filosofia de Nietzsche ocupa todo o tempo de sua vida e para além desta estendese
    por toda posteridade é aqui neste escrito abordada como sendo, segundo o pensamento do
    filósofo, a mais elevada das formas existenciais. Uma constatação que submete de modo
    consequente ao entendimento e à compreensão de ser ela, a arte, sob todas as formas que suas
    musas a expressam - especialmente para Nietzsche no que refere à arte trágica na Grécia antiga
    -, muito mais do que parece, quer dizer, inversamente, que a própria existência se manifesta de
    modo necessário através da arte, portanto, que é impossível pensar uma e outra de uma forma
    desconexa. Mais do que uma simples conexão a existência, isto é, vida e arte no sentido
    nietzschiano, ou seja, enquanto criação, é uma e mesma coisa e que assim sendo, aparecem sob
    todas as formas cristalizadas daquilo que no fundo, não possui forma definitiva alguma ou
    como Nietzsche as descreveu conforme sua visão e interpretação dos mitos de Dionísio e
    Apolo. O primeiro mito como sendo o representante do disforme e do sem fundo, isto é, do
    caos ou o nada abissal; o segundo como sendo aquele que por sua vez, representa o
    apaziguamento da irrupção criadora, artística do ente desde o nada abissal aparecendo na
    superfície do existir normalmente e através do sentimento das formas belas, mas também pelo
    sentimento contrário do feio que, todavia, mesmo este último quando expresso esteticamente
    via embriaguez tanto dionisíaca quanto apolínea, só ocorre devido sua subordinação à criação
    artística natural das formas tanto belas quanto feias, isto é, por um pathos que possa apaziguar,
    ou seja, resistindo à inelutável vontade nietzschiana de ser de qualquer modo que venha a ser, e
    isto tudo, para além de bem e mal.

  • TIAGO DO ROSARIO SILVA
  • O Problema do Saber no Diálogo Fédon de Platão

  • Data: 10/11/2011
  • Hora: 14:00
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  • O Problema do Saber no Diálogo Fédon de Platão

  • ANA RENATA CORDEIRO DE MEDEIROS
  • Nietzsche e a relação entre MÚSICA e PALAVRA na tragédia grega antiga
  • Data: 27/10/2011
  • Hora: 10:00
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  • RESUMOO presente trabalho tem por objetivo analisar o periodo de transicao entre o pensamento mitico e o pensamento racional na Grecia antiga, a fim de conhecer os elementos presentes no processo de substituicao da linguagem poetico-musical pela linguagem logica na estrutura das tragedias gregas. Para tanto, utiliza-se das obras do periodo de juventude do filosofo alemao Friedrich Nietzsche, cujo estudo aprofundado sobre o tema elevou-o a condicao de renomado critico da cultura ocidental.
  • JOSE MARTINS DE LIMA NETO
  • PINTURA E CORPO NA FILOSOFIA DE MERLEAU-PONTY.
  • Data: 26/10/2011
  • Hora: 15:00
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • A meta deta Dissertação foi verificar 0 porquê da recorrencia da pintura na filosofia de Merleau-Ponty.Por tanto, analisamos os textos A Dúvida de Cézane, A Linguagem indireta e as Vozes do Silêncio e o Olho e o espirito que tratam diretamente da pintura, demonstrando a sua função em cada um deles, levando em consideração as noções do corpo e expressão.Inicialmente, analizammos a concepção de corpo que teve como objetivo resgatar o aspecto primordial do sensivel, em seguida, tratamos da teoria da expressão merleau - pontiana que toma a expressão pictoricacomo privilegiada, por fim apresentamos a pintura relacionada com os temas da história e da visibilidade .

  • LARISSA SOUSA FERNANDES
  • Verdade em Obra: Arte e Poesiana FilosofiadeMartin Heidegger.
  • Data: 24/10/2011
  • Hora: 15:00
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  • A presente dissertação busca compreender de que modo se articula o pensamento acerca da arte e de poesia na filosofia de martin Heidegger (1889-1976), mediante a leitura das conferencias A origem da obra e Holderlin e a essencia da poesia.A analítica acerca da arte e da poesia em Heidegger se da de maneira totalmnte desvinculada da apreciação estética e da critica literária, pois o filosofo se distancia de qualquer maneira de lidar com a arte enquanto objeto de apreciação subjetiva do ser humano.Na antologia fundamental de Heidegger, a obra de arte é vislumbrada em seu puro deixar-ser.

  • Larissa Cristine Daniel Gondim
  • A Política de Tolerãncia e o Reconhecimento da Diferença
  • Data: 21/10/2011
  • Hora: 14:00
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • Existem diversos sentidos possíveis para o termo tolerância, entretanto, nesta pesquisa, o que se pretende analisar é uma perspectiva específica de tolerância política, qual seja, a tolerância como reconhecimento. A tolerância como reconhecimento se fundamenta em uma espécie de teoria política que, partindo de uma crítica à tradição liberal da tolerância, representada, nesta pesquisa, pelas obras de John Locke, Stuart Mill e John Rawls, tenta aproximar as teorias de tolerância com as teorias de reconhecimento, por sua vez representadas por Charles Taylor, Axel Honneth, Nancy Fraser e Anna Elisabetta Galeotti. A partir desse paradigma teórico, pretende-se promover uma complementação da tradição liberal da tolerância de modo a torná-la mais inclusiva. Reconhecer para tolerar passa a significar uma ação positiva de entendimento reflexivo entre indivíduos com concepções de bem divergentes e conflitantes, que passam a se autoperceberem como sujeito de direitos recíprocos. Essa reformulação do conceito de tolerância passa a ser mais eficiente no sentido de que lida melhor com os problemas trazidos pelo multiculturalismo nas sociedades democráticas contemporâneas. Ao fim, conclui-se que esse novo sentido de tolerância não é apenas possível, mas também se transforma em um instrumento de justiça social e política

  • MARCOS DE HOLANDA COSTA
  • AS BASES METAFÍSICAS DO CONHECIMENTO SENSÍVEL NA CRÍTICA DA RAZÃO PURA DE IMMANUEL KANT
  • Orientador : ROBSON COSTA CORDEIRO
  • Data: 17/10/2011
  • Hora: 15:00
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • Analisamos as formas sensiveis, a saber: espaco e tempo, e seus possiveis relacionamentos perante o conhecimento. Creditamos, pois bem, a seguinte interrogativa: como os fundamentos da sensibilidade, espaco e tempo, organizam nosso conhecimento ja que, unicamente, so podemos considerar objeto de conhecimento aquilo que e intuido espacialmente e temporalmente? A problematica levantada por Immanuel Kant leva-nos, de imediato, a outra intrigante questao sobreposta, isto e, so podemos ter acesso ao fenomeno, mas nunca a coisa em si. Mediante os fatos, eis aqui nossa discussao.
  • RODRIGO ALEXANDRE FIGUEIRÊDO DA CRUZ
  • A LINGUAGEM COMO A FALA DO SER O problema entre linguagem e ser em Heidegger
  • Data: 10/10/2011
  • Hora: 14:00
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  • O fenômeno da linguagem encontra sua explicação na questão do ser. Este fenômeno manifesta-se na abertura do Dasein através de sua estrutura ontológico-existencial, a saber: a disposição, a compreensão, e a fala. Essa estrutura diz respeito à totalidade dos nossos modos de ser na cotidianidade. Assim, a fala articula a compreensibilidade do Dasein. A escuta e o silêncio constituem as duas possibilidades dessa articulação no sentido de fazer- nos pensar a nós mesmos como sendo abertura: escuta e voz para o dizer do ser. Assim, a linguagem adquire o caráter de mostrar e fazer ver os entes e o próprio ser. O objetivo deste estudo concerne à linguagem como fala do ser. Nesse horizonte, Heidegger utilizou as palavras fundamentais dos primeiros pensadores-poetas: Anaximandro, Parmênides e Heráclito. O retorno a esses pensadores tem a finalidade de pensar o lugar de origem do ser através da linguagem originária. Essa linguagem é poética e instauradora do ser. O pensamento ganha destaque no sentido de pensar o lugar de origem. Por outro lado, Heidegger exige libertar a gramática da lógica como condição para o pensamento. Em conseqüência, temos uma grande tarefa filosófica a realizar: pensar a linguagem em sua relação com o ser para, com isso, superar seu uso como mero instrumento de informação.
  • RODRIGO ALEXANDRE FIGUEIRÊDO DA CRUZ
  • A LINGUAGEM COMO FALA DO SER. O PROBLEMA ENTRE LINGUAGEM E SER EM HEIDEGGER
  • Data: 10/10/2011
  • Hora: 14:00
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  • O fenômeno da linguagem encontra sua explicação na questão do ser. Este fenômeno manifesta-se na abertura do Dasein através de sua estrutura ontológico-existencial, a saber: a disposição, a compreensão, e a fala. Essa estrutura diz respeito à totalidade dos nossos modos de ser na cotidianidade. Assim, a fala articula a compreensibilidade do Dasein. A escuta e o silêncio constituem as duas possibilidades dessa articulação no sentido de fazer- nos pensar a nós mesmos como sendo abertura: escuta e voz para o dizer do ser. Assim, a linguagem adquire o caráter de mostrar e fazer ver os entes e o próprio ser. O objetivo deste estudo concerne à linguagem como fala do ser. Nesse horizonte, Heidegger utilizou as palavras fundamentais dos primeiros pensadores-poetas: Anaximandro, Parmênides e Heráclito. O retorno a esses pensadores tem a finalidade de pensar o lugar de origem do ser através da linguagem originária. Essa linguagem é poética e instauradora do ser. O pensamento ganha destaque no sentido de pensar o lugar de origem. Por outro lado, Heidegger exige libertar a gramática da lógica como condição para o pensamento. Em conseqüência, temos uma grande tarefa filosófica a realizar: pensar a linguagem em sua relação com o ser para, com isso, superar seu uso como mero instrumento de informação.
  • CARLA TARGINO FREITAS
  • A relação entre a banalidade do mal e a faculdade de pensar em Hannah Arendt,
  • Orientador : MARCONI JOSE PIMENTEL PEQUENO
  • Data: 06/10/2011
  • Hora: 15:00
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  • ANA MONIQUE MOURA DE ARAUJO
  • Natureza, Gênio e Arte no Terceiro Momento da Crítica Kantiana.
  • Data: 30/09/2011
  • Hora: 14:30
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  • size: small;">). Em um primeiro momento abordamos o aspecto da relação entre o sujeito enquanto expressão de genialidade e a natureza enquanto semelhante à arte. Procuramos evidenciar como tais sentimentos estão livres de uma função epistemológica, por integrarem uma faculdade de julgar ligada tão só a uma reflexão. Daqui retiramos, em um último momento, elementos favoráveis para pensarmos a proposta kantiana de uma estética do sujeito sem os auspícios da epistemologia ou do racionalismo, porque imbuída do projeto de uma crítica sensível sobre a experiência com a natureza e a arte, que culmina por se configurar como um conjunto das possibilidades do existir subjetivo enquanto tema para o cultivo do gosto dentro do que Kant chama, portanto, de cultura estética.
  • ANA MONIQUE MOURA DE ARAUJO
  • Natureza, Gênio e Arte no Terceiro Momento da Crítica Kantiana.
  • Data: 30/09/2011
  • Hora: 14:30
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  • size: small;">). Em um primeiro momento abordamos o aspecto da relação entre o sujeito enquanto expressão de genialidade e a natureza enquanto semelhante à arte. Procuramos evidenciar como tais sentimentos estão livres de uma função epistemológica, por integrarem uma faculdade de julgar ligada tão só a uma reflexão. Daqui retiramos, em um último momento, elementos favoráveis para pensarmos a proposta kantiana de uma estética do sujeito sem os auspícios da epistemologia ou do racionalismo, porque imbuída do projeto de uma crítica sensível sobre a experiência com a natureza e a arte, que culmina por se configurar como um conjunto das possibilidades do existir subjetivo enquanto tema para o cultivo do gosto dentro do que Kant chama, portanto, de cultura estética.
  • MAISA MARTORANO SUAREZ PARDO
  • Obrigação Política e Desobidiência Civil : Uma Leitura de Alessandro Passerim D`Entreves.
  • Data: 26/09/2011
  • Hora: 10:00
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  • Esse trabalho se propõe a investigar a possibilidade de compreender a desobediência civil como um dever políticoa partir da análise das obras do filósofo do direito e da política italiano Alessandro Passerin d’Entrèves. A partir da concepção de Estado do autor, analisamos as relações de comando e obediência na estrutura estatal e estabelecemos umaaproximação ao problema da obediência às leis através de seu conceito de ‘obrigação política’. Analisando especificamente estudos acerca da desobediência civil e da legitimidade da resistência de Passerin d’Entrèves, Norberto Bobbio e Hannah Arendt, tentamos responder à pergunta: porquê desobedecer? Para possibilitar a abordagem acima descrita, exploramos alguns problemas clássicos da filosofia política e do direito, tais como a noção de autoridade, o conflito entre os conceitos de legalidade e legitimidade e a definição do Estado como monopólio da força legítima. Nesse sentido, essa pesquisa aborda alguns conflitos entre grandes correntes do pensamento ocidental, como jus naturalismo e jus positivismo, ciências políticas e filosofia, entre outros.

    A partir da noção de ‘obrigação política’ de d’Entrèves é possível interpretar a desobediência civil como dever, especialmente nas experiências democráticas.

     

     

  • ANTUNES FERREIRA DA SILVA
  • Os Conceitos de Vontade e Representaçõ no Entendimento do Mundo Segundo Arthur Schopenhauer
  • Data: 19/09/2011
  • Hora: 14:30
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  • RESUMO
    A presente dissertação constitui-se de uma pesquisa teórico-bibliográfica acerca dos
    conceitos de Vontade e representação no entendimento do mundo, segundo o
    pensamento do filósofo voluntarista Arthur Schopenhauer. No intuito de explicitar a
    conexão existente entre o conceito de Vontade e o aspecto pessimista da filosofia
    schopenhaueriana, e entre o conceito de representação e a possibilidade singular de
    aquietar o sofrimento gerado pela Vontade, este trabalho apóia-se nos escritos do
    próprio autor e de alguns comentaristas, portanto foi construído como um diálogo
    com o filósofo sobre sua teoria, uma análise bibliográfica do mesmo. Segundo o
    pensador alemão, o mundo é dividido em duas realidades: a numênica, a coisa em
    si, uma força cega, denominada Vontade; e a fenomênica, as representações
    subjetivas realizadas pelo sujeito cognoscente. A realidade numênica, a Vontade,
    provoca nos humanos um ciclo de desejos jamais saciados e que os impedem de
    ser felizes. O pessimismo schopenhaueriano sustenta-se, então, no conceito de
    Vontade. Entretanto, um estado de beatitude pode ser alcançado, desde que
    subjuguemos a Vontade ao conhecimento por meio da contemplação estética, que
    abstrai o homem momentaneamente do sofrimento; da compaixão, que faz
    desaparecer as formas individuais, fazendo o homem compreender o outro como a
    si; e, finalmente, por meio da ascese, que mortifica definitivamente a Vontade,
    suprimindo os desejos materiais e corporais. Portanto, a possibilidade de uma vida
    beata, sempre singular, só pode ser alcançada mediante a singularidade existente
    no conceito de representação.

  • KEITIANA DE SOUZA SILVA
  • segunda
  • Data: 08/09/2011
  • Hora: 00:00
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  • segunda
  • MARCIO VICTOR DE SENA DINIZ
  • Data: 03/08/2011
  • Hora: 00:00

  • GILMARA COUTINHO PEREIRA
  • Data: 26/04/2011
  • Hora: 00:00

  • RODRIGO ANTONIO ITURRA WOLFF
  • A Construção do Discurso Juídico em Jugem Habermas como via de emamcipação Política.
  • Data: 20/04/2011
  • Hora: 10:00
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  • 

    A presente pesquisa tem como objetivo principal estabelecer uma relação de diálogo entre a Filosofia e o Direito, mediante a tentativa de influenciar a racionalidade instrumental deste em sua lógica interna positiva. É através da razão comunicativa (procedimental) de Jürgen Habermas que fundamentamos a partir da obra Teoria da Ação Comunicativa – TAC (HABERMAS, 1989) os alicerces de um novo paradigma; o intersubjetivo. Por isto, buscamos estabelecer um contato, com a realidade social, nos termos das discussões apresentadas em Direito e Democracia: entre facticidade e validade (HABERMAS, 2003) motivando um fio condutor entre estes dois distintos momentos. Nesse trabalho, apresentamos um leitmotiv concatenado por uma análise do debate em torno do significado das controvérsias metodológicas presente na obra A Lógica das Ciências Sociais (HABERMAS, 1982) para pensarmos a relação totalidade e particularidade, concatenado pela obra Consciência Moral Agir Comunicativo (HABERMAS, 1989) através da interpretação da relação ‘centro – periferia’ e ‘público – privado’. Apresentamos também como contribuição para o debate em torno da Ética do discurso1 a influência da Mudança Estrutural da Esfera Pública (HABERMAS, 2003) dos dias de hoje.

  • PAULO JORGE BARREIRA LEANDRO
  • DELEUZE-GUATTARI: Desterritorializações Políticas do Desejo a partir da Literatura Menor de Franz Kafka
  • Data: 12/04/2011
  • Hora: 14:00
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  • DELEUZE-GUATTARI: Desterritorializações Políticas do Desejo a partir da Literatura Menor de Franz Kafka
  • PAULO JORGE BARREIRA LEANDRO
  • DELEUZE-GUATTARI: Desterritorializações Políticas do Desejo a partir da Literatura Menor de Franz Kafka.

  • Data: 12/04/2011
  • Hora: 14:00
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  • DELEUZE-GUATTARI: Desterritorializações Políticas do Desejo a partir da Literatura Menor de Franz Kafka.

  • KATJA JUNQUEIRA BOHMANN
  • Data: 12/04/2011
  • Hora: 00:00

  • MURILO DA CONCEICAO CUNHA WANZELER
  • O CUIDADO DE SI EM MICHEL FOUCAULT

  • Data: 07/04/2011
  • Hora: 14:00
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  • O CUIDADO DE SI EM MICHEL FOUCAULT

  • CILEIDE MILENA DE SOUZA
  • A QUESTÃO DA FUNDAMENTAÇÃO À LUZ DA PRAGMÁTICA TRANSCENDENTAL
  • Data: 06/04/2011
  • Hora: 09:00
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  • Para Karl-Otto Apel a tarefa fundamental da filosofia e a fundamentacao ultima do conhecimento, entendida como uma busca que estabelece os principios do pensar e do agir, a saber, o nucleo de racionalidade a partir do qual pensar e agir fazem sentido. Diferenciando-se da maior parte dos sistemas oriundos da contemporaneidade, - para os quais essa fixacao de sentido ou nao e mais possivel, ou ja nao e dotada de sentido - como tambem tanto dos que pretenderam superar a filosofia por meio de uma reducao cientificista ou logica cientifica, e daqueles que se baseiam em “visoes de mundo” que fragmentam-se em “perspectivas”, Apel defende uma ideia de fundamentacao, que nao mais implica hipoteses metafisicas dogmaticas, mas uma fundamentacao ultima pragmatico-transcendental, que esta sempre aberta a auto-critica e auto-revisao. A tentativa de explicitar o sentido dessa especificidade da fundamentacao ultima, conforme defendida pela pragmatica transcendental apeliana, e o objetivo desse trabalho.
  • ANA RAFAELLA PEREIRA MELO
  • O CORPO E A CONTEMPLAÇÃO DA VERDADE EM PLATÃO: UMA ANÁLISE DO FÉDON,
  • Data: 31/03/2011
  • Hora: 10:00
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  • RESUMO

     

                Ao analisarmos o pensamento de Platão, quando consideramos o problema do saber, verificamos uma preponderância dos aspectos relacionados ao raciocínio e ao intelecto sobre os aspectos físicos e sensíveis do mundo do devir. A alma, oposta ao corpo, carrega consigo toda a importância de ser filósofo, dado que somente através dela é possível conhecer a verdade, objeto de incessante busca do amante do saber. O corpo representa uma coisa má para o homem, fonte de vícios e vicissitudes, que pode ser ignorado devido à sua condição inferior à alma. Quando questionamos, no Fédon, se o corpo tem alguma função no processo que ocorre até o conhecimento, a noção imediata que temos é a de que o corpo de nada serve ao homem, no que concerne à investigação filosófica, e dessa forma, só merece o desprezo por comportar em si mesmo causa de todos os vícios. Entretanto, se analisarmos cuidadosamente os argumentos referentes ao saber, especialmente o argumento da Anamnesis discutido nessa obra, perceberemos que, apesar de estar explícita a conotação negativa sobre o corpo, não é assim que a compreensão a este respeito é mantida durante todo o diálogo. O foco dessa pesquisa será, portanto, o de demonstrar que no interior do Fédon, é possível identificar uma valorização do sensível, através de uma leitura mais cuidadosa e sobretudo diferente, ao ponto de não mais ser possível a afirmação absoluta da inutilidade do sensível, tal como indica a passagem 65A.

  • EDUARDA CALADO BARBOSA
  • EM DEFESA DO CONTEXTUALISMO MODERADO: POR UMA SEMÂNTICA SENSÍVEL PARA ADJETIVOS COMPARATIVOS
  • Data: 11/03/2011
  • Hora: 15:00
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • Neste trabalho, oferecemos uma apresentação geral do debate, em filosofia da linguagem,
    entre contextualismo e minimalismo. Oferecemos também uma defesa do contextualismo
    acerca do significado de adjetivos comparativos, a partir de uma refutação das objeções
    presentes no livro de H. Cappelen e E. Lepore, Insensitive Semantics.
    ABSTRACT
    In this work, we offer a general presentation of the debate in philosophy of language between
    Contextualism and Minimalism. We also offer a defense of a contextualist account of the
    meaning of comparative adjectives, through a refutation of the objections present in H.
    Cappelen and E. Lepore’s book, Insensitive Semantics.

  • FERNANDA PEREIRA AUGUSTO DA SILVA
  • Data: 11/03/2011
  • Hora: 00:00

  • RICARDO EVANGELISTA BRANDAO
  • Data: 28/02/2011
  • Hora: 00:00

  • BRUNO HENRIQUE UCHOA DA SILVA GOMES
  • Data: 22/02/2011
  • Hora: 00:00

2010
Descrição
  • EVANIA PAIVA DOS SANTOS
  • Data: 15/10/2010
  • Hora: 00:00

  • ARTHUR VIANA LOPES
  • Data: 29/09/2010
  • Hora: 00:00

  • JOSE CARLOS LOPES FERNANDES
  • Data: 18/05/2010
  • Hora: 00:00

  • FERNANDO VICENTE
  • Data: 17/05/2010
  • Hora: 00:00

  • ILÍADA SANTOS BOTELHO
  • Data: 04/05/2010
  • Hora: 00:00

  • GLEIDIMAR ALVES DE OLIVEIRA
  • Data: 09/04/2010
  • Hora: 00:00

  • TARCISIO FAGNER ALEIXO FARIAS
  • Data: 06/04/2010
  • Hora: 00:00

2009
Descrição
  • JOSE RONALDO DE OLIVEIRA MARQUES
  • Data: 28/12/2009
  • Hora: 00:00

  • NEVITA MARIA PESSOA DE AQUINO FRANCA LUNA
  • AS PAIXÕES COMO FUNDAMENTO DA MORAL E DA POLÍTICA NO TRATADO DA NATUREZA HUMANA DE DAVID HUME
  • Data: 22/12/2009
  • Hora: 15:00
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  • RESUMO FRANCA, Nevita Maria Pessoa de Aquino. AS PAIXOES COMO FUNDAMENTO DA MORAL E DA POLITICA NO TRATADO DA NATUREZA HUMANA DE DAVID HUME. Joao Pessoa, 2009. Dissertacao de Mestrado (Pos-Graduacao em Filosofia). Universidade Federal da Paraiba. 102 p. O nosso objetivo nesta Dissertacao de Mestrado e fazer uma abordagem geral acerca da influencia das paixoes nas Filosofias Moral e Politica de David Hume, em sua principal obra: o Tratado da Natureza Humana. Apos uma breve exposicao da biografia do filosofo, apresentamos, inicialmente, a filosofia humeana das paixoes, seus tipos e caracteristicas; paixoes primarias, secundarias, diretas, indiretas, violentas, calmas; causas e objetos das paixoes. Posteriormente, analisamos a relacao entre causalidade e necessidade, acao e determinismo natural, evidencia moral e evidencia natural. Demonstramos, tambem, o lugar que a razao ocupa na etica humeana e qual a sua funcao na determinacao do comportamento moral do individuo. Ainda, expomos o papel meramente instrumental que Hume confere a razao em materia de conduta humana e a critica do filosofo ao racionalismo moral. Em seguida, examinamos, a partir da analise do Livro III do Tratado, as teses fundamentais do filosofo, segundo as quais o homem possui um senso moral, e guiado por sentimentos - prazer e sofrimento - e encontra nas paixoes o criterio ultimo de constituicao de suas acoes. Para concluir, oferecemos uma investigacao sobre os conceitos de artificio e de sociedade passando pelo exame concomitante da origem da justica, propriedade e governo.
  • ANDERSON BOGEA DA SILVA
  • Data: 15/12/2009
  • Hora: 00:00

  • CARLOS HUGO HONORATO DA SILVA
  • Data: 15/12/2009
  • Hora: 00:00

  • TEDSON M B TEIXEIRA
  • Data: 09/12/2009
  • Hora: 00:00

  • DJALMA TOSCANO DE OLIVEIRA NETO
  • O objetivo primordial desta dissertação é mostrar qual é o interesse orientador do conhecimento. Habermas, em sua obra Conhecimento e Interesse, pôde analisar a pré-história do positivismo moderno com o objetivo de recuperar a possibilidade de uma renovada teoria do conhecimento através da autorreflexão das ciências, recusar a reflexão isto é o positivismo. A tese principal é a de que todo conhecimento tem conexão com um interesse que o orienta, seja no âmbito teórico, de acordo com as ciências da natureza, seja no âmbito prático, de acordo com as ciências culturais. Habermas pôde analisar a conexão entre conhecimento e interesse com o propósito de apoiar a afirmação de que a crítica do conhecimento só é possível como teoria da sociedade. A psicanálise freudiana é acionada, por Habermas, com o propósito de fundamentar teoricamente a conexão entre conhecimento e interesse, evidenciando que as legitimações das neuroses individuais tem sua conexão com as legitimações societárias. O que está atrás das legitimações, em última analise, é o poder que se exerce pela comunicação deformada. A adequada interpretação desta comunicação deformada evidencia o interesse fundamental da espécie humana, a saber: o interesse pela emancipação.
  • Data: 30/09/2009
  • Hora: 14:30
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • O objetivo primordial desta dissertacao e mostrar qual e o interesse orientador do conhecimento. Habermas, em sua obra Conhecimento e Interesse, pode analisar a pre-historia do positivismo moderno com o objetivo de recuperar a possibilidade de uma renovada teoria do conhecimento atraves da autorreflexao das ciencias, recusar a reflexao isto e o positivismo. A tese principal e a de que todo conhecimento tem conexao com um interesse que o orienta, seja no ambito teorico, de acordo com as ciencias da natureza, seja no ambito pratico, de acordo com as ciencias culturais. Habermas pode analisar a conexao entre conhecimento e interesse com o proposito de apoiar a afirmacao de que a critica do conhecimento so e possivel como teoria da sociedade. A psicanalise freudiana e acionada, por Habermas, com o proposito de fundamentar teoricamente a conexao entre conhecimento e interesse, evidenciando que as legitimacoes das neuroses individuais tem sua conexao com as legitimacoes societarias. O que esta atras das legitimacoes, em ultima analise, e o poder que se exerce pela comunicacao deformada. A adequada interpretacao desta comunicacao deformada evidencia o interesse fundamental da especie humana, a saber: o interesse pela emancipacao.
  • FLAVIO LUIZ M. LEONETTI
  • Data: 29/09/2009
  • Hora: 00:00

  • MARIA RISONETE SIMPLICIO LEITE BARBOSA
  • A ANÁLISE ONTOLÓGICA DO GESTELL: A PROBLEMATIZAÇÃO DA TÉCNICA MODERNA E DA ENTIFICAÇÃO DO SER.
  • Data: 24/09/2009
  • Hora: 14:30
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  • A ANÁLISE ONTOLÓGICA DO GESTELL: A PROBLEMATIZAÇÃO DA TÉCNICA MODERNA E DA ENTIFICAÇÃO DO SER.

  • RODRIGO COSTA FERREIRA
  • Data: 14/09/2009
  • Hora: 00:00

  • WALDIR CAVALCANTE DE SANTANA
  • O Pensamento Ético-Político de Emmanuel Mounier
  • Data: 09/09/2009
  • Hora: 14:00
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  • Este trabalho apresenta o personalismo cristão de Emmanuel Mounier, contemplando o aspecto ético-político e seus desdobramentos em favor do valor integral da pessoa: corpo e espírito. O pensamento mounieriano é uma reação contra toda forma de totalitarismo, faz críticas ao capitalismo, ao fascismo e ao marxismo, propostas políticas que não promovem os reais valores constitutivos da pessoa humana, levando à despersonalização e à perda da existência espiritual da pessoa. A pessoa deve estar acima de toda e qualquer instituição humana. Enquanto corpo e espírito, ela não pode ser vista como objeto que se olha de fora. Sendo cristão, Mounier critica o cristianismo que se coliga com governos totalitaristas. Ele prega o fim dessa cristandade, mas acredita no cristianismo autêntico. Mounier detecta as falhas e limitações no existencialismo de Sartre; mas reconhece o aspecto positivo do existencialismo quando traz a filosofia do mundo das idéias para a existência real. Dentre a democracia representativa e a participativa, Mounier opta pela participativa porque amplia a todos os cidadãos a participação sobre as decisões de seu Estado. Para Mounier, o indivíduo só se torna pessoa a partir do momento em que direciona o seu ser ao outro numa atitude dialógica, engendrando assim, a comunhão. A pessoa-comunidade é o elemento no personalismo que proporciona uma vida mais humana.
  • WALDIR CAVALCANTE DE SANTANA
  • Data: 09/09/2009
  • Hora: 00:00

  • MICHEL PORDEUS DE CARVALHO
  • Ceticismo e diferença como elementos constitutivos de uma ética de respeito ao outro nos Ensaios de Montaigne
  • Data: 08/09/2009
  • Hora: 09:00
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  • Resumo Este trabalho, intitulado “Ceticismo e diferença como elementos constitutivos de uma ética de respeito ao Outro”, parte da hipótese de que é possível defender, no pensamento filosófico de Michel de Montaigne, uma ética de respeito ao Outro. Tomando como pressupostos para tal hipótese, uma epistemologia caracterizada pelo ceticismo e uma ontologia que privilegia a idéia de diferença para descrever a natureza da realidade. Estas duas concepções atuariam como fundamentos de tal ética, visto que, por um lado, o ceticismo, nos Ensaios, advogaria em favor da incapacidade da razão em estabelecer verdades universais, absolutas e, por outro, a ontologia exposta por Montaigne, corroboraria essa postura epistêmica, na medida em que compreende a realidade como uma potência móvel. A partir disso, foi possível sustentar que Montaigne defende o direito de existência das mais diversas manifestações culturais humanas. Palavras chave: Renascimento, ceticismo, Outro, diferença, Michel de Montaigne.
  • MICHEL PORDEUS DE CARVALHO
  • Data: 08/09/2009
  • Hora: 00:00

  • BRUNO ALVES DE ARAUJO CRUZ
  • SUBJETIVIDADE, LIBERDADE E EXISTÊNCIA: APROXIMAÇÕES E DISTANCIAMENTOS ENTRE SARTRE E ROGERS
  • Data: 17/08/2009
  • Hora: 14:00
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • Esse trabalho retoma o diálogo do século XIX entre filosofia e psicologia, quando esta última pretendeu alcançar estatuto de cientificidade e definiu seu objeto de estudo, a subjetividade. Tal retorno se deve ao fato dessa nova ciência, buscando seu lugar dentre as outras, se afastar de seu objeto inicial a fim de se adequar aos métodos das ciências positivas, que acabou conduzindo-a ao objetivismo comportamentalista. Também se deve ao fato de que a filosofia não abandonou a tarefa de compreender a subjetividade, sobretudo a tradição fenomenológica. Além disso, se justifica por verificar que a psicologia, desenvolvida na clínica, não abandona a compreensão da subjetividade, uma vez que a considera como elemento fundamental da relação do ser humano com o mundo. Ao retomar o diálogo entre filosofia e psicologia, pretende-se trazer para a psicologia a possibilidade de compreender aquilo que tinha sido seu objeto inicial. Para realizar esse diálogo, optou-se por utilizar os trabalhos desenvolvidos pelo filósofo Jean-Paul Sartre e pelo psicoterapeuta Carl R. Rogers, com o objetivo de apontar entre esses dois pensadores as aproximações e distanciamentos no tratamento dos conceitos de subjetividade, liberdade e existência. Ao tomar os trabalhos de Sartre, verificou-se que a subjetividade possui como essência a liberdade, que consiste na nadificação por meio da qual pode abrir uma fissura em seu interior, inserindo o nada em seu ser, possibilitando fundamentar-se a si mesma a partir das escolhas que realiza em sua existência. Com isso, Sartre assinala a indeterminação que consiste a relação da subjetividade com seu ser e com o mundo, uma vez que “a existência precede a essência”. Em Rogers, verificou-se que a subjetividade é fundamental para a tendência orgânica à realização, uma vez que a liberdade que a constitui permite escolher diversos maneiras de satisfazer suas necessidades e assim realizar todas as possibilidades organísmicas.
  • BRUNO ALVES DE ARAUJO CRUZ
  • SUBJETIVIDADE, LIBERDADE E EXISTÊNCIA: APROXIMAÇÕES E DISTANCIAMENTOS ENTRE SARTRE E ROGERS
  • Data: 17/08/2009
  • Hora: 14:00
  • Mostrar Resumo
  • RESUMO Esse trabalho retoma o diálogo do século XIX entre filosofia e psicologia, quando esta última pretendeu alcançar estatuto de cientificidade e definiu seu objeto de estudo, a subjetividade. Tal retorno se deve ao fato dessa nova ciência, buscando seu lugar dentre as outras, se afastar de seu objeto inicial a fim de se adequar aos métodos das ciências positivas, que acabou conduzindo-a ao objetivismo comportamentalista. Também se deve ao fato de que a filosofia não abandonou a tarefa de compreender a subjetividade, sobretudo a tradição fenomenológica. Além disso, se justifica por verificar que a psicologia, desenvolvida na clínica, não abandona a compreensão da subjetividade, uma vez que a considera como elemento fundamental da relação do ser humano com o mundo. Ao retomar o diálogo entre filosofia e psicologia, pretende-se trazer para a psicologia a possibilidade de compreender aquilo que tinha sido seu objeto inicial. Para realizar esse diálogo, optou-se por utilizar os trabalhos desenvolvidos pelo filósofo Jean-Paul Sartre e pelo psicoterapeuta Carl R. Rogers, com o objetivo de apontar entre esses dois pensadores as aproximações e distanciamentos no tratamento dos conceitos de subjetividade, liberdade e existência. Ao tomar os trabalhos de Sartre, verificou-se que a subjetividade possui como essência a liberdade, que consiste na nadificação por meio da qual pode abrir uma fissura em seu interior, inserindo o nada em seu ser, possibilitando fundamentar-se a si mesma a partir das escolhas que realiza em sua existência. Com isso, Sartre assinala a indeterminação que consiste a relação da subjetividade com seu ser e com o mundo, uma vez que “a existência precede a essência”. Em Rogers, verificou-se que a subjetividade é fundamental para a tendência orgânica à realização, uma vez que a liberdade que a constitui permite escolher diversos maneiras de satisfazer suas necessidades e assim realizar todas as possibilidades organísmicas.
  • JAMES W. ALVES DE SOUSA
  • Data: 07/08/2009
  • Hora: 00:00

  • EDUARDO B. VERGOLINO
  • Data: 06/08/2009
  • Hora: 00:00

  • HUGO FILGUEIRAS DE ARAUJO
  • Data: 04/06/2009
  • Hora: 00:00

  • JEOVÂNIA PINHEIRO DO NASCIMENTO
  • Data: 08/05/2009
  • Hora: 00:00

  • SEVERINO DUTRA DE MEDEIROS FILHO
  • Data: 08/05/2009
  • Hora: 00:00

  • CARLOS NUNES GUIMARAES
  • Data: 04/05/2009
  • Hora: 00:00

  • MÁRCIO PAIVA QUIRINO
  • Data: 24/04/2009
  • Hora: 00:00

  • WILNE DE SOUZA FANTINI
  • Data: 12/03/2009
  • Hora: 00:00

  • CHARLINGTON ALVES GOMES
  • Data: 06/03/2009
  • Hora: 00:00

2008
Descrição
  • RICARDO NASCIMENTO FERNANDES
  • Data: 21/10/2008
  • Hora: 00:00

  • FRANCISCO DE ASSIS VALE CAVALCANTE FILHO
  • Data: 30/06/2008
  • Hora: 00:00

  • MARCOS ERICO DE ARAUJO SILVA
  • Data: 11/06/2008
  • Hora: 00:00

  • LUIZ GONZAGA BAIAO FILHO
  • A HISTÓRIA SEGUNDO VOLTAIRE
  • Data: 07/05/2008
  • Hora: 16:30
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • A presente dissertação tem como objetivo realizar uma compreensão da concepção de história no pensamento de Voltaire, a partir da importância de pensá-la segundo o enfoque de três aspectos ou significados, que entrelaçados, a definem como relato crítico sobre a liberdade humana. A atitude crítica em Voltaire ocupa um aspecto da nossa reflexão na condução do conhecimento histórico, de acordo com a dialética entre saber e poder e seus desdobramentos na constituição de costumes, artes, leis, ciências, tanto no âmbito público, como no domínio privado dos valores e acontecimentos da vida do homem como ser sociável. Por isso, observamos que no movimento do Iluminismo emanou a preocupação de investigar os fenômenos humanos em sociedade e, apesar de não entender o Iluminismo enquanto um movimento filosófico de idéias homogêneas, a culminância da preocupação se ilustrava na defesa do processo de emancipação da razão humana. Portanto, outro aspecto do problema gira em torno da distinção entre história e fábula, mas, intercalada ao problema perpassa a relação que o liga com a visão de Voltaire sobre a liberdade humana, sobretudo porque a história é pensada em conformidade com o que faz o homem um ser livre, já que, a busca da liberdade de pensamento pelo homem é expressa por Voltaire através do progresso do espírito humano.  

     

     

  • LUIZ GONZAGA BAIAO FILHO
  • Data: 07/05/2008
  • Hora: 00:00

  • FABIO AUGUSTO ANTEA ROTILLI
  • Data: 10/04/2008
  • Hora: 00:00

  • FREDERICO DE AQUINO GIULIETTI
  • Data: 10/04/2008
  • Hora: 00:00

  • STANLEY KREITER BEZERRA MEDEIROS
  • Data: 02/04/2008
  • Hora: 00:00

  • ALUIZIO LOPES DE BRITO
  • Data: 26/03/2008
  • Hora: 00:00

  • ELAINE GUINEVERE DE MELO SILVA
  • Data: 24/01/2008
  • Hora: 00:00

2007
Descrição
  • ALDINEIDE DE A. V. BARRETTO
  • Data: 12/12/2007
  • Hora: 00:00

  • THEOFILO MOREIRA BARRETO DE OLIVEIRA
  • Data: 07/12/2007
  • Hora: 00:00

  • ALLAN PATRICK DE LUCENA COSTA
  • A partir da Causalidade em Davidson:Uma discussão dos relata e leis da natureza
  • Data: 30/11/2007
  • Hora: 14:30
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • RESUMO
    A tarefa que se põe neste trabalho é a de examinar como Donald Davidson entende a análise
    da causalidade, o que está envolvido nessa relação – sua ontologia – e, por conseguinte,
    examinar o que ele entende que seriam as leis da natureza – como enunciados causais
    universais – e sua ligação com os enunciados causais singulares. Tais questões giram em
    torno da assunção, em Davidson, que eventos constituem uma categoria ontológica
    fundamental, e que enunciados causais singulares instanciam leis causais que, em sua forma,
    pouco difeririam de tais enunciados singulares, isto é, leis seriam enunciados causais gerais
    extensionais. Será levado adiante um exame das possíveis conseqüências relacionadas à
    estratégia de Davidson, com uma argumentação a favor da idéia de que seriam as entidades
    físicas fundamentais que constituiriam mais apropriadamente os relata causais, alimentada
    por uma investigação que tomará dois caminhos: o primeiro de levantar um breve histórico da
    noção de causalidade; e um segundo, buscando um diálogo com a Física. Mostraremos, então,
    as dificuldades relacionadas a essa abordagem. Com isso, o tratamento dado por Davidson se
    apresentará, de um ponto de vista lógico, satisfatório, de maneira que os relata da relação de
    causalidade serão eventos, particulares datados e como tais, sujeitos à quantificação,
    selecionados por descrições e sujeitos às regras da lógica extensional. No outro pólo de nossa
    investigação, será encaminhado um exame das características das leis da natureza, em
    especial, das leis da Física, haja vista a perspectiva fisicalista aqui adotada como ponto de
    partida. Defenderemos, contra Davidson, que leis são enunciados intensionais, de modo que
    os enunciados causais singulares não seriam, segundo nossa argumentação, instâncias de leis
    no sentido de que tais enunciados poderiam ser construídos por substituições de termos
    coextensionais dos enunciados das leis. Haveria algo como uma mudança de assunto ao usar
    leis para criar enunciados causais singulares; mais precisamente, as leis físicas ofereceriam
    elementos para a construção de tais enunciados.
    Palavras-chave: Ontologia, causalidade, lógica, leis da natureza.

  • ROGERIO PEREIRA DA SILVA
  • Data: 30/11/2007
  • Hora: 00:00

  • VALTER FERREIRA RODRIGUES
  • Data: 22/11/2007
  • Hora: 00:00

  • TIAGO PENNA
  • Data: 04/10/2007
  • Hora: 00:00

  • EDNA SELMA DAVID SILVA
  • Liberdade e dever em Kant: condições de possibilidade para as comunidades jurídica e ética
  • Data: 10/09/2007
  • Hora: 15:00
  • Mostrar Resumo
  • Liberdade e dever em Kant: condições de possibilidade para as comunidades jurídica e ética
  • EDNA SELMA DAVID SILVA
  • Data: 10/09/2007
  • Hora: 00:00

  • ISRAEL DO N. SILVA FILHO
  • Data: 05/09/2007
  • Hora: 00:00

  • LEILA MEDEIROS FERNANDES
  • Ontologia, Existência E Mundo.
  • Data: 25/07/2007
  • Hora: 15:00
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • A pesquisa visa á´Explicação dos conceitos de ontologia, existência de mundo na fenomenologia heideggeriana e sua contraposição ao sentido metafisico de mundo, tal como fora até então considerado pela tradição ontológica.Nessa direção abordamos o tema da existência segundo o fio condutor da estrutura compreensiva do Dasein enquanto este ente se constitui como via de acesso á questão do ser e seu sentido.
  • LEILA MEDEIROS FERNANDES
  • Data: 25/07/2007
  • Hora: 00:00

  • FRANCISCO DINIZ DE A MEIRA
  • Data: 17/07/2007
  • Hora: 00:00

  • SELMA REGINA N. DE ALBUQUERQUE
  • Data: 06/07/2007
  • Hora: 00:00

  • BRUNNO MARCONDES DE LIMA
  • Data: 05/07/2007
  • Hora: 00:00

  • MANOEL NATALINO MARQUES
  • Data: 22/03/2007
  • Hora: 00:00

  • FERNANDO JOSE DA SILVA MONTEIRO
  • Data: 08/03/2007
  • Hora: 00:00

  • ROSEMARY MARINHO DA SILVA
  • Data: 15/02/2007
  • Hora: 00:00

2006
Descrição
  • SHEYLLA DA SILVA MENDES
  • SARTRE: LIBERDADE E EXISTÊNCIA
  • Data: 18/12/2006
  • Hora: 14:00
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • RESUMO O presente trabalho tem como objetivo expor a relação entre liberdade e existência em O ser e o nada de Jean-Paul Sartre. A liberdade é considerada como a questão central de toda reflexão sartreana e a partir dela compreendemos os contornos e o alcance do pensamento existencialista e humanista de Sartre. Além disso, o itinerário que Sartre adota ao tratar do tema, nos permite percorrer sua longa reflexão ontológica e, sobretudo, compreender o sentido que assume sua famosa máxima segundo a qual “a existência precede a essência”. Desse modo,temos como finalidade apresentar os elementos fundamentais desse percurso que nos leva do ser ao nada e deste à existência do sujeito.
  • SHEYLLA DA SILVA MENDES
  • Data: 18/12/2006
  • Hora: 00:00

  • SONIA MARIA LIRA FERREIRA
  • Data: 01/12/2006
  • Hora: 00:00

  • JOSEMAR JEREMIAS BANDEIRA DE SOUZA
  • VIDA FELIZ NA FILOSOFIA DE SANTO AGOSTINHO
  • Data: 30/11/2006
  • Hora: 14:30
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • Foi a partir do pequeno texto de Santo Agostinho, intitulado De Beata Vita, obra escrita em um retiro cultural no ano de 388 d.C., que o presente trabalho procurou compreender as razões que levam a humanidade, em uma atitude universal, a buscar a vida feliz, bem como entender os caminhos propostos por Agostinho para alcançar este que é, segundo ele mesmo, o único propósito para o qual se pensa filosoficamente (Conf. I, I, 1). Verificou-se, então, que o Bispo de Hipona, inteiramente submisso à fé cristã e sob forte influência da tradição grega eudemonista, desenvolveu uma filosofia prática, fundamentalmente ético-moral, que, exaltando a virtude e se desvencilhando dos valores meramente temporais, buscava a felicidade naquilo que não é perecível. Pois, tudo que é sujeito ao tempo pode ter a sua natureza afetada pelo mal, que, em seu entendimento, é ausência ou distorção daquilo que é bom. Reconhecendo, então, que somente Deus é eterno e não está sujeito ao tempo, não podendo ser perdido ou modificado, entendia que buscar a felicidade era, inevitavelmente, buscar a Deus, porém, sabia não ser através dos próprios esforços que o homem chega a Deus, posto que Ele é infinito, então, necessário se faz o auxílio divino: a graça. Neste ponto separou-se dos gregos, pois substituiu a sabedoria humana, pela sabedoria divina. E assim, sem prescindir das compreensões inteligíveis, necessárias para o reconhecimento daquilo que pode ser chamado de beata vita, tenta por intermédio das experiências e da autocompreensão da consciência, encontrar a plenitude espiritual, na qual estaria a perfeita Verdade e a verdadeira liberdade, sem as quais seria impossível vivenciar a verdadeira felicidade.
  • ANTONIO DA SILVA CAMPOS JUNIOR
  • Data: 24/11/2006
  • Hora: 00:00

  • HÉLCIA MACEDO DE CARVALHO DINIZ E SILVA
  • Data: 20/11/2006
  • Hora: 00:00

  • Vilma Felipe Costa de Melo
  • Data: 28/09/2006
  • Hora: 00:00

  • ERMINIO DE SOUSA NASCIMENTO
  • Data: 01/09/2006
  • Hora: 00:00

  • ERICK VINICIUS SANTOS GOMES
  • Data: 08/08/2006
  • Hora: 00:00

  • SORAINY DE OLIVEIRA MANGUEIRA
  • Data: 03/07/2006
  • Hora: 00:00

  • Rita de Cássia Souza Tabosa Freitas
  • Data: 09/06/2006
  • Hora: 00:00

  • JORGE HUMBERTO DE BARROS LIMA
  • Data: 02/06/2006
  • Hora: 00:00

  • LUCRECIO ARAUJO DE SA JUNIOR
  • Data: 29/05/2006
  • Hora: 00:00

  • SERGIO AUGUSTO DE QUEIROZ
  • KANT E O JUSNATURALISMO MODERNO
  • Data: 24/05/2006
  • Hora: 14:00
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • RESUMO A historia do pensamento ocidental e marcada pela recorrente afirmacao a respeito da existencia de um direito natural imutavel e superior ao direito posto pelo Estado. Na historia da filosofia, resta evidente a existencia de tres fases distintas pelas quais passaram as reflexoes sobre o direito natural, isto e, o periodo classico grego, o medieval e o moderno, onde o direito natural relacionou-se, respectivamente, com a natureza (physis), a revelacao e a razao. Emmanuel Kant fez parte do movimento que eclodiu na modernidade (sec. XVII e XVIII), tambem chamado de Escola do Direito Natural, sendo ladeado por filosofos como Hobbes, Locke e Rousseau. Entretanto, em razao do seu criticismo e do seu idealismo, e mesmo tendo aproveitado a triade hobbesiana da conceitualidade jusnaturalista; baseada nas categorias filosoficas do estado de natureza, contrato originario e sociedade civil; proveu-as de um novo conteudo, nao as interpretando mais como fatos empiricos ou historico-hipoteticos, mas como ideias da razao. Nao obstante, mesmo defendendo a existencia de um direito natural conhecido a priori, Kant ve na coacao promovida pelo Estado, a unica maneira de se garantir a liberdade exterior, bem como a unica possibilidade de realizacao do direito em uma sociedade de homens livres. Desse modo, Kant condena veementemente qualquer rebeliao contra o poder soberano, por ser contraria a razao, e defende que a implantacao dos ideais eticos em uma sociedade civil se dara a partir do esclarecimento da humanidade, atraves do continuo uso publico da razao. Assim sendo, reformas progressivas poderao ser feitas pelos governantes, em direcao a implantacao de uma republica noumenica. Palavras-chave: Kant, idealismo, moral, direito natural, estado de natureza, contrato
  • DANILO DUARTE DE SA
  • Data: 22/05/2006
  • Hora: 00:00

  • ANTONIO FÁBIO CABRAL DA SILVA
  • Data: 15/05/2006
  • Hora: 00:00

  • LUCINALVA DOS SANTOS PEREIRA
  • Data: 15/05/2006
  • Hora: 00:00

  • JOSE BELIZARIO NETO
  • Data: 05/05/2006
  • Hora: 00:00

  • ALEX ANTONIO ABRANTES M SILVA
  • Data: 27/04/2006
  • Hora: 00:00

  • CRISTIANO BONNEAU
  • Data: 10/04/2006
  • Hora: 00:00

  • LUCAS DA SILVA CASTRO
  • HOMEM E MUNDO: AMBIGUIDADE E RENASCIMENTO
  • Data: 30/03/2006
  • Hora: 10:00
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • HOMEM. RENASCIMENTO. AMBIGUIDADE

    Ciências Humanas
    Filosofia
    História da Filosofia
    O PRESENTE TRABALHO DISCUTE DE UMA COMPREENSÃO DA IDÉIA DA AMBIGUIDADE PRESENTES NAS MENTALIDADES DOS HOMENS RENASCENTISTAS NOS COMEÇOS DA MODERNIDADE

  • LUCAS DA SILVA CASTRO
  • Data: 30/03/2006
  • Hora: 00:00

  • HERMANO JOSE FALCONE DE ALMEIDA
  • Data: 17/03/2006
  • Hora: 00:00

  • FELIPE CESAR MARQUES TUPINAMBA
  • Data: 16/02/2006
  • Hora: 00:00

2005
Descrição
  • FRANCISCO VIRGULINO A. DE OLIVEIRA
  • Data: 04/11/2005
  • Hora: 00:00

  • INALDO INACIO DA SILVA
  • Data: 26/10/2005
  • Hora: 00:00

  • LUCIANO DA SILVA
  • Data: 26/08/2005
  • Hora: 00:00

  • ARIVALDO JOSE SEZYSHTA
  • Data: 27/07/2005
  • Hora: 00:00

  • OTACILIO GOMES DA SILVA NETO
  • Data: 07/07/2005
  • Hora: 00:00

  • LOURIVAL PEREIRA JUNIOR
  • Data: 25/04/2005
  • Hora: 00:00

  • WELLINGTON DE LUCENA MOURA
  • Data: 12/04/2005
  • Hora: 00:00

2004
Descrição
  • LILIANA LINCKA DE SOUSA
  • Data: 26/11/2004
  • Hora: 00:00

  • EDUARDO ANDRADE RUIZ
  • Data: 23/11/2004
  • Hora: 00:00

  • JOSE CARLOS DE CASTRO DANTAS
  • Data: 19/11/2004
  • Hora: 00:00

  • GILMAR JOSE DE TONI
  • Data: 29/10/2004
  • Hora: 00:00

  • LUIZ CARLOS MAGNO SILVA
  • Data: 25/10/2004
  • Hora: 00:00

  • ANTONIO PATATIVA DE SALES
  • Data: 10/09/2004
  • Hora: 00:00

  • SANDRA REGINA DE O.SILVA
  • Data: 30/04/2004
  • Hora: 00:00

  • ROMULO CESAR A.LIMA
  • Data: 14/04/2004
  • Hora: 00:00

  • LUIS ANTÔNIO LOPES DA SILVA
  • Data: 30/03/2004
  • Hora: 00:00

  • LEONARDO WEBER CASTOR DE LIMA
  • Data: 29/03/2004
  • Hora: 00:00

  • SUELI BONFIM LAGO
  • Data: 19/03/2004
  • Hora: 00:00

  • EDSON LUIS MEDEIROS ANDRADE
  • Data: 19/02/2004
  • Hora: 00:00

  • GABRIEL DE MEDEIROS LIMA
  • Data: 16/01/2004
  • Hora: 00:00

  • JAIME BIELLA
  • Data: 09/01/2004
  • Hora: 00:00

2003
Descrição
  • HELDER MACHADO PASSOS
  • Data: 08/04/2003
  • Hora: 00:00

  • JOSE FLANKLIN ALVES DE LACERDA
  • Data: 04/04/2003
  • Hora: 00:00

  • FERNANDES ANTONIO BRASILEIRO RODRIGUES
  • Data: 27/02/2003
  • Hora: 00:00

  • JANILSON JOSE ALVES VIEGAS
  • Data: 21/02/2003
  • Hora: 00:00

  • JOSE ATILIO PIRES DA SILVEIRA
  • Data: 10/02/2003
  • Hora: 00:00

2002
Descrição
  • RICARDO DIAS DE ALMEIDA
  • Data: 19/07/2002
  • Hora: 00:00

  • REGINALDO OLIVEIRA SILVA
  • Data: 16/05/2002
  • Hora: 00:00

  • RAINER CAMARA PATRIOTA
  • Data: 09/04/2002
  • Hora: 00:00

2001
Descrição
  • FRANCISCO RAMOS NEVES
  • Data: 17/12/2001
  • Hora: 00:00

  • ANTONIO JOSE DE RIBAMAR MORAES
  • Wittgenstein e a Filosofia Enquanto Atividade
  • Data: 12/07/2001
  • Hora: 14:30
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • Aborda-se a questão da filosofia enquanto atividade e não mais como doutrina. Atividade esta consiste em esclarecimento lógico dos pensamentos, fundamentalmente atividade eluciladora que não envolve qualquer formulação teórica ou construção de quaisquer sistemas conceituais. Filosofia e o esclarecimento lógico dos pensamentos, desse modo, uma obra filosófica consiste fundamentalmente em elucidações. Tais elucidações não envolvem qualquer formulação teórica, por isso, conclui-se com W., que a filosofia não é uma teoria, mais uma atividade.
  • ANTONIO JOSE DE RIBAMAR MORAES
  • WITTGENSTEIN E A FILOSOFIA ENQUANTO ATIVIDADE
  • Data: 12/07/2001
  • Hora: 14:30
  • Mostrar Resumo
  • NÃO INFORMADO
1999
Descrição
  • GERALDO M. CARNEIRO
  • Data: 05/03/1999
  • Hora: 00:00

1998
Descrição
  • BETTO LEITE DA SILVA
  • CONHECIMENTO E INTERESSE: A METACRÍTICA DE HABERMAS
  • Data: 30/03/1998
  • Hora: 09:00
  • Mostrar Resumo
  • Este trabalho analisa a metacrítica de Habermas em relação à crítica kantiana do conhecimento. Com isso, Habermas pretende apresentar um novo plano de compreensão para o problema da subjetividade (razão comunicativa) face aos problemas ocorridos com o advento da modernidade (razão instrumental).
1997
Descrição
  • ILANA VIANA DO AMARAL
  • Data: 26/08/1997
  • Hora: 00:00

1994
Descrição
  • EDWARD ANTONIO PINTO DE LEMOS
  • Data: 11/05/1994
  • Hora: 00:00

1993
Descrição
  • GUTEMBERG PESSOA RODRIGUES DOS SANTOS
  • A LÓGICA Pt E SEUS SIGNIFICADOS
  • Data: 03/08/1993
  • Hora: 14:00
  • Mostrar Resumo
  • Não Informado

1992
Descrição
  • FLAVIA JERONIMO BARBOSA
  • Data: 04/12/1992
  • Hora: 00:00

  • FLAVIA JERONIMO BARBOSA
  • Data: 04/12/1992
  • Hora: 00:00

1900
Descrição
  • EVALDO BECKER
  • Data: 01/01/1900
  • Hora: 00:00

  • FRANCISCO JUNIOR D.PAIVA
  • Data: 01/01/1900
  • Hora: 00:00

  • HELDER MACHADO PASSOS
  • Data: 01/01/1900
  • Hora: 00:00

  • JOSE THIAGO MARQUES GUIMARAES
  • Data: 01/01/1900
  • Hora: 00:00

  • JOSIMAR RODRIGUES HERCULANO
  • Data: 01/01/1900
  • Hora: 00:00

  • MAISA MARTORANO SUAREZ PARDO
  • Data: 01/01/1900
  • Hora: 00:00

  • MARCELO SANTOS
  • Data: 01/01/1900
  • Hora: 00:00

  • POMPEIA ROSALIA SENA MALTESE
  • Data: 01/01/1900
  • Hora: 00:00

  • RODRIGO ANTONIO ITURRA WOLFF
  • Data: 01/01/1900
  • Hora: 00:00