PROGRAMA INTEGRADO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PIPPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Dissertações/Teses


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2015
Descrição
  • JANDILSON AVELINO DA SILVA
  • INGESTÃO AGUDA E CRÔNICA DE ETANOL NO FUNCIONAMENTO AUDITIVO E NEUROCOGNITIVO
  • Data: 27/02/2015
  • Hora: 10:00
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  • Sabe-se que o etanol, presente nas bebidas alcoólicas, ingerido de forma aguda ou crônica, em seus vários níveis, leva a uma série de alterações orgânicas que podem interferir em processos cognitivos e comportamentais básicos. Nesse sentido, o presente estudo teve como objetivo avaliar a influência da ingestão aguda e crônica de etanol na percepção auditiva e no funcionamento neuropsicológico. Manipulou-se a ingestão aguda em estudantes universitários, de 18 a 30 anos, os comparando consigo mesmos em duas condições diferentes. Em uma delas, solicitava-se que os participantes ingerissem uma quantidade de álcool proporcional ao seu peso corporal para que no momento dos testes possuíssem 0,08 % de etanol no sangue. Na outra, ingeriam apenas uma bebida placebo. Avaliou-se a ingestão crônica do álcool em participantes de Alcoólicos Anônimos, com idades de 40 a 60 anos, que possuíam de 1 a 15 anos de abstinência, sendo que se avaliaram estes em grupos separados pelo tempo de três anos de abstinência em comparação a um grupo controle formado por parentes em primeiro grau. Avaliou-se a percepção auditiva por meio de um teste de discriminação de frequências sonoras correspondentes às notas musicais de um escala ocidental padrão. Já o funcionamento cognitivo avaliou-se por meio de testes neuropsicológicos relativos aos processos de memorização, atenção, e de funcionamento executivo. Os resultados mostraram que ambas as formas de ingestão do álcool ocasionam prejuízos perceptivos na audição, bem como em algumas das subfunções neuropsicológicas avaliadas, sugerindo que o uso do etanol pode ser um demarcador de determinadas deficiências cognitivas.
  • JANDILSON AVELINO DA SILVA
  • INGESTÃO AGUDA E CRÔNICA DE ETANOL NO FUNCIONAMENTO AUDITIVO E NEUROCOGNITIVO
  • Data: 27/02/2015
  • Hora: 10:00
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  • Sabe-se que o etanol, presente nas bebidas alcoólicas, ingerido de forma aguda ou crônica, em seus vários níveis, leva a uma série de alterações orgânicas que podem interferir em processos cognitivos e comportamentais básicos. Nesse sentido, o presente estudo teve como objetivo avaliar a influência da ingestão aguda e crônica de etanol na percepção auditiva e no funcionamento neuropsicológico. Manipulou-se a ingestão aguda em estudantes universitários, de 18 a 30 anos, os comparando consigo mesmos em duas condições diferentes. Em uma delas, solicitava-se que os participantes ingerissem uma quantidade de álcool proporcional ao seu peso corporal para que no momento dos testes possuíssem 0,08 % de etanol no sangue. Na outra, ingeriam apenas uma bebida placebo. Avaliou-se a ingestão crônica do álcool em participantes de Alcoólicos Anônimos, com idades de 40 a 60 anos, que possuíam de 1 a 15 anos de abstinência, sendo que se avaliaram estes em grupos separados pelo tempo de três anos de abstinência em comparação a um grupo controle formado por parentes em primeiro grau. Avaliou-se a percepção auditiva por meio de um teste de discriminação de frequências sonoras correspondentes às notas musicais de um escala ocidental padrão. Já o funcionamento cognitivo avaliou-se por meio de testes neuropsicológicos relativos aos processos de memorização, atenção, e de funcionamento executivo. Os resultados mostraram que ambas as formas de ingestão do álcool ocasionam prejuízos perceptivos na audição, bem como em algumas das subfunções neuropsicológicas avaliadas, sugerindo que o uso do etanol pode ser um demarcador de determinadas deficiências cognitivas.
  • ROSANE DE SOUSA MIRANDA
  • RACISMO NO CONTEXTO DA SAÚDE: UM ESTUDO PSICOSSOCIOLÓGICO
  • Data: 26/02/2015
  • Hora: 09:00
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  • racial. No entanto, ao adentrar as relações raciais que se estabelecem no cotidiano e nas instituições podem-se perceber disparidades e desigualdades, onde grupos minoritários são colocados à margem. Em face destas premissas, o objetivo desta tese é investigar o racismo nos atendimentos em saúde a partir da percepção dos seus usuários. Para atendê-lo fez-se necessária a realização de dois estudos empíricos. No primeiro estudo foi feita a adaptação e validação da Escala de Percepção de Discriminação Racial em Saúde – Versões Pessoal e Geral. Lócus de Pesquisa: grande João Pessoa.Participantes: 214 adultos.Instrumentos: Questionário Biossociodemográfico; Escala Percepção de Discriminação Racial em Saúde - Versão Pessoal (EPDRS-VP); Escala Percepção de Discriminação Racial em Saúde - Versão Geral (EPDRS-VG). Análises: estatísticas descritivas e medidas de tendência central e dispersão e também aquelas bi e multivariada, como Análise Fatorial Exploratória, alfa de Cronbach e MANOVA. Resultados: Tanto a EPDRS-VP quanto a EPDRS-VG apresentaram estrutura unifatorial e consistência interna adequada, α = 0,94 e α = 0,93, respectivamente, apresentando padrões psicométricos adequados. Buscando apreender o racismo no contexto de saúde em seus múltiplos aspectos, a seguir procedeu-se a segunda investigação, onde as escalas validadas foram utilizadas como uma das variáveis para investigar as representações sociais forjadas pelos participantes acerca da temática. Lócus de Pesquisa: João Pessoa. Participantes: 30 adultos. Critérios para inclusão da amostra: (i) ter mais de 18 anos; (ii) aceitar participar da pesquisa, e (iii) ser usuário de serviços de saúde.Instrumentos: Teste de Associação Livre de Palavras (TALP) com os estímulos: saúde, racismo, racismo em saúde, atendimento em saúde e SUS;Questionário biossociodemográfico; EPDRS-VP; EPDRS-VG. Análises: o questionário biossociodemográfico foi submetido à estatística descritiva e inferencial; As Escalas foram analisadas por meio de estatística descritiva e inferencial. Os dados oriundos do TALP foram submetidos à análise fatorial de correspondência. A entrevista semiestruturada foi analisada por meio de análise lexical de conteúdo. Resultados: a análise das representações sociais evidenciou a polarização do discurso em torno da afirmação/negação do racismo no contexto da saúde. A inserção social em atividades ligadas a questão racial, bem como a discriminação racial percebida foram característicos do discurso que afirma a existência do racismo em saúde, enquanto a negação foi atrelada ao catolicismo, pessoas brancas e com baixa percepção de discriminação racial. Os achados apontam para a pertinência de discutir o racismo no contexto da saúde. Espera-se que os resultados possam lançar luz sobre a existência de racismo nos serviços de saúde e colaborar com ações relativas à Politica Nacional de Atenção Integral a Saúde da População Negra.
  • LIVIA SALES CIRILO
  • Direitos humanos nos serviços de saúde mental: Representações Sociais de Profissionais
  • Data: 24/02/2015
  • Hora: 15:00
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  • A cidadania e o cumprimento dos direitos humanos tornaram-se eixos norteadores das novas formas de atendimento em saúde mental, alicerçadas na Reforma Psiquiátrica, contudo parecem ainda existir ações que ferem o respeito aos direitos humanos. No cotidiano dos novos serviços de saúde mental, o objetivo é que os direitos humanos sejam respeitados. Historicamente foram criadas leis que tratam dessa questão, a exemplo da Lei 10.216. As leis e portarias se configuram como um aparato legal na garantia desses direitos, porém se observa uma discrepância entre conhecer os direitos dos portadores de transtorno mental e consolidar estratégias que busquem essa garantia. Este estudo teve como objetivo principal identificar as representações sociais dos direitos humanos de profissionais dos serviços de saúde mental- CAPS. Os objetivos desse estudo foram respondidos a partir de uma pesquisa cujas bases teóricas e metodológicas foram desenvolvidas por Moscovici e por Willem Doise. O presente estudo trata-se de uma pesquisa ex- post facto, do tipo quantitativa e qualitativa. Foram entrevistados 60 profissionais de nível superior dos Centros de Atenção Psicossocial e utilizados como instrumentos: um questionário sócio- demográfico, as escalas de medidas psicossociais e uma entrevista semiestruturada. Este estudo se pauta nas normas estabelecidas pela Comissão Nacional de Saúde na Resolução de nº 196, no que se refere aos procedimentos éticos, sendo submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual da Paraíba. Na análise dos dados foi utilizada a análise de conteúdo de Bardin, análises estatísticas e o programa estatístico ALCESTE. Os resultados indicaram que as representações sociais dos direitos humanos foram ancoradas na Reforma Psiquiátrica e na implantação dos serviços CAPS. A maioria dos participantes relataram que há mudanças, mesmo que discretas, na forma como a doença mental é vista pela sociedade. O dendrograma foi composto por dois grupos: Avaliação da Reforma e Ressocialização e cidadania. O primeiro deles agrupou as classes: crítica à assistência e Legislação e o segundo grupo reuniu as classes: causa das doenças, papel dos profissionais e Inserção Social. Ao mesmo tempo em que os profissionais relataram conhecer aspectos importantes da Reforma Psiquiátrica e da nova política de atendimento, no cotidiano dos serviços as ações de efetivação dos direitos humanos parecem ser escassas. Os profissionais relataram ainda limitações relacionadas ao excesso de atividades, pouca divulgação dos direitos e outras questões. No que se refere ao nível de envolvimento com os direitos humanos, os resultados mostraram que no nível pessoal, os profissionais avaliaram que devem se envolver e têm se envolvido na questão dos direitos, enquanto que no nível governamental, os respondentes avaliaram que o Governo deve se envolver na defesa dos direitos , porém na prática pouco tem feito. Tais resultados indicam a necessidade de reflexão e avaliação dos serviços para que haja uma intersecção entre teoria e prática e concomitantemente uma busca efetiva pelo cumprimento dos direitos humanos dos portadores de transtornos mentais.
  • PABLO VICENTE MENDES DE OLIVEIRA
  • O PAPEL DA SOCIALIZAÇÃO MATERNA NA CONSTRUÇÃO DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DOS DIREITOS HUMANOS
  • Data: 21/02/2015
  • Hora: 10:00
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  • O presente estudo tem como objetivo principal a verificação da pertinência de um modelo teórico que destaca o papel de agentes de socialização como mediadores entre o conhecimento disponível no ambiente sociocultural e a transmissão ou construção das Representações Sociais (RS) sobre os Direitos Humanos (DH). Para atingir esse fim, foram adotados os referenciais teóricos concernentes às quatro gerações de DH, à Teoria das RS e às abordagens referentes à socialização parental. O modelo teórico a ser testado preconiza que o uso de verbalizações sobre os DH pelas mães está associado à percepção que os filhos têm dessas verbalizações e que essa percepção está associada ao comprometimento dos filhos com os direitos verbalizados. A variável verbalizações maternas foi constituída pela técnica indutiva; a percepção dos filhos referiu-se ao que os filhos compreendiam que suas mães lhes diziam sobre os DH; e o comprometimento com os DH referiu-se à característica atitudinal das representações que os filhos elaboram sobre os DH. Além do objetivo principal, buscou-se verificar diferenças referentes à idade e ao sexo dos filhos em relação a cada uma das variáveis abordadas no modelo. Para alcançar esses objetivos, 100 mães e 100 filhos, de 12-13 anos e de 16-17 anos de idade, do sexo masculino e do sexo femininos, alunos de escolas privadas, responderam a um questionário que constava de perguntas sociodemográficas e de escalas relativas às variáveis estudadas. De modo geral, os resultados indicam que o modelo proposto é adequado; que as verbalizações das mães, a percepção dos filhos e o comprometimento dos filhos com os DH são mais elevados entre os filhos de 12-13 anos do que entre aqueles de 16-17 anos; e que escores mais elevados, nessas 3 variáveis, estão relacionados a direitos não polêmicos. Apesar disso, verifica-se uma tendência de comprometimento futuro dos filhos com direitos polêmicos um pouco maior do que a verbalização materna e a percepção dos filhos sobre essa verbalização. Acredita-se que esses resultados confirmam a importância dos agentes de socialização na construção das RS sobre os DH e que, em função das limitações de conhecimento dos filhos mais novos, há um maior investimento verbal das mães na educação desses filhos que, desse modo, têm uma maior percepção dessas verbalizações. Quanto ao maior nível de comprometimento dos filhos mais novos com os DH, acredita-se que é consequência de uma exposição mais intensa às verbalizações maternas a respeito desses direitos; da maior exposição de jovens dessa faixa etária à mídia, que divulga, muitas vezes, os princípios dos DH; e de novas leis que obrigam a abordagem de temas relativos aos DH nas escolas. Julga-se que essas leis têm beneficiado, principalmente, os filhos mais novos, uma vez que a educação dos mais velhos está voltada, sobretudo, para os exames de admissão nas universidades. Ademais, acredita-se que os filhos demonstram um maior nível de comprometimento futuro com os DH polêmicos, quando comparado às verbalizações de suas mães e à percepção dessas verbalizações sobre tais direitos, devido à divulgação de direitos polêmicos pela mídia, pelo trabalho de conscientização desenvolvido pelos movimentos sociais e pela abordagem atual de muitos desses direitos na escola.
2014
Descrição
  • JOSE RONIERE MORAIS BATISTA
  • OS ESTEREÓTIPOS E O EFEITO DO CONTATO VIRTUAL NO PRECONCEITO CONTRA NEGROS E NORDESTINOS
  • Data: 12/12/2014
  • Hora: 09:00
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  • Esta tese teve por objetivo principal investigar o papel do contato mantido na internet com os negros e nordestinos na relação entre o preconceito e à discriminação contra esses grupos. Para alcançar o objetivo proposto, foram realizados cinco estudos. Nos três primeiros foram desenvolvidos os instrumentos que seriam utilizados posteriomente, bem como foram estabelecidas as similaridades e diferenças entre o preconceito racial e regional. Nos dois últimos estudos, buscou-se investigar o papel dos tipos de contato (mantido na internet, presencial e estendido) na percepção do preconceito contra os grupos dos negros e dos nordestinos, além de suas funções mediadoras na relação entre o preconceito e a discriminação. Para a realização do estudo 1 foi utilizada uma lista de adjetivos por meio da qual os participantes escolhiam as características mais representativas dos grupos dos negros e nordestinos. Os resultados do estudo 1 apontou para uma forte similaridade na atribuição de adjetivos para o grupo dos nordestinos e negros. Esse processo de estereotipia foi similar ao encontrado em pesquisas realizadas dez anos antes com grupos de negros, o que demonstra uma constância do conteúdo destes estereótipos. O estudo 2 conteve a lista de adjetivos utilizada no estudo 1, além de medidas de preconceito e de identificação com o grupo dos negros e nordestinos. Como principal resultado foi evidenciada a existência de um processo de essencialização na categorização dos nordestinos similar ao que ocorre com o grupo dos negros. Nesse sentido, os nordestinos não foram avaliados em termos das características de sua região, mas por estereótipos que remetiam a características naturais e biológicas, se aproximando assim das explicações existentes para justificar o preconceito racial. Para realização do estudo 3 foi desenvolvido um cenário onde ocorria uma suposta seleção injusta durante o processo de contratação para um cargo de vendedor em uma loja. O contexto de injustiça variou em duas condições, no primeiro um personagem de cor negra concorria à vaga com um personagem de cor branca, sendo que este último era contratado, mesmo ambos tendo as mesmas qualificações. Na segunda condição, a história era a mesma, sendo um personagem nordestino concorrendo com um candidato sulista pela vaga de vendedor, e este último foi o contratado. Cabia ao participante julgar a seleção como justa ou injusta e posteriormente explicar sua resposta. O resultado demonstrou uma similaridade nos repertórios discursivos tanto para a condição do personagem negro, quanto para a condição do personagem nordestino, o que corrobora os resultados dos estudos 1 e 2. Para realização dos estudos 4 e 5, foram utilizadas medidas de contato que foram categorizadas de três formas: contato mantido na internet (número de amigos que os participantes possuíam exclusivamente no meio virtual); contato presencial (número de amigos que os participantes possuíam nas suas relações cotidianas); e contato estendido (número de amigos e parentes que os respondentes possuíam e que se relacionavam com o grupo dos negros e nordestinos). Os resultados do estudo 4 apresentam o contato mantido na internet com os negros e nordestinos como melhor preditor da percepção da discriminação cometida contra esses grupos. O resultado do estudo 5 indicou que o contato mantido na internet com negros e nordestinos mediava a relação entre preconceito e discriminação, de forma que quanto maior o contato mantido com negros e nordestinos na internet, menores eram os índices de discriminação contra esses grupos. Tomados em conjunto, os resultados apontam que o contato via internet com negros e nordestinos pode ter um efeito positivo na construção de uma imagem mais positiva desses grupos.
  • MARIA TEREZA DE SOUZA NEVES
  • Impacto do Cuidado na Qualidade de Vida e Saúde Mental do Cuidador Familiar de Idoso Dependente
  • Data: 30/10/2014
  • Hora: 09:00
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  • O envelhecimento populacional e a dependência decorrente do aumento da longevidade evidenciam a figura do cuidador familiar, foco deste estudo. Especificamente no Brasil, existem políticas de saúde voltadas para idosos, com foco na prestação de cuidados para com a sua saúde. Porém, o cuidador familiar, que auxilia o idoso dependente, que muitas vezes encontra-se tão fragilizado quanto o idoso, não recebe a devida atenção com relação a sua saúde. O presente estudo teve como objetivo avaliar a qualidade de vida e saúde mental do cuidador familiar a partir do impacto deste cuidar com foco na sobrecarga do cuidador, na saúde mental e nos aspectos sociais que estão imbricados nesta relação. A amostra foi de 40 cuidadores familiares, com idade acima de 18 anos, de ambos os sexos. Como instrumentos foram utilizados o Índice de Barthel para avaliação do grau de dependência do idoso, o WHOQOL-bref; o Questionário de Avaliação da Sobrecarga do Cuidador Informal (QASCI); o Self-Reporting Questionnaire - 20 (SRQ-20) e a Escala de Satisfação com a Vida, além de entrevista semiestruturada aplicada em 10 cuidadores participantes da amostra. Foi utilizado também um questionário sociodemográfico para uma melhor caracterização do perfil dos participantes. De acordo com os resultados quantitativos, o perfil dos cuidadores pode ser caracterizado pela faixa etária acima de 40 anos (82,5%), do sexo feminino (87,5%), casadas (47,5%), com escolaridade média (45%) ou baixa (17,5% fundamental e 17,5% não tem escolaridade), na maioria desempregados (47,5%), e com renda familiar entre um e três salários mínimos. Na maioria dos casos, o cuidador(a) é filho(a) do idoso dependente (62,5%). Os idosos dependentes, em sua maioria, eram do sexo feminino (67,5%), apresentando idade variando entre 64 e 98 anos. De modo geral, as maiores dependências estão situadas nas atividades referentes ao banho, higiene pessoal, subir escadas, vestir-se, usar o vaso sanitário, na alimentação e na capacidade de controlar a urina, nesta ordem. A suspeição diagnóstica de transtornos mentais comuns obteve prevalência de 40% para a amostra em geral, apontando que 16 cuidadores pontuaram na faixa sugestiva de morbidade para Transtornos Mentais Comuns. Com relação à sobrecarga do cuidador, observou-se predomínio de índices de sobrecarga moderada e elevada (M=53,02; DP=20,39; variando de 16 à 88). A média de satisfação com a vida dos cuidadores foi de 41,87 (DP=15,17; variando de 10 a 80), portanto, para a maioria (77%), a avaliação foi negativa. Quando avaliada a Qualidade de Vida Geral, os participantes apresentaram avaliações positivas, com média de 56,6 (DP=20,9; variando de 19 a 78). Todavia, ao analisar os fatores que compõem a qualidade de vida, verificou-se o impacto do cuidado nessa avaliação, uma vez que não houve avaliação positiva, sendo os fatores ambiental e social os mais prejudicados, seguidos pelo psicológico e físico. Em relação ao tempo de cuidado, verificou-se diferença significativa (t(38)=-2,435; p=0,02), no fator psicológico, indicando que o cuidado inicial (menor que 2 anos) oferece maior risco psicológico. Provavelmente, com o maior tempo de cuidado pode haver uma acomodação ou adaptação à situação, diminuindo os danos psicológicos. Espera-se que com a realização deste estudo, os conhecimentos acerca dos cuidadores familiares de idosos dependentes sejam ampliados, com foco na qualidade de vida e saúde mental destes, como também verificar como a saúde pública vem trabalhando com a promoção da saúde destas pessoas que ao prestarem cuidados também precisam ser cuidadas.
  • MONICA CRISTIANE MOREIRA CRISPIM
  • ENVELHECIMENTO BEM-SUCEDIDO: UMA ANÁLISE DOS FATORES DE PROTEÇÃO E VULNERABILIDADE
  • Data: 25/08/2014
  • Hora: 10:00
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  • O objetivo deste trabalho foi estimar os fatores psicossociais de proteção e vulnerabilidade do envelhecimento bem-sucedido. Partiu-se da premissa de que o envelhecimento é um processo contínuo, heterogêneo, multidisciplinar, multidimensional, que envolve fatores biológicos, psicológicos, sociais, culturais, econômicos e de enfrentamento e compensação de perdas e ganhos. A pesquisa teve um corte transversal e quantitativa, composta por 913 participantes, sendo subdividida em três estudos. O primeiro estudo, que empregou uma amostra de 288 idosos, teve como objetivo a adaptação transcultural e a análise das propriedades psicométricas da Escala de Envelhecimento Bem-sucedido (SAS), composta por 14 itens. O segundo estudo, que utilizou 270 idosos, teve como objetivo a adaptação transcultural e a análise das propriedades psicométricas da Escala de Resiliência Breve (BRS), de seis itens. O terceiro estudo consolidou o objetivo geral de investigar os fatores de proteção e vulnerabilidade do envelhecimento bem-sucedido. Para tanto, obteve-se uma amostra de 355 idosos, que responderam cerca de 200 questões sobre envelhecimento bem-sucedido, resiliência, estresse percebido, satisfação com a vida, ansiedade, depressão, perfil de saúde e dados sociodemográficos. O primeiro estudo apresentou um resultado satisfatório, tendo um índice de consistência interna α = 0,65 e redução de quatro itens da escala. A versão final da SAS ficou composta por 10 itens. O segundo estudo apresentou uma consistência interna α = 0,78 e a estrutura fatorial da escala manteve o número de itens original. O terceiro estudo revelou que a BRS (β =0,44, p < ,01) e três das demais escalas utilizadas [ESV (β = 0,38, p <,01); HADS-D (β = -0,38, p <,05); e PSN (β = 0,20, p < ,01)] foram preditores de proteção ou de vulnerabilidade do envelhecimento bem-sucedido. O modelo se apresentou estatisticamente significativo [F (7,35) = 17,59, p <,01)], respondendo por 26% da variância no envelhecimento bem-sucedido. Portanto, este último estudo apresentou, como fatores de proteção, a satisfação com a vida, a resiliência, o suporte social e uma melhor percepção de saúde e, como fator de vulnerabilidade, a presença de sintomatologia depressiva, sendo que, para cada construto, existem os fatores determinantes e coadjuvantes do envelhecimento bem-sucedido. A validação da escala multidimensional SAS abre diversas possibilidades de investigações futuras, a respeito das especificidades regionais do envelhecimento bem-sucedido, no Brasil.
  • VINICIUS DE MATOS RODRIGUES
  • Liderança do treinador e satisfação de atletas escolares
  • Data: 30/05/2014
  • Hora: 14:00
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  • Embora a liderança seja um fenômeno amplamente estudado pelos pesquisadores das ciências sociais, seus efeitos no contexto esportivo ainda são pouco conhecidos. Sobretudo, a liderança no esporte escolar tem sido negligenciada. Por outro lado, o esporte escolar tem absorvido grandes investimentos para desenvolver novos atletas e promover a saúde de seus praticantes. Nesse contexto, o treinador (líder) exerce um papel fundamental, pois o seu comportamento influencia, positiva ou negativamente, o desempenho e o bem estar psicológico dos atletas. O presente estudo é baseado no Modelo Multidimensional de Liderança, proposto por Chelladurai (1978, 2007), e teve como objetivo geral analisar a relação entre a liderança dos treinadores e a satisfação de atletas escolares. Os objetivos específicos foram: (1) fazer uma análise descritiva e comparativa do comportamento de liderança dos treinadores e da satisfação dos atletas; (2) verificar a concordância entre a liderança percebida pelos atletas e a autopercebida pelos treinadores; (3) testar a hipótese da congruência da liderança com a satisfação, e (4) elaborar um modelo explicativo da satisfação dos atletas a partir do comportamento de liderança do treinador. A amostra foi composta por 466 atletas com idade média de 16,16 (DP = 0,79) e 57 treinadores com idade média de 37,91 (DP = 9,52), participantes da etapa nacional das Olimpíadas Escolares 2012, realizada sob a organização do Comitê Olímpico Brasileiro. Atletas responderam um questionário sócio demográfico, a Escala de liderança no Esporte (versões preferência e percepção) e o Questionário de Satisfação do Atleta (versão liderança). Já os treinadores responderam um questionário sócio demográfico e a Escala de liderança no Esporte (versão autopercepção). A análise da consistência interna e análise fatorial confirmaram a validade psicométrica dos instrumentos. As comparações intra e intergrupos (de acordo com sexo e tipo de modalidade) demonstraram diferenças em algumas dimensões da liderança e da satisfação. Porém, não houve diferença entre as respostas dos atletas e dos treinadores, sugerindo que há concordância sobre o comportamento apresentado pelo treinador. Os resultados das análises de regressão suportam parcialmente a hipótese de que a satisfação dos atletas é dependente da congruência entre o comportamento do treinador percebido e preferido pelos atletas. Por fim, o modelo elaborado apresenta três dimensões do comportamento de liderança do treinador como variáveis explicativas da satisfação dos atletas.
  • CLEIDE ESTER DE OLIVEIRA
  • DISCURSOS, HOMOFOBIA E POLÍTICAS DE DIREITOS HUMANOS
  • Data: 27/03/2014
  • Hora: 09:00
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  • Esta tese tem como objetivo geral analisar a discursividade produzida por parte de líderes políticos e religiosos em função das reivindicações do movimento LGBT e das políticas públicas de direitos humanos. Tomamos como embasamento teórico a arqueogenealogia formuladas por Michel Foucault para compreender as categorias teóricas: discurso, poder/saber/verdade, sexualidade/homossexualidade e normatização. Adotou-se a abordagem qualitativa tendo como corpus para a análise os vídeos postados no site YouTube contendo pronunciamento, debate, preleção e pregação de seis líderes políticos e religiosos contrários às políticas de direitos humanos voltadas ao grupo LGBT. A definição do número de participantes seguiu o critério de saturação dos dados proposto por Cecília Minayo (2010). Para analisar os discursos, utilizamos a Análise do Discurso (AD) (Gregolin, 2004), cuja proposta de análise foi delineada a partir das teorizações de Foucault e tem como base as seguintes categorias: Quem fala? De onde fala? Que efeitos de sentido geram? Que discursos aparecem (enunciados, contradições, repetições, regularidades e dispersões)? A partir de que grande acontecimento os discursos emergem? A partir dos discursos analisados são identificados sentimentos de aversão, rejeição e, consequentemente, exclusão do grupo LGBT. Emergem discursos que relacionam o grupo LGBT a pessoas desprovidas de caráter, promíscuos, pedófilos e ameaçadores da ordem social. Na visão desses líderes, as políticas de direitos humanos não devem incluir esse grupo. Os sujeitos são atravessados por discursos de cunho moral, religioso e pseudocientífico que sustentam a heteronormatividade. Sendo assim, a homofobia está legitimada institucionalmente se considerarmos o lugar de onde esses líderes falam.
  • ORLANDO JUNIOR VIANA MACEDO
  • ATUAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE PSICOLOGIA NAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE PROTEÇÃO SOCIAL NO ÂMBITO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
  • Data: 20/03/2014
  • Hora: 14:00
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  • O presente estudo partiu da seguinte questão-problema: a Psicologia tem conseguido trabalhar nas Políticas da Assistência Social, de forma a efetivar direitos das crianças e dos adolescentes? Ou esta atuação tem se caracterizado como uma ferramenta a mais para o controle social dos pobres, mantendo histórica tradição dessas políticas? Partiu-se do pressuposto de que a atuação da Psicologia na efetivação dos direitos das crianças e dos adolescentes se dá distante das reais necessidades desses sujeitos. Sendo defendida a tese de que num Estado socialdemocrata como o Brasil, a atuação da Psicologia nas Políticas Públicas de Proteção Social no âmbito da Assistência Social, para atender às reais necessidades das crianças e dos adolescentes, precisa estar pautada na realidade concreta desses sujeitos, por meio de uma atuação comprometida com uma transformação social. O que demanda uma análise crítica acerca das dimensões cultural, social, econômica e política que repercutem na Política de Assistência Social e na população para quem a atuação da Psicologia se volta. Buscou-se suporte teórico na perspectiva crítico-dialética, para conceber o Estado contemporâneo e as Políticas Públicas e na Psicologia Histórico- Cultural de Vigotski, para analisar tanto a atuação dos profissionais de Psicologia, quanto a concepção dos gestores das Políticas de Assistência acerca dessa atuação. O objetivo geral foi analisar a atuação dos profissionais de Psicologia nas Políticas Públicas de Proteção Social no âmbito da Assistência Social na garantia dos direitos das crianças e dos adolescentes. A pesquisa foi realizada em dois momentos: Entrevistas semiestruturadas realizadas individualmente com seis gestores e com onze profissionais de Psicologia. As entrevistas dos gestores foram analisadas a partir da Análise de Conteúdo, técnica de análise temática. Enquanto as entrevistas dos profissionais de Psicologia foram analisadas por meio do software ALCESTE. Nas falas dos gestores predominou concepção de uma atuação dos profissionais de Psicologia na Proteção Social Básica fundamentada em tecnologias oriundas de um modelo clínico individualizante; enquanto que na Proteção Social Especial, predominou visão de uma atuação pautada numa perspectiva psicossocial. Emergiram também, nas falas dos gestores, dificuldades que se fazem presentes nas Políticas de Assistência Social, o que evidencia limitações da decorrentes da postura do Estado, que vem reduzindo grau de cobertura e eficácia das políticas públicas. A partir das falas dos profissionais de Psicologia percebeu-se que: em sua atuação se deparam com vários aspectos da Política de Assistência Social que limitam sua atuação profissional; a formação que tiveram acesso, tanto no meio acadêmico quanto nas capacitações pouco contribuíram para atuação; concebem a infância e adolescência a partir de perspectivas naturalizante e universalista. Considera-se que as concepções dos gestores acerca da atuação dos profissionais de Psicologia, associados às condições de trabalho, às limitações da própria Política de Assistência Social, da formação acadêmica e das capacitações que os profissionais de Psicologia tiveram acesso para atuar nas Políticas Públicas, são aspectos que fazem com que a Psicologia atue mais numa perspectiva de controle social das crianças e adolescentes usuárias do que numa perspectiva de efetivação dos direitos sociais desses sujeitos.
  • FRANCISCO DE ANDRADE ROSA
  • CONTEÚDOS REPRESENTACIONAIS NO LIVRO DOS ESPÍRITOS SOBRE SAÚDE E DOENÇA
  • Data: 13/03/2014
  • Hora: 09:00
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  • A presente tese objetivou apreender as representações sociais acerca da saúde e doença propagada pela doutrina espírita por meio da obra "O livro dos Espíritos". Especificamente, analisar as imbricações destas representações sociais com as concepções de homem, sociedade e ciência. Para subsidiar este estudo utilizou-se do aporte teórico das representações sociais, por este permitir a construção de um conhecimento prático e compartilhado. Para atingir estes objetivos foi realizada uma pesquisa documental do conteúdo do livro já mencionado, cujo material foi processado pelo software ALCESTE e analisados por meio da análise Lexical (Analise hierárquica Descendente). Os resultados advindos do processamento do corpus (32 UCIs) pelo programa originou sete classes com aproveitamento de 72% do total das UCEs. As representações sociais contidas no livro dos Espirítas acerca de saúde foram objetivadas no equilíbrio e na harmonia do corpo cuja finalidade é propiciar uma vida saudável em direção à perfeição e ancorada na obediência das leis naturais ou divinas. E a doença objetivada pelos conceitos de "expiação e "prova" e ancorada na gênese do homem. A doença como expiação ou prova para os espíritas tem a finalidade de proporcionar ao homem a evolução ao qual está destinado. A doença deixa de ser ameaçadora e passa a ser aliada do progresso humano. A passagem do homem pela terra oferece possibilidades para a expiação dos erros cometidos que fizeram com que a pessoa se distanciasse do propósito da evolução, e as provas são vivenciadas para fixar o aprendizado obtido e seguir à diante. A concepção do homem segundo a doutrina espírita é a de que este é constituído por um corpo material, perispírito e alma. Os órgãos do corpo são instrumentos da manifestação das faculdades e qualidades da alma, as quais impulsionam o desenvolvimento dos mesmos. No que tange à concepção de sociedade, o conteúdo do livro preconiza a igualdade de direitos entre homens e mulheres, logo, o homem melhora à medida que melhor compreende e pratica a justiça divina. E quanto à concepção de ciência, o livro dos espíritos assimila os princípios da ciência de cada época. Espera-se que esses resultados contribuam para uma melhor compreensão da doutrina espírita ampliando o conhecimento sobre as relações entre saúde, doença e espiritualidade.
  • LUISA DO AMPARO CARVALHO PATATAS
  • PRECONCEITO, IDENTIDADE E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS: RELAÇÕES INTERGRUPAIS ENTRE ESTUDANTES INDÍGENAS E NÃO INDÍGENAS NO AMBIENTE ACADÊMICO
  • Data: 11/03/2014
  • Hora: 09:00
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  • O aumento do contato intergrupal entre indígenas e não indígenas tem ampliado o número de situações conflituosas principalmente nas regiões em que há maior demanda por terras para a agricultura e pecuária. Em Mato Grosso, esse contato tem se exacerbado devido não só ao crescimento demográfico e à assunção da identidade étnica, mas também à luta pelos direitos e pelas ações afirmativas que promovem novos contextos de vivência intergrupal. Neste contexto, esta tese objetivou apreender as representações sociais sobre a identidade e o preconceito elaboradas pelos estudantes indígenas e não indígenas da Universidade Federal de Mato Grosso. Para subsidiar o estudo fez-se uso da Teoria das Representações Sociais, da Teoria das Relações Intergrupais e da Teoria da Identidade Social. Para alcançar este objetivo dois estudos empíricos foram desenvolvidos: o primeiro com a finalidade de apreender as representações sociais dos universitários indígenas acerca de seu grupo e de suas vivências no ambiente acadêmico. Deste estudo participaram 34 universitários que responderam a um questionário biossociodemográfico e a um questionário temático. Os dados foram processados pelo SPSS versão 21 e pelo Software Alceste, respectivamente. Os resultados indicaram que as RS dos indígenas se diversificam a partir de quem representa e em que contexto se encontra inserido. Os universitários indígenas que pretendem vir para a cidade são representados por elementos que apontam para perseverança, dedicação e força de vontade para atingir seus objetivos, enquanto que as representações que emergem em relação à tomada de decisão e ao enfrentamento de obstáculos demonstram que tudo é feito pelo bem da comunidade. O segundo estudo objetivou identificar a existência de preconceito nas relações entre os dois grupos por meio de características positivas e negativas atribuídas aos indígenas e aos cuiabanos por universitários não indígenas segundo o que eles pensam e o que pensa a sociedade em geral. Participaram deste estudo 160 universitários não indígenas que foram submetidos a um questionário biossociodemográfico e a um questionário temático. Os dados oriundos destes instrumentos foram processados pelo pacote estatístico SPSS versão 21 e analisados por meio da estatística descritiva (média e desvio padrão). Os resultados indicam que os estudantes têm consciência da existência do preconceito no Brasil, pois para os participantes a sociedade brasileira atribui características essencialmente negativas como preguiçoso e acomodado aos indígenas e aos cuiabanos, enquanto eles próprios afirmam que ambos são alegres e batalhadores. Espera-se que estes achados venham a contribuir para um maior conhecimento de como ocorrem as relações intergrupais e que forma tomam as manifestações do preconceito no ambiente acadêmico.
  • HILDEBRANDO ESTEVES NETO
  • Preconceito e Contato Intergrupal: Um estudo dos Núcleos de Apoio as Pessoas com Necessidades Específicas
  • Data: 06/03/2014
  • Hora: 09:00
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  • Diante da globalização e dos acordos internacionais, a política do governo brasileiro passou a priorizar, em seu sistema educacional, o atendimento aos deficientes em classes comuns do ensino regular - Plano Nacional de Educação (Meta 4, 2012). Surge então um novo cenário no cotidiano das escolas, onde no aspecto social das relações, o preconceito tem um lugar de destaque. Nesse contexto, implantam-se políticas públicas promotoras de inclusão voltadas para a igualdade de oportunidades e convivialidade. Assim, o objetivo geral deste estudo foi investigar o preconceito e o contato intergrupal nos Núcleos de Apoio as Pessoas com Necessidades Específicas (NAPNE’s), relacionados à inclusão escolar em classe comum. Para alcançar este objetivo, justificou-se como aporte teórico ampliar as reflexões frente à teoria do preconceito, do qual este trabalho se apropria dos conhecimentos acerca da teoria das representações sociais veiculadas neste meio – políticas públicas de inclusão - a luz da teoria do contato e das relações intergrupais, por entender que estratégias baseadas no contato podem abrir novos horizontes, numa relação de trocas que existe entre o que é intrapsíquico, interpessoal, intergrupal ou societal. A amostra composta por 118 integrantes – professores e administrativos - dos núcleos de inclusão do programa TECNEP/SETEC/MEC, denominados de NAPNE’s, dos Institutos Federais brasileiro, com 75,4% do sexo feminino, 41,5% com idades entre 30 - 39 anos, com menos de 10 anos de atuação profissional (58,5%), e 70,3% preparados para o trabalho com deficientes. Aplicou-se o Método descritivo explicativo com abordagem qualitativa e quantitativa, tendo um caráter descritivo. O instrumento utilizado foi um questionário semi estruturado contemplando aspectos relativos à atuação; o apoio recebido; o grau de satisfação com as instalações e as principais dificuldades ou obstáculos. As variáveis foram mensuradas em escalas do tipo Likert e de Bogardus (1925), e por fim, questões sociodemográficas. Estes dados foram processados utilizando os softwares SPSS e EVOC, e analisados através de estatística descritiva. Os resultados mostraram 70,3% dos integrantes participando das relações intergrupais, porém 85,6% insatisfeitos com as instalações escolares e apenas 14,4% satisfeitos com o apoio institucional recebido, na escola há falta de contato nas relações (90,6%) junto as Pessoas com Necessidades Específicas se mostrando quase inexistente. A segregação foi rejeitada (92,3%). No que se referem aos resultados das análises entende-se que falta apoio de toda ordem aos núcleos, inexiste um contato efetivo, os integrantes estão ávidos em participar do processo concordando com a comunalidade da sala, e que esta política pública de inclusão na forma como se encontra provoca preconceito institucional, ensejando ajustes operacionais. A pesquisa mostra que a forma de trazer efeitos que resultariam em diminuição do preconceito numa relação de diferenças culturais e sociais aceitáveis pela sociedade moderna seja o contato intergrupal planejado e estruturado, e que, os Núcleos podem influenciar no processo da inclusão quando há maior frequência nos contatos intergrupais.
  • JULIANA BARBOSA LINS DE ALMEIDA
  • A invenção dos outros: Estereótipos étnicos, raciais e regionais no Brasil e na Espanha
  • Data: 28/02/2014
  • Hora: 10:00
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  • Este trabalho tem como objetivo analisar comparativamente o conteúdo dos estereótipos de grupos considerados majoritários e de grupos considerados minoritários no Brasil e na Espanha, a partir da região de pertença dos participantes, e analisar de que maneira o conteúdo desses estereótipos influenciam na decisão e na justificativa em relação à concessão de direitos sociais aos grupos minoritários. Em ambos os países os grupos foram classificados em duas temáticas. No Brasil, foi analisado o conteúdo dos estereótipos atribuídos a pessoas negras e a pessoas brancas (temática racial), como àqueles atribuídos a nordestinos e a sulistas (temática regional). Na Espanha foi investigado o conteúdo dos estereótipos dos ciganos e dos marroquinos (temática étnica) e dos andaluzes e dos catalães (temática regional). O acesso ao conteúdo dos estereótipos foi realizado a partir de três abordagens distintas: checklist, associação livre de palavras e modelo do conteúdo dos estereótipos (SMC), e cada participante respondeu a apenas uma. Para consecução deste objetivo o trabalho foi realizado em três regiões em cada país, considerando a aplicação em uma região desenvolvida que representou os grupos majoritários; em uma região menos desenvolvida que representou os grupos minoritários, e em uma região considerada “neutra”. No Brasil, compuseram a amostra setecentos e catoreze estudantes universitários, distribuídos entre as regiões Sul, Nordeste e Centro Oeste, e na Espanha, setecentos e setenta e sete estudantes universitários distribuídos entre as Comunidades Autônomas da Catalunha, da Andaluzia e de Madri. Tomados em conjunto, os resultados revelam haver um consenso em relação ao conteúdo dos estereótipos, que parece indicar uma polarização das diferenças entre aqueles considerados como maioria e como minoria social. As análises sobre o posicionamento frente à concessão de direitos sociais para grupos minoritários corroboram com a afirmativa de que os estereótipos sociais estão imbricados na estrutura e no processo de preconceito e discriminação. Os resultados obtidos são discutidos à luz das novas teorias sobre o racismo.
  • LUIS AUGUSTO DE CARVALHO MENDES
  • CONSUMO DE ROUPAS: UMA EXPLICAÇÃO PAUTADA EM VARIÁVEIS PSICOLÓGICAS, PROCESSOS IMPLÍCITOS E INFLUÊNCIA PUBLICITÁRIA
  • Data: 28/02/2014
  • Hora: 10:00
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  • Compreender o que motiva os comportamentos de consumo tem sido um dos focos de interesse de áreas como o Marketing e a Psicologia. Neste sentido, o objetivo desta tese foi conhecer em que medida o consumo de roupas pode ser explicado por variáveis psicológicas individuais (Valores Humanos, Julgamento e Significado do Produto, Necessidade de Cognição e Desejabilidade Social), por aquelas relacionadas à roupa (Preocupação com a Aparência, Envolvimento com a Roupa, Engajamento na Compra de Roupas e Atitudes frente ao Consumo de Roupa) e por processos implícitos (TAI e Priming). Para isso, foram realizados seis estudos empíricos. O Estudo 1 teve como objetivo principal conhecer evidências de validade das Escalas de Preocupação com a Aparência, Engajamento na Compra de Roupas, Atitudes frente ao Consumo de Roupa e o Questionário de Conhecimento ou Experiências com o Consumo de Roupas. Participaram 223 estudantes, sendo a maioria do sexo feminino (57,4%), solteira (85,7%), com idade média de 23 anos (DP = 5,41). Os resultados indicaram evidências de validade e precisão (alfas de Cronbach > 0,80). No Estudo 2 foi realizado uma análise confirmatória dessas escalas. Participaram 233 pessoas, sendo a maioria do sexo feminino (51,9%), solteira (57,5%) e com idade média de 31 anos (DP = 9,40). Os resultados indicaram que os instrumentos apresentaram índices de ajuste satisfatórios (χ²/gl < 2,97, GFI > 0,92, AGFI > 0,87, CFI > 0,94 e RMSEA < 0,09), corroborando a adequação das medidas. No Estudo 3 foi analisada a diferenciação pelo valor da marca (Brand Equity) das lojas do segmento de vestuário de João Pessoa. Contou-se com a colaboração de 50 participantes do sexo feminino, sendo a maioria solteira (91,3%) e com idade média de 23 anos (DP = 4,43). Com os resultados foi possível organizar as lojas nos níveis Baixo, Médio e Alto Brandy Equity [F(2,421) = 293,72; p < 0,01]. O Estudo 4 buscou analisar a capacidade preditiva das variáveis psicológicas individuais, daquelas relacionadas à roupa, dos processos implícitos e das características demográficas frente ao consumo de roupas. Comprovou-se a diferença de gênero, indicando um maior envolvimento das mulheres com as medidas relacionadas com a roupa e as intenções de consumo (t > 1,96, p < 0,05). A subfunção valorativa Realização e o Significado Simbólico foram as variáveis individuais que apresentaram os maiores coeficientes de correlação com as variáveis relacionadas à roupa (r > 0,22, p < 0,01). Os fatores referentes às marcas e lojas de Baixo Brand Equity foram explicados com mais propriedade pelas Variáveis Demográficas, já as marcas de Médio e Alto Brand Equity apresentaram um padrão em que as variáveis Comportamentais e de Valor do produto foram explicadas, com maior força, pelas variáveis psicológicas individuais. Assim, corroborou-se a hierarquia Valores  Atitudes  Intenção Comportamental, por meio da mediação das Atitudes entre os Valores Humanos e a Intenção Comportamental (z de Sobel > 1,96, p < 0,05). No Estudo 5 foi possível comprovar a influência das medidas implícitas (TAI) frente ao Valor pago por uma peça Baixo Brand Equity (β = -0,14, p < 0,05). Participaram deste estudo 203 estudantes do sexo feminino, sendo a maioria solteira (67,5%) e com idade média de 25 anos (DP = 7,17). O Estudo 6 utilizou a metodologia experimental para avaliar o efeito do Priming subliminar de uma publicidade de roupas de Alto Brandy Equity frente às variáveis analisadas nesta tese. Os resultados indicaram que a tarefa Priming afetou as Atitudes Implícitas do Grupo Experimental. Participaram deste estudo 50 estudantes universitárias, separadas randomicamente em dois grupos. Diante destes resultados, estima-se que os objetivos desta tese foram alcançados e que estudos dessa natureza possam contribuir na construção do conhecimento na área de comportamento do consumidor.
  • RAQUEL MORAES DE LIMA
  • HOMOAFETIVIDADE E DIREITOS: REPERTÓRIOS DISCURSIVOS CONSTRUÍDOS NO ÂMBITO JURÍDICO
  • Data: 27/02/2014
  • Hora: 09:00
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  • O presente trabalho pretende investigar como se configuram, no âmbito jurídico, os repertórios discursivos acerca da homoafetividade e dos direitos das minorias sexuais. Em maio de 2011, em uma decisão inédita, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a união homoafetiva como entidade familiar, imprimindo novos rumos à causa dos movimentos homossexuais no Brasil. Contudo, apesar da decisão do STF indicar uma mudança de paradigma, verifica-se que as concepções desfavoráveis sobre a homoafetividade continuam sendo difundidas pela sociedade. Neste sentido, para compreender as construções sociais que estão sendo estabelecidas em torno das vivências homoafetivas dos indivíduos e seus efeitos nos processos de subjetivação social, foram analisados os repertórios discursivos construídos em dois ambientes jurídicos institucionais que têm influenciado fortemente o modo de pensar o direito e a sociedade: o STF e a comunidade acadêmica jurídica. No primeiro estudo, análises lexicais e textuais mostraram as similitudes e variabilidades existentes entre os argumentos e justificativas utilizados pelos ministros do STF ao proferirem seus votos favoráveis ao reconhecimento da união homoafetiva. Verificou-se a existência de repertórios discursivos com conteúdos que variaram desde a aceitação e o reconhecimento da igualdade até a ideia de tolerância (suportar com indulgência), amparada pela ênfase nas diferenças. A partir dos resultados encontrados na análise dos votos dos ministros do STF, elaborou-se um questionário com perguntas objetivas e subjetivas, a fim de realizar mais dois estudos (segundo e terceiro), com discentes e docentes dos cursos de graduação em Direito da Universidade Federal da Paraíba. No segundo estudo, foram avaliadas as opiniões de alunos e professores acerca de três questionamentos: as justificativas utilizadas pelos ministros do STF; as consequências jurídicas, morais, políticas e sociais geradas pela decisão; e os possíveis fatores explicativos da homossexualidade. Em relação às justificativas utilizadas pelos ministros do STF, uma análise lexical mostrou a existência de seis classes discursivas: omissão legal, respeito às diferenças, influência valorativa, contradição normativa, princípios constitucionais e estado laico. No que diz respeito às consequências geradas pela decisão, foram encontradas cinco classes discursivas: consequências morais, impacto nos valores sociais, inclusão social, efetivação de princípios constitucionais e consequências políticas e jurídicas. Já no que se refere aos fatores explicativos da homossexualidade, foram encontradas três classes discursivas: fatores hormonais e traumáticos, fatores psicológicos e sociais e indeterminismo. Pressupondo que a inserção em diferentes grupos sociais pode ser relacionada a diferentes avaliações acerca dos fenômenos sociais, efetivou-se o terceiro estudo. Assim, investigou-se quantitativamente como as avaliações dos alunos e professores sobre os principais argumentos que embasaram a decisão do STF, a concessão de direitos aos homossexuais e os possíveis fatores explicativos da homossexualidade se entrelaçam com alguns fatores psicossociais – lugar no processo educativo (aluno ou professor), sexo, estado civil e religião. Os resultados das análises cruzadas de frequências por meio do teste do qui-quadrado (2) de Pearson indicaram que as distintas posições sociais dos indivíduos influenciaram as suas visões acerca dos questionamentos realizados.
  • SANDRA CAROLINA FARIAS DE OLIVEIRA
  • Representações Sociais do HIV/AIDS e da morte produzidos por idosos soropositivos e de seus cuidadores
  • Data: 26/02/2014
  • Hora: 09:00
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  • A população idosa encontrava-se “imune” ao HIV/AIDS. No entanto, com o surgimento de medicamentos que devolvem ao homem idoso sua potência sexual, aliado ao conceito de envelhecimento ativo, notou-se que o comportamento sexual havia se alterado e com isso a HIV/AIDS chegou à terceira idade. Outro aspecto a ser considerado é a demora dos cuidadores formais em detectar indícios de que o idoso apresenta HIV/AIDS, sendo este diagnóstico realizado depois de descartada uma lista de outras enfermidades que mais acometem essa faixa etária. Diante do exposto, e tendo como aporte teórico-metodológico as Representações Sociais (RS), o objetivo deste estudo foi apreender as RS que pessoas idosas soropositivas, cuidadores formais e cuidadores informais produzem sobre o viver, o conviver e a morte no contexto do HIV/AIDS. Método: Utilizou-se amostragem não probabilística, tipo acidental, na qual foram analisadas nove pessoas idosas; dez cuidadores formais que lidam diretamente com pacientes soropositivos e, por fim, três cuidadores informais. A coleta dos dados foi realizada utilizando-se entrevistas semiestruturadas que foram gravadas. A análise foi realizada com o software ALCEST. Resultados e discussão: A RS trazida pelas pessoas idosas soropositivas foi de um HIV/AIDS que traz um sentimento negativo, principalmente no momento da descoberta, onde a questão da morte é levantada como uma possibilidade de desenrolar da doença. A morte é associada ao diagnóstico e também traz um sentimento de tristeza e de estranhamento. Para o cuidador formal a RS do HIV/AIDS está atrelada ao conhecimento científico vigente. Já sobre a morte os cuidadores formais a retratam como um evento de sofrimento intenso e difícil de se aceitar, mesmo ela se fazendo presente em sua vida quase diariamente. Os cuidadores informais trazem o HIV/AIDS como marco para o cuidado ao idoso e com esse cuidado uma mudança em suas vidas que agora precisa se dividir entre o cuidado e as outras atividades. A morte é temida e por ser considerada como algo ruim, nem é falada pelos cuidadores informais. Na análise realizada com os cuidadores formais e informais surgiram classes relacionadas à trajetória profissional – classe predominante dos cuidadores formais –, sobre o HIV/AIDS, onde foi mais uma vez retratado o conhecimento científico apresentado nos dias de hoje sobre a doença. A relação entre o HIV/AIDS e os idosos foi retratada por sua forma de contágio e a dificuldade de falar sobre ela – o sexo. O cuidado que fez presente na representação foi uma predominância dos cuidadores informais. E a morte que mais uma vez chega através da fala dos cuidadores formais. Considerações finais: Com a pesquisa percebe-se que ainda existe um preconceito muito grande em se falar de sexualidade e morte com os idosos. Isso faz com que a vulnerabilidade deles aumente de forma considerável, até mesmo porque os cuidadores formais negligenciam o fato de os idosos ainda se manterem sexualmente ativos. A morte não foi muito falada pelos idosos e seus cuidadores formais, mostrando que ela é um tabu e um mal que ronda as pessoas que são idosas, muito mais quando são acometidas de uma doença tão estigmatizante como o HIV/AIDS. Nesse sentido verifica-se a importância de se ampliar o conhecimento sobre as temáticas apresentadas no sentido de proporcionar uma melhor condição de vida para a parcela da população estudada.
  • FLAVIO LUCIO ALMEIDA LIMA
  • CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE PATERNA: REPERCUSSÕES NO PRÉ-NATAL MASCULINO
  • Data: 21/02/2014
  • Hora: 09:00
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  • Introdução: A paternidade na vida do homem representa momento de grande mudança caracterizado, principalmente, por papéis sociais que determinam o comportamento adulto masculino perante a família e a sociedade. A ideia de “pai provedor” influenciou e, ainda, tem influenciado o comportamento do homem frente à paternidade. Por outro lado, a figura do “novo pai” se caracterizou a partir do rompimento com o modelo tradicional de paternidade e do desenvolvimento de vínculos afetivos no trinômio pai-mãe-filhos. Assim, percebe-se que a forma de conceber e vivenciar a paternidade decorre de transformações histórias. Neste sentido, compreendendo a paternidade como construção social que se forma a partir de processos identitários da figura masculina e concepções de gênero, o estudo em questão sustenta-se na Teoria da Identidade Social com enfoque da Psicologia Sócio-histórica. Objetivo Geral: Analisar as repercussões da construção da identidade paterna na adesão ao pré-natal masculino. Método: Tratou-se de um estudo com abordagem qualitativa. Participaram 40 homens-pais, na faixa etária entre de 22 e 47 anos, tempo de parentalidade mínimo de 1 ano, relacionamento estável, e classes sociais diversas. Critérios de inclusão: ser homem-pai adulto, não ser pai adolescente, nem avô, uma vez que se acredita existir peculiaridades nestas situações as quais não se enquadram como foco do estudo em questão. Os participantes foram selecionados de forma aleatória, sendo respeitados os critérios de inclusão no estudo e concordância em responder os instrumentos. Instrumentos: 1) Entrevista Semi-estruturada: com o intuito de apreender discursos acerca das vivências e concepções da paternidade; 2) Questionário sóciodemográfico que buscou levantar dados acerca da idade, renda, tempo de relacionamento, status conjugal, número de filhos e escolaridade. O presente estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba – CEP/SES-PBO. Após a aprovação ética e a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido pelos participantes, procedeu-se a coleta dos dados. As entrevistas foram processadas por Análise Categorial Temática, proposta por Figueiredo (1993), a qual consiste na relação dos discursos emergentes com as variáveis temáticas de interesse. Resultados: A partir da análise dos relatos dos participantes, emergiram duas classes temáticas e 11 categorias. A Classe Temática I, Paternidade foi composta pelas categorias: Transformação, Papéis, Responsabilidade, Realização e Limitações. A Classe Temática II, Saúde Reprodutiva foi composta pelas categorias: Pré-natal, Pré-natal masculino, Participação masculina, Serviços de saúde, Obstáculos e Desdobramentos. Considerações: O estudo encontra-se em fase de discussão dos dados, dessa forma os resultados apresentados ainda serão confrontados à luz da literatura com o intuito de atender os objetivos, bem como as expectativas salientadas. Pretende-se daqui pra frente estabelecer uma discussão aprofundada tomando por base cada objetivo específico contido no estudo. Não obstante, já se observa que a paternidade enquanto construção social é moldada conforme o tempo histórico em transição. Diante disso, é necessário compreender de forma aprofundada os significados atribuídos a este momento da vida masculina pelos homens-pais.
2013
Descrição
  • IZAYANA PEREIRA FEITOSA
  • DIREITOS HUMANOS E TOMADA DE PERSPECTIVA SOCIAL: VERIFICAÇÃO DE UM MODELO TEÓRICO
  • Data: 17/12/2013
  • Hora: 15:00
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  • Desde a promulgação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a temática dos direitos passou a integrar um campo fértil de debates e pesquisas. Alguns estudos empíricos sinalizaram que as concepções acerca dos direitos humanos dependem do avanço do processo de tomada de perspectiva do outro, contudo, tais estudos não se detiveram a verificar sistematicamente a existência desta relação. Diante desta lacuna, esta tese objetivou verificar como evolui a concepção acerca dos DH durante o desenvolvimento humano e se esta concepção está relacionada ao processo de tomada de perspectiva. Os enfoques teóricos adotados foram a perspectiva psicossociológica de Doise sobre os Direitos Humanos e as teorias de Piaget e de Robert Selman sobre a tomada de perspectiva. Para alcançar este objetivo, foram propostos seis estudos. O primeiro estudo se prestou a construir os itens da Escala de compreensão acerca dos direitos humanos- ECDH de acordo com quatro níveis hierárquicos de concepções acerca dos DH. O segundo estudo teve como objetivo a validação psicométrica da ECDH e a análise das variáveis sócio-demográficas sobre os fatores da escala e contou com a participação de 300 estudantes, divididos em 3 grupos de idade: GI= 8anos, GII=12 anos e GIII= 16 anos, distribuídos, igualmente quanto ao sexo e ao tipo de escola. O Instrumento utilizado foi a ECDH, uma escala tipo Likert de 5 pontos, em que os estudantes assinalaram se compreenderam cada item proposto bem como o grau de concordância em relação aos mesmos. No SPSS (versão 21), foram computadas estatísticas descritivas, análise fatorial e índices de consistência interna (Alfa de Cronbach). Considerando o teste de esfericidade de Bartlett, os critérios de Kaiser e Cattell e a Análise Paralela, observou-se que a ECDH apresentou uma organização fatorial composta três dimensões: Princípios orientadores da humanidade, Princípios reguladores da sociedade e Direitos básicos concretos que revelaram tanto a relação item-fator quanto indicadores de consistência interna aceitáveis pela literatura estatística. Foram encontradas diferenças nas pontuações dos escores médios da idade e da inserção escolar sobre os níveis de compreensão dos DH. No terceiro estudo, realizou-se a análise fatorial confirmatória da ECDH, mediante nova coleta de dados da qual participaram 240 estudantes com características sócio-demográficas semelhantes aos do estudo anterior. No programa AMOS GRAFICS, realizou-se uma análise fatorial confirmatória; adotando-se o estimador ML (Maximum Likelihood) e comparando aos modelos estruturais alternativos (um fator, dois fatores e três fatores, este último, o modelo esperado) que confirmou a existência dos três fatores da ECDH os quais estiveram inter-relacionados positivamente. O quarto estudo teve o objetivo de elaborar itens referentes aos estágios de tomada de perspectiva social para a Escala de Tomada de Perspectiva Social – ETPS. Participaram 149 estudantes com idades variando entre 5 e 26 anos (Média= 12, 10 anos e DP= 6, 17%), sendo 67,3% de instituições públicas e 32,7% de instituições privadas. Utilizou-se o Dilema de Olga e o dilema dos Sem-terra. As respostas dadas aos dilemas foram categorizadas conforme os níveis de tomada de perspectiva social propostos por Selman. A análise das freqüências de respostas dadas ao dilema de Olga revelou diferenças significativas em relação à variável idade; não foram encontradas diferenças quanto às variáveis tipo de escola e gênero. Já a análise das freqüências de respostas dadas ao dilema dos sem terra revelou diferenças significativas quanto à idade e o tipo de escola. Com base nestas análises, foi possível elaborar os itens relativos a todos os estágios de tomada de perspectiva social que compuseram o instrumento. Do quinto estudo, participaram os mesmos estudantes do estudo 3 e o instrumento utilizado foi a ETPS - escala tipo Likert de 5 pontos, em que os estudantes assinalaram se compreenderam cada item proposto, bem como, o grau de concordância em relação cada um deles. Os dados coletados com a ETPS referentes ao Dilema de Olga e Dilema dos Sem-terra foram submetidos a uma AFE seguindo os mesmos critérios adotados na análise da ECDH, contudo, a estrutura fatorial mostrou-se confusa e pouco interpretável. Assim, optou-se realizar uma medida por teoria, partindo-se da perspectiva teórica de Selman para avaliar a qualidade estrutural da escala em questão. No que tange ao Dilema de Olga, a AFC revelou indicadores que tanto confirmaram a teoria de Selman sobre os estágios de tomada de perspectiva social quanto a garantia de uma escala capaz de mensurar esses estágios. Contudo, os resultados das análises realizadas com o Dilema dos Sem-terra revelaram indicadores da análise fatorial confirmatória aquém daqueles considerados aceitáveis pela literatura pertinente. Foram encontradas diferenças nas pontuações dos escores médios da idade e da inserção escolar sobre os níveis de tomada de perspectiva. Por fim, no sexto estudo, efetuou-se a verificação do modelo teórico pretendido (associação dos estágios de tomada de perspectiva com os níveis de concepções acerca dos DH). No programa AMOS 21.0, gerou-se o modelo teórico hipotetizado que foi satisfatoriamente corroborado. Os dados foram discutidos à luz da literatura pertinente e de estudos empíricos.
  • SUSIMAUREM NAVARRO ROQUE
  • RESILIÊNCIA E APOIO SOCIAL EM IDOSOS: UMA INTERFACE COM A QUALIDADE DE VIDA
  • Data: 11/12/2013
  • Hora: 14:00
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  • Os idosos são a parcela da população brasileira que mais cresce, sendo de suma importância conhecer as capacidades físicas, funcionais e sociais que fazem parte do seu cotidiano. A resiliência refere-se à capacidade de se acomodar e reequilibrar-se constantemente em situações adversas. Esta capacidade leva as pessoas a não perderem seu funcionamento psicossocial inicial. O apoio social tem sido evidenciado como fator de proteção à medida que as relações que se desenvolvem ao logo da vida podem influenciar na superação das adversidades através de mecanismos de controle emocional efetivo e cognitivo. A qualidade de vida para o idoso significa estar satisfeito com a vida atual e ter expectativas positivas em relação ao futuro. Neste contexto, investigamos a relação entre resiliência, apoio social e qualidade de vida em uma amostra de idosos de Cuiabá. O enfoque metodológico utilizado neste estudo caracteriza-se como uma pesquisa quantitativa com delineamento transversal. A amostra é composta por 270 idosos do IFMT, de Centros de Convivência para Idosos e do Restaurante Popular. Foram utilizadas as escalas de Resiliência para idosos (RSA I; Nadaf, 2013), Suporte Social SSQ6 (Sarason, Sarason, Shearin e Pierce, 1987), Hospitalar de ansiedade e depressão (HADS, Zigmond &Snaith,1983) e Qualidade de vida WHOQOL-bref (Fleck et al.2002). No estudo foi confirmada a relação entre resiliência e as variáveis idade e gênero. Os resultados mostraram que os mais idosos (mais de 75 anos) (M=161,30 e DP= 24,13) e as mulheres (M=157,01 e DP=26,90) apresentaram maiores escores em resiliência, confirmando a hipótese I e II. Foi observada correlação positiva e significativa entre resiliência e apoio social subjetivo (r = .20, p<.001), resiliência e qualidade de vida (r = .23, p<.05) e entre apoio social e qualidade de vida (r = .12, p<.05) na amostra estudada, confirmando as hipóteses IIIa, IVa e Va. Também foi observado que os idosos com maior apoio social apresentaram maiores escores em qualidade de vida (M=97,19 e DP=8,18) e os idosos com maior resiliência apresentaram maiores escores em apoio social (p<.001) e qualidade de vida (p<.001), confirmando as hipóteses IIIb, IVb e Vb. Diante destes resultados, pensamos que as perdas consequentes do envelhecimento podem ser compensadas através dos fatores protetores como a resiliência e o apoio social, promovendo melhores condições para que os idosos tenham melhor qualidade de vida.
  • ARMINDO DE ARRUDA CAMPOS NETO
  • NÍVEIS DE EXPOSIÇÃO A VAPORES ORGÂNICOS E CONSEQUÊNCIAS PSICOFÍSICAS, NEUROCOGNITIVAS E FISIOLÓGICAS EM UMA AMOSTRA DE FRENTISTAS BRASILEIROS
  • Data: 06/12/2013
  • Hora: 14:00
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  • O objetivo deste estudo foi determinar os níveis de exposição aos vapores da gasolina e do etanol e verificar as consequências psicofísicas, neurocognitivas e fisiológicas em uma amostra de frentistas brasileiros. Para avaliar o nível de exposição ambiental foram realizados monitoramentos passivos e ativos de vapor com cromatografia gasosa e sensoriamento microclimático. A avaliação psicofísica foi realizada com os testes cromáticos de Lanthony D15-d e o Cambridge Color Teste 2,0; com a Função de Sensibilidade ao Contraste utilizando grades senoidais verticais e o Metropsis nas frequências 0,2; 0,5; 1,0; 2,0; 5,0; 10,0 e 16,0 cpg e com o rastreamento ocular utilizando um eyetracker 250 Hz. Todos os testes de visão, exceto o D15-d, foram realizados monocularmente com o olho dominante. A avaliação neurocognitiva ocorreu com os testes Trail Making A, B e com a Figura Complexa de Rey. A avaliação fisiológica, após utilização de parâmetros de exclusão, foi realizada pela análise de sangue de 16 frentistas verificando funções hepatotóxicas pelos marcadores Alanina Aminotransferase (ALT), Aspartato Aminotransferase (AST), Bilirrubina Direta (BD), Bilirrubina Total (BT) e Gamaglutamiltraspeptidase (GGT). Utilizou-se ainda o questionário de sintomas Psicológicos e Neurofisiológicos (PNF) além de um questionário sóciodemográfico e os testes de Ishihara e o “E” de Rasquin na triagem. Essa etapa selecionou 38 frentistas do sexo masculino (Grupo Exposto), com idade média de 32,66 anos (DP = 1,30), grau de escolaridade média igual a 9,68 anos de estudo (DP = 0,34) e 38 voluntários (Grupo Controle) também do sexo masculino, sem histórico de exposição a solventes, considerados saudáveis pelos parâmetros de exclusão, com idade média de 31,00 anos (DP = 1,54) e grau de escolaridade médio de 9,84 anos de estudo (DP = 0,34). Não existiu diferença significativa entre a idade (p = 0,224) e o grau de escolaridade (p = 0,52) dos grupos que apresentaram ainda acuidade visual de 20/20 ou corrigida. Pelo teste de Mann-Whitney foram encontradas diferenças significativas entre os escores para: o Índice de Confusão de Cores do teste D15-d (p < 0,01, prevalecendo perdas no eixo tritan 75%), as Áreas das elipses (protan, deutan e tritan, ambos p < 0,05), as frequências 5 cpg, 10 cpg e 16 cpg (ambos p < 0,01), o teste Trail Making A (p < 0,01) e B (p < 0,05), a cópia e a memória da Figura complexa de Rey (ambas p < 0,01) e o número de sacadas e tempo de percurso do labirinto no eyetracker (ambos p < 0,01). A avaliação biológica demonstrou principalmente alterações nos valores da BD (100 % dos frentistas) e BT (62,5 %). Dois frentistas tiveram alterações combinadas de enzimas hepáticas e bilirrubinas. A correlação de Spearman demonstrou a influência do tempo de serviço no acréscimo das áreas protan (ρ = 0,46; p < 0,01) e deutan (ρ = 0,64; p < 0,01), além de correlações com a frequência de 5 cpg (ρ = 0,36; p < 0,05) e com os testes Trail Making A (ρ = 0,40; p < 0,05) e B (ρ = 0,37; p < 0,05). O peso apresentou a tendência de atenuar os déficits nos testes de visão, correlacionando negativamente com a área deutan (ρ = - 0,45; p < 0,01) e positivamente com a sensibilidade ao contraste na frequência 0,20 cpg (ρ = 0,37; p < 0,05). Existiram ainda correlações entre a BD e o tempo para realizar a prova no eyetracker (ρ = 0,58; p < 0,05) e entre o GGT e as queixas de instabilidade psiconeurovegetativa (ρ = 0,57; p < 0,05). Os testes Kruskal Wallis, e Mann- Whitney como post hoc com correção Bonferroni, demonstraram que a partir de 8 anos de exposição existem consequências para a visão de cores (Protan e Deutan) e para processos neurocognitivos relacionados a atenção (Trail Making A). O questionário PNF apontou que 52,60 % dos frentistas possuem sintomas de agressões neuropsicológicas. Além disso, existiram convergências entre as queixas de falta de memória e concentração, com menores pontuações da memória na Figura Complexa de Rey (ρ = - 0,34; p < 0,05). Este estudo confirma e avança nas descobertas de consequências na visão de cores e sensibilidade ao contraste, aponta uma possível etiologia ocupacional nas alterações hepatotóxicas, apresenta as deficiências neurocognitivas nos frentistas brasileiros e conclui que essas deficiências e as da visão de cores estão correlacionadas a uma exposição crônica (significativa aos 8 anos de serviço) com um nível de exposição a gasolina e ao álcool etílico abaixo do Limite de Tolerância brasileiro, mas a um nível de intervenção para o vapor de gasolina (168,00 ppm > 150 ppm) conforme as Normas de Saúde e Segurança do Trabalho brasileiras.
  • CHARLENE NAYANA NUNES A GOUVEIA
  • AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA E EFETIVIDADE DO PROGRAMA DE ERRADICAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL A PARTIR DA PERSPECTIVA DOS USUÁRIOS E AGENTES
  • Data: 18/11/2013
  • Hora: 14:00
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  • A avaliação é uma das etapas de uma política pública que permite identificar ações ineficientes e ineficazes e, com isso, planejar, desenhar e implementar alternativas de ação que impliquem resultados e impactos desejados. O Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) surgiu em 1996, com o objetivo retirar as crianças de 7 a 15 anos do trabalho, ou prevenir tal situação, e colocá-las na escola. A tese defendida é de que o PETI é uma política pública que se apresenta efetiva, exercendo impacto positivo na vida do seu público-alvo, e eficaz na prevenção do trabalho precoce e situações de vulnerabilidade, porém é ineficaz no que tange a erradicação do trabalho infantil. O objetivo geral é avaliar eficácia e efetividade do PETI no Estado da Paraíba, a partir da perspectiva dos usuários (crianças, adolescentes e famílias) e agentes envolvidos no programa (orientadores sociais, facilitadores de oficinas e técnicos de referência). Pretende-se ainda desenvolver um instrumento de pesquisa válido e preciso para este propósito. Para atender aos objetivos desta tese, procederam-se três estudos. De modo geral, foram selecionados 1.012 participantes de vários municípios paraibanos. No Estudo I, foram entrevistadas 20 crianças e adolescentes usuários do programa, 20 representantes das famílias e 8 agentes. As respostas foram submetidas a Análise de Conteúdo de Bardin. A partir das dimensões encontradas, foram elaborados os modelos teóricos e os itens que compõem cada instrumento. Após uma análise de juízes e uma validação semântica, foram realizados os ajustes necessários e os instrumentos passaram para a validação de construto. No Estudo II, participaram 395 crianças e adolescentes, 201 famílias e 118 agentes. A validade de construto dos instrumentos foi verificada por meio de uma Análise Fatorial Comum (AFC) através da técnica Componentes Principais (PC), com rotação varimax. A melhor solução encontrada para os educandos confirmou o modelo teórico com quatro dimensões, contudo o modelo teórico das famílias não foi corroborado, tendo-se adotado a solução estatística com cinco dimensões. Os agentes não apresentaram solução estatística satisfatória, tendo-se mantido o modelo teórico. A precisão das medidas foi verificada através do alfa de Cronbach, tendo-se obtido índices satisfatórios para educandos (0,831) e famílias (0,775), mas não para os agentes (0,561). A partir destas análises, os itens foram escolhidos e ajustados, e seguiram para o estudo III a fim de proceder a sua testagem final. Do Estudo III, participaram 80 crianças ou adolescentes, 45 famílias e 27 agentes. Foram gerados índices médios para cada um dos fatores dos instrumentos. Considerando a escala de respostas de 6 pontos, em todos os fatores – Envolvimento com o Trabalho, Enfrentamento ao Trabalho Precoce, Impactos do PETI, Avaliação, Satisfação com Condições de Trabalho, Avaliação Geral do PETI – os participantes obtiveram índices entre satisfatório (3,6) e alto (6). A tese proposta foi confirmada, tendo-se concluído que o PETI é eficaz na prevenção do trabalho precoce e nas situações de vulnerabilidade, porém não erradica estas situações. Além disso, apresenta indicadores de efetividade, provocando mudanças positivas na vida dos usuários.
  • NADIR DE FATIMA BORGES BITTENCOURT
  • Significado da formação e inserção no mundo do trabalho para os jovens do PROEJA
  • Data: 05/11/2013
  • Hora: 14:00
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  • Esta tese tem como objetivo geral analisar o significado da formação e inserção no mundo do
    trabalho para os jovens do PROEJA/IFMT/Cuiabá. Como embasamento teórico, tomamos a
    Psicologia Histórico-Cultural de Vygotsky. Adotou-se a abordagem qualitativa, com uso de
    documentos referentes à temática e entrevistas semiestruturadas. A amostra foi por
    conveniência, seguindo o critério de saturação de Minayo. Participaram dez jovens do
    PROEJA/IFMT/Cuiabá, seis ingressantes e quatro egressos. Para análise dos dados, optou-se
    pelas práticas discursivas de Spink, através dos Mapas de Associação de Ideias e dos
    repertórios interpretativos. Os sentidos emergidos a partir dos dados é que o trabalho perpassa
    a vida desses jovens desde a adolescência, e o principal motivo pelo qual retornam à escola é
    retomar os estudos e obter qualificação profissional. Os dados mostram que, para os
    participantes da pesquisa, o PROEJA tem grande alcance social, como a recuperação da
    escolaridade, a inserção no mundo do trabalho, promovendo melhorias das condições de vida
    e efetivação da cidadania. Também foram apontadas falhas na operacionalização do
    programa, como professores não capacitados para nele atuarem, falta de infraestrutura,
    projeto pedagógico não adequado e discriminação contra essa modalidade de ensino.
    Analisando suas vivências, constatou-se que a passagem pelo PROEJA lhes trouxe nova
    visão de si mesmos e do mundo. Esses jovens voltam à escola impregnados de subjetividades
    adquiridas com experiências de vida e de trabalho, mas a interação com outros indivíduos
    lhes proporcionou uma tomada de consciência, permitindo-lhes compreendem a realidade
    exterior e a si próprios.
    Esta tese tem como objetivo geral analisar o significado da formação e inserção no mundo do trabalho para os jovens do PROEJA/IFMT/Cuiabá. Como embasamento teórico, tomamos a Psicologia Histórico-Cultural de Vygotsky. Adotou-se a abordagem qualitativa, com uso de documentos referentes à temática e entrevistas semiestruturadas. A amostra foi por conveniência, seguindo o critério de saturação de Minayo. Participaram dez jovens do PROEJA/IFMT/Cuiabá, seis ingressantes e quatro egressos. Para análise dos dados, optou-se pelas práticas discursivas de Spink, através dos Mapas de Associação de Ideias e dos repertórios interpretativos. Os sentidos emergidos a partir dos dados é que o trabalho perpassa a vida desses jovens desde a adolescência, e o principal motivo pelo qual retornam à escola é retomar os estudos e obter qualificação profissional. Os dados mostram que, para os participantes da pesquisa, o PROEJA tem grande alcance social, como a recuperação da escolaridade, a inserção no mundo do trabalho, promovendo melhorias das condições de vida e efetivação da cidadania. Também foram apontadas falhas na operacionalização do programa, como professores não capacitados para nele atuarem, falta de infraestrutura, projeto pedagógico não adequado e discriminação contra essa modalidade de ensino. Analisando suas vivências, constatou-se que a passagem pelo PROEJA lhes trouxe nova visão de si mesmos e do mundo. Esses jovens voltam à escola impregnados de subjetividades adquiridas com experiências de vida e de trabalho, mas a interação com outros indivíduos lhes proporcionou uma tomada de consciência, permitindo-lhes compreendem a realidade exterior e a si próprios.

  • ALINE ARRUDA DA FONSECA
  • Vulnerabilidade à Aids: um estudo das crenças de adultos Jovens em contexto universitário.
  • Data: 30/09/2013
  • Hora: 09:00
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  • A vulnerabilidade é entendida como a possibilidade de as pessoas adoecerem devido a condições diversas que são influenciadas pelo contexto em que elas estão inseridas. Considerando este quadro, esta tese tomou como ponto de partida o interesse em saber como os jovens se comportam frente à possibilidade de contrair o Vírus da Imunodeficiência Humana – HIV, buscando-se analisar o comportamento de pessoas com melhores condições de acesso a informações, por estarem inseridas no ensino superior, arena de conhecimento e trocas de informações científicas. Neste sentido, esta tese teve como objetivo analisar as crenças e práticas preventivas de adultos jovens em contexto universitário acerca da Aids enquanto fatores que podem predispor à vulnerabilidade. Para atingir o objetivo proposto, decidiu-se realizar dois estudos empíricos. O Estudo 1 teve como objetivo conhecer as propriedades psicométricas da Escala de crenças em relação ao uso do preservativo e da Escala de crenças sobre a Aids e as delimitações operacionais das variáveis de interesse e categorias analíticas do estudo, considerando respostas de adultos jovens de seis instituições de ensino superior do Estado da Paraíba, sendo quatro públicas e duas privadas. O instrumento utilizado foi um questionário estruturado, autoaplicável, organizado em três módulos que contemplaram as características sociodemográficas, crenças acerca da Aids e do uso do preservativo. Fizeram parte da amostra 500 estudantes universitários com idade de 20 a 29 anos (M=22,4; DP=2,37), sendo 63% do sexo feminino. Os resultados evidenciaram adequações psicométricas das escalas, coerente com a proposta do Estudo1. O Estudo 2 objetivou: Descrever as Práticas Sexuais e Preventivas dos participantes; Identificar as diferenças entre os sexos em relação às práticas preventivas, crenças acerca da Aids e do uso de preservativo e percepção de vulnerabilidade; Examinar a influência das crenças acerca da Aids e crenças acerca do uso de preservativo na prática preventiva (uso de preservativo) e percepção de vulnerabilidade; Examinar a relação de variáveis sociais (informações, status socioeconômico e religiosidade) e psicológica (percepção de risco) na prática preventiva; Analisar as explicações dos participantes acerca da vulnerabilidade dos jovens ao HIV/Aids. Utilizou-se um questionário estruturado, dividido em cinco módulos referentes às práticas sexuais e preventivas, vulnerabilidade, acesso às informações e explicações atribuídas ao comportamento de vulnerabilidade à Aids. O perfil da amostra foi o mesmo utilizado no Estudo 1. Os dados evidenciaram crenças negativas sobre o uso do preservativo. Sobre a possibilidade de se contaminarem 20% responderam afirmativamente. A partir destas crenças, foi questionado sobre o acesso à informação acerca da Aids, assim, 83% afirmaram receber informações, contudo referiram a transmissão da Aids através de utensílios domésticos (29%), mostrando que muitos ainda têm duvidas em relação a Aids (61%). Foi verificado que quanto maior a percepção de vulnerabilidade, as crenças positivas sobre o preservativo e a possibilidade de acesso ao insumo, maior a prática preventiva. A religiosidade foi analisada de forma negativa, prejudicando o uso de preservativo. As explicações dadas pelos estudantes sobre os jovens não fazerem uso de métodos preventivos ao HIV/Aids esteve associada à ideia de invulnerabilidade e imaturidade por parte destes jovens. Isso inclui as crenças em relacionamentos considerados saudáveis. Conclui-se que é necessário que haja mais informação sobre prevenção ao HIV/Aids, incorporada nas práticas do dia a dia, nas dinâmicas relacionais, e que a partir do acesso à informação haja maior prevenção, buscando uma modificação nos cenários das interações sociais.
  • ANTONIO CEZAR DA COSTA SANTOS
  • O ENSINO NO PROEJA COMO ESTRATÉGIA DE CIDADANIA E INCLUSÃO PROFISSIONAL
  • Data: 16/09/2013
  • Hora: 14:00
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  •  

    Esta tese versa sobre o Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com
    a Educação na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA) no Instituto
    Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT), campus Cuiabá,
    nos cursos de Eletrotécnica, Edificações, Refrigeração e Ar Condicionado. O objetivo
    geral desta tese foi analisar o ensino do PROEJA/IFMT/Cuiabá como estratégia de
    resgate da cidadania e inclusão profissional para os alunos. Participaram da pesquisa 58
    docentes e 116 discentes. O método foi não experimental e quantitativo com questões
    fechadas e adotou-se a escalas Likert de cinco condições. Constatou-se que 40% dos
    alunos têm entre 30 e 40 anos, 52,5% parou de estudar entre 16 e 19 anos, estavam
    empregados na época do exame (M, 3,36), houve uma evasão de 76 % dos alunos, os
    alunos responderam que as aulas não eram em laboratórios (M, 4,34), consideram-se
    aptos a desempenhar a profissão (M, 3,38). O currículo integrado a ser praticado com o
    PROEJA não foi construído, os docentes tiveram dificuldades na construção dos
    conhecimentos com estes alunos (M, 4,26). A flexibilidade no percurso do curso não foi
    implementada. A maioria dos professores conhece os objetivos da política pública
    educacional profissionalizante PROEJA (M, 2,33) e apenas 4,8 % dos docentes têm
    especialização em PROEJA. Professores e alunos não tiveram o suporte
    psicopedagógico. Os alunos buscam cidadania e inclusão profissional e o IFMT/Cuiabá
    tem dificuldades de oferecer infraestrutura e estratégias pedagógicas para os alunos do
    PROEJA alcançarem suas expectativas.

    Esta tese versa sobre o Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA) no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT), campus Cuiabá, nos cursos de Eletrotécnica, Edificações, Refrigeração e Ar Condicionado. O objetivo geral desta tese foi analisar o ensino do PROEJA/IFMT/Cuiabá como estratégia de resgate da cidadania e inclusão profissional para os alunos. Participaram da pesquisa 58 docentes e 116 discentes. O método foi não experimental e quantitativo com questões fechadas e adotou-se a escalas Likert de cinco condições. Constatou-se que 40% dos alunos têm entre 30 e 40 anos, 52,5% parou de estudar entre 16 e 19 anos, estavam empregados na época do exame (M, 3,36), houve uma evasão de 76 % dos alunos, os alunos responderam que as aulas não eram em laboratórios (M, 4,34), consideram-se aptos a desempenhar a profissão (M, 3,38). O currículo integrado a ser praticado com o PROEJA não foi construído, os docentes tiveram dificuldades na construção dos conhecimentos com estes alunos (M, 4,26). A flexibilidade no percurso do curso não foi implementada. A maioria dos professores conhece os objetivos da política pública educacional profissionalizante PROEJA (M, 2,33) e apenas 4,8 % dos docentes têm especialização em PROEJA. Professores e alunos não tiveram o suporte psicopedagógico. Os alunos buscam cidadania e inclusão profissional e o IFMT/Cuiabá tem dificuldades de oferecer infraestrutura e estratégias pedagógicas para os alunos do PROEJA alcançarem suas expectativas.

     

  • ANDREA XAVIER DE ALBUQUERQUE DE SOUZA
  • PATERNIDADE E MATERNIDADE NA ADOLESCÊNCIA: PRODUÇÃO DE SABERES E SENTIDOS COMPARTILHADOS POR ADOLESCENTES
  • Data: 10/09/2013
  • Hora: 09:00
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  • O objetivo da pesquisa foi de apreender as representações sociais elaboradas por pais e mães adolescentes sobre a paternidade e a maternidade na adolescência. Por reconhecer a importância da inserção do pai adolescente no processo da paternidade, a presente pesquisa incluiu em seu escopo o adolescente do sexo masculino. Este estudo foi subsidiado pela Teoria das Representações Sociais. Contou com a participação de 80 adolescentes distribuídos equitativamente em relação ao sexo, provenientes de classe social baixa, com idades entre 14 e 19 anos (M = 16,71; DP = 1,20), que vivenciam a experiência de ter apenas um filho. Para a coleta dos dados, utilizou se uma abordagem de multimétodos, com diferentes instrumentos: questionário sobre características biossociodemográficas e práticas contraceptivas, cujas respostas foram tabuladas no Predictive Analytics SoftWare (PASW), versão 18, e analisadas por meio de estatística descritiva; Teste de Associação Livre de Palavras, processados no software Tri Deux Mots para Análise Fatorial de Correspondência (AFC) e; Entrevista Semiestruturada, que foi submetida ao software Alceste para análise das classificações hierárquicas descendente e ascendente. Os resultados da AFC evidenciaram que as representações dos adolescentes em relação ao sexo “aprendizado”, uma experiência que gera demandas a partir da necessidade de “ajudar”, e que provoca a “perda da liberdade”. As adolescentes mães apontaram algumas atribuições em que o pai é associado negativamente àquele que “não aceita o filho”, parece “irresponsável”, e deve assumir a criança e ajudar a criá la, o que foi objetivado na expressão “tem que participar”. A maternidade na adolescência, segundo os participantes do sexo masculino, foi objetivada na prática da “amamentação”, considerada por eles como uma característica simbólica desta vivência; também foi associada ao aspecto afetivo “dar amor” e ao compromisso de “cuidar do filho”. Por seu tempo, as mães objetivaram a experiência da maternidade com uma conotação positiva, associada a “algo bom”, que representa “amor”, um “sonho”, uma “coisa de Deus”. Apesar disso, reconhecem que “exige responsabilidade” diante do papel de “cuidar” do filho. A análise das entrevistas evidenciou um dendrograma estruturado por quatro classes temáticas cujos conteúdos representacionais maternidade na adolescência, incluindo se nesta classe temática a dificuldade de inserção paterna e o compromisso materno; aos conhecimentos sobre contracepção, seus meios de veiculação e práticas preventivas; aos projetos futuros planejados antes e depois de serem pais/mães; e, por último, conteúdos associados aos afetos mobilizados frente à gravidez e ao julgamento do outro. Espera se que o conhecimento produzido nesta pesquisa amplie as discussões e as reflexões em torno do objeto estudado, com informações relativas às crenças, às atitudes, ás imagens, aos significados e opiniões dos adolescentes. Neste aspecto, confia se que os achados desta tese possam lançar luz sobre o saber elaborado pelos adolescentes, sobretudo na perspectiva paterna, com vistas a inseri los em políticas públicas de saúde e de educação sexual que os engajem neste processo, desconstruindo a ideia de invisibilidade social comumente associada à figura paterna na vivência afetiva de ter/cuidar de um filho na adolescência.
  • IANY CAVALCANTI DA SILVA BARROS
  • ESTRESSE OCUPACIONAL E QUALIDADE DE VIDA NO CONTEXTO HOSPITALAR: UM ESTUDO PSICOSSOCIOLÓGICO
  • Data: 09/09/2013
  • Hora: 14:00
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  • Este estudo objetivou investigar a relação do estresse ocupacional na qualidade de vida dos profissionais das áreas administrativa e saúde no contexto hospitalar. Para alcançar tal objetivo, foi necessário realizar dois estudos. O primeiro com o objetivo de apreender as representações sociais (RS) acerca do estresse ocupacional e da qualidade de vida, elaborada por estes profissionais. Tratou-se de uma pesquisa de campo, exploratória de caráter multimétodo, com 70 profissionais atuantes em três hospitais público e privado da cidade de João Pessoa, PB, que foram submetidos a um questionário sociodemográfico, a técnica de associação livre de palavras e entrevistas semi-estruturada. Para processamento dos dados, utilizaram-se os softwares PASW (versão 18), o Tri-Deux-Mots (versão 2.0) e Alceste. A maioria (50%) tinha idade acima de 39 anos; (64,6%) eram do sexo feminino; (57%) enquadram-se no tempo de serviço de 1 a 5 anos. Os resultados advindos do tri-deux-mots mostraram um aproveitamento de 68,2% na formação do plano fatorial de correspondência. A partir dos quatros estímulos indutores (i) estresse ocupacional, (ii) qualidade de vida, (iii) prática profissional e (iv) eu mesmo, constituíram-se os campos semânticos: (F1) representado pelos profissionais, e o (F2) pelo sexo, evidenciaram objetivações em torno do estresse ocupacional associado à briga, mau humor e fadiga; a qualidade de vida nos elementos ter salário, bem-estar e ser responsável; a prática profissional em conhecimento, amor e crescimento e eu mesmo em feliz, mãe dedicada e amigo. Os resultados das entrevistas semi-estruturada advindos do Alceste demonstraram um aprofeitamento de (63%) do corpus, originando quatro classes: (i) procedimento e prática de trabalho (12%); (ii) relações conflituosas (37%); (iii) dimensões da qualidade de vida (36%); (iv) fatores estressores (15%). A partir dos resultados do estudo 1, pode-se inferir que existe consensos e dissensos nas representações sociais dos dois grupos. O segundo estudo, teve como objetivo avaliar o nível de estresse ocupacional e a qualidade de vida dos profissionais que atuavam nesses mesmos contextos. Participaram deste estudo 240 profissionais, com idade variando de 17 a 74 anos (m = 34,8; dp = 10,16); a maioria (64,6%) do sexo feminino, (62,9%) da religião católica, (72,3%) atuam entre 1 a 10 anos. Os resultados advindos das análises estatísticas mostraram que os participantes possuem um nível de estresse moderado, salientando-se que o efeito desse construto influenciou negativamente na qualidade de vida. Concluí-se que esses achados confirmam que a relação do estresse ocupacional na qualidade de vida influencia nas ações humanas, e no seu fazer laboral, denotando efeitos orgânicos, psicológicos e comportamentais vulnerabilidade, impactando na saúde do profissional no ambiente organizacional.
  • IANY CAVALCANTI DA SILVA BARROS
  • ESTRESSE OCUPACIONAL E QUALIDADE DE VIDA NO CONTEXTO HOSPITALAR: UM ESTUDO PSICOSSOCIOLÓGICO
  • Data: 09/09/2013
  • Hora: 14:00
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  • Este estudo objetivou investigar a relação do estresse ocupacional na qualidade de vida dos profissionais das áreas administrativa e saúde no contexto hospitalar. Para alcançar tal objetivo, foi necessário realizar dois estudos. O primeiro com o objetivo de apreender as representações sociais (RS) acerca do estresse ocupacional e da qualidade de vida, elaborada por estes profissionais. Tratou-se de uma pesquisa de campo, exploratória de caráter multimétodo, com 70 profissionais atuantes em três hospitais público e privado da cidade de João Pessoa, PB, que foram submetidos a um questionário sociodemográfico, a técnica de associação livre de palavras e entrevistas semi-estruturada. Para processamento dos dados, utilizaram-se os softwares PASW (versão 18), o Tri-Deux-Mots (versão 2.0) e Alceste. A maioria (50%) tinha idade acima de 39 anos; (64,6%) eram do sexo feminino; (57%) enquadram-se no tempo de serviço de 1 a 5 anos. Os resultados advindos do tri-deux-mots mostraram um aproveitamento de 68,2% na formação do plano fatorial de correspondência. A partir dos quatros estímulos indutores (i) estresse ocupacional, (ii) qualidade de vida, (iii) prática profissional e (iv) eu mesmo, constituíram-se os campos semânticos: (F1) representado pelos profissionais, e o (F2) pelo sexo, evidenciaram objetivações em torno do estresse ocupacional associado à briga, mau humor e fadiga; a qualidade de vida nos elementos ter salário, bem-estar e ser responsável; a prática profissional em conhecimento, amor e crescimento e eu mesmo em feliz, mãe dedicada e amigo. Os resultados das entrevistas semi-estruturada advindos do Alceste demonstraram um aprofeitamento de (63%) do corpus, originando quatro classes: (i) procedimento e prática de trabalho (12%); (ii) relações conflituosas (37%); (iii) dimensões da qualidade de vida (36%); (iv) fatores estressores (15%). A partir dos resultados do estudo 1, pode-se inferir que existe consensos e dissensos nas representações sociais dos dois grupos. O segundo estudo, teve como objetivo avaliar o nível de estresse ocupacional e a qualidade de vida dos profissionais que atuavam nesses mesmos contextos. Participaram deste estudo 240 profissionais, com idade variando de 17 a 74 anos (m = 34,8; dp = 10,16); a maioria (64,6%) do sexo feminino, (62,9%) da religião católica, (72,3%) atuam entre 1 a 10 anos. Os resultados advindos das análises estatísticas mostraram que os participantes possuem um nível de estresse moderado, salientando-se que o efeito desse construto influenciou negativamente na qualidade de vida. Concluí-se que esses achados confirmam que a relação do estresse ocupacional na qualidade de vida influencia nas ações humanas, e no seu fazer laboral, denotando efeitos orgânicos, psicológicos e comportamentais vulnerabilidade, impactando na saúde do profissional no ambiente organizacional.
  • ROSEANE CHRISTHINA DA NOVA SA
  • CORPO MASTECTOMIZADO E REPRESENTAÇÕES: REDE DE SIGNIFICAÇÕES QUE CONDUZEM A AÇÃO
  • Data: 09/09/2013
  • Hora: 09:00
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  • Esta tese objetivou apreender as representações sociais do corpo mastectomizado elaboradas por mulheres que se submeteram à mastectomia em decorrência do câncer de mama. Com base na Teoria das representações sociais preconizou que retirada da mama, um órgão impregnado de simbolismo sociocultural, convoca os atores sociais a reeditarem a figura do corpo feminino. Após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, procedeu-se com um estudo descritivo e exploratório. Neste estudo, 23 mulheres entre 30 e 59 anos (M= 49 anos; DP= 5,8) foram escolhidas por conveniência, de forma intencional e não probabilística. Os instrumentos utilizados para a coleta dos dados foram o Questionário Biosociodemográfico, a Técnica do Desenho-estória com Tema e a Técnica da Entrevista Semiestruturada. A análise dos dados seguiu a especificidade do questionário e de cada técnica, por isso utilizou-se o SPSS para análise descritiva, a análise de conteúdo temática e o Alceste para análise lexical. Após a descrição dos resultados, observou-se que as participantes apresentaram uma média de seis anos de mastectomia (DP= 3,7). Quanto ao uso de prótese mamária 14 disseram que usam a prótese móvel feita de alpiste ou silicone. E com relação à satisfação com a imagem corporal 13 participantes disseram estar satisfeitas. O material gráfico-verbal apreendido através do Desenho-estória com Tema Depois após passar pela análise criteriosa de três juízes foi agrupado em três categorias empíricas (estigmatização, estratégias de ajustamento social e rede de suporte) e 12 subcategorias simbólicas. A Classificação Hierárquica Descendente dos dados processados pelo Alceste foi organizada em dois subcorpora representados por eixos temáticos. O eixo temático rede de suporte e limitações funcionais aglutinou as classes temáticas 1 (espiritualidade como suporte de proteção) e 3 (limitações funcionais). Já o eixo temático estigma e ajustamento social aglutinou as classes temáticas 2 (representação negativa do corpo no pós mastectomia) e 4 (prótese como elemento de retificação). Com base na análise dos resultados infere-se que as representações sociais objetivadas a partir dos grafismos e narrativas desvelam o corpo mastectomizado como um correspondente simbólico indissociável do sujeito da representação, do objeto representacional e da experiência existencial gerada pela descoberta do nódulo que ratifica o diagnóstico do câncer de mama e pelas sequelas oriundas não só da mastectomia, mas do tratamento que envolve também a quimioterapia e a radioterapia. O corpo mastectomizado ao emergir como ícone de estigma social objetiva-se, também, a partir da experiência intersubjetiva da fé associada a práticas altruístas, e do uso externo da prótese mamária e da cirurgia plástica reparadora. Na fala das participantes o uso da prótese móvel e a realização da cirurgia reconstrutora da(s) mama(s) configuraram-se como possibilidades de ajustamento social e retificação da pertença grupal e da imagem corporal. Como desdobramentos, esta tese sugere que sejam realizados estudos com maior número de participantes considerando a diferença de gênero, e a elaboração de ações terapêuticas mais eficazes no que concerne ao resgate da autonomia, protagonismo e autoestima das mulheres que precisam se submeter à mastectomia em decorrência do câncer de mama. Por último, almeja-se ampliar os diálogos entre o campo da oncologia e da psicologia.
  • DEBORAH DORNELLAS RAMOS
  • INTERAÇÃO EDUCADORA-CRIANÇA: ESTILOS LINGUÍSTICOS E DESENVOLVIMENTO DAS HABILIDADES SOCIOCOMUNICATIVAS INFANTIS
  • Data: 21/06/2013
  • Hora: 09:00
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  •  

    Os estudos que abordam o desenvolvimento da linguagem a partir da Perspectiva
    da Interação Social dos Estudiosos da Linguagem pressupõem que os estilos comunicativos
    dos adultos repercutem sobre o desenvolvimento da linguagem infantil. Partindo dessa
    premissa, ressalta-se a relevância de estudar os estilos comunicativos utilizados nas
    interações educadora-criança em creches públicas. Portanto, objetivou-se por meio do
    presente estudo, analisar a interação educadora-criança longitudinalmente, considerando os
    estilos linguísticos dirigidos pelas educadoras e o desenvolvimento das habilidades
    sociocomunicativas infantis. Os dados foram coletados em três creches públicas de João
    Pessoa – PB. Inicialmente, foram realizadas entrevistas com as educadoras, para estabelecer
    rapport e obter dados sociodemográficos. Em seguida, as interações educadora-criança foram
    observadas em contextos diádicos e poliádicos de leitura de livros infantis, quando as
    crianças se encontravam aos 24, 30 e 36 meses de idade. Ressalta-se que o vocabulário das
    crianças foi averiguado ao longo das três etapas, através da Lista de Avaliação do
    Vocabulário Expressivo – LAVE. As filmagens das interações foram transcritas mediante as
    normas do programa computacional CHILDES (Child Language Data Exchange System),
    originando as categorias interacionais dos comportamentos comunicativos das educadoras e
    das crianças com base nas observações das interações, nos objetivos do estudo e no
    referencial teórico adotado. Por meio da LAVE, verificou-se uma ampla variação com
    relação ao vocabulário das crianças. Contudo, a maioria apresentou um repertório dentro do
    esperado no decorrer dos 24, 30 e 36 meses. Os resultados que emergiram das observações
    sistemáticas compreenderam as mudanças dos estilos linguísticos utilizados pelas educadoras
    e o avanço das habilidades sociocomunicativas infantis ao longo do estudo. Os 24 meses
    foram marcados pela emergência das pequenas frases infantis, prevalecendo entre as
    educadoras o uso dos assertivos e dos diretivos de atenção que, apesar das controvérsias,
    facilitaram o engajamento das crianças nos episódios de atenção conjunta nessa faixa etária,
    devido os gestos de apontar. Em torno dos 30 meses, destacou-se a emergência das
    protonarrativas, eliciadas com o auxílio de perguntas estratégicas dirigidas pelos adultos, o
    que remete à relação entre o desenvolvimento das habilidades sociocomunicativas infantis e o
    uso dos estilos de fala mais complexos. Aos 36 meses, verificou-se entre as crianças o
    desenvolvimento dos pequenos “relatos” e “causos”, além dos primeiros pronomes
    interrogativos. As educadoras ainda atuaram como interlocutoras ativas, auxiliando as
    crianças na estruturação do discurso narrativo, favorecendo o seu engajamento nos “jogos de
    narrar”. Apesar das educadoras terem utilizado os estilos linguísticos de um modo que
    poderia ser considerado satisfatório, essa linguagem foi predominante apenas nas interações
    diádicas, o que recai sobre a necessidade de se refletir sobre o preparo dessas profissionais
    para a atuação em sala de aula. As considerações finais do estudo remetem às relações entre
    os resultados apreendidos nas diferentes faixas etárias e as suas possibilidades de
    contribuição, objetivando a melhoria dos contextos interativos estabelecidos nas creches
    públicas e a promoção do desenvolvimento das crianças que as frequentam, mediante
    recursos facilitadores. Considera-se que esses resultados podem contribuir para a discussão
    das políticas de melhoria das condições de atendimento nas creches públicas.

    Os estudos que abordam o desenvolvimento da linguagem a partir da Perspectivada Interação Social dos Estudiosos da Linguagem pressupõem que os estilos comunicativosdos adultos repercutem sobre o desenvolvimento da linguagem infantil. Partindo dessapremissa, ressalta-se a relevância de estudar os estilos comunicativos utilizados nasinterações educadora-criança em creches públicas. Portanto, objetivou-se por meio dopresente estudo, analisar a interação educadora-criança longitudinalmente, considerando osestilos linguísticos dirigidos pelas educadoras e o desenvolvimento das habilidadessociocomunicativas infantis. Os dados foram coletados em três creches públicas de JoãoPessoa – PB. Inicialmente, foram realizadas entrevistas com as educadoras, para estabelecerrapport e obter dados sociodemográficos. Em seguida, as interações educadora-criança foramobservadas em contextos diádicos e poliádicos de leitura de livros infantis, quando ascrianças se encontravam aos 24, 30 e 36 meses de idade. Ressalta-se que o vocabulário dascrianças foi averiguado ao longo das três etapas, através da Lista de Avaliação doVocabulário Expressivo – LAVE. As filmagens das interações foram transcritas mediante asnormas do programa computacional CHILDES (Child Language Data Exchange System),originando as categorias interacionais dos comportamentos comunicativos das educadoras edas crianças com base nas observações das interações, nos objetivos do estudo e noreferencial teórico adotado. Por meio da LAVE, verificou-se uma ampla variação comrelação ao vocabulário das crianças. Contudo, a maioria apresentou um repertório dentro doesperado no decorrer dos 24, 30 e 36 meses. Os resultados que emergiram das observaçõessistemáticas compreenderam as mudanças dos estilos linguísticos utilizados pelas educadorase o avanço das habilidades sociocomunicativas infantis ao longo do estudo. Os 24 mesesforam marcados pela emergência das pequenas frases infantis, prevalecendo entre aseducadoras o uso dos assertivos e dos diretivos de atenção que, apesar das controvérsias,facilitaram o engajamento das crianças nos episódios de atenção conjunta nessa faixa etária,devido os gestos de apontar. Em torno dos 30 meses, destacou-se a emergência dasprotonarrativas, eliciadas com o auxílio de perguntas estratégicas dirigidas pelos adultos, oque remete à relação entre o desenvolvimento das habilidades sociocomunicativas infantis e ouso dos estilos de fala mais complexos. Aos 36 meses, verificou-se entre as crianças odesenvolvimento dos pequenos “relatos” e “causos”, além dos primeiros pronomesinterrogativos. As educadoras ainda atuaram como interlocutoras ativas, auxiliando ascrianças na estruturação do discurso narrativo, favorecendo o seu engajamento nos “jogos denarrar”. Apesar das educadoras terem utilizado os estilos linguísticos de um modo quepoderia ser considerado satisfatório, essa linguagem foi predominante apenas nas interaçõesdiádicas, o que recai sobre a necessidade de se refletir sobre o preparo dessas profissionaispara a atuação em sala de aula. As considerações finais do estudo remetem às relações entreos resultados apreendidos nas diferentes faixas etárias e as suas possibilidades decontribuição, objetivando a melhoria dos contextos interativos estabelecidos nas crechespúblicas e a promoção do desenvolvimento das crianças que as frequentam, medianterecursos facilitadores. Considera-se que esses resultados podem contribuir para a discussãodas políticas de melhoria das condições de atendimento nas creches públicas.

     

  • THIAGO MORAIS OLIVEIRA
  • Violência Policial contra minorias sociais no Brasil e na Espanha: Justificativas para o posicionamento de estudantes universitários
  • Data: 19/06/2013
  • Hora: 10:00
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  • O objetivo geral desta tese é investigar se a violência policial é mais tolerada quando a vítima é membro de uma minoria social (e.g. negro no Brasil e imigrantes marroquinos e ciganos romenos na Espanha). Esta é, portanto, uma tese sobre o preconceito e a discriminação racial no Brasil e a xenofobia e a discriminação na Espanha. Os objetivos específicos foram: a) analisar o papel moderador de um conjunto de variáveis psicossociais na tomada de posição, frente às ações extrajudiciais (e.g. Preconceito, Teoria Universal dos Valores Humanos de Schwartz, Valores Psicossociais QVP-24 e Crença no Mundo Justo) e b) analisar as justificativas dadas pelos participantes para a tomada de posição com relação à violência policial. Para alcançar estes objetivos, dois estudos, como delineamento quase-experimental, foram realizados. No primeiro, participaram estudantes universitários espanhóis (n = 207), com idade variando entre 17 e 31 anos (M = 20.2, DP = 2.68) e no segundo, estudantes universitários brasileiros (n = 114), com idade variando entre 17 e 56 anos (M = 23.5, DP = 6.72).  O instrumento utilizado em ambos os países começava apresentando um cenário de violência policial contra um membro de uma minoria social que, posteriormente, teve sua culpa constatada em relação ao delito do qual era suspeito. Em seguida, havia um conjunto de perguntas abertas, nas quais se solicitava ao participante que justificasse seu posicionamento frente à situação descrita. Na sequência, eram apresentadas todas as outras variáveis, todas em formato Likert de seis pontos. Por últimos, solicitavam-se as características sociodemográficas dos participantes. No que se referem aos resultados das análises das moderações, na amostra espanhola, as seguintes variáveis apresentaram efeito significativo de interação com os cenários apresentados, ou seja, elas moderaram o efeito do cenário na tolerância à violência policial: o preconceito; os subsistemas de valores de Schwartz; os subsistemas dos valores psicossociais QVP-24. No entanto, os resultados referentes ao papel moderador da Crença no Mundo Justo não foram estatisticamente significativos. Nos resultados brasileiros também houve efeito significativo na interação das variáveis pesquisadas com os cenários apresentados, com exceção dos subsistemas de valores de Schwartz, pois as análises psicométricas realizadas demonstram que o instrumento não atingiu os parâmetros que permitissem sua utilização no Brasil. Além disso, os resultados referentes à Crença no Mundo Justo foram apenas marginalmente significativos. Foi realizado, então, um estudo complementar, no Brasil, com um instrumento semelhante ao anterior, mas, aqui a vítima da violência policial era inocente. Nesta situação, os resultados alcançaram significância estatística conforme o esperado. Quanto às análises dos repertórios discursivos, na Espanha, a maioria dos participantes apresentou justificativas que toleravam a violência policial contra as minorias sociais. No Brasil os resultados também seguiram essa direção. Esses resultados são discutidos enfatizando-se sua validade ecológica, no sentido em que se conseguiu representar bem uma situação da qual pôde emergir o preconceito e a discriminação. Finalmente, esperamos que os resultados aqui apresentados possam embasar futuros debates e intervenções que visem, de fato, uma mudança na maneira pela qual os membros das minorias sociais são vistos nas sociedades contemporâneas. 

  • MARIA DE FATIMA DE OLIVEIRA COUTINHO SILVA
  • CONCEPÇÕES SOBRE DESENVOLVIMENTO INFANTIL DE ENFERMEIROS QUE ATUAM NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
  • Data: 18/06/2013
  • Hora: 09:00
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  • O objetivo desta pesquisa foi analisar as concepções sobre desenvolvimento infantil de enfermeiros que atuam na Estratégia Saúde da Família. O mesmo se ancorou na Teoria Sócio-Histórica de Vigotski, na compreensão de que o desenvolvimento humano parte da concepção que todo organismo humano é ativo e institui sucessivas interações entre as condições sociais e a base biológica do comportamento humano e na abordagem do Nicho do Desenvolvimento de Harkness e Super, na qual permite compreender sobre a qualidade do cuidado e possíveis influências no desenvolvimento infantil situado em um determinado contexto. Foi realizado um estudo de campo, nas Unidades de Saúde da Família pertencentes ao Distrito Sanitário III e utilizou-se para a coleta de dados um questionário que captava os dados sócio-demográficos e uma entrevista semi-estruturada, na qual foi analisada de acordo com Análise de Conteúdo Temática de Bardin. Participaram da pesquisa 38 enfermeiras com idades variando entre 41 a 50 anos, destas, 30 eram casadas, com filhos e apresentavam em média 20 anos de graduadas. Em relação à pós-graduação, 35 participantes eram especialistas em Saúde Coletiva e áreas a fins e 32 realizaram curso de Capacitação em Vigilância do Desenvolvimento. Quanto ao tempo de serviço, 25 apresentavam em torno de seis anos de atividades na Estratégia Saúde da Família. Das entrevistas aplicadas e analisadas, emergiram uma classe temática, dez categorias, 27 subcategorias e 1.367 unidades de análises. Os resultados apontaram que as concepções das enfermeiras sobre desenvolvimento infantil estão pautadas nos pressupostos da teoria maturacionista, transparecendo nos seus discursos a própria construção teórica das diretrizes de acompanhamento do desenvolvimento infantil do Ministério da Saúde. Apreende-se que as enfermeiras seguem os protocolos disponibilizados pelo Ministério da Saúde encontrados nos prontuários ou no Cartão de Saúde da Criança para o atendimento às crianças e percebe-se que dentre os aspectos do desenvolvimento avaliados pelas enfermeiras, predominam a manutenção de uma concepção de desenvolvimento natural, pautada na existência de uma força intrínseca à criança. Julgam ainda esses profissionais como inconsistentes e limitados às ideias das mães sobre desenvolvimento infantil, relatam que o processo de desenvolvimento infantil sofre influência do contexto familiar, afetivo e ambiental e orientam as mães para estimular o desenvolvimento infantil, de acordo com o conteúdo do Cartão de Saúde da Criança ou pela idade e marcos do desenvolvimento. Revela também o estudo, que a maioria das enfermeiras não realiza o atendimento sistemático à criança até aos dois anos de idade, julgam a sua própria atuação fragmentada, mas percebem a necessidade de melhorar o atendimento à criança. Apreende-se de um modo geral, que há contradições nas concepções dos enfermeiros, conclui-se a necessidade de criar espaços de reflexão para estes profissionais, a fim de que os mesmos repensem suas concepções a partir do contexto do seu lugar no trabalho, de modo que levem em consideração as múltiplas variáveis de entendimento sobre criança, família e desenvolvimento.
  • CAROLINA SILVA DE MEDEIROS
  • INTERAÇÃO MÃE-CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA VISUAL: UM ESTUDO LONGITUDINAL DAS HABILIDADES SOCIOCOMUNICATIVAS INFANTIS
  • Data: 14/06/2013
  • Hora: 14:00
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • A Perspectiva da Interação Social dos Estudiosos da Linguagem enfatiza as primeiras interações socialmente estabelecidas entre a criança e o adulto como primordiais para o desenvolvimento das habilidades linguísticas, cognitivas e socioafetivas. Os estudos que envolvem a análise do desenvolvimento linguístico infantil evidenciam que há padrões de estilos comunicativos que são característicos, haja vista que a idade da criança, a sua capacidade cognitiva e o próprio desenvolvimento linguístico influenciam os inputs maternos utilizados. Em crianças com necessidades educativas especiais, como é o caso de crianças com deficiência visual, a interação com a mãe possivelmente será marcada por algumas particularidades, uma vez que o contato inicial, através de trocas de olhares, inexiste. O presente estudo, de cunho longitudinal, analisou a interação mãe-criança com deficiência visual, cujo intuito foi identificar o desenvolvimento linguístico infantil a partir das habilidades sociocomunicativas infantis. Especificamente, procurou-se investigar os comportamentos comunicativos maternos e infantis; a identificação de cenas de atenção conjunta em episódios interativos e as concepções maternas sobre o desenvolvimento da criança. Trata-se de dois estudos de caso, com duas crianças com idades de três e quatro anos, ambas com deficiência visual (cegueira total) e suas respectivas mães. A coleta de dados foi realizada na residência das díades, em seis etapas distintas, com intervalos de dois meses. Os instrumentos utilizados foram: entrevista semiestruturada com uso de um gravador digital; Lista de Avaliação do Vocabulário Expressivo (LAVE); câmera de vídeo digital para a realização de 12 filmagens em cada díade. Em cada etapa do estudo aconteceram duas observações, uma em situação de brincadeira livre e outra em situação estruturada. Nesta última, foi sugerido o uso de brinquedos educativos, previamente selecionados e condizentes com a faixa etária e com a condição visual das crianças. As entrevistas foram analisadas através da análise de conteúdo categorial temática proposta por Bardin. No que diz respeito às observações, dez dos vinte minutos filmados em cada situação foram transcritos, a partir do formato Chat do sistema computacional Childes (Child Language Data Exchange System). Utilizou-se também o componente Clan do mesmo sistema operacional, o qual fornece as frequências e a precisão na codificação dos dados. Foram elaboradas categorias com base nos objetivos do estudo, em pesquisas da área e nos protocolos das observações. Verificou-se que na díade 1, a mãe considera que o desenvolvimento da criança requer orientações específicas, principalmente no uso de outras funções perceptivas, como o tato e a audição. Na aplicação da LAVE identificou-se um avanço entre a primeira e a última aplicação. No que diz respeito às observações, observou-se uma preocupação materna em promover a participação da criança no processo interacional, a qual, por sua vez, demonstrou ao longo das etapas, maior iniciativa própria e uso contextualizado de diferentes comportamentos comunicativos. Na díade 2 evidenciou-se a estratégia materna de dirigir o foco atencional da criança, bem como o relato materno de que o desenvolvimento linguístico da criança parece inadequado para a sua faixa etária. Esta informação foi verificada também através da LAVE e das observações, que mostraram a dificuldade da criança em comunicar-se apropriadamente, fazendo uso de palavras descontextualizadas e de expressões verbais rígidas. De um modo geral, destaca-se a importância de considerar o contexto situacional e de olhar os membros da díade por meio de uma perspectiva bidirecional, já que o comportamento de um influencia o comportamento do outro. Espera-se que os resultados da presente tese possam subsidiar o planejamento de programas de intervenção, cujo intuito seja de promover o desenvolvimento das habilidades sociocomunicativas das crianças com deficiência visual, através da interação com a mãe.

  • CLENIA MARIA TOLEDO DE SANTANA GONCALVES
  • TABAGISMO E QUALIDADE DE VIDA: UM ESTUDO DAS IMPLICAÇÕES BIOPSICOSSOCIAIS À LUZ DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
  • Data: 14/05/2013
  • Hora: 14:00
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • Revisitando o percurso sócio-histórico do tabagismo, observa-se, a partir de meados do século XX, uma disseminação mundial do seu uso, com ajuda de técnicas avançadas de marketing e de publicidade. Nesse período, revistas e jornais ocupavam páginas inteiras com a exibição de anúncios coloridos sobre o uso do cigarro; propagandas mostravam marcas de cigarros famosos, com suas divas e galãs ostentando um pomposo cigarrinho na boca, sinalizando estilo de vida sofisticado. Nos dias atuais o tabagismo é considerado um problema de saúde pública mundial, responsável por provocar doenças limitantes e/ou fatais, afetando, substancialmente, a qualidade de vida das pessoas. Diante dessas premissas, esta tese tem como objetivos principais apreender as representações sociais do tabagismo de fumantes e não fumantes e avaliar a qualidade de vida destes. Para instrumentalizar essa pesquisa, utilizou-se o arcabouço teórico das representações sociais, pela possibilidade de apreender a interação sujeito/objeto social, sobre a qual os indivíduos constroem uma realidade particular, determinando os comportamentos. Para alcançar os objetivos propostos, realizou-se dois estudos. O primeiro, refere-se a uma pesquisa de cunho exploratório-descritivo, com abordagem multimétodo, com uma amostra de 120 adultos, sendo 60 fumantes e 60 não fumantes, do sexo masculino e feminino em um serviço especializado de saúde pública e três instituições de ensino público; os instrumentos utilizados foram um questionário biossociodemográfico, uma entrevista semi-estruturada, a técnica da Associação Livre de Palavras, e o questionário de Tolerância de Fagerström. A coleta dos dados foi realizada de forma individual, sendo as entrevistas gravadas e posteriormente analisadas por meio do programa Alceste; e a técnica de Associação Livre de Palavras foi processada pelo software Tri-deux-Mots. Este estudo mostrou que o tabagismo apresenta uma maior incidência no grupo das mulheres, solteiros, com ensino médio, faixa etária em torno de 40 anos e idade do início tabágico entre 10-20 anos, objetivado negativamente por parte da ciência e da coletividade, e ancorado num contexto físico-químico, psicossocial e subjetivo. No segundo estudo utilizou-se uma pesquisa de caráter quantitativo, em uma amostra de 160 adultos do sexo masculino e feminino, sendo 80 fumantes e 80 não fumantes, realizado em três instituições de ensino público, cujos instrumentos foram um questionário biossociodemográfico, o questionário de Tolerância de Fagerström e o Whoqol–bref. O questionário biossociodemográfico, o Questionário de Tolerância de Fagerström e o Whoqol–bref foram submetidos à análise do pacote estatístico para as Ciências Sociais (PASW, versão 18). Os dados mostram também um predomínio do sexo feminino, solteiros, com destaque para o ensino médio, e início do tabagismo com idade média de 15,9, e a qualidade de vida dos fumantes é majoritariamente inferior que as dos não fumantes. O presente objeto de estudo revela-se como um fenômeno complexo, multidimensional e multifatorial. Espera-se que este gere mais conhecimentos, amplie o diálogo entre os diversos campos da ciência, ademais da psicologia social, bem como promova reflexões no sentido de propostas interventivas, sobretudo as de caráter preventivo.
  • EDUARDO FERREIRA DA CUNHA
  • ESPAÇO E ATIVIDADES EM CRECHES: INTERAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS DE 2 ANOS
  • Data: 13/05/2013
  • Hora: 14:00
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  • O presente trabalho objetivou analisar como são utilizados os espaço na sala de aula, por crianças de idade média de 24 meses, nos ambientes coletivos de quatro creches do município de João Pessoa-PB. Procurou também analisar e compreender como se dão as interações entre educador/criança e criança/criança nesse espaço, já que as interações sociais são fundamentais para o desenvolvimento cognitivo e linguístico de crianças. Foram escolhidas duas creches que funcionam em prédios projetados para este fim e duas funcionando em prédios antes residenciais e adaptados para funcionarem como creches. Tomou-se como referencial teórico, para as análises, as concepções de desenvolvimento a partir de uma visão de criança ativa, com ênfase na perspectiva sócio-histórica de Vygotsky e na perspectiva da interação social dos estudiosos da linguagem. Em relação ao espaço, seguiu-se o referencial teórico a partir da abordagem ecológica de Bronfenbrennner, segundo o qual o potencial promotor de desenvolvimento do espaço aumenta na medida em que o meio ambiente físico oferece oportunidade de atividades molares entre educador e criança, permitindo a livre locomoção e motivando a criança a se engajar em atividades as mais diversas com outras crianças. A metodologia adotada foi a abordagem quanti-quali, recorrendo-se às técnicas de entrevista semi-estruturada, realizada com quatro educadoras e, a observação fílmica da ocupação dos espaços da sala de atividade e das interações que ali ocorreram. Os resultados evidenciaram que embora as educadoras sejam profissionais imbuídas de boas intenções no sentido de cuidar das crianças, usaram recorrentes diretivos para manter a rígida disciplina, impondo a ocupação do espaço na sala de aula, acarretando, na maioria das vezes, um comportamento nas crianças que não as conduziram para o desenvolvimento infantil.
  • CELESTE MOURA LINS SILVA
  • BULLYING: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE ADOLESCENTES, PAIS E PROFESSORES
  • Data: 30/04/2013
  • Hora: 14:00
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  • O objetivo do presente estudo foi apreender as representações sociais de adolescentes, pais e professores acerca do bullying no contexto escolar. Trata-se de um estudo multimétodo, com um enfoque psicossociológico, baseado no arcabouço teórico da Psicologia Social, especificamente na Teoria das Representações Sociais. Participaram 200 adolescentes, 100 pais e 100 professores de escolas da rede pública (50%) e da rede particular da cidade de João Pessoa-Pb. Para a coleta de dados, foram utilizados três instrumentos: Teste de Associação Livre de Palavras (TALP); Questionário Biossociodemográfico e de Vivências Escolares; e Técnica de Grupos Focais. Os dados coletados pela TALP foram processados pelo software Tri-Deux-Mots e analisados pela Análise Fatorial de Correspondência (AFC); os dados biossociodemográficos e de vivências escolares foram processados pelo software SPSS, para uma análise estatística descritiva; e as falas dos Grupos Focais foram processadas pelo software Alceste e analisadas pela Análise Hierárquica Descendente e pela Análise Cruzada. Os resultados revelaram que as representações sociais do bullying elaboradas pelos participantes, estavam objetivadas, naturalizadas nas brincadeiras e deboches que os adolescentes fazem uns com os outros, no entanto uma brincadeira fomentada na agressividade, na violência física e verbal, no preconceito e na exclusão. Denotando o caráter emancipatório das representações sociais do bullying, diante das sérias consequências destes atos. Os dados mostraram também uma falta de clareza a respeito da função educativa da família e da escola. Os pais distantes dos filhos diante dos diversos papéis sociais que precisam ocupar no seu dia a dia; ora sendo percebidos pelos adolescentes como uma figura de cobrança, ora sendo sentidos como desatentos. E as representações sociais destes participantes acerca da escola acenando para a necessidade de uma maior fiscalização do bullying como também de possíveis mudanças na estrutura curricular das escolas, diante desta demanda de adolescentes que chegam com rupturas da educação familiar. Todavia percebe-se um consenso nas representações sociais dos participantes de que para se vislumbrar uma diminuição neste cenário de violência nas escolas é preciso haja uma mudança dos valores sociais, mas que, principalmente, todos se conscientizem de suas responsabilidades frente ao bullying.

  • MIRIANE DA SILVA SANTOS BARBOZA
  • Educação em Direitos Humanos em uma instituição militar
  • Data: 30/04/2013
  • Hora: 10:00
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  • O objetivo principal deste trabalho é verificar a influência de diferentes práticas interventivas sobre as representações sociais (RS) dos direitos humanos (DH) em alunos de um curso de formação de oficiais da polícia militar - cadetes. Tendo em vista este objetivo, foram realizados dois estudos. No primeiro, buscou-se investigar as RS, o conhecimento e as concepções sobre os DH, bem como a sensibilidade empática dos participantes. Foram administrados escalas e questionários sobre os DH, além de uma escala de empatia voltada para questões sociais a 176 cadetes, de ambos os sexos, alunos do 1o e do 3o ano. Também foi utilizada a Técnica da Associação Livre de Palavras. Nos dois estudos foram utilizadas estatísticas paramétricas e não paramétricas. Os resultados do primeiro estudo indicam: 1) a existência de um campo representacional dos DH e uma correspondência entre o conteúdo desse campo e a Declaração Universal dos Direitos Humanos; 2) a existência de RS negativas com relação à efetivação dos DH e; 3) uma baixa sensibilidade empática com respeito a alguns grupos sociais. A partir desses resultados, foi selecionada a amostra do segundo estudo, que visou promover uma mudança nas RS dos participantes, conscientizando-os quanto ao papel do policial enquanto defensor e promotor dos DH. Participaram deste estudo 48 cadetes, que foram distribuídos, randomicamente, em três grupos: dois experimentais e um de controle. O grupo controle assistiu a aulas sobre os DH com um professor da instituição onde foi realizada a pesquisa. Os grupos experimentais participaram de um dos tipos distintos de intervenção: com uma Técnica Racional Discursiva (TRD) e com uma Técnica Racional Discursivo-Afetiva (TRDA). A TRD consistiu na exposição e discussão dos conteúdos definidos no plano da disciplina “Cidadania e Direitos Humanos”, e de discussões de dilemas da vida real. A TRDA adotou os procedimentos utilizados na TRD, acrescidos de atividades psicodramáticas. Ao final do programa de intervenção, os participantes dos três grupos responderam novamente aos instrumentos mencionados no Estudo I. Os resultados das análises referentes às medidas objetivas não indicam diferenças significativas entre os grupos experimentais e de controle e entre os pré-testes e os pós-testes. Quanto às avaliações subjetivas, quando se compara o pré-teste com o pós-teste nos grupos experimentais verificam-se mudanças: 1) no conhecimento dos DH – de um menor para um maior conhecimento-; 2) nas concepções de DH – de pouco elaboradas para bem elaboradas –; 3) nas representações dos DH – de individuais para grupais – e; 4) nas representações da polícia - de uma visão idealizada para uma visão realista.  Também são observadas diferenças entre os grupos experimentais: 1) no conhecimento – os escores dos participantes submetidos à TRDA foram mais elevados do que os submetidos à TRD – e; 2) na representação da polícia militar – os participantes submetidos à TRD apresentaram representações específicas e os submetidos à TRDA, representações universais. Os resultados são discutidos à luz da TRS, da teoria psicossociológica de Doise e de estudos empíricos que investigam os DH na esfera das RS.

  • FELICISSIMO BOLIVAR DA FONSECA
  • ATITUDES AMBIENTAIS E ENERGIAS ALTERNATIVAS: UMA EXPLICAÇÃO PAUTADA EM VALORES
  • Data: 29/04/2013
  • Hora: 14:00
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  • Esta pesquisa tem por objetivo geral conhecer em que medida as atitudes ambientais podem ser preditas em função dos valores humanos e da relação pessoa-ambiente. Especificamente, pretende-se conhecer como os valores humanos e a relação dos indivíduos com a natureza explicam atitudes pró-ambientais que promovam a utilização sustentável dos recursos naturais, tendo como focos a produção e o consumo de energia. Neste sentido, organizou-se o marco teórico tratando os temas de uso e conservação de energias convencionais e alternativas, além dos construtos valores, atitudes de preservação e inclusão ambiental. Dois estudos foram realizados. O Estudo 1 objetivou conhecer como as atitudes ambientais se correlacionavam com os valores humanos, as atitudes frente às energias convencional e solar, e a conexão e inclusão ambiental. Contou-se com uma amostra de conveniência (não probabilística) de 307 participantes provenientes da população geral (63%) e estudantes universitários de cursos de Tecnologia em Gestão Ambiental e Engenharia Florestal de Cuiabá (MT). Estes tinham idades variando entre 18 e 85 anos (m = 30,8; dp = 14,43), sendo a maioria do sexo feminino (62%), tendo respondido os seguintes instrumentos: Inventário de Atitudes Ambientais, Escala de Conexão Ambiental, Escala de Inclusão Ambiental, Escala de Atitudes frente à Energia Solar, Escala de Atitudes frente à Energia Convencional, Questionário dos Valores Básicos, Escala de Desejabilidade Social e perguntas demográficas. Os resultados indicaram que os participantes se preocupam com o meio ambiente, tendo atitudes positivas frente às fontes de energias sustentáveis, além de se sentirem incluídas ao meio ambiente natural. No caso, os valores suprapessoais se correlacionaram positivamente com as atitudes de preservação, enquanto os sociais o fizeram com aquelas de utilização; as atitudes frente à energia solar se correlacionaram positivamente com as de preservação, porém aquelas frente à energia convencional o fizeram negativamente; e, finalmente, coerente com o resultado anterior, as atitudes frente à energia solar se correlacionaram positivamente com a conexão e inclusão ambiental, tendo sido observado um padrão oposto para as atitudes frente à energia convencional. O Estudo 2 objetivou replicar os achados anteriormente descritos. Neste sentido, contou-se com amostra de conveniência (não probabilística) de 175 participantes da população geral dos municípios de Cuiabá e Barão de Melgaço, os quais tinham com idades entre 18 e 92 anos (m = 37,7; dp = 14,43), sendo a maioria do sexo feminino (62%). Tais participantes responderam os mesmos questionários anteriormente descritos. Em termos gerais, observaram-se os mesmos resultados do Estudo 1. Destaca-se, entretanto, que os participantes de Barão de Melgaço, apesar do predomínio de atividades diárias relacionadas com o meio ambiente natural, apresentam propensões menores para comportamentos de proteção e cuidado ambiental em comparação com aqueles de Cuiabá. Concluiu-se que as atitudes ambientais de preservação, assim como a conexão e inclusão ambiental, podem ser importantes para explicar as atitudes frente à energia solar e convencional, cabendo aos valores humanos, sobretudo os suprapessoais, papel de destaque neste contexto. Confia-se, portanto, que a presente tese represente contribuição importante para a literatura da psicologia social e ambiental, oferecendo oportunidade para pensar pesquisas futuras e, principalmente, contribuir com políticas públicas com o fim de assegurar a educação ambiental e promover condutas ambientalmente sustentáveis.
  • MARDELIDES DA SILVA LIMA
  • CORRELATOS VALORATIVOS DO BULLYING: UM ESTUDO COM ESTUDANTES E PAIS
  • Data: 26/04/2013
  • Hora: 14:00
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  •  

    O bullying é um tipo de violência que afeta principalmente os jovens, sendo sua
    manifestação cada dia mais presente no espaço da escola, ocasionando transtornos físicos e
    psicológicos às vítimas. Considerando este quadro e concebendo que os valores humanos
    são um construto fundamental para explicar o comportamento e as maneiras de agir dos
    indivíduos, procurou-se nesta tese conhecer os correlatos valorativos do bullying,
    considerando tanto pais como estudantes, objetivando elaborar um modelo explicativo a
    respeito. Nesta direção, realizaram-se três estudos na cidade de Cáceres, Mato Grosso. O
    Estudo 1 procurou conhecer evidências de validade e precisão das medidas utilizadas nos
    demais estudos, a saber: Questionário dos Valores Básicos (QVB), Questionário de
    Percepção dos Pais (QPP), Escala Califórnia de Vitimização do Bullying (ECVB) e Escala
    de Atitudes Frente a Potenciais Alvos de Bullying (AFPAB). Participaram 220 alunos do
    ensino médio, com idade média de 16,2 anos, 46,8% do sexo feminino. Os resultados
    evidenciaram comprovação de validade fatorial e consistência interna destas medidas, coerente
    com sua proposta original. O Estudo 2, utilizando as medidas cujos parâmetros foram
    previamente comprovados, procurou-se conhecer a incidência de bullying e as correlações de
    seus indicadores com os estilos parentais e os valores humanos, elaborando um modelo
    explicativo a respeito. Participaram 180 estudantes do ensino médio de três escolas públicas,
    com idade média de 16 anos, sendo a maioria do sexo feminino (54,4%). No geral, os resultados
    mostram que o bullying se faz presente nas interrelações escolares, apresentando percentual
    de 40,6% de vítimas; 75,6% indicaram conhecer alguém que já foi vitimado e 61,7% têm
    amigo que sofreu este ato. Este fenômeno foi caracterizado nos garotos por apelidos,
    ameaças, agressões, roubos e comentários sexuais, e nas garotas por rumores e desprezo por
    parte das demais. Quanto aos estilos parentais, observou-se que a afetividade percebida da
    mãe se correlacionou negativamente com a medida de bullying; no caso dos valores, aqueles
    que pontuaram alto nos sociais obtiveram menores pontuações em bullying. Em termos do
    modelo explicativo, tais valores mediaram a relação entre a afetividade da mãe e o bullying.
    O Estudo 3 procurou conhecer as prioridades valorativas de pais ou responsáveis, focando
    nas correlações que podem ser estabelecidas entre os valores humanos e as atitudes frente a
    potenciais alvos de bullying. Participaram 400 pais ou responsáveis pelos alunos, com idade
    média de 43 anos, 56,8% mulheres. Os resultados mostraram que os participantes priorizam
    para si e seus dependentes valores de existência, dando menor destaque àqueles de
    experimentação. Verificou-se correlação entre os valores sociais de pais ou responsáveis
    com os de seus dependentes, sendo que tais valores inibiram atitudes favoráveis frente ao
    bullying. Contrariamente, os valores pessoais fizeram mais prováveis atitudes favoráveis
    frente a esta forma de violência. Concluiu-se que os resultados dos três estudos permitem
    pensar no fenômeno bullying como presente no contexto escolar, sendo reconhecido por pais
    ou responsáveis e seus dependentes, sendo a afetividade materna e os valores sociais fatores
    que podem minimizar sua presença e as consequências decorrentes. Por fim, propuseram-se
    estudos futuros sobre a temática bullying, por exemplo, envolvendo os amigos como
    implicados nesta situação adversa, e indicaram-se, inclusive, programas que possam
    assegurar espaços escolares em que este fenômeno ocorra em menor magnitude.

    O bullying é um tipo de violência que afeta principalmente os jovens, sendo suamanifestação cada dia mais presente no espaço da escola, ocasionando transtornos físicos epsicológicos às vítimas. Considerando este quadro e concebendo que os valores humanossão um construto fundamental para explicar o comportamento e as maneiras de agir dosindivíduos, procurou-se nesta tese conhecer os correlatos valorativos do bullying,considerando tanto pais como estudantes, objetivando elaborar um modelo explicativo arespeito. Nesta direção, realizaram-se três estudos na cidade de Cáceres, Mato Grosso. OEstudo 1 procurou conhecer evidências de validade e precisão das medidas utilizadas nosdemais estudos, a saber: Questionário dos Valores Básicos (QVB), Questionário dePercepção dos Pais (QPP), Escala Califórnia de Vitimização do Bullying (ECVB) e Escalade Atitudes Frente a Potenciais Alvos de Bullying (AFPAB). Participaram 220 alunos doensino médio, com idade média de 16,2 anos, 46,8% do sexo feminino. Os resultadosevidenciaram comprovação de validade fatorial e consistência interna destas medidas, coerentecom sua proposta original. O Estudo 2, utilizando as medidas cujos parâmetros forampreviamente comprovados, procurou-se conhecer a incidência de bullying e as correlações deseus indicadores com os estilos parentais e os valores humanos, elaborando um modeloexplicativo a respeito. Participaram 180 estudantes do ensino médio de três escolas públicas,com idade média de 16 anos, sendo a maioria do sexo feminino (54,4%). No geral, os resultadosmostram que o bullying se faz presente nas interrelações escolares, apresentando percentualde 40,6% de vítimas; 75,6% indicaram conhecer alguém que já foi vitimado e 61,7% têmamigo que sofreu este ato. Este fenômeno foi caracterizado nos garotos por apelidos,ameaças, agressões, roubos e comentários sexuais, e nas garotas por rumores e desprezo porparte das demais. Quanto aos estilos parentais, observou-se que a afetividade percebida damãe se correlacionou negativamente com a medida de bullying; no caso dos valores, aquelesque pontuaram alto nos sociais obtiveram menores pontuações em bullying. Em termos domodelo explicativo, tais valores mediaram a relação entre a afetividade da mãe e o bullying.O Estudo 3 procurou conhecer as prioridades valorativas de pais ou responsáveis, focandonas correlações que podem ser estabelecidas entre os valores humanos e as atitudes frente apotenciais alvos de bullying. Participaram 400 pais ou responsáveis pelos alunos, com idademédia de 43 anos, 56,8% mulheres. Os resultados mostraram que os participantes priorizampara si e seus dependentes valores de existência, dando menor destaque àqueles deexperimentação. Verificou-se correlação entre os valores sociais de pais ou responsáveiscom os de seus dependentes, sendo que tais valores inibiram atitudes favoráveis frente aobullying. Contrariamente, os valores pessoais fizeram mais prováveis atitudes favoráveisfrente a esta forma de violência. Concluiu-se que os resultados dos três estudos permitempensar no fenômeno bullying como presente no contexto escolar, sendo reconhecido por paisou responsáveis e seus dependentes, sendo a afetividade materna e os valores sociais fatoresque podem minimizar sua presença e as consequências decorrentes. Por fim, propuseram-seestudos futuros sobre a temática bullying, por exemplo, envolvendo os amigos comoimplicados nesta situação adversa, e indicaram-se, inclusive, programas que possamassegurar espaços escolares em que este fenômeno ocorra em menor magnitude.

     

  • AURORA CAMBOIM LOPES DE ANDRADE LULA
  • DESENVOLVIMENTO MORAL E RELIGIOSO: ESTUDO CORRELACIONAL E VALIDAÇÃO DE INSTRUMENTO
  • Data: 26/04/2013
  • Hora: 08:30
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  • O objetivo final desta tese foi verificar se o desenvolvimento do pensamento moral e condicao necessaria para o desenvolvimento do pensamento religioso. Para atingir esse objetivo, fez-se necessario antes construir e validar um instrumento objetivo para investigar o julgamento religioso. Duas teorias servem como base para este estudo: a teoria do desenvolvimento do julgamento moral de justica, elaborada por Kohlberg (1969) e a teoria do desenvolvimento do julgamento religioso, elaborada por Oser e Gmunder (1991). Ambas seguem os mesmos pressupostos piagetianos. Sendo assim, foi necessaria a realizacao de quatro estudos, os tres primeiros referentes a validacao do Teste do Julgamento Religioso (TJR) e o quarto referente mais especificamente a verificacao da relacao entre pensamento moral e religioso. O primeiro estudo teve como objetivo a construcao e validacao de conteudo da TJR, um teste objetivo para investigar o julgamento religioso que segue o mesmo formato do Deffining Issues Test (DIT), instrumento objetivo para investigar o julgamento moral. O TJR e composto por tres dilemas, baseados nos dilemas de Oser e Gmunder (1991). Ao final deste estudo o TJR continha 20 itens para cada dilema, sendo quatro itens para cada estagio. Os itens foram constituidos por afirmativas, nas quais os respondentes deveriam indicar em uma escala do tipo likert o grau de importancia de cada afirmativa. O segundo estudo teve como objetivo a validacao de construto, que consistiu na verificacao dos coeficientes de fidedignidade e da consistencia interna dos itens do instrumento construido na primeira fase. Participaram 206 adolescentes de escolas publicas e privadas e universitarios. Foi realizada uma analise fatorial para cada dilema e Teste-T e ANOVA para verificar a influencia dos dados socio-demograficos nos escores dos participantes referentes aos fatores das escalas. Verificou-se nos resultados que a organizacao dos itens nos fatores mostrou-se adequada com tres componentes ao inves de cinco (como previa a teoria). Concluiu-se que o dilema de Paulo e o dilema da Sorte apresentaram parametros psicometricos adequados, mas o dilema do juiz nao apresentou e foi retirado das analises posteriores. O terceiro estudo teve carater confirmatorio e contou com uma participacao de 153 estudantes adolescentes e universitarios. Foi administrado o TJR com as modificacoes realizadas no segundo estudo. Verificou-se mais uma vez que os itens apresentaram uma organizacao mais adequada com tres componentes, o que levou a crer que o desenvolvimento do julgamento religioso pode ser dividido por niveis. Os dois primeiros estagios constituiriam o primeiro nivel, o estagio 3 formaria o segundo nivel e os dois ultimos estagios comporiam o terceiro nivel. O quarto estudo teve como objetivo verificar se o pensamento moral e condicao necessaria ao pensamento religioso. Participaram 293 jovens dentro da seguinte faixa etaria: 16-17 anos; 20-21 anos e 24-25 anos. Foram utilizados os seguintes instrumentos: um questionario socio-demografico; o DIT e o TJR. De acordo com a teoria estudada, esperou-se encontrar nos resultados: (1) Uma evolucao dos niveis de julgamento moral e religioso de acordo com a idade; (2) Uma relacao positiva entre pensamento moral e religioso; (3) Maior numero de participantes com nivel de desenvolvimento mais avancado no julgamento moral do que no julgamento religioso.
  • DELIANE MACEDO FARIAS DE SOUSA
  • DESEMPENHO ACADÊMICO: UMA EXPLICAÇÃO PAUTADA NOS VALORES HUMANOS, ATITUDES E ENGAJAMENTO ESCOLAR
  • Data: 25/04/2013
  • Hora: 09:00
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  • Objetivou-se conhecer em que medida os valores, as atitudes em relação ao contexto escolar e à aprendizagem, e o engajamento escolar explicam o desempenho acadêmico. Buscou-se ainda elaborar duas medidas psicológicas e conhecer seus aspectos psicométricos: Escala de Autoavaliação de Desempenho Acadêmico e a Escala de Atitudes Frente ao Contexto Escolar (EACE), além de adaptar uma terceira para o presente contexto: a Escala de Atitudes Frente à Aprendizagem (EAFA). Diante dos objetivos elencados, realizaram-se cinco estudos empíricos. O Estudo 1 diz respeito à elaboração das medidas propostas (EADA e EACE) e contou com 481 estudantes da segunda fase do ensino fundamental de escolas públicas e privadas da cidade de João Pessoa (PB), com idade média de 12,9 anos (dp = 1,59, amplitude de 11 a 17 anos de idade), divididos igualmente quanto ao sexo. Os participantes responderam um questionário com perguntas abertas sobre o desempenho acadêmico e o contexto escolar. As respostas foram avaliadas por meio de uma técnica informatizada de análise de conteúdo (ALCESTE), e a partir delas foram elaborados itens tanto para a EADA, quanto EACE. O Estudo 2 apresenta os parâmetros psicométricos das medidas elaboradas nesta tese (EADA e EACE), além da EAFA. Participaram 200 estudantes do ensino fundamental, sendo a maioria do sexo feminino (53,5%), com idade média de 12,6 anos (dp = 1,50). A leitura do conteúdo dos itens da EADA permitiu nomear seus componentes de satisfação (α = 0,92, rm.i. = 0,39) e insatisfação com o desempenho acadêmico (α = 0,80, rm.i. = 0,25). No que diz respeito à EACE, três componentes foram extraídos: atitudes frente a professores (α = 0,90, rm.i. = 0,45), à escola (α = 0,85, rm.i. = 0,43) e aos colegas de classe (α = 0,85, rm.i. = 0,53). Já a EAFA teve sua estrutura tetrafatorial confirmada no presente contexto: abertura (α = 0,86, rm.i. = 0,40), disposição negativa (α = 0,77, rm.i. = 0,40), expectativa (α = 0,76, rm.i. = 0,35) e ansiedade (α = 0,73, rm.i. = 0,31) em relação à aprendizagem. Tendo as três medidas alcançado padrões de validade e precisão adequados, procedeu-se o  Estudo 3, com o objetivo de comprovar a estrutura fatorial das mesmas. Para tanto, contou-se com a participação de 210 estudantes, com as mesmas características dos estudos anteriores. As três medidas apresentaram indicadores de ajuste satisfatórios, cabendo ressaltar que a EADA mostrou-se mais eficiente quando composta por apenas um fator. No Estudo 4 verificaram-se as relações entre as variáveis centrais desta tese, a saber: desempenho acadêmico, engajamento escolar, atitudes educacionais e valores humanos. Participaram deste estudo 200 estudantes, que responderam além das medidas anteriormente mencionadas, ao Questionário de Valores Básico (QVG), Escala de Engajamento Escolar (EEE) e questões sócio-demográficas. Verificou-se que o desempenho está relacionado a todas as variáveis, com exceção dos valores de experimentação e expectativa frente à aprendizagem. Nesse sentido, verificou-se por meio de regressões lineares, as relações preditivas entre as variáveis em questão, resultando num modelo explicativo do desempenho acadêmico. O Estudo 5 descreve o teste do modelo hierárquico: valores (normativa, interativa e suprapessoal) → atitudes educacionais (em relação ao contexto escolar e à aprendizagem) → engajamento escolar (vigor, absorção e dedicação) → desempenho acadêmico. Contou-se com uma amostra de 425 estudantes do ensino fundamental e verificou-se que o modelo em questão apresentou índices de ajustes satisfatórios [c²/gl = 1,99, GFI = 0,96, AGFI = 0,92, CFI = 0,94 e RMSEA = 0,07 (IC90% = 0,03-0,10)]. Confia-se que os objetivos da presente tese foram alcançados, dando ênfase à teoria funcionalista dos valores humanos. Espera-se que os resultados aqui apresentados possam servir de base para estudos e intervenções futuros que visem a contribuir para esta área de interesse.

  • HENRIETT MARQUES MONTANHA
  • USO DO ÁLCOOL E DEPRESSÃO NO CONTEXTO DA ADOLESCÊNCIA: UM ESTUDO PSICOSSOCIOLÓGICO
  • Data: 19/04/2013
  • Hora: 09:00
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  • Esta tese teve como objetivo apreender as representações sociais acerca do álcool e da depressão elaboradas por estudantes adolescentes. Para tanto, utilizou-se o aporte da Teoria das Representações Sociais. O estudo contou com uma amostra de 349 estudantes do Ensino Médio Profissionalizante, maioria do sexo feminino (71,3%), com idades entre 13 e 17 anos, com uma média de 15,8 (dp=1,04%). Para a coleta dos dados foram utilizados os seguintes instrumentos: Técnica de Associação Livre de Palavras – TALP (estímulos indutores: depressão, pessoa deprimida, uso do álcool, adolescência e eu mesmo), Questionário biossociodemográfico, Teste de Identificação de Problemas Relacionados ao Uso de Álcool (AUDIT), Inventário de Depressão Infantil – CDI e Entrevista semiestruturada. O software Trideux foi utilizado para realizar a análise fatorial de correspondência das associações livres e variáveis dos participantes. Os dados advindos do questionário e do AUDIT foram processados pelo PASW 21 e analisados por meio de estatística descritiva. As interlocuções dos participantes foram processadas pelo software ALCESTE e analisadas por meio da análise lexical (procedimentos padrão e análise cruzada). Os resultados obtidos através da Análise Fatorial do Trideux indicaram campos semânticos associados à depressão e objetivados pelas palavras chorar, doença, morte, sozinha, angústia e dor; as evocações advindas do estímulo pessoa deprimida foram objetivadas nas palavras: chata, doente e sozinha. Já para o estímulo indutor uso do álcool, os participantes o objetivaram por meio dos elementos e apresentaram-se por meio dos vocábulos sexo, rebeldia, descoberta e festa. E, por fim, para o estímulo eu mesmo, o grupo elaborou suas objetivações nas palavras: legal, linda e amiga. Os resultados advindos do AUDIT demonstraram boa consistência interna (=0,84); na análise categórica 129 (36,9%) adolescentes pontuaram na Zona I (consumo de Baixo Risco), 17 (4,9%) adolescentes pontuaram na Zoba II (Risco), 2 (0,6%) na Zona III (Alto Risco) e 1 (0,3) pontuou na Zona IV (Dependência). Os resultados sobrevindos do CDI revelaram boa confiabilidade (=0,86); sendo 10% dos adolescentes com sintomatologia depressiva, e destes 68,6% do sexo feminino; com maior frequência na idade de 15 anos (30,3%). Os resultados do ALCESTE desvelaram na primeira classe, intitulada Depressão: concepções, causas e consequências da depressão, cujas representações objetivaram-se no sentimento da tristeza e em outros elementos como: poder, falta, escola, amor, trauma, família, suicídio, sofrer, perda, doença, remédio, morte, entre outras que ancoram-se em dimensões psicoafetivas. A segunda classe, denominada Álcool: concepções, causas e consequências, foi objetivada nos elementos beber, cerveja, curiosidade, amigos, morrer, abusar, influência, festa, acidente, vício, normativas e comportamentais apreendidas provavelmente do meio social. A terceira classe do ALCESTE, intitulada Adolescência: concepções e vivência objetivou-se em fase, vida, caminho, período, mudança, escolha, responsabilidade, rebeldia, brincar, sexo, estudar, adulto, descobertas, entre outras. Os achados deste estudo apontaram que 42,7% dos adolescentes fizeram ingestão de álcool, 10% apresentaram sintomatologia depressiva, não sendo possível associar os sintomas depressivos ao uso de álcool. Entretanto, acredita-se que com estes resultados, seja imperativo ampliar as reflexões e mudar as atitudes acerca do comportamento do adolescente no que concerne aos cuidados de prevenção do abuso de álcool, bem como de sua saúde mental e, que por sua vez, sejam efetivamente implementadas as políticas de educação que contemplem a saúde integral do adolescente.
  • VANIA CRISTINA NADAF
  • A RESILIÊNCIA: UM PROCESSO POTENCIAL DE PROTEÇÃO E ADAPTAÇÃO DO BEM-ESTAR PSICOLÓGICO NA VELHICE
  • Data: 18/04/2013
  • Hora: 09:00
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  • Com o aumento da duração da vida humana e do número de idosos na população, o envelhecimento passou a ser um tema privilegiado e um dos grandes desafios da sociedade contemporânea. Considerado como um período de grandes adversidades e de aumento do estresse (maior convivência com o risco) pode ser também considerado como uma nova etapa da vida que pode ser vivenciada de forma positiva. Estudos têm comprovado que para tal vivência positiva, a resiliência é fundamental, uma vez que está ligada a processos intrapsíquicos de proteção e risco e de interação social, o que a torna importante neste processo de adaptação e superação das adversidades desta etapa da vida. Aliada à resiliência, tem-se a medida da satisfação com a vida, com a qual se realiza um julgamento cognitivo de alguns domínios específicos da vida e reflete como a pessoa percebe a sua vida em relação ao presente, ao passado e às suas perspectivas em relação ao futuro, e é vista como o componente cognitivo fundamental, que complementa a felicidade. Da necessidade de estudar esses construtos, surgiu esta pesquisa que teve como objetivo analisar as ligações existentes entre a capacidade da resiliência e a percepção do Estresse com o componente cognitivo do Bem-estar Subjetivo (BES) – a satisfação com a vida - em uma amostra de idosos de Cuiabá, tendo como referencial teórico o modelo do desenvolvimento humano, com forte influência da teoria psicossocial de Erikson (1972) e o modelo de Grotberg que define a resiliência como um conceito ligado ao desenvolvimento e ao crescimento humano. Método: a pesquisa se caracteriza como um estudo transversal de abordagem quantitativa. Foi dividido em dois estudos, o primeiro estudo consistiu na adaptação da Escala de Resiliência para Adultos - RSA (por Friborg, Hjemdal, Rosenvinge & Martinussen, 2003), do qual participaram 200 idosos. No segundo estudo, a amostra foi constituída de 379 idosos que responderam um questionário sociodemográfico, a escala RSA (Hjemdal, et al. 2006), a escala Perceived Stress Scale (PSS – Escala de Estresse Percebido) de Cohen, Karmack & Mermelsteinm (1983), Satisfaction With Life Scale (SWLS) – Escala de Satisfação Com a Vida (ESV), de Diener (1985), e a escala Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS) de Zigmond & Snaith (1983). Os dados foram compilados utilizando-se o SPSS versão 21 para análises estatísticas. Como resultado, obteve-se no Estudo I um predomínio de mulheres (n= 146) e com uma média de 67,23 anos (DP= 5,9). Na Análise Fatorial realizada no I estudo, emergiram duas dimensões – Coesão Familiar (Alfa = 0,95) e Otimismo (Alfa=0,88) e dois itens foram eliminados ficando assim a RSA total (Alfa = 0,91) adaptada para idosos com 31 itens. Os resultados do II Estudo apontam que a amostra tem um nível de resiliência médio e que a maioria dos idosos avalia estar satisfeita com a vida. Os resultados também demonstraram que os idosos que apresentaram maiores médias nas avaliações da RSA e da ESV apresentaram menores pontuações nas escalas PSS e HADS- Ansiedade e Depressão. A hipótese do Estudo I não foi confirmada, o que sugere que a resiliência pode ser medida de forma diferente para os idosos, pois a resiliência nesta fase pode refletir o processo de adaptação positiva em uma fase de maior amadurecimento psicológico. No estudo II, os resultados confirmaram as hipóteses do trabalho, as mulheres tiveram maiores pontuações nas RSA e nas suas dimensões, sendo que, somente na dimensão otimismo essa diferença foi significativa. Dos resultados que se obteve, concluiu-se haver necessidade de se investir em outras pesquisas para melhor entender os efeitos e consequências da capacidade da resiliência na velhice, pois os resultados trazem a ideia que é um fator protetor e promotor de bem-estar neste período. A velhice acarreta perdas no que tange à saúde, à capacidade laboral, ao poder aquisitivo e às relações interpessoais. Portanto, a continuidade da presença do quesito satisfação com a vida após os 60 anos demonstra que a resiliência – enquanto processo de adaptação e superação das condições adversas que a vida impõe – tornou-se fundamental para não só a manutenção do sentimento da certeza de ter qualidade de vida, mas também para a forma como essas perdas são absorvidas e ressignificadas na vida dos idosos.
  • SANDRA ELISA DE ASSIS FREIRE
  • POLIAMOR, UMA FORMA NÃO EXCLUSIVA DE AMAR: CORRELATOS VALORATIVOS E AFETIVOS
  • Data: 27/03/2013
  • Hora: 10:00
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  • O objetivo desta tese foi conhecer em que medida os valores, o amor e o ciúme explicam a atitude das pessoas diante do poliamor. Também, buscou-se elaborar uma medida de autorrelato (explícita), Escala de Atitudes Frente ao Poliamor (EAFP) e uma medida implícita (TAI-Monogamia/Poliamor) com o intuito de mensurar tais atitudes. Para tanto, foram realizados quatro estudos empíricos. O Estudo 1 diz respeito à elaboração da Escala de Atitudes Frente ao Poliamor (EAFP). Participaram 207 estudantes de duas universidades particular da cidade de João Pessoa – PB, com idades variando de 18 a 50 anos (m = 25,7 e dp = 7,19), sendo em sua maioria do sexo masculino (56%). Eles responderam a um questionário que se encontrava dividido em duas partes. A primeira parte possuía sete perguntas abertas, e a segunda parte, perguntas de natureza sócio-demográficas. As respostas dos participantes foram avaliadas por meio da análise de conteúdo automática (ALCESTE). Foram elencadas duas classes distintas. Em síntese, eles revelaram a compreensão da problemática em torno da dinâmica do poliamor enquanto relacionamento amoroso. O Estudo 2 apresenta os parâmetros psicométricos da medida proposta (EAFP). Participaram 261 estudantes universitários da cidade de João Pessoa - PB, com idades variando de 18 a 63 anos (m = 30,1, dp = 9,80), sendo a maioria do sexo feminino (57,5 %). A EAFP apresentou dois componentes respectivamente. A leitura do conteúdo dos seus itens permitiu defini-los como “poliamor como possibilidade de relacionamento” e “sentimento em relação à prática do poliamor”. O Estudo 3 descreve como as variáveis valores humanos, as dimensões do amor e os fatores do ciúme explicam as atitudes frente ao poliamor; e, ainda, pretendeu-se testar o modelo bidimensional da EAFP. Participaram desta pesquisa 242 estudantes universitários do estado do Piauí, com idade média de 23 anos (dp = 5,28 amplitude de 18 a 50 anos), sendo a maioria do sexo feminino (64,2%). Evidenciou-se que a dimensão afetiva, em especial o ciúme, pareceu possuir maior poder preditivo de explicação destas atitudes; e que o poliamor enquanto relacionamento amoroso mostrou-se ainda menos convencional para as pessoas que aderem às normas socialmente aceitas para as relações amorosas, a exemplo daqueles que se pautam por valores normativos. Os resultados também confirmaram a estrutura bifatorial da EAFP. Por fim, o Estudo 4 tratou de construir uma medida implícita com o intuito de mensurar atitudes frente ao poliamor, e analisar as relações entre as medidas implícita e explícita acerca deste construto. Foram utilizadas as duas versões do TAI-Monogamia/Poliamor. A versão lápis e papel, contou com a participação de 170 estudantes de uma Universidade Pública do Piauí-PI, com idade média de 22 anos (dp = 5,15), sendo a maioria do sexo feminino (70,0%). Na versão computadorizada, participaram 100 estudantes de uma universidade pública do Piauí- PI, com idade média de 22 anos (dp = 2,93). Verificaram-se correlações significativas entre as medidas implícita e explícita, indicando que quando as pessoas apresentavam atitudes explicitas favoráveis ao poliamor respectivamente elas manifestavam atitudes implícitas favoráveis a esta forma de relacionamento. Entretanto, para os estudantes monogamia e poliamor não se apresentaram em lados opostos, sugerindo que as pessoas favoráveis à monogamia necessariamente não se mostraram contrárias ao poliamor.
  • LUCIANE ALBUQUERQUE SA DE SOUZA
  • O PAPEL DA AUTOEFICÁCIA NA SAÚDE MENTAL E NO BURNOUT DE CADETES POLICIAIS E BOMBEIROS MILITARES
  • Data: 15/03/2013
  • Hora: 09:00
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  • Os policiais e bombeiros militares, ao realizarem suas atividades laborais, estão sujeitos às várias situações e intempéries advindas do ambiente externo, além de ter que sobreviver aos desafios impostos pela estrutura pública à qual estão inseridos. A partir desta reflexão, surgiu o interesse por realizar um estudo com os futuros agentes da segurança pública e defesa social, os cadetes militares. Logo, o objetivo geral desta tese foi o de analisar o processo pelo qual as relações entre o bem-estar subjetivo e a saúde mental e o bem-estar subjetivo e o burnout adquirem significado psicológico a partir do efeito mediador das crenças da autoeficácia. Para tanto, buscou-se o atingimento dos seguintes objetivos específicos: a) investigar o efeito mediador da autoeficácia na relação entre a saúde mental de futuros policiais e bombeiros militares e dois conjuntos de variáveis: as sociodemográficas e as relacionadas ao bem estar subjetivo; e b) avaliar o efeito mediador da autoeficácia no aparecimento da síndrome de burnout em futuros policiais e bombeiros militares e dois conjuntos de variáveis: as sociodemográficas e as relacionadas ao bem-estar subjetivo. Participaram deste estudo 228 cadetes militares, cuja maioria é do sexo masculino (79%), com idades variando entre 17 e 24 anos (60%), e declarados solteiros (74%); destaca-se que 65% frequentava o Curso de Formação de Oficiais da Polícia Militar e 35% o Curso de Formação de Oficiais do Corpo de Bombeiros Militar, sendo que 42% já frequentava o curso há um ano, 30% há dois anos e 28% há três anos. Após aprovação do projeto de pesquisa pelo Comitê de Ética e do consentimento e autorização do Diretor do Centro de Educação da Polícia Militar da Paraíba, procedeu-se a coleta dos dados. Os participantes receberam um livreto contendo os seguintes instrumentos: Questionário de Saúde mental (QSG-12), Maslach Burnout Inventory – Student Survey (MBI-SS), Escala de Autoeficácia Geral Percebida, Escala de Afetos Positivos e Negativos, Escala de Vitalidade Subjetiva e Escala de Satisfação com a Vida. Inicialmente, foi realizada uma regressão hierárquica, método Enter, para avaliar: 1) o papel de variáveis sociodemográficas e do bem-estar subjetivo na saúde mental dos cadetes militares; e 2) o papel de variáveis sociodemográficas e do bem-estar subjetivo no desenvolvimento de burnout dos cadetes militares. Posteriormente, realizaram-se regressões simples com método Enter, para testar o efeito mediador da autoeficácia entre as variáveis supracitadas. Quanto ao construto do bem-estar subjetivo, observou-se que, apesar de estarem expostos a contingências diversas e adversas, os cadetes militares conseguem manter níveis equilibrados de saúde mental, em boa parte, devido à dinâmica dos quatro tipos de funções mediadoras (cognitiva, seletiva, afetiva e reguladora) que as crenças da autoeficácia realizam nestes indivíduos. Outro dado interessante apontou que a relação entre o tempo na corporação e a saúde mental é completamente explicada pela autoeficácia. Já em relação ao burnout, enfatiza-se que, apesar de conviverem no mesmo ambiente acadêmico (CEPMPB), cadetes policiais e cadetes bombeiros apresentaram divergência em termos de nível de burnout, sendo que que os cadetes da PM apresentam maior nível de burnout do que os cadetes BM. Outra evidência aponta que quanto mais tempo os cadetes passam na corporação, maior será a probabilidade destes virem a desenvolver a síndrome de burnout. Os resultados das análises desta tese indicam que os cadetes militares (independente do sexo e do tipo de corporação ao qual pertencem) estão se valendo (mesmo que parcialmente) das suas crenças de autoeficácia para conseguir enfrentar os estressores diários. As discussões sugerem programas de intervenção como forma de poupar recursos às corporações militares, pois estarão prevenindo o aparecimento da síndrome de burnout na vida profissional dos seus policiais e bombeiros militares.

  • KARLA CAROLINA SILVEIRA RIBEIRO
  • INTERVENÇÃO PSICOEDUCATIVA DIRIGIDA À PREVENÇÃO DE DSTS E GRAVIDEZ NÃO PLANEJADA PARA ADOLESCENTES JOVENS
  • Data: 07/03/2013
  • Hora: 08:00
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  • Questões socioculturais e econômicas aumentam a vulnerabilidade dos jovens à infecção pelas DSTs/HIV e ao risco de uma gravidez não planejada, devendo ser abordados nas estratégias de prevenção, tendo em vista que a educação se desenvolve em espaços formais e não formais desde que haja interação entre as pessoas e saberes. Partindo destes pressupostos, este estudo está fundamentado na teoria da Vulnerabilidade e na teoria do Comportamento Planejado, tendo como objetivo elaborar e verificar os efeitos da aplicação de uma estratégia de intervenção psicoeducativa para a prevenção das DSTs e gravidez não planejada para adolescentes jovens, enfocando de modo abrangente e integrado os aspectos da vulnerabilidade individual, social e programático. Trata-se de um estudo com delineamento quase-experimental com grupo de controle, que se divide em 03 estudos: (1) Construção e Validação de um instrumento de avaliação da percepção de vulnerabilidade adolescente jovem para uso no pré e pós-teste. (2) Construção de uma estratégia de intervenção psicoeducativa. (3) Aplicação e avaliação da intervenção psicoeducativa. A população do estudo é constituída por jovens de 14 a 24 anos, matriculados em escolas públicas e privada de ensino médio da cidade de João Pessoa. Para o primeiro estudo, a amostra foi constituída por 432 estudantes, no qual foi aplicada a escala de Percepção frente à Vulnerabilidade. A escala foi construída através das bases teóricas da teoria da Vulnerabilidade e os seus itens foram delineados a partir de estudo anterior. A partir da Análise Fatorial dos Componentes Principais e o alpha de Crombach, obteve-se um instrumento com 29 itens, dividido em três fatores de vulnerabilidade – individual, social e programático -, confirmando os pressupostos teóricos e evidencias empíricas. No segundo estudo foi construída uma intervenção psicoeducativa nos moldes de oficinas, com base na Teoria da Vulnerabilidade e Teoria do comportamento Planejado. A intervenção resultou em três encontros em dias consecutivos no qual foram discutidas a iniciação sexual, as ideologias de gênero, negociação e uso do preservativo, DST e gravidez, crenças e normas sociais. Para análise dos resultados foram gravados os 15 minutos finais de cada dia, no qual foi discutida a percepção dos participantes sobre demonstraram sua adequação ao publico alvo. O terceiro estudo ocorreu em quatro instituições escolares – pública e privada, onde foram formados randomicamente dois grupos (experimental e controle), compostos em média por 10 alunos, equiparados em relação a sexo. Após a aplicação do pré-teste, o grupo experimental participou da oficina psicoeducativa, enquanto para o grupo controle foram realizadas palestras informativas. Os debates realizados no grupo experimental foram gravados (autorização dos participantes). Passados 4 meses da intervenção, foi aplicado o pós-teste, cuja eficácia foi verificada através do test t para amostras emparelhadas. Para os dados qualitativos referentes aos relatos dos participantes durante o processo de Intervenção Psicoeducativa, foi utilizada Análise Categorial Temática. Os resultados provenientes do grupo experimental e controle demonstraram que a intervenção psicoeducativa se mostrou eficaz na mudança da percepção de vulnerabilidade individual (p<0,05), decréscimo no primeiro e aumento no segundo grupo. No que tange os dados qualitativos Normativas); Vulnerabilidade Programática (Acesso ao Insumo); Vulnerabilidade Individual (Uso do Preservativo, Crenças de Gênero e Informação); e Ressignificação após Intervenção (Autopercepção e Autocuidado). Conclui-se, portanto, que a presente pesquisa alcançou o objetivo proposto, demonstrando a necessidade de intervenções que priorize as relações intersubjetivas, o que possibilita a construção de sujeito-cidadão.
  • MARCIO DE LIMA COUTINHO
  • A INFIDELIDADE VIRTUAL NO RELACIONAMENTO AMOROSO: CORRELATOS AFETIVOS E SOCIAIS
  • Data: 28/02/2013
  • Hora: 14:30
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  •  

    Esta tese teve como objetivo geral conhecer os correlatos afetivos e sociais dos
    relacionamentos amorosos com ênfase na infidelidade virtual. Para subsidiar teórica e
    metodologicamente, utilizaram-se dos aportes teóricos do amor tetrangular e valores
    humanos, adicionado aos estudos acerca do ciúme romântico e da adição à Internet. Para
    alcançar o objetivo, fez-se necessário desenvolver três estudos: o primeiro com caráter
    preliminar e instrumental visando adaptar/validar dois instrumentos, a escala de
    infidelidade virtual e a escala de adição à Internet para o contexto brasileiro. Participaram
    246 estudantes universitários de Instituições Pública e Privada da cidade de João Pessoa
    (PB), com idade variando de 17 a 55 anos (m = 24,3; dp = 7,15), a maioria (62,1%) do
    sexo feminino. Os resultados advindos da Análise Fatorial Exploratória da escala de
    infidelidade virtual evidenciaram uma estrutura bidimensional: relação sexual (α = 0,96) e
    relação de amizade (α = 0,81). Os resultados da medida de adição à Internet indicaram
    uma estrutura unidimensional (α = 0,89). O Estudo 2 teve como objetivo confirmar a
    estrutura fatorial das escalas do primeiro estudo e verificar qual o poder de correlação com
    os construtos amor, ciúme e valores humanos. Fizeram parte 210 estudantes universitários
    que responderam as mesmas escalas do Estudo 1 acrescidas das medidas: amor
    tetrangular, ciúme romântico e o questionário dos valores básicos, as idades dos
    participantes variaram entre 17 a 50 anos (m = 23,6; dp = 6,41), a maioria do sexo
    feminino (73,8%). Os resultados advindos da Análise Fatorial Confirmatória (AFC) das
    medidas de infidelidade virtual e adição à Internet para o contexto brasileiro sugerem que o
    modelo originalmente proposto pelos autores, com quatro e três dimensões,
    respectivamente foi o que melhor apresentou parâmetros de validade e precisão adequados
    (GFI = 0,89, CFI = 0,97 e GFI = 0,83, CFI = 0,96). Quanto ao poder de predição das
    medidas adição à Internet, ciúme, amor e valores humanos observou-se que a primeira
    variável contribuiu significativamente para a explicação das atitudes frente à infidelidade
    virtual (R = 0,25, p < 0,001); a segunda variável o ciúme romântico apresentou uma
    contribuição marginal (R = 0,30, p = 0,05); a terceira variável independente, o amor, não
    teve uma contribuição significativa (R = 0,34, p > 0,05); e, por fim, os valores humanos
    tiveram uma contribuição de destaque (R = 0,49, p < 0,001). O estudo 3 teve como
    objetivo elaborar um modelo teórico explicativo a partir dos construtos valores humano,
    ciúme e adição à Internet para explicar as atitudes frente à infidelidade virtual.
    Participaram 204 usuários da Internet, com idade variando entre 17 a 66 anos (m = 29,3; dp
    = 10,34), sendo a maioria do sexo feminino (59,8%). Os resultados advindos das análises
    estatísticas mostraram que os três construtos foram determinantes para explicar a atitude de
    infidelidade virtual. Na medida dos valores humanos (r = -0,15; p < 0,05) sobressaíram as
    subfunções experimentação, suprapessoal, existência, normativa e realização, o ciúme
    romântico (r = -0,33; p < 0,001) com as dimensões não-ameaça e exclusão e adição à
    Internet (r = 0,13; p < 0,05) com as dimensões retirada e problemas sociais, gestão do
    tempo e desempenho e realidade substituída foram subjacentes às atitudes frente a
    infidelidade virtual. Em síntese, pode-se inferir que os resultados contribuíram de maneira
    satisfatória com o modelo explicativo do comportamento acerca da infidelidade virtual.
    Espera-se também que estes resultados possam ser aplicados em pesquisas futuras.

    Esta tese teve como objetivo geral conhecer os correlatos afetivos e sociais dosrelacionamentos amorosos com ênfase na infidelidade virtual. Para subsidiar teórica emetodologicamente, utilizaram-se dos aportes teóricos do amor tetrangular e valoreshumanos, adicionado aos estudos acerca do ciúme romântico e da adição à Internet. Paraalcançar o objetivo, fez-se necessário desenvolver três estudos: o primeiro com caráterpreliminar e instrumental visando adaptar/validar dois instrumentos, a escala deinfidelidade virtual e a escala de adição à Internet para o contexto brasileiro. Participaram246 estudantes universitários de Instituições Pública e Privada da cidade de João Pessoa(PB), com idade variando de 17 a 55 anos (m = 24,3; dp = 7,15), a maioria (62,1%) dosexo feminino. Os resultados advindos da Análise Fatorial Exploratória da escala deinfidelidade virtual evidenciaram uma estrutura bidimensional: relação sexual (α = 0,96) erelação de amizade (α = 0,81). Os resultados da medida de adição à Internet indicaramuma estrutura unidimensional (α = 0,89). O Estudo 2 teve como objetivo confirmar aestrutura fatorial das escalas do primeiro estudo e verificar qual o poder de correlação comos construtos amor, ciúme e valores humanos. Fizeram parte 210 estudantes universitáriosque responderam as mesmas escalas do Estudo 1 acrescidas das medidas: amortetrangular, ciúme romântico e o questionário dos valores básicos, as idades dosparticipantes variaram entre 17 a 50 anos (m = 23,6; dp = 6,41), a maioria do sexofeminino (73,8%). Os resultados advindos da Análise Fatorial Confirmatória (AFC) dasmedidas de infidelidade virtual e adição à Internet para o contexto brasileiro sugerem que omodelo originalmente proposto pelos autores, com quatro e três dimensões,respectivamente foi o que melhor apresentou parâmetros de validade e precisão adequados(GFI = 0,89, CFI = 0,97 e GFI = 0,83, CFI = 0,96). Quanto ao poder de predição dasmedidas adição à Internet, ciúme, amor e valores humanos observou-se que a primeiravariável contribuiu significativamente para a explicação das atitudes frente à infidelidadevirtual (R = 0,25, p < 0,001); a segunda variável o ciúme romântico apresentou umacontribuição marginal (R = 0,30, p = 0,05); a terceira variável independente, o amor, nãoteve uma contribuição significativa (R = 0,34, p > 0,05); e, por fim, os valores humanostiveram uma contribuição de destaque (R = 0,49, p < 0,001). O estudo 3 teve comoobjetivo elaborar um modelo teórico explicativo a partir dos construtos valores humano,ciúme e adição à Internet para explicar as atitudes frente à infidelidade virtual.Participaram 204 usuários da Internet, com idade variando entre 17 a 66 anos (m = 29,3; dp= 10,34), sendo a maioria do sexo feminino (59,8%). Os resultados advindos das análisesestatísticas mostraram que os três construtos foram determinantes para explicar a atitude deinfidelidade virtual. Na medida dos valores humanos (r = -0,15; p < 0,05) sobressaíram assubfunções experimentação, suprapessoal, existência, normativa e realização, o ciúmeromântico (r = -0,33; p < 0,001) com as dimensões não-ameaça e exclusão e adição àInternet (r = 0,13; p < 0,05) com as dimensões retirada e problemas sociais, gestão dotempo e desempenho e realidade substituída foram subjacentes às atitudes frente ainfidelidade virtual. Em síntese, pode-se inferir que os resultados contribuíram de maneirasatisfatória com o modelo explicativo do comportamento acerca da infidelidade virtual.Espera-se também que estes resultados possam ser aplicados em pesquisas futuras.

     

2012
Descrição
  • GISLEINE CREPALDI SILVA
  • MENINAS VIOLENTADAS, MULHERES APENADAS
  • Data: 10/12/2012
  • Hora: 08:00
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  • Esta tese tem como objetivo analisar a história de vida e o envolvimento com a violência de mulheres que cumprem pena num presídio feminino em Cuiabá. Para tanto, os objetivos específicos são: a) caracterizar o contexto social da infância e da adolescência das mulheres apenadas; b) caracterizar a violência como uma dimensão de gênero; c) identificar os elementos que as levaram à transgressão; d) identificar o crime que cometeram e a pena imputada; e) caracterizar a organização social implantada por essas mulheres dentro do presídio como forma de enfrentar as dificuldades cotidianas. Para compreender esta realidade foi utilizada a Teoria Histórico-Cultural de Vigotsky como arcabouço teórico. As categorias teóricas enfocadas nesta tese são violência, violência de gênero, subjetividade e contexto social. O ALCESTE foi a ferramenta metodológica para a análise dos dados. As mulheres participantes da pesquisa contaram suas histórias de vida através de entrevista com questões abertas e que pretendiam investigar o contexto social da infância, da adolescência até chegar à fase da vida adulta. Todas as mulheres entrevistadas contaram histórias de violência ocorrida durante a infância, a adolescência e a vida adulta. Os resultados foram  apresentados em 4 dendrogramas. Sendo que o primeiro apresentou diferentes tipos de violência em todas as fases a vida. O segundo apresentou antagônicos sentimentos, fora expressados pela falta de esperança, ora expressados pelo desejo de um futuro melhor. O terceiro identificou os crimes de: tráfico de drogas, homicídio, latrocínio, estelionato, roubo e furto e estupro, com penas variando entre provisórias até 66 anos. Os elementos motivadores estão ligados a questões econômicas, sociais e culturais. O quarto apresentou as relações de solidariedade e de conflitos no dia-a-dia. Todos os dendrogramas apresentaram violência de gênero. A história de vida dessas mulheres compõe todo o seu processo de subjetivação desde a infância até a vida adulta dentro da prisão.

  • DAYSE AYRES MENDES DO NASCIMENTO
  • "Resistência à Mudança Organizacional: Correlatos Valorativos e Organizacionais."
  • Data: 08/11/2012
  • Hora: 14:00
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  • RESISTÊNCIA À MUDANÇA ORGANIZACIONAL:

    CORRELATOS VALORATIVOS E ORGANIZACIONAIS

     

    RESUMO. O objetivo principal desta tese foi desenvolver um modelo explicativo da resistência à mudança organizacional, tendo como variáveis independentes o clima organizacional e os valores humanos, considerando o desempenho autopercebido como variável a ser explicada pelo modelo. O Estudo 1 objetivou verificar os parâmetros psicométricos das medidas de resistência à mudança, desempenho autopercebido e clima organizacional. Participaram 306 funcionários de uma empresa privada de João Pessoa (PB). Estes tinham idade média de 28 anos (dp = 7,38), sendo a maioria do sexo masculino (77,5%). Responderam a cinco instrumentos: Escala de Resistência à Mudança Organizacional, Escala de Clima Organizacional, Questionário dos Valores Básicos, Escala de Autoavaliação de Desempenho e informações demográficas, os quais também foram utilizados nos estudos seguintes. Os resultados indicaram parâmetros psicométricos satisfatórios destes instrumentos, podendo ser utilizados para alcançar os objetivos da presente tese. O Estudo 2 objetivou conhecer as correlações entre as variáveis resistência à mudança, clima organizacional, valores humanos e desempenho autopercebido, buscando estruturar o modelo explicativo da resistência à mudança. Participaram 240 funcionários de duas empresas públicas e uma privada da Paraíba, com idade média de 38 anos (dp = 12,42), sendo a maioria do sexo feminino (56,7%). Foram elaborados três modelos: o primeiro (M1) com a influência direta do clima organizacional (postura da liderança e ambiente agradável) e dos valores idealistas na resistência à mudança e desta no desempenho autopercebido; o segundo modelo (M2), na mesma direção do primeiro, mas com o clima organizacional influenciando diretamente no desempenho autopercebido; e, por fim, o terceiro modelo (M3), também na mesma direção do segundo, porém com a influência direta dos valores idealistas no desempenho autopercebido. Os resultados indicaram o M2 como mais satisfatório, apresentando índices de ajuste adequados. O Estudo 3 teve por objetivo testar os modelos elaborados no estudo anterior. Participaram 227 funcionários de uma empresa pública de João Pessoa (PB), que possui unidades no interior do Estado. Tinham idade média de 40 anos (dp= 10,45) e a maioria foi do sexo masculino (83,3%). Diferente do Estudo 2, neste o M3 foi o mais adequado, no qual o clima organizacional e os valores idealistas influenciaram diretamente no desempenho autopercebido. Por fim, o Estudo 4 tratou de replicar os três modelos elaborados, sendo que o mais adequado reproduziu aquele do Estudo 3. O produto final desta tese foi o desenvolvimento do modelo teórico valores/clima organizacional → resistência à mudança organizacional → desempenho autopercebido. Assim, após a elaboração, testagem e replicação do modelo, têm-se o clima organizacional e os valores humanos como variáveis explicadoras da resistência à mudança e a influência desta no desempenho autopercebido. Portanto, entende-se que a percepção positiva do funcionário sobre o seu ambiente de trabalho, principalmente no diz respeito à postura da liderança e ao ambiente agradável, influenciam na atitude de resistir ou não à mudança. Do mesmo modo, indivíduos guiados por valores idealistas tendem a resistir menos ao processo de mudança. Além disso, o clima organizacional, os valores idealistas e a resistência à mudança apresentam impacto direto sobre percepção do indivíduo acerca de seu desempenho.

  • ANA CRISTINA RABELO LOUREIRO
  • FORMAÇÃO DE VALORES MORAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL: REPRESENTAÇÕES E PRÁTICAS SOCIAIS DAS PROFESSORAS
  • Data: 05/10/2012
  • Hora: 10:00
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  • A educação moral tem sido objeto de discussão e de pesquisa em todos os níveis do ensino. Diante desta constatação, esta tese, tendo como fundamento teórico a Teoria das Representações Sociais e a Teoria de Piaget, tem como objetivo principal compreender as concepções e as práticas de professoras de pré-escolas sobre valores morais na criança e verificar a relação entre esses dois aspectos. Para tanto foram realizados três estudos. O primeiro estudo objetivou compreender as representações sociais das professoras de pré-escola em relação a valores morais, contando com a participação de 39 professoras de escolas públicas e privadas, da cidade de Campina Grande- PB. Os dados deste estudo foram obtidos por meio de uma entrevista semi-estruturada, submetidos à análise de conteúdo semântico (Método de Bardin) e ao teste do qui-quadrado. Os resultados indicaram que as professores das escolas públicas e privadas, apresentaram várias formas de definir os valores morais (predominando a utilização de exemplos. relativos a valores heterônomos e a valores autônomos), apontaram a formação moral como um dos objetivos da Educação Infantil e afirmaram que a escola tem a função de complementar a formação moral que a criança recebe na família. O segundo estudo objetivou analisar as práticas pedagógicas de professoras de pré-escola, voltadas para a formação de valores morais, cujas participantes foram 10, das 39 professoras entrevistadas, sendo 5 de escolas públicas e 5 de privadas, respectivamente. Neste estudo realizaram-se 20 observações naturalísticas, na sala de aula (duas por cada professora), por meio da utilização de uma filmadora portátil, com duração de 20 minutos. Por meio da categorização destes dados e da utilização do teste do qui- quadrado, verificou-se que as práticas de formação moral, em ambos os tipos de escolas, ocorreram nas interações entre as professoras e alunos, independentemente das atividades didáticas. As professoras das escolas públicas, quando comparadas com as das escolas privadas, apresentaram uma maior tendência para a imposição de limites com, ênfase no aspecto coercitivo e heterônomo. As professoras das escolas privadas, quando comparadas com as das escolas públicas, apresentaram maior tendência em utilizar estratégias de formação moral que estimulavam à dependência das crianças. Em ambos os tipos de escolas, verificaram-se estratégias que estimularam a autonomia das crianças e a utilização dos estilos autoritário e autoritativo, diante das situações em que as crianças infringiam as regras. Finalmente, no terceiro estudo compararam-se os dados das entrevistas, relativos às concepções das professoras sobre valores morais e com os da observação, relacionadas às estratégias de formação de valores morais, apresentados pelas 10 professoras que foram observadas. Estes dados foram submetidos à análise lexical, por meio do ALCESTE. Os resultados indicaram uma relação entre as representações e as práticas das professoras em relação aos valores e a formação moral, verificada no dedrograma, composto por dois grupos, “Representações Morais” e “Práticas de Formação Moral”, sendo cada grupo constituído por três classes interligadas. De uma maneira geral, os resultados indicaram que as representações e as práticas sociais das professoras, de ambos os tipos de escola, se ancoraram na perspectiva piagetiana , identificando-se a dificuldade em diferenciar os valores morais das normas sociais e indicando a necessidade de uma melhor formação destas profissionais para lidar com a educação moral das crianças.
  • IVONE DE OLIVEIRA LIMA
  • REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA VIOLÊNCIA-BULLYING E AVALIAÇÃO DE QUALIDADE DE VIDA NO CONTEXTO ESCOLAR DO ENSINO MÉDIO
  • Data: 28/09/2012
  • Hora: 14:00
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  •  

    Esta pesquisa possui como objetivo geral: apreender as representações sociais acerca da
    violênciabullying e a avaliação da qualidade de vida dos alunos do Ensino Médio de duas escolas
    públicas da cidade de Cuiabá-MT. Como objetivos específicos: caracterizar o perfil
    biossociodemográfico dos participantes da pesquisa; comparar as representações sociais da violênciabullying
    elaboradas pelos alunos de duas escolas públicas da cidade de Cuiabá; analisar os diferentes
    campos semânticos advindos dos estímulos indutores: escola, violência-bullying e eu mesmo;
    investigar como os adolescentes da pesquisa avaliam a sua qualidade de vida e comparar como os
    adolescentes das duas escolas pesquisadas avaliam a sua qualidade de vida. Este estudo consiste em
    uma pesquisa de campo, exploratório, de cunho qualitativo e quantitativo, desenvolvido em uma
    abordagem multimétodo. O locus da pesquisa compreendeu duas escolas de Ensino Médio da cidade
    de Cuiabá-MT, uma situada no centro da cidade (Esc.1) e a outra no bairro Pedra 90 (Esc.2).
    Participaram 343 alunos, dos quais 200 da escola 1 e 143 da escola 2. Os instrumentos de coleta
    utilizados foram: questionário biossociodemográfico; a escala de qualidade de vida (Whoqol-bref),
    técnica de associação livre de palavras, e entrevistas semi-estruturadas. Os resultados advindos dos
    dois primeiros foram processados pelo PASW e analisados por meio de estatística simples. Os dados
    provenientes da Associação Livre de Palavras foram processados pelo software Trideux e analisados
    por meio da Análise Fatorial de Correspondência – AFC, e os das entrevistas processados pelo
    programa Alceste e analisados pela análise hierárquica descendente, ascendente e análise cruzada. Os
    resultados indicaram que, quanto ao perfil dos participantes de ambas as escolas em relação à variável
    sexo, este foi predominantemente feminino (53,6%), com faixa etária entre 12 a 17 anos, (M=15,94;
    DP= 1,17) a maioria cursa o 1º. Ano (41,1%); observou-se ainda que 87,5% dos alunos nunca
    repetiram o ano. 88,3% dos alunos habitam com os pais. 43,4% têm renda familiar de um a três
    salários mínimos. Quanto aos resultados da qualidade de vida, demonstraram uma boa auto-avaliação;
    no que se refere ao domínio geral, os alunos da escola 1 obtiveram a maior média. Porém, somente nos
    domínios físicos e psicológicos houve diferenças significativas entre os dois grupos de participantes.
    Quanto aos resultados advindo da associação livre de palavras, os campos semânticos elaborados pelos
    alunos da escola 1 em relação ao estimulo1 escola, foram objetivados nos elementos: amigos, cansaço,
    notas, uniforme, livros, professores, provas e tarefas, e ancorada nas dimensões psicopedagógica e
    afetiva. Em relação ao estímulo 2 violência-bullying os alunos objetivaram em: exclusão, preconceito,
    violência, sofrimento, idiotice e depressão, ancorado no espectro psicossocial e psicoafetivo. Quanto
    ao estímulo 3 eu mesmo objetivaram em: preguiçoso, ancorado na autopercepção negativa. Os alunos
    da escola 2 objetivaram a escola como: aprendizagem, educação, respeito e bagunça, ancorando a
    mesma na esfera psicopedágogica. A violência-bullying foi objetivada nos elementos briga, xingar e
    morte, ancorada nas esferas relacional e histórico-factual; em relação a eu mesmo as objetivações
    giraram em torno de: alegre, estudioso, educado e simpático. Quanto às ancoragens dos dois primeiros
    estímulos, foram semelhantes àquelas elaboradas pelos alunos da escola1. Quanto ao terceiro estímulo,
    este se ancorou na autopercepção positiva. Dos resultados das entrevistas após processadas pelo
    Alceste derivaram três classes: “Concepções e tipos de violência-bullying”; “Motivos, práticas de
    prevenção e o perfil do bully”; “Concepção e perfil da vítima da violência-bullying”. Espera-se que os
    resultados deste estudo ampliem a literatura sobre a violência-bullying e auxiliem em uma maior
    reflexão acerca deste fenômeno e da qualidade de vida, na contribuição de programas de ação na
    escola que possam minimizar os efeitos nefastos advindos desse tipo de violência.

    Esta pesquisa possui como objetivo geral: apreender as representações sociais acerca daviolênciabullying e a avaliação da qualidade de vida dos alunos do Ensino Médio de duas escolaspúblicas da cidade de Cuiabá-MT. Como objetivos específicos: caracterizar o perfilbiossociodemográfico dos participantes da pesquisa; comparar as representações sociais da violênciabullyingelaboradas pelos alunos de duas escolas públicas da cidade de Cuiabá; analisar os diferentescampos semânticos advindos dos estímulos indutores: escola, violência-bullying e eu mesmo;investigar como os adolescentes da pesquisa avaliam a sua qualidade de vida e comparar como osadolescentes das duas escolas pesquisadas avaliam a sua qualidade de vida. Este estudo consiste emuma pesquisa de campo, exploratório, de cunho qualitativo e quantitativo, desenvolvido em umaabordagem multimétodo. O locus da pesquisa compreendeu duas escolas de Ensino Médio da cidadede Cuiabá-MT, uma situada no centro da cidade (Esc.1) e a outra no bairro Pedra 90 (Esc.2).Participaram 343 alunos, dos quais 200 da escola 1 e 143 da escola 2. Os instrumentos de coletautilizados foram: questionário biossociodemográfico; a escala de qualidade de vida (Whoqol-bref),técnica de associação livre de palavras, e entrevistas semi-estruturadas. Os resultados advindos dosdois primeiros foram processados pelo PASW e analisados por meio de estatística simples. Os dadosprovenientes da Associação Livre de Palavras foram processados pelo software Trideux e analisadospor meio da Análise Fatorial de Correspondência – AFC, e os das entrevistas processados peloprograma Alceste e analisados pela análise hierárquica descendente, ascendente e análise cruzada. Osresultados indicaram que, quanto ao perfil dos participantes de ambas as escolas em relação à variávelsexo, este foi predominantemente feminino (53,6%), com faixa etária entre 12 a 17 anos, (M=15,94;DP= 1,17) a maioria cursa o 1º. Ano (41,1%); observou-se ainda que 87,5% dos alunos nuncarepetiram o ano. 88,3% dos alunos habitam com os pais. 43,4% têm renda familiar de um a trêssalários mínimos. Quanto aos resultados da qualidade de vida, demonstraram uma boa auto-avaliação;no que se refere ao domínio geral, os alunos da escola 1 obtiveram a maior média. Porém, somente nosdomínios físicos e psicológicos houve diferenças significativas entre os dois grupos de participantes.Quanto aos resultados advindo da associação livre de palavras, os campos semânticos elaborados pelosalunos da escola 1 em relação ao estimulo1 escola, foram objetivados nos elementos: amigos, cansaço,notas, uniforme, livros, professores, provas e tarefas, e ancorada nas dimensões psicopedagógica eafetiva. Em relação ao estímulo 2 violência-bullying os alunos objetivaram em: exclusão, preconceito,violência, sofrimento, idiotice e depressão, ancorado no espectro psicossocial e psicoafetivo. Quantoao estímulo 3 eu mesmo objetivaram em: preguiçoso, ancorado na autopercepção negativa. Os alunosda escola 2 objetivaram a escola como: aprendizagem, educação, respeito e bagunça, ancorando amesma na esfera psicopedágogica. A violência-bullying foi objetivada nos elementos briga, xingar emorte, ancorada nas esferas relacional e histórico-factual; em relação a eu mesmo as objetivaçõesgiraram em torno de: alegre, estudioso, educado e simpático. Quanto às ancoragens dos dois primeirosestímulos, foram semelhantes àquelas elaboradas pelos alunos da escola1. Quanto ao terceiro estímulo,este se ancorou na autopercepção positiva. Dos resultados das entrevistas após processadas peloAlceste derivaram três classes: “Concepções e tipos de violência-bullying”; “Motivos, práticas deprevenção e o perfil do bully”; “Concepção e perfil da vítima da violência-bullying”. Espera-se que osresultados deste estudo ampliem a literatura sobre a violência-bullying e auxiliem em uma maiorreflexão acerca deste fenômeno e da qualidade de vida, na contribuição de programas de ação naescola que possam minimizar os efeitos nefastos advindos desse tipo de violência.

     

  • ELLIS REGINA FERREIRA DOS SANTOS
  • CONCEPÇÕES DE DESENVOLVIMENTO INFANTIL E ESTILOS COMUNICATIVOS NAS INTERAÇÕES EDUCADOR-CRIANÇA
  • Data: 28/09/2012
  • Hora: 09:00
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  • Neste estudo, a partir dos pressupostos vigotskianos, em conjunto com a Perspectiva da Interação Social dos Estudiosos da Linguagem, objetiva-se investigar as concepções de educadores sobre o desenvolvimento infantil e analisar as interações educador-crianças em creches públicas e privadas. É um estudo quantiqualitativo, tendo como participantes 24 educadoras e 95 crianças com idade entre 24 e 30 meses acompanhadas pelas mesmas. Os instrumentos utilizados foram: questionário sociodemográfico; entrevista semiestruturada; observação, através de filmagens, das interações poliádicas educador-criança, priorizando o registro dos estilos comunicativos das educadoras e os comportamentos comunicativos infantis. A análise dos dados ocorreu da seguinte forma: para o material coletado com os questionários, foi feito um levantamento por frequência dos dados sociodemográficos das participantes; as entrevistas semiestruturadas foram analisadas através da análise de conteúdo categorial temática; para a transcrição das observações das interações filmadas e o levantamento da frequência das categorias interacionais, utilizaram-se, no primeiro caso, as normas operacionais do CHAT (Codes for the Human Analysis of Transcripts) e, no segundo caso, o CLAN (Computerized Language Analysis), sendo ambos componentes do programa computacional CHILDES (Child Language Data Exchange System). Além disso, utilizou-se o Teste Estatístico Qui-Quadrado para se identificar a existência de diferenças significativas entre as frequências de categorias e de subcategorias dos dois grupos de educadoras. Verificou-se que, em relação às concepções sobre desenvolvimento infantil, predominou nos dois grupos de educadoras a subcategoria Desenvolvimento por estágios. Essas educadoras destacaram o Ambiente sociofamiliar desestruturado e o Despreparo do educador como sendo os principais aspectos desfavoráveis à promoção do desenvolvimento infantil e caracterizaram o desenvolvimento das crianças quando inseridas na rotina da creche como sendo positivo, existindo, ainda, certo consenso entre elas sobre as Estratégias utilizadas para promover o desenvolvimento das crianças. Verificou-se também que as educadoras das creches públicas conceberam como sendo Papel do educador, principalmente, Educar as crianças; já as educadoras das creches particulares enfatizaram Estimular o desenvolvimento infantil. Em relação aos Estilos comunicativos das educadoras, observou-se a prevalência das Requisições nos dois grupos de educadoras, sobretudo das Requisições de resposta geral e das Requisições de resposta específica. Destacaram-se também os Assertivos e os Diretivos de atenção entre as educadoras das creches públicas e das creches particulares, sendo que os Diretivos de atenção foram mais frequentes nas creches particulares. Com relação à análise dos Comportamentos comunicativos infantis, prevaleceu a linguagem verbal em comparação com a linguagem não verbal nos dois grupos de crianças, e esses resultados convergem com o discurso das educadoras dos dois grupos de creches, tendo em vista que o mesmo priorizou o uso de estratégias para estimular o desenvolvimento da fala das crianças, tais como contar e recontar a história e cantar. Desse modo, almeja-se, com esta pesquisa, contribuir com os estudos que já estão sendo realizados na área e com o planejamento de intervenções e políticas públicas futuras referentes à prática educativa do educador de creche no contexto das interações com a criança.
  • DEGMAR FRANCISCO DOS ANJOS
  • Vivências com HIV/Aids em três tempos: Sentidos e ressignificações de jovens vivendo com HIV/Aids
  • Data: 14/09/2012
  • Hora: 14:00
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  • Os resultados dos últimos Boletins Epidemiológicos da Aids, divulgados pelo Ministério da Saúde, mostram que há tendência de crescimento de casos da doença entre os jovens. De igual modo, estudos apontam a existência de uma síndrome social, ou epidemia social, carregada de preconceito e discriminação que cerca a doença e que gera efeitos psicoemocionais negativos nas pessoas que vivem com HIV/Aids, em especial nos jovens. Sendo assim, o estudo se justifica pela necessidade de, a partir da voz de jovens vivendo com HIV/Aids, discutir sentidos relacionados às vivências com HIV/Aids e temáticas correlacionadas, como vulnerabilidades, medos, enfrentamentos e perspectivas de futuro. O embasamento teórico metodológico se dá sob a perspectiva do Construcionismo Social, que busca compreender as ações, as práticas sociais e os sistemas de significações pelos quais as pessoas dão sentido ao mundo. O objetivo deste estudo foi investigar sentidos produzidos por jovens vivendo com HIV/Aids acerca das vivências com HIV/Aids, da vulnerabilidade ao HIV/Aids em jovens, do preconceito às pessoas que vivem com HIV/Aids e do impacto do diagnóstico positivo nas perspectivas de futuro. Utilizou-se de amostragem não probabilística, em que foi selecionado um grupo de 10 participantes jovens vivendo com HIV/Aids. A investigação ocorreu por meio de entrevistas semi-estruturadas constituídas de quatro eixos: dados de identificação, contextualização do modo de vida, questões relacionadas à vulnerabilidade ao HIV/Aids e ao preconceito sentido e questões relativas ao viver, interagir-se com outros e perspectiva de futuro. A análise ocorreu em três etapas distintas: 1. Leitura flutuante das transcrições; 2. Elaboração de mapas com o conteúdo integral das entrevistas e; 3. Análise dos sentidos visualizados nos mapas a partir de três tempos: longo, vivido e curto. Como resultados, observou-se 1 – que no tempo longo surgem sentidos relacionados à ideia de que ainda existem grupos de risco, de que o HIV/Aids foi esquecido após a diminuição da mortalidade inicial e que obter o diagnóstico de positividade ao HIV/Aids é angustiante por lembrar as mortes ocorridas em decorrência da Aids no passado; 2 – que no tempo vivido surgem sentidos relacionados à percepção de que as vulnerabilidades programática e social influenciaram na vulnerabilidade individual, dada a ausência de empoderamento por parte dos jovens, que a feminização do HIV/Aids é decorrente dos sentidos atrelados ao amor romântico e à desigualdade de gênero na relação marital e que o preconceito construído socialmente nos anos iniciais da epidemia ainda hoje se materializam em forma de discriminação e estigmatização e; 3 – que no tempo curto surgem sentidos relacionados à percepção de que o medo ao preconceito impacta nas ações cotidianas dos jovens, que é preciso estruturar estratégias de enfrentamento, muitas vezes por meio da omissão do diagnóstico e que mesmo vivendo com HIV/Aids os participantes compreendem o futuro como um processo em construção, sendo possível ter esperanças. Nesse contexto, conclui-se que as estratégias para limitar o impacto da epidemia deverão ter, ao mesmo tempo, alcance social e estrutural, dependerão da ação de governos, movimentos sociais organizados e de organismos de Direitos Humanos e de Saúde e que deverão, além de desenvolver programas de prevenção, apresentar ações eficazes no combate ao preconceito construído socialmente ao redor do tema HIV/Aids.
  • MIRIAM ROSS MILANI
  • REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA DENGUE EM ZONA URBANA DE RISCO
  • Orientador : MARIA DA PENHA DE LIMA COUTINHO
  • Data: 27/08/2012
  • Hora: 14:00
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  • Objetivou-se apreender as representações sociais (RS) da dengue elaboradas por moradores de uma zona urbana de risco e das notícias veiculadas pela mídia impressa. Utilizou-se a Teoria das Representações Sociais como aporte teórico. A tese foi dividida em duas partes – (i) marco teórico e (ii) estudos empíricos: uma pesquisa de campo e outra documental. O primeiro estudo contou com 563 participantes, dos quais 263 são estudantes do Ensino Médio, a maioria do sexo masculino (56%), com idades entre 14 e 18 anos (M=15,9; DP=1,1) e 300 adultos, a maioria do sexo feminino (63%), com idades entre 20 e 59 anos (M=34,9; DP=10,7), ambos os grupos residem em uma zona urbana de risco em Cuiabá, MT. Como instrumentos foram utilizados, questionário biossociodemográfico, associação livre de palavras (estímulos indutores: dengue, sintomas da dengue, causas da dengue e cuidados para evitar a dengue) e entrevista em profundidade. Os dados advindos do questionário foram processados pelo PASW 18 e analisados por meio de estatística descritiva. O software Trideux foi utilizado para análise fatorial de correspondência das associações livres e variáveis dos participantes. As interlocuções dos participantes foram processadas pelo software ALCESTE e analisadas por meio da análise lexical (procedimentos padrão e análise cruzada). Os resultados evidenciaram que 40% dos adolescentes e 43% dos adultos afirmaram já ter contraído dengue. Os campos semânticos associados à dengue pelos dois grupos foram objetivados pelas palavras doença e morte, transmitida pelo mosquito. A dengue foi representada como sinônimo do mosquito causador da doença, que submete as pessoas ao perigo e medo. As manifestações da dengue foram ancoradas em aspectos físico-orgânicos (febre, dor de cabeça, hemorragia, manchas vermelhas, dor muscular, vômito, dor no corpo, falta de apetite, cansaço, dor nos olhos, ânsia) e psicoafetivo (tristeza). As causas foram associadas às pessoas, que certamente acumulam água quando da sua escassez (falta água), deixando a água parada em caixa destampada, além de deixarem pneu velho, lixo, garrafas e o quintal sujo, potenciais criadouros do vetor. Quanto aos cuidados para evitar a dengue, foram objetivadas algumas alternativas de prevenção e controle da doença (colocar areia no vaso, tampar a caixa, cuidado, não deixar água parada, limpeza, limpar as calhas), as quais foram ancoradas em dimensões normativas e comportamentais veiculadas pela mídia. A análise das entrevistas apresentou 5 classes temáticas (caracterização do bairro; políticas públicas e mídia; manifestações da dengue, atendimento médico e dengue hemorrágica; atitudes e hábitos arraigados; concepções e fontes de informação), complementando o conhecimento sobre as RS compartilhadas pelos grupos de pertença. O segundo estudo foi uma pesquisa documental (matérias jornalísticas sobre “dengue” e “epidemia da dengue” veiculadas nos jornais a Folha de São Paulo e A Gazeta). A análise do material verbal realizada pelo ALCESTE (procedimento padrão e análise cruzada) viabilizou 5 classes temáticas (epidemia de dengue em Ribeirão Preto; dengue, sintomas e exames físicos especializados; casos de dengue em Mato Grosso; potenciais criadouros de dengue e práticas de prevenção e; investigações científicas acerca da dengue). Os achados de ambos os estudos apresentaram RS consensuais. Isto é, as mensagens educativas veiculadas pela mídia impressa são incorporadas, difundidas e propagadas pelos moradores. Por outro lado, verificaram-se alguns dissensos entre a mídia impressa e os atores sociais. Para a primeira, o saber é pautado pelo discurso epidemiológico menos evidente nas vozes dos moradores de zona urbana de risco para a dengue. Estes, por sua vez, ancoraram o saber em aspectos macroestruturais, destacando suas vivências histórico-factuais, além dos aspectos psicoafetivos e relacionais diante da magnitude da enfermidade. Os resultados apontaram a necessidade de reformulação de programas de educação em saúde para prevenção e controle da dengue, concedendo atenção especial ao saber popular.
  • ANA FLAVIA DE OLIVEIRA BORBA COUTINHO
  • INTERÇÃO MÃE-CRIANÇA AUTISTA EM SITUAÇÕES DE BRINCADEIRA LIVRE E COMPUTADOR
  • Data: 23/08/2012
  • Hora: 09:00
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  • O autismo é classificado como um Transtorno Invasivo do Desenvolvimento (TID) caracterizado por uma tríade de prejuízos que envolve o comprometimento do desenvolvimento da interação social, da comunicação e da imaginação. Possui etiologia diversa, com graus de comprometimentos variáveis, fatores estes que fazem com que a promoção da interação social de crianças autistas represente um grande desafio. Com o avanço tecnológico, o computador surge como ferramenta auxiliar no processo de interação, justificando o desenvolvimento de estudos que focam a interação social de criança autistas em ambientes digitais. Este trabalho teve como objetivo geral: analisar a interação mãe-criança autista em situações de brincadeira livre e no computador; e objetivos específicos: apreender as concepções maternas sobre o autismo; identificar e comparar os estilos de comunicação da díade mãe-criança autista nas situações de brincadeira livre e computador; e verificar as estratégias utilizadas pelas mães para estimular o interesse da criança nas atividades. Trata-se de um estudo descritivo, caracterizado por uma abordagem qualitativa e quantitativa. Participaram 4 díades mãe-criança, com idade entre 4 a 6 anos, e foram utilizados os seguintes instrumentos: Questionário Sociodemográfico; Entrevista Semiestruturada; Filmagem em brincadeira livre e no computador; e a CARS – Childhood Autism Rating Scale. Os dados foram coletados nas residências dos participantes pertencentes à Associação dos Pais e Amigos dos Autistas – ASAS – em João Pessoa. Foram realizadas 4 sessões fílmicas com cada díade (duas de brincadeira livre e duas no computador), cada uma com duração total de 20 minutos, considerando os 10 minutos centrais. As observações sistemáticas das sessões conjuntamente com as entrevistas semi-estruturadas possibilitaram a elaboração de um software para cada criança que era utilizado na terceira e quarta sessão. Para processamento e análise dos conteúdos advindos das entrevistas utilizou-se o modelo de análise temática proposto por Bardin. As filmagens foram transcritas segundo as normas do CHAT – Codes for Human Analysis of Transcripts – que consiste em um sistema de transcrição do CHILDES – Child Language Data Exchange System. Foram elaboradas categorias e subcategorias referentes aos estilos comunicativos maternos e aos comportamentos comunicativos das crianças, sendo identificada a continuidade, descontinuidade e a frequência dos episódios interativos, considerando sua coocorrência e duração. Na análise das observações das interações entre as díades, observou-se uma variedade de episódios contínuos e descontínuos que foram permeados pelas estratégias maternas para promover o desenvolvimento da criança. Percebeu-se que o desafio consiste em fazer com que o mediador esteja em constante trabalho de estimulação da criança para que esta foque sua atenção não apenas no objetivo do programa a ser atingido, mas que seja capaz de perceber o mediador como agente intencional e realize a concretização da tríade de interação que foi proposta no presente estudo: mãe-criança-computador.

  • KAY FRANCIS LEAL VIEIRA
  • SEXUALIDADE E QUALIDADE DE VIDA DO IDOSO: desafios contemporâneos e repercussões sociais
  • Data: 14/08/2012
  • Hora: 09:00
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  • A presente tese teve como objetivo principal analisar a relação existente entre a sexualidade e a qualidade de vida do idoso. Para tanto, buscou-se apreender as representações sociais da sexualidade elaboradas pelos idosos, almejando-se a construção e validação de um instrumento de medida capaz de mensurar as vivências sexuais nesta etapa do desenvolvimento. Objetivou-se ainda mensurar a qualidade de vida dos participantes, correlacionando, por fim, os dois construtos. Para atingir tais objetivos, foram realizados três estudos, sendo o primeiro, referente à apreensão das representações sociais da sexualidade para posterior construção da escala. Foram realizadas 30 entrevistas em profundidade com idosos freqüentadores de um grupo de convivência localizado no município de João Pessoa – PB. Os dados oriundos desta técnica foram submetidos à Análise de Conteúdo Temático e ao software ALCESTE. Os conteúdos representacionais abordaram os elementos constituintes da sexualidade, as mudanças decorrentes do processo de envelhecimento, a importância das vivências sexuais para a pessoa idosa, bem como a percepção negativa dessas práticas por parte da sociedade em geral. Já a análise obtida por meio do ALCESTE demonstrou o surgimento de quatro classes distintas, sendo possível apreender o significado da sexualidade para os idosos, ratificando a análise realizada anteriormente. As classes foram: Concepção/Significado da Sexualidade na Velhice; Importância da Sexualidade; Aspectos naturais da sexualidade e Ausência das Vivências Sexuais na Velhice. A partir dos resultados foram elaborados os itens que compuseram a versão inicial da Escala de Vivências Afetivas e Sexuais do Idoso (EVASI), composta por 40 itens que abordam temas relacionados às vivências sexuais. Trata-se de uma escala do tipo Likert, sendo cinco as opções de respostas variando de nunca à sempre. No estudo dois foi realizada a validação da referida escala, com o auxílio do programa PASW (Predictive Analytics Software). Fizeram parte desse estudo 200 idosos, homens e mulheres, com idades superiores a 60 anos e que fossem casados ou possuíssem companheiro fixo, uma vez que os itens avaliam as vivências sexuais do casal idoso. Devido à validação, houve a exclusão de dois itens, sendo a versão final da escala composta por 38 itens. Os parâmetros psicométricos demonstraram-se satisfatórios, sendo sua versão final composta por três dimensões: Ato sexual, Relações Afetivas e Adversidades física e social. No estudo três foi realizada a mensuração da sexualidade e da qualidade de vida dos idosos, bem como a análise correlacional entre os dois construtos. Participaram deste estudo 200 idosos que responderam a versão final da EVASI e ao WHOQOL-Old, instrumento de avaliação da Qualidade de Vida, desenvolvido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) especialmente para a população idosa. Constatou –se que as maiores pontuações na EVASI encontraram-se nos itens referentes a dimensão Relações Afetivas. No que concerne ao WHOQOL-old, observou-se que a faceta Atividades passadas, presentes e futuras foi a que apresentou maior pontuação, seguida da faceta Participação Social, sendo válido ressaltar que maiores pontuações indicam melhor qualidade de vida. A correlação entre a sexualidade e a qualidade de vida dos idosos mostrou-se de forma significativa e positiva. A construção de um instrumento psicometricamente válido capaz de mensurar as vivências sexuais dos idosos caracteriza-se como um marco importante, além da comprovação da correlação existente entre a sexualidade e a qualidade de vida dos idosos. Acredita-se que este estudo possa promover reflexões e mudanças de atitudes acerca da sexualidade da pessoa idosa, bem como demonstrar a importância da mesma para a qualidade de vida dessa população.

  • JOANA AZEVEDO LIMA
  • A REPETIÇÃO DO ABUSO SEXUAL INTRAFAMILIAR INFANTO-JUVENIL ENTRE GERAÇÕES
  • Data: 30/03/2012
  • Hora: 14:00
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  • O objetivo desta tese é analisar a repetição do abuso sexual intrafamiliar feminino entre gerações. Para compreender esta realidade acessada serviu-se da Teoria Histórico-Cultural de Vygotsky como arcabouço teórico. As categorias teóricas enfocadas nesta tese são gênero, violência, família, infância, adolescência, juventude, subjetividade, consciência e repetição. A ferramenta metodológica utilizada para acessar a realidade enfocada a partir do olhar das mães de meninas vitimadas pelo abuso sexual intrafamiliar foi a Análise do Discurso proposta por Bakhtin. Serviu-se de um roteiro de entrevista que versou sobre o abuso sexual intrafamiliar das filhas e em seguida e sobre o conhecimento acerca de outras histórias de vitimação, buscando-se conhecer as mulheres que também possuem história de vitimação por abuso sexual na infância ou adolescência, assim como as subjetividades que emergem destas experiências. Em seguida foi constituído um corpus das entrevistas e então procedeu-se as análises. Os elementos da Analise de Discurso de Bakhtin analisados nos discursos das Participantes foram dialogismo, gêneros discursivos, polifonia e enunciados. Os discursos das Participantes foram categorizados como a) A mãe vitimada: O discurso das Participantes sobre o abuso sexual infanto-juvenil intrafamiliar sofrido por sua filha; b) A mulher vitimada: O discurso sobre o abuso sexual intrafamiliar infanto-juvenil que as Participantes sofreram; c) O sentido da repetição do abuso sexual infanto-juvenil feminino intrafamiliar entre gerações a partir da voz das mães. Através do discurso das Participantes pode-se perceber sujeitos constituídos a partir da das experiências de repetição de abuso sexual intrafamiliar entre gerações, o dela e o da filha. São mulheres, mães e vitimadas que ao se depararem com a realidade do abuso sexual de suas filhas sofrem enquanto mulheres, que se sentem duplamente vitimadas pelo fato de perceberem a repetição entre gerações de sua família de dominação masculina e de abuso sexual intrafamiliar. Outrossim, o fato de tomarem conhecimento do abuso sexual intrafamiliar de sua filha serviu de reflexo para a lembrança de seu próprio abuso sexual intrafamiliar sofrido na infância, fazendo-as reviverem a vivência do passado e emergir a repetição do abuso sexual intrafamiliar infanto-juvenil entre gerações refletido no fato de mãe e filha terem sido abusadas na infância, terem o mesmo grau de afinidade com o abusador, de repetirem comportamentos que suas mães tiveram na época de sua vitimação na infância, de verem repetido em suas filhas o comportamento frente a vitimação e decisões como não revelar a ninguém o abuso.

  • JOANA AZEVEDO LIMA
  • A REPETIÇÃO DO ABUSO SEXUAL INTRAFAMILIAR INFANTO-JUVENIL ENTRE GERAÇÕES
  • Data: 30/03/2012
  • Hora: 14:00
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  • O objetivo desta tese é analisar a repetição do abuso sexual intrafamiliar feminino entre gerações. Para compreender esta realidade acessada serviu-se da Teoria Histórico-Cultural de Vygotsky como arcabouço teórico. As categorias teóricas enfocadas nesta tese são gênero, violência, família, infância, adolescência, juventude, subjetividade, consciência e repetição. A ferramenta metodológica utilizada para acessar a realidade enfocada a partir do olhar das mães de meninas vitimadas pelo abuso sexual intrafamiliar foi a Análise do Discurso proposta por Bakhtin. Serviu-se de um roteiro de entrevista que versou sobre o abuso sexual intrafamiliar das filhas e em seguida e sobre o conhecimento acerca de outras histórias de vitimação, buscando-se conhecer as mulheres que também possuem história de vitimação por abuso sexual na infância ou adolescência, assim como as subjetividades que emergem destas experiências. Em seguida foi constituído um corpus das entrevistas e então procedeu-se as análises. Os elementos da Analise de Discurso de Bakhtin analisados nos discursos das Participantes foram dialogismo, gêneros discursivos, polifonia e enunciados. Os discursos das Participantes foram categorizados como a) A mãe vitimada: O discurso das Participantes sobre o abuso sexual infanto-juvenil intrafamiliar sofrido por sua filha; b) A mulher vitimada: O discurso sobre o abuso sexual intrafamiliar infanto-juvenil que as Participantes sofreram; c) O sentido da repetição do abuso sexual infanto-juvenil feminino intrafamiliar entre gerações a partir da voz das mães. Através do discurso das Participantes pode-se perceber sujeitos constituídos a partir da das experiências de repetição de abuso sexual intrafamiliar entre gerações, o dela e o da filha. São mulheres, mães e vitimadas que ao se depararem com a realidade do abuso sexual de suas filhas sofrem enquanto mulheres, que se sentem duplamente vitimadas pelo fato de perceberem a repetição entre gerações de sua família de dominação masculina e de abuso sexual intrafamiliar. Outrossim, o fato de tomarem conhecimento do abuso sexual intrafamiliar de sua filha serviu de reflexo para a lembrança de seu próprio abuso sexual intrafamiliar sofrido na infância, fazendo-as reviverem a vivência do passado e emergir a repetição do abuso sexual intrafamiliar infanto-juvenil entre gerações refletido no fato de mãe e filha terem sido abusadas na infância, terem o mesmo grau de afinidade com o abusador, de repetirem comportamentos que suas mães tiveram na época de sua vitimação na infância, de verem repetido em suas filhas o comportamento frente a vitimação e decisões como não revelar a ninguém o abuso.

  • MARINA PEREIRA GONCALVES
  • Atributos Desejáveis do(a) Parceiro(a) Ideal: Valores e Traços de Personalidade Como Explicadores.
  • Data: 23/03/2012
  • Hora: 16:00
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  • Compreender como se configuram os relacionamentos amorosos, tem sido uma das áreas de maior interesse dentro da Psicologia. Neste sentido, o objetivo principal desta tese foi conhecer em que medida diferenças entre gênero, valores humanos e traços de personalidade poderiam explicar a escolha do (a) parceiro (a) ideal. Para tanto, foram realizados três estudos empíricos. No estudo 1 participaram 208 pessoas, sendo 108 homens e 100 mulheres heterossexuais, com idades variando de 18 a 52 anos (m = 24,3 anos; dp = 6,08). Estes responderam instrumentos que avaliavam características afetivas e cognitivas. Em relação às características cognitivas, os homens pontuaram mais alto em todos os construtos (agressão, competição, busca de sensações, abertura à mudança e esquemas de gênero masculino) do que as mulheres. Quanto às características afetivas, as mulheres obtiveram maior média que os homens em relação a todos os construtos (sentimento de constrangimento, contágio emocional, cooperação, amabilidade e esquemas de gênero feminino contágio emocional e sentimento de constrangimento), com exceção de cooperação.Tais resultados reforçam as diferenças existentes entre homens e mulheres, evidenciando que as mesmas podem ser importantes para compreender como se configura a escolha do (a) parceiro (a). O estudo 2 contou com 244 participantes, sendo a maioria do sexo feminino (62,7%), com idade média de 20,9 anos (dp = 4,06), Estes responderam a Escala de Atributos do Parceiro Ideal (EAPI), o Questionário dos Valores Básicos (QVB), o Inventário dos Cinco Grandes Fatores de Personalidade (Big Five) e questões demográficas. Foi possível verificar a relação entre os construtos estudados, em seguida, por meio de análises de mediação utilizando o Teste z de Sobel, verificou-se que os valores medeiam a relação entre traços de personalidade e atributos do parceiro. Ademais, observou-se que os homens pontuaram mais alto nos atributos físicos e as mulheres nos atributos relacionados à possibilidade de recursos. Finalmente, o estudo 3 contou com a participação de 3.124 pessoas dos nove estados nordestinos, sendo 49,3% residentes em cidades do interior e 50,7% das capitais, com idade média de 23,60 anos (dp = 6,72), sendo a maioria do sexo feminino (63,6%). Foram usados os mesmos instrumentos do estudo 2. Quanto aos resultados, também foram verificadas correlações entre os construtos estudados, não observando-se diferenças expressivas entre dados dos diferentes estados nordestinos. Por meio de análises de regressão hierárquica foi possível identificar que os valores são melhores explicadores da escolha do (a) parceiro (a), do que os traços de personalidade e variáveis demográficas. Ressalta-se ainda, a confirmaçãos dos modelos de mediação dos valores entre traços de personalidade e atributos do parceiro nos diferentes nos estados nordestinos e entre capital e interior. Estima-se que estudos dessa natureza possam contribuir na construção do conhecimento na área dos relacionamentos amorosos.
  • THAIS AUGUSTA CUNHA DE OLIVEIRA MAXIMO
  • Significdo da Formação e Inserção Profissional para Gestores e Aprendizes Egressos do Programa Jovem Aprendiz
  • Data: 02/03/2012
  • Hora: 08:00
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  • O objetivo geral desta tese foi analisar o significado da formação e inserção no mercado de trabalho para aprendizes egressos e gestores do Programa da Aprendizagem. Para apreender esses significados e sentidos, utilizou-se como aporte teórico a Psicologia Histórico-Cultural proposta por Vygotsky, assim como uma perspectiva marxiana de Trabalho como mecanismo de inserção social, e da formação como forma de alcançar a cidadania e de romper com a perspectiva de dominação vigente. Adotou-se também uma perspectiva de análise das políticas públicas a partir de sua relação com as demandas capitalistas. O estudo se deu em três etapas, sendo a primeira um levantamento bibliográfico sistemático acerca da juventude e das políticas publicas, por meio das publicações dos últimos 10 anos (2001 – 2011) no portal Scielo. A segunda etapa do estudo foi uma pesquisa documental, junto a todas as Instituições Formadoras da cidade de João Pessoa e à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE/PB), com o intuito de realizar um mapeamento do Programa, bem como reunir as informações necessárias para a terceira etapa. Esta consistiu na realização de 20 entrevistas semi-estruturadas, sendo 10 com os aprendizes egressos e 10 com os gestores. Com os jovens também foi aplicado, antes da entrevistas, um roteiro de sentenças incompletas de modo a facilitar o diálogo junto a esses participantes. Para efeito da revisão bibliográfica, utilizou-se um formulário que visava categorizar ano de publicação, área da revista de publicação, temática principal abordada, tipo de artigo (revisão teórica ou relato de pesquisa); abordagem utilizada, se qualitativa, quantitativa ou quanti-quali. Para a pesquisa documental realizou-se uma análise descritiva dos protocolos, relatórios e ementas dos cursos obtidos das instituições. Para as sentenças incompletas utilizar-se-á da técnica de análise quantitativa - interpretativa. Já os conteúdos das entrevistas foram tratados pela Análise Lexical do software Alceste. Os resultados da primeira etapa do estudo indicaram que as temáticas principais que permearam os estudos sobre juventude foram sexualidade, violência, riscos e vulnerabilidade. Os artigos em Psicologia alcançaram 15,20% das publicações, contudo, apesar de terem alcançado o terceiro lugar em relação às outras áreas, a primeira publicação em revista da área foi em 2004. Os dados da segunda etapa apontam que a maioria dos aprendizes ainda é inserida por ação fiscal, o que significa que as empresas só recebem os jovens mediante a exigência do órgão fiscalizador. No que se refere à terceira etapa, os resultados obtidos apontam para o fato de que os critérios exigidos pelas instituições e empresas para o ingresso no Programa são o bom comportamento e o alto rendimento escolar dos jovens. Com relação às funções dos aprendizes nas empresas, identificou-se que eles são conduzidos e deslocados entre os vários setores, à mercê da empresa e dos funcionários. E quanto à inserção no mercado pós-programa, os jovens que estavam empregados, apresentavam-se em atividades temporárias, terceirizadas e não relacionadas ao curso feito enquanto aprendiz. A análise dos dados dos gestores apontou que a maioria das empresas só aderiu ao programa em decorrência da fiscalização, e que os mesmos fazem críticas aos cursos em decorrência do custo, da superficialidade dos conteúdos ministrados e da falta de uma relação mais sistemática entre empresa e instituições formadoras. Sugere-se a realização de outros estudos que aprofundem aspectos relacionados à sobrecarga de trabalho; à conciliação entre trabalho e escola; à falta de fiscalização quanto às atividades dos jovens nas empresas, bem como junto aos conteúdos dos cursos ministrados.

2011
Descrição
  • REGINA LIGIA WANDERLEI DE AZEVEDO
  • Resiliência, Sintomatologia Depressiva e Ansiedade em Pessoas Soropositivas para o HIV
  • Data: 13/12/2011
  • Hora: 14:00
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  • O desenvolvimento da resiliência no contexto do diagnóstico e vivência com o HIV/AIDS pode trazer benefícios no sentido de prevenção às psicopatologias, dentre elas a depressão e transtornos de ansiedade. Este estudo teve como objetivo avaliar a resiliência, depressão e ansiedade em pessoas com o diagnóstico de HIV/AIDS. Trata-se de estudo epidemiológico descritivo e correlacional, de cunho quantitativo e qualitativo. A amostra foi constituída por 556 pessoas soropositivas para o HIV de ambos os sexos, acima de 18 anos atendidas nos serviços de referência à Aids no Estado da Paraíba (Campina Grande e João Pessoa). Os instrumentos utilizados foram: 1) a Escala de Ansiedade e Depressão – HAD; 2) Escala de Resiliência; 3) Entrevista semi-estruturada composta por questões norteadoras e estruturadas de acordo com os objetivos do estudo; e, 4) Questionário sócio-demográfico e clínico. Os dados sócio-demográficos e clínicos foram analisados através de estatística descritiva. Com as escalas, foram realizados testes bivariados para verificação de associações entre as variáveis do estudo. Para as entrevistas, foi utilizada análise categorial temática. O perfil sócio demográfico indicou média 6 anos de diagnóstico (DP=4,5), sendo 42% sintomáticos e 82% fazendo uso da Terapia Antiretroviral. O nível de resiliência foi 61 (DP = 6,35; variando de 31 a 79), sendo considerado moderado. A resiliência foi menor quando relacionada à baixa escolaridade (59,6) e a baixa renda (60,4), assim como nas pessoas sintomáticas (60,3). Foi identificada uma prevalência de 34% para ansiedade, 17% para a depressão e 13% para co-morbidade (ansiedade e depressão). A associação destes índices com os dados sociodemográficos apontou para uma associação significativa entre a ansiedade e a religiosidade e a depressão com a auto-avaliação da saúde e auto-percepção enquanto doente. Verificou-se a existência de correlações lineares negativas entre a Resiliencia e os construtos depressão (r= -0,506) e ansiedade (r= -0,377), assim como uma correlação linear positiva com a auto-avaliação da saúde (r=0,329), implicando em que, quanto maior a depressão e a ansiedade, menor a resiliência e, quanto melhor a avaliação da saúde, maior a resiliência. A partir das entrevistas emergiram duas classes temáticas (resiliência e o conviver com o HIV/AIDS), quatro categorias e nove subcategorias. Nesta análise, além da depressão e da ansiedade, o preconceito surgiu como fator de risco e, apoio social e a religiosidade surgiram como fatores de proteção. O caráter de cronicidade da AIDS prevê o seguimento dos pacientes em longo prazo acarretando a necessidade de avaliação e acompanhamento dos aspectos psicossociais, tais como as variáveis analisadas no presente estudo. Assim, será possível subsidiar continuamente a estruturação dos serviços para atender a novas demandas médicas e psicossociais que possam surgir no contexto de vida de pessoas soropositivas, visando à integralidade e à melhor qualidade da atenção em saúde.
  • VIVIANY SILVA PESSOA
  • Análise do Conhecimento e das Atitudes Frente às Fontes Renováveis de Energia: uma Contribuição da Psicologia

  • Data: 12/12/2011
  • Hora: 17:30
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  • ---

  • ZORAIDE MARGARET BEZERRA LINS
  • Metas Parentais de Socialização de mães e pais em relação ao desenvolvimento de seus filhos
  • Orientador : NADIA MARIA RIBEIRO SALOMAO
  • Data: 28/11/2011
  • Hora: 09:00
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  • O objetivo principal da presente tese foi analisar as metas parentais de socialização apresentadas por mães e pais com relação ao desenvolvimento de seus filhos. As metas parentais de socialização foram enfocadas a partir das teorias interacionistas, que concebem o desenvolvimento da criança a partir do meio sócio-cultural, colocando a dimensão social como um aspecto primordial para o desenvolvimento humano. As metas parentais de socialização configuram-se como um campo relevante da pesquisa, para compreensão do desenvolvimento humano por estarem diretamente vinculadas aos estilos parentais dirigidos à criança, sendo a socialização o eixo fundamental em torno do qual se articulam as interações familiares. O princípio da bidirecionalidade demonstra que o desenvolvimento é um produto da interação entre as características da criança e as características das pessoas que as socializam, ocorrendo uma sincronia entre o seu desenvolvimento e a conduta parental. O estudo utilizou a técnica de pesquisa de campo de caráter descritivo, o lócus da realização da pesquisa foi nas residências domiciliares dos participantes, na cidade de João Pessoa, no estado da Paraíba. Foram entrevistados 18 casais, cada cônjuge individualmente, com filhos de 12 a 48 meses, que responderam a um questionário e a uma entrevista com roteiro semi-estruturado. Os conteúdos das entrevistas foram tratados de acordo com a técnica de Análise de Conteúdo proposta por Bardin. Cada entrevista foi estudada em profundidade e os resultados tratados e analisados de forma quantitativa e qualitativa, apresentados em frequência simples dos valores de referencia das manifestações verbais, por inferência e interpretação, o que possibilitou a identificação de 9 Categorias, 40 subcategorias e 643 Unidades de Análises. Os resultados demonstraram mais semelhanças do que diferenças, nos relatos apresentados pelas mães e pais, verificando-se que os esforços tendem mais a ser no sentido de combinar responsabilidades na busca de uma co-paternidade. As diferenças encontradas entre a mãe e o pai foram vistas como complementares, o pai não se apresentou apenas como um reflexo ou substituição da mãe, mas como um participante relevante para o desenvolvimento da criança. Tanto as mães como os pais estavam mais voltados e comprometidos com a responsabilidade de educar e cuidar dos filhos, verificando-se uma construção social do atual contexto histórico.
    .
  • JOSEVANIA DA SILVA
  • O impacto da AIDS na Saúde Mental e Qualidade de Vida de pessoas na maturidade e velhice
  • Data: 23/11/2011
  • Hora: 14:00
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  • Introdução e Objetivo: Qual o impacto da AIDS para a saúde mental e a Qualidade de Vida em pessoas com idade igual ou superior a 50 anos?  Este estudo teve por Objetivo Geral analisar o impacto da AIDS na saúde mental e Qualidade de Vida de pessoas com idade igual ou superior a 50 anos soropositivas para o HIV (HIV+). Método: Participaram 86 pessoas HIV+ com idade igual ou superior a 50 anos. Foram constituídos, ainda, dois grupos comparativos: a) Grupo formado por 86 pessoas HIV+ com idade abaixo de 50 anos, na faixa-etária de 40 a 49 anos e b) Grupo formado por 86 pessoas com idade igual ou superior a 50 anos da população em geral, sem o diagnóstico de soropositividade ao HIV. Foram utilizados os seguintes instrumentos: 1) Questionário sociodemográfico e clínico; 2) Escala Whoqol-HIV Bref; 3) Escala Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20); 4) Escala de Ansiedade e Depressão (HAD); e 5) Entrevista. Para a análise dos dados do questionário sociodemográfico e das escalas foram realizadas análises de estatística descritiva e multivariada. Já para os dados das entrevistas, utilizou-se a Análise Categorial Temática. Resultados: Quando comparado com pessoas de mesma faixa etária da população geral, as pessoas na maturidade e velhice com HIV/AIDS têm maiores prejuízos na saúde mental e na qualidade de vida, mas não mais que as pessoas abaixo de 50 anos HIV+. Na verificação das variáveis preditivas, O fator Independência (b=0,414) foi o principal responsável pela explicação da variância, seguido do fator Psicológico (β=0,29), e, de forma negativa, os Transtornos Mentais Comuns (β= -0,20). A partir da análise dos relatos dos participantes, emergiram nove categorias: Contágio, Diagnóstico, Percepção da AIDS, AIDS na velhice, Enfrentamento, Suporte, Preconceito, Trabalho e Perspectivas. Conclusão: A convivência com o HIV/AIDS tem impacto em várias dimensões da vida de um indivíduo, contribuindo para a presença de Transtornos Mentais Comuns. O impacto da doença para a avaliação de Qualidade de Vida foi verificado, principalmente, quando comparado com as pessoas sem o diagnóstico da doença, corroborando a hipótese inicial do estudo. Além disso, há variações interindividual significativa em termos do impacto da doença para as pessoas, ainda que com o mesmo diagnóstico. Esta variação do impacto sugere considerar não só variáveis ​​mensuráveis, tais como a idade, níveis de CD4 ou estágio da doença (sintomático ou assintomático), uma vez que tal variação pode estar relacionada à natureza subjetiva da resposta do indivíduo a uma complexa interação de fatores inerentes à convivência com a doença, conforme verificado nos relatos dos participantes. 

  • DANYELLE GONZAGA MONTE DA COSTA
  • Data: 25/05/2011
  • Hora: 00:00

  • NILTON SOARES FORMIGA
  • Moralidade, anomia social e condutas antissociais e delitivas em jovens de diferentes contextos sócio-educacionais: verificação de um modelo teórico
  • Data: 21/03/2011
  • Hora: 15:00
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  • A presente tese pretendeu verificar a influência da moral pós-convencional sobre a anomia social e as condutas antissociais e delitivas em adolescentes. Especificamente, elaborou-se um modelo teórico, tomando o desenvolvimento da moralidade de princípios pós-convencionais como explicação da anomia e das condutas antissociais e delitivas em adolescentes de diferentes contextos sócio-educacionais. Para alcançar esse objetivo, três estudos empíricos foram realizados: o primeiro estudo procurou verificar as evidências da validade fatorial e a consistência interna das medidas existentes no Brasil e da medidas construídas para atender o objetivo final da tese. 375 adolescentes com idade de 14 a 18 anos, do sexo feminino e do sexo masculino, da rede publica e particular de ensino da cidade de João Pessoa-PB, responderam um questionário que continha questões sócio-demográficos, Escala de Anomia Social, Escala de Atitude Anômina, Escala de Orientação ao Sucesso e Escala de Condutas Antissociais e Delitivas. Os resultados revelaram a consistência interna das Escalas de Anomia Social e das Condutas Antissociais e Delitivas; as demais escalas (atitude anômina e de orientação ao sucesso) apresentaram indicadores comprovando o que se esperava. No segundo estudo, pretendeu-se verificar a adequabilidade da estrutural das escalas exploradas no primeiro estudo. Para tanto, 241 adolescentes, de 14 a 18 anos, com características sócio-demográficas semelhantes a do estudo anterior responderam os mesmos instrumentos utilizados no primeiro estudo. Os resultados confirmaram tanto a estrutura esperada quanto a adequabilidade das escalas utilizadas na tese. Por fim, no terceiro estudo procurou-se verificar o objetivo central da tese, a influência moralidade de princípios pós-convencionais sobre a anomia social e as condutas antissociais e delitivas. Neste ultimo estudo, 621 adolescentes, de 13 a 18 anos, do sexo feminino e do sexo masculino, do ensino fundamental e médio da rede de ensino da região metropolitana de João Pessoa com características responderam os hipóteses levantadas. O modelo proposto revelou que a moralidade de princípios pós-convencionais associou-se, negativamente, com a anomia social e com a conduta antissocial e delitiva, estas duas últimas variáveis, por sua vez, se associaram positivamente entre si. Especificamente, esse modelo apresentou melhores indicadores de adequabilidade de ajuste para a amostra de adolescentes de um contexto sócio-educacional de tradição religiosa (Igreja Católica Romana) quando comparados com os outros contextos: χ²/gl = 0,71, RMR = 0,01, GFI = 1,00, AGFI = 0,98, CFI = 1,00 e RMSEA = 0,00. A partir desses alcançados. Na discussão dos resultados reforça-se a importância de se considerar na formação dos jovens a teoria kohlberguiana do desenvolvimento da moralidade como fator de proteção tanto para as condutas antissociais e delitivas quanto para anomia social.
  • NILTON SOARES FORMIGA
  • Data: 21/03/2011
  • Hora: 00:00

  • EMERSON DIOGENES DE MEDEIROS
  • Data: 18/03/2011
  • Hora: 00:00

  • IONARA DANTAS ESTEVAM
  • "Adolescentes em conflito com a lei: Resiliência, Valores Humanos, Suporte Familiar e Representações Sociais."
  • Data: 18/02/2011
  • Hora: 08:00
  • Mostrar Resumo
  • A criminalidade e a violência urbana, praticada por adolescentes, têm atingido índices
    elevados, tanto de intensidade, quanto de frequência, nos últimos anos, exigindo uma
    análise profunda de suas causas, a qual sabe, no senso comum, que são complexas e
    multifacetadas, retratando, atualmente, um problema psíquico, relacional, político, social,
    econômico, que precisa ser estudado, para que se possam formular proposições científicas
    de prevenção e/ou intervenção. Nesse sentido, o objetivo geral da presente tese foi
    identificar as representações sociais dos adolescentes institucionalizados, em conflito com
    a lei; e não institucionalizados, e sem conflito com a lei, acerca da adolescência, violência,
    futuro, bem como a mensuração da resiliência, valores básicos e suporte familiar desses
    mesmos jovens. Para o desenvolvimento desta pesquisa foi utilizado o aporte teórico
    Moscoviciano das representações sociais – RS, acompanhado das teorias que subsidiam os
    estudos da resiliência, valores humanos e suporte familiar. Tratou-se de um estudo de
    campo, inserido, em uma abordagem multimétodo, que utilizou uma metodologia
    qualitativa e quantitativa. O lócus de investigação situou-se numa instituição
    ressocializadora de privação de liberdade (104 adolescentes), e escolas da rede pública
    (104 adolescentes) de bairros da periferia da cidade de João Pessoa-PB, totalizando 208
    participantes. Foram utilizados cinco instrumentos: Questionário Sociodemográfico, a
    Técnica de Associação Livre de Palavras (TALP), cujos dados foram tratados pelo
    software Tri-Deux-Mots (versão 2.2); a Escala de Resiliência de Wagnild e Young
    (ERES), o Questionário dos Valores Básicos (QVB) e o Inventário de Percepção de
    Suporte Familiar (IPSF). Os dados desses três últimos foram tratados pelo software SPPS
    (versão 15). Os resultados do Questionário Sociodemográfico demonstraram que os
    adolescentes delinquentes estão privados de liberdade, por cometerem atos infracionais de
    assalto, homicídio e tráfico de drogas; apresentam escolaridade inferior ao grupo dos não
    delinquentes e possuem vários tipos de arranjos familiares. Os resultados da TALP
    objetivaram representações sociais da adolescência (estímulo 1) em diversão, jogos e
    namoros similares para os dois grupos de adolescentes; a violência (estímulo 2), os
    adolescentes representaram, diferentemente, com os adolescentes não delinquentes,
    ancorando em representações sociais, econômicas e políticas, e os adolescentes
    delinquentes representando com expressões objetivas da violência, como matar, roubar,
    bater; o futuro (estímulo 3) objetivaram representações de mudanças de vida para ambos os
    adolescentes. A ERES, o QVB e o IPSF apontaram que os adolescentes delinquentes são
    menos resilientes, possuem menos suporte familiar e predominam valores humanos de
    experimentação, existência, suprapessoal e normativo, em relação aos adolescentes não
    delinquentes, que são mais resilientes, possuem maior suporte familiar e valores humanos
    mais orientados para a realização e interação social. Em suma, verificou-se que os
    parâmetros de suporte familiar, valores humanos e resiliência sejam entendidos como
    fatores de fortalecimento psicossocial, passíveis de serem construídos, nas famílias,
    instituições ressocializadoras e escolares e na comunidade.

  • IONARA DANTAS ESTEVAM
  • "Adolescentes em conflito com a lei: Resiliência, Valores Humanos, Suporte Familiar e Representações Sociais."
  • Data: 18/02/2011
  • Hora: 08:00
  • Mostrar Resumo
  • A criminalidade e a violência urbana, praticada por adolescentes, têm atingido índices
    elevados, tanto de intensidade, quanto de frequência, nos últimos anos, exigindo uma
    análise profunda de suas causas, a qual sabe, no senso comum, que são complexas e
    multifacetadas, retratando, atualmente, um problema psíquico, relacional, político, social,
    econômico, que precisa ser estudado, para que se possam formular proposições científicas
    de prevenção e/ou intervenção. Nesse sentido, o objetivo geral da presente tese foi
    identificar as representações sociais dos adolescentes institucionalizados, em conflito com
    a lei; e não institucionalizados, e sem conflito com a lei, acerca da adolescência, violência,
    futuro, bem como a mensuração da resiliência, valores básicos e suporte familiar desses
    mesmos jovens. Para o desenvolvimento desta pesquisa foi utilizado o aporte teórico
    Moscoviciano das representações sociais – RS, acompanhado das teorias que subsidiam os
    estudos da resiliência, valores humanos e suporte familiar. Tratou-se de um estudo de
    campo, inserido, em uma abordagem multimétodo, que utilizou uma metodologia
    qualitativa e quantitativa. O lócus de investigação situou-se numa instituição
    ressocializadora de privação de liberdade (104 adolescentes), e escolas da rede pública
    (104 adolescentes) de bairros da periferia da cidade de João Pessoa-PB, totalizando 208
    participantes. Foram utilizados cinco instrumentos: Questionário Sociodemográfico, a
    Técnica de Associação Livre de Palavras (TALP), cujos dados foram tratados pelo
    software Tri-Deux-Mots (versão 2.2); a Escala de Resiliência de Wagnild e Young
    (ERES), o Questionário dos Valores Básicos (QVB) e o Inventário de Percepção de
    Suporte Familiar (IPSF). Os dados desses três últimos foram tratados pelo software SPPS
    (versão 15). Os resultados do Questionário Sociodemográfico demonstraram que os
    adolescentes delinquentes estão privados de liberdade, por cometerem atos infracionais de
    assalto, homicídio e tráfico de drogas; apresentam escolaridade inferior ao grupo dos não
    delinquentes e possuem vários tipos de arranjos familiares. Os resultados da TALP
    objetivaram representações sociais da adolescência (estímulo 1) em diversão, jogos e
    namoros similares para os dois grupos de adolescentes; a violência (estímulo 2), os
    adolescentes representaram, diferentemente, com os adolescentes não delinquentes,
    ancorando em representações sociais, econômicas e políticas, e os adolescentes
    delinquentes representando com expressões objetivas da violência, como matar, roubar,
    bater; o futuro (estímulo 3) objetivaram representações de mudanças de vida para ambos os
    adolescentes. A ERES, o QVB e o IPSF apontaram que os adolescentes delinquentes são
    menos resilientes, possuem menos suporte familiar e predominam valores humanos de
    experimentação, existência, suprapessoal e normativo, em relação aos adolescentes não
    delinquentes, que são mais resilientes, possuem maior suporte familiar e valores humanos
    mais orientados para a realização e interação social. Em suma, verificou-se que os
    parâmetros de suporte familiar, valores humanos e resiliência sejam entendidos como
    fatores de fortalecimento psicossocial, passíveis de serem construídos, nas famílias,
    instituições ressocializadoras e escolares e na comunidade.

  • CRISTIANE GALVAO RIBEIRO
  • Data: 18/02/2011
  • Hora: 00:00

2010
Descrição
  • LILIAN KELLY DE SOUSA GALVAO
  • Data: 10/09/2010
  • Hora: 00:00

  • MONICA DIAS PALITOT
  • Relação entre sintomas depressivos e estratégias de aprendizagem no contexto escolar
  • Data: 12/08/2010
  • Hora: 10:00
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  • A escola e um espaco de multiplicidades e que favorece a observacao da manifestacao dos primeiros sinais depressivos, tanto atraves de oscilacoes do humor, das dificuldades de socializacao e da participacao nas atividades extraclasse, como pela presenca de dificuldades no desempenho cognitivo e na motricidade que irao exercer forte influencia no rendimento escolar. No que concerne ao processo de aprendizagem, e na busca da otimizacao deste processo, e que se fazem presentes as estrategias de aprendizagem Tendo em vista a importancia de estudos sobre a relacao entre a prevalencia da depressao e o uso de estrategias de aprendizagem no ensino medio, decidiu-se entao realizar a presente tese, cujos objetivos principais foram:1) Analisar a relacao entre os sintomas da depressao e o uso de estrategias de aprendizagem pelos alunos do Ensino Medio em cinco cidades da regiao nordeste; 2) Verificar o indice epidemiologico da depressao em adolescentes na regiao Nordeste; 3)Avaliar o repertorio de estrategias de aprendizagem utilizado pela amostra; 4) Investigar a relacao existente entre sintomas depressivos e o uso de estrategias de aprendizagem; 5) VeriFIcar em que proporcao os sintomas de depressao podem variar em funcao das variaveis socio-demograficas: sexo, idade e escolaridade. Participaram deste estudo 1.535 adolescentes, alunos do ensino medio, distribuidos nas seguintes cidades: Joao Pessoa ( n= 301); Natal-RN (n=349); Teresina- PI (n= 265); Recife (n=310) e Maceio (n = 310). Os instrumentos utilizados foram: Inventario de Depressao Infantil (CDI), Escala de Avaliacao de Estrategias de Aprendizagem e Questionario Sociodemografico. Os resultados obtidos nas escolas publicas e privadas foram processados pelo SPSS 15.0, demonstraram um indice epidemiologico da sintomatologia depressiva de 10,2%, sendo este considerado pela literatura, um numero bastante expressivo. Sendo que destes 63,5% do sexo feminino com idades variando entre 14 e 17 anos, 24% apresentaram historia de reprovacao, Os resultados da AFC apontaram tres fatores explicativos que foram: compreensao, motivacao e distracao; componentes estes considerados essenciais para o processo de aprendizagem. Ao que concerne ao uso das estrategias de aprendizagem se observou uma correlacao nao- significativa, entre a pontuacao da escala de estrategias de aprendizagem com a variavel Idade (anos) – p-valor = 0,263 > 0,05 e Serie dos escolares (1o., 2o. e 3o. Anos) - p-valor = 0,837 > 0,05. Outros aspectos observados foram o fato de que as mulheres fazem maior uso das estrategias do que os homens, e que os estudantes com sintomatologia depressiva apresentaram fazer menos uso das estrategias de aprendizagem do que aqueles sem sintomatologia depressiva. Espera-se com esta tese auxiliar na construcao do saber pratico, a fim de mobilizar novas acoes na praxis psicologica, sobretudo na elaboracao de intervencoes conjuntas entre estrategias afetivas e estrategias cognitivas no proprio ambiente escolar, visando a melhoria e a prevencao de problemas relacionados a presenca da depressao e ao uso de estrategias de aprendizagem por parte dos alunos do Ensino Medio.
  • MARIA QUITERIA DOS SANTOS MARCELINO
  • Data: 12/08/2010
  • Hora: 00:00

  • MONICA DIAS PALITOT
  • Data: 12/08/2010
  • Hora: 00:00

  • EVELYN RUBIA DE ALBUQUERQUE SARAIVA
  • Data: 13/04/2010
  • Hora: 00:00

  • ALINE OLIVEIRA MACHADO
  • Vivências do Desejo Feminino: Vivêcnias do e Desejo Feminino: A experiência homoafetiva A experiência o homoafetiva
  • Data: 30/03/2010
  • Hora: 09:00
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  • Pensar em uma sociedade onde parcela da população é destinada a viver sua afetividade de forma secreta pensar como estes sujeitos “admitem para si” uma sexualidade destinada à marginalidade e como enfrentam, desde a identificação do próprio desejo à prática do desejo. Diversos estudos têm demonstrado que mesmo com a existência de normas sociais que coíbem o preconceito, a discriminação continua atuante, embora esteja assumindo formas de expressão que não entram em confronto direto com a vigência das atuais normas de tolerância. Essas atitudes discriminatórias e as situações de exclusão criam sentimentos de inadequação social nos sujeitos homoeróticos, o que se reflete diretamente na sua auto-estima e no desempenho das suas funções enquanto indivíduos pertencentes à sociedade. Conseqüentemente, os sujeitos homoeróticos agrupam-se buscando um suporte emocional entre si, que lhes permite amenizar a recusa do convívio harmônico com o restante da sociedade. Assim o objetivo deste trabalho é investigar a construção da vivência social do grupo de mulheres que experienciam a prática do desejo homoafetivo enquanto minorias ativas, em uma dinâmica social caracterizada por representações depreciativas a grupos de minorias sexuais. Descrevendo como neste universo se desenvolvem e se expressam as estratégias dessa vivência. Neste sentido, a investigação baseia-se concretamente em cinco aspectos: Percepção acerca das causas da homossexualidade; Fatores emocionais e sociais envolvidos a descoberta do desejo homoerótico; Percepção acerca da discriminação vivida; Percepção acerca de como os movimentos e as minorias sexuais contribuem na luta pela diversidade sexual; e Percepção acerca de quais as bandeiras de lutas devem ser priorizadas pelo movimento de minorias sexuais. Para tanto foram realizados dois estudos, o primeiro com amostra composta por 81 mulheres que praticam o homoerotismo, contatadas através de redes de contatos; já o segundo estudo contou com uma amostra de 176 mulheres estudantes de cursos da área de humanas que já haviam iniciado sua prática sexual. Analisando os dados obtidos nos dois estudos, podemos afirmar que se por um lado as mulheres de práticas homoafetivas tem uma vívida percepção tanto das formas como das conseqüências da discriminação e preconceito a que estão submetidas na sociedade, por outro lado a vivência da sexualidade é perpassada por sentimentos de repressão social também por mulheres heterossexuais. Assim, a discriminação é sentida por ser mulher, e ainda mais intensamente experenciada por mulheres de prática homoafetiva, o que faz com que a prática da sexualidade seja vivida através do filtro das normativas criadas e mantidas socialmente.
  • RAQUEL PEREIRA BELO
  • Data: 29/03/2010
  • Hora: 00:00

  • SUENNY FONSECA DE OLIVEIRA
  • ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: AVALIAÇÃO DAS CRENÇAS DOS PROFISSIONAIS QUE ATUAM EM MUNICÍPIOS RURAIS PARAIBANOS
  • Data: 15/03/2010
  • Hora: 14:00
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  •  

    A Estratégia Saúde da Família (ESF) consiste numa política pública destinada à assistência
    básica de saúde provendo serviços de prevenção, educação e proteção à saúde da comunidade.
    Como toda política governamental, a ESF deve ser avaliada com o intuito de incrementar suas
    ações, bem como para identificar se a estratégia tem alcançado seus objetivos e surtido
    impactos positivos na população-alvo. Diversos autores alertam apara a necessidade de se
    inserir nas avaliações os atores que estão direta e indiretamente ligados aos programas sociais
    (beneficiários, prestadores de serviço, gestores), pois as variações de suas percepções podem
    ter influência relevante na consecução e aceitação do programa, assumindo desta forma um
    caráter metodológico que não pode ser negligenciado. O presente estudo tem como foco
    principal é a equipe de saúde que constitui a ESF. Suas crenças sobre saúde preventiva,
    atitudes sobre a população, e os meios que dispõe para efetivar o seu trabalho, são variáveis
    fundamentais para embasar a estruturação de um programa que visa atender a população
    carente de modo preventivo. Neste sentido, o presente estudo objetivou avaliar a ESF a partir
    das crenças dos profissionais da Equipe de Saúde da Família (EqSF) que trabalham em
    municípios do ambiente rural do Estado da Paraíba. A hipótese geral deste estudo é que a
    avaliação dos profissionais das EqSF acerca da ESF (variável conseqüente) será resultado das
    crenças dos profissionais acerca dos fatores do modelo teórico final que orienta a tese, bem
    como do perfil sócio-profissional dos trabalhadores da equipe da ESF, como o nível de
    escolaridade, a categoria profissional a que pertencem e a mesorregião em que a ESF em que
    trabalham está implementada (variáveis antecedentes). Para alcançar tais objetivos, foram
    realizadas três etapas subseqüentes: procedimentos de construção e validação do instrumento
    avaliativo (estudos 1 e 2 respectivamente) e avaliação da ESF (estudo 3). O estudo 1 visou
    construir a Escala de Avaliação da ESF EqSF com uma amostra não-probabilística, por quota,
    de 220 profissionais das seis categorias da ESF de seis municípios da Paraíba. Os dados da
    escala foram tratados através do pacote estatístico SPPS por meio do qual foram realizadas
    estatísticas descritivas e inferenciais que mostraram a emergência de cinco fatores que
    explicam conjuntamente 39,08% da variância total da escala e apresentam autovalores
    (eigenvalues) superiores a 1 e consistência interna ( ) geral de 0,87, o que indica uma boa
    homogeneidade e consistência dos itens. A versão final da Escala de Avaliação da ESF pela
    EqSF foi aplicada a uma amostra não-probabilística, por quota, na qual foram escolhidos 10
    municípios de cada mesorregião paraibana utilizando-se o critério de distribuição
    populacional (menos de 25mil habitantes), totalizando 40 municípios. Participaram dos
    demais estudos 812 profissionais de saúde das seis categorias que compõem a equipe da ESF
    (médicos, enfermeiro, dentistas, ACS, ACD e auxiliar de enfermagem). De modo geral, a
    amostra pesquisada mostrou-se suficiente para examinar as diferenças de crenças dos
    profissionais de saúde no tocante às variáveis sócio-profissionais apresentando os seguintes
    resultados principais: 1) os profissionais que atuam em municípios sertanejos da Paraíba
    avaliaram mais negativamente do que os profissionais da EqSF das demais mesorregiões
    quatro dos cinco fatores da ESF sob análise; 2) houve diferenças nas avaliações da ESF
    segundo a categoria profissional revelando crenças diferenciadas segundo a profissão e o fator
    da ESF analisado; 3) os profissionais da EqSF com nível de escolaridade médio/técnico
    avaliaram a acessibilidade ao atendimento (fator III), a compreensão da ESF (fator IV) e a
    capacitação profissional (fator V) de modo mais positivo do que os profissionais de nível
    superior. Os achados proporcionados pela tese revelam aspectos tanto positivos quanto
    negativos da estratégia que podem ser modelados no sentido de corrigir as rotas para otimizar
    as ações deste modelo assistencial em saúde nas localidades pesquisadas.

    A Estratégia Saúde da Família (ESF) consiste numa política pública destinada à assistência básica de saúde provendo serviços de prevenção, educação e proteção à saúde da comunidade. Como toda política governamental, a ESF deve ser avaliada com o intuito de incrementar suas ações, bem como para identificar se a estratégia tem alcançado seus objetivos e surtido impactos positivos na população-alvo. Diversos autores alertam apara a necessidade de se inserir nas avaliações os atores que estão direta e indiretamente ligados aos programas sociais (beneficiários, prestadores de serviço, gestores), pois as variações de suas percepções podem ter influência relevante na consecução e aceitação do programa, assumindo desta forma um caráter metodológico que não pode ser negligenciado. O presente estudo tem como foco principal é a equipe de saúde que constitui a ESF. Suas crenças sobre saúde preventiva, atitudes sobre a população, e os meios que dispõe para efetivar o seu trabalho, são variáveis fundamentais para embasar a estruturação de um programa que visa atender a população carente de modo preventivo. Neste sentido, o presente estudo objetivou avaliar a ESF a partir das crenças dos profissionais da Equipe de Saúde da Família (EqSF) que trabalham em municípios do ambiente rural do Estado da Paraíba. A hipótese geral deste estudo é que a avaliação dos profissionais das EqSF acerca da ESF (variável conseqüente) será resultado das crenças dos profissionais acerca dos fatores do modelo teórico final que orienta a tese, bem como do perfil sócio-profissional dos trabalhadores da equipe da ESF, como o nível de escolaridade, a categoria profissional a que pertencem e a mesorregião em que a ESF em que trabalham está implementada (variáveis antecedentes). Para alcançar tais objetivos, foram realizadas três etapas subseqüentes: procedimentos de construção e validação do instrumento avaliativo (estudos 1 e 2 respectivamente) e avaliação da ESF (estudo 3). O estudo 1 visou construir a Escala de Avaliação da ESF EqSF com uma amostra não-probabilística, por quota, de 220 profissionais das seis categorias da ESF de seis municípios da Paraíba. Os dados da escala foram tratados através do pacote estatístico SPPS por meio do qual foram realizadas estatísticas descritivas e inferenciais que mostraram a emergência de cinco fatores que explicam conjuntamente 39,08% da variância total da escala e apresentam autovalores (eigenvalues) superiores a 1 e consistência interna ( ) geral de 0,87, o que indica uma boa homogeneidade e consistência dos itens. A versão final da Escala de Avaliação da ESF pela EqSF foi aplicada a uma amostra não-probabilística, por quota, na qual foram escolhidos 10 municípios de cada mesorregião paraibana utilizando-se o critério de distribuição populacional (menos de 25mil habitantes), totalizando 40 municípios. Participaram dos demais estudos 812 profissionais de saúde das seis categorias que compõem a equipe da ESF (médicos, enfermeiro, dentistas, ACS, ACD e auxiliar de enfermagem). De modo geral, a amostra pesquisada mostrou-se suficiente para examinar as diferenças de crenças dos profissionais de saúde no tocante às variáveis sócio-profissionais apresentando os seguintes resultados principais: 1) os profissionais que atuam em municípios sertanejos da Paraíba avaliaram mais negativamente do que os profissionais da EqSF das demais mesorregiões quatro dos cinco fatores da ESF sob análise; 2) houve diferenças nas avaliações da ESF segundo a categoria profissional revelando crenças diferenciadas segundo a profissão e o fator da ESF analisado; 3) os profissionais da EqSF com nível de escolaridade médio/técnico avaliaram a acessibilidade ao atendimento (fator III), a compreensão da ESF (fator IV) e a capacitação profissional (fator V) de modo mais positivo do que os profissionais de nível superior. Os achados proporcionados pela tese revelam aspectos tanto positivos quanto negativos da estratégia que podem ser modelados no sentido de corrigir as rotas para otimizar as ações deste modelo assistencial em saúde nas localidades pesquisadas.

2009
Descrição
  • MARIA DE FATIMA BARACUHY CAVALCANTI
  • Data: 11/12/2009
  • Hora: 00:00

  • RILDESIA SILVA VELOSO GOUVEIA
  • Data: 18/05/2009
  • Hora: 00:00

  • JORGE ARTUR P DE M COELHO
  • Data: 28/04/2009
  • Hora: 00:00

  • ANGELA MARIA ESTRADA MESA
  • Data: 06/03/2009
  • Hora: 00:00

  • ADRIANA DE ANDRADE GAIAO E BARBOSA
  • Data: 27/02/2009
  • Hora: 00:00

  • THIAGO ANTONIO AVELLAR DE AQUINO
  • Data: 27/02/2009
  • Hora: 00:00

2008
Descrição
  • FABIOLA DE SOUSA BRAZ AQUINO
  • Data: 12/12/2008
  • Hora: 00:00

  • LUCIANA MARIA MAIA VIANA
  • Data: 05/05/2008
  • Hora: 00:00

  • MARCIA MAGALHAES AVILA PAZ
  • Data: 05/05/2008
  • Hora: 00:00

  • GISLENE FARIAS DE OLIVEIRA
  • Data: 14/04/2008
  • Hora: 00:00

  • WALBERTO SILVA DOS SANTOS
  • Data: 24/03/2008
  • Hora: 00:00

  • FRANCISCO EDUARDO DE CASTRO ROCHA
  • Data: 22/02/2008
  • Hora: 00:00

  • PATRICIA NUNES DA FONSECA
  • Data: 11/02/2008
  • Hora: 00:00

  • JADE RODRIGUES VIEIRA
  • AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE AGRICULTORES FAMILIARES NO ESTADO DA PARAIBA
  • Data: 28/01/2008
  • Hora: 09:00
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • Palavras-chave: Qualidade de Vida; Avaliacao de Programas; POLITICAS PUBLICAS.Grande area: Ciencias HumanasGrande Area: Ciencias Humanas / Area: Psicologia / Subarea: Psicologia Social. Setores de atividade: Desenvolvimento Rural; Saude e Servicos Sociais.
2007
Descrição
  • VERÔNICA LUCIA DO RÊGO LUNA
  • REPRESENTAÇOES E IDENTIDADES NA VELHICE: MODOS DE VER E VIVER O ENVELHECIMENTO
  • Data: 25/06/2007
  • Hora: 10:00
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • Como resposta às novas demandas geradas pelo envelhecimento populacional, no Brasil e no mundo, cresceram o interesse científico pela velhice e a preocupação pelo bem-estar social, econômico e psicológico do idoso. A inserção do velho na sociedade, mais do que uma meta a ser buscada, deve ser diretriz dos programas voltados para a velhice, cuja formulação não pode prescindir da participação de quem envelhece. A psicologia social tem papel importante na defesa dos direitos humanos de grupos minoritários e vem contribuindo na solução de muitas questões psicossociais. Nessa direção, desenvolveu-se o presente trabalho que objetivou conhecer a velhice, na interface entre o subjetivo e social, pelo levantamento de suas representações. Foram entrevistadas 51 idosas ativas (de 60 a 92 anos), e sete jovens (de 18 a 27 anos), de classe média e residentes em João Pessoa/PB. Os dados indicaram a predominância, nos dois grupos, de representações negativas da velhice, ancoradas em idéias de doença, declínio físico e psíquico e perdas sociais. Nas jovens, essas representações objetivaram-se em angústia frente a sua velhice futura; nas idosas, objetivaram-se em rejeição à velhice e na negação da identidade que lhes é imposta pela sociedade. Prevaleceu a representação de que múltiplos fatores atuam no envelhecimento e que a idade cronológica, por si só, não é critério para sua demarcação. Houve consenso sobre a existência de discriminação da velhice no país; entretanto poucas idosas admitiram ter sofrido preconceito. Preponderou a representação de que a velhice bem-sucedida resulta da interação entre fatores biológicos, psicológicos e sociais; todavia o suporte sócio-afetivo, objetivado pelo amor, cuidados e atenção, foi o fator prioritário. Considerou-se que, que o conjunto dos dados oferece subsídios à implantação de programas multiprofissionais de promoção do envelhecimento ativo com inclusão da pessoa idosa na sociedade.
  • MARIA LIGIA DE AQUINO GOUVEIA
  • Data: 26/04/2007
  • Hora: 00:00

  • VERÔNICA LUCIA DO RÊGO LUNA
  • Data: 26/04/2007
  • Hora: 00:00

  • LEILA DE ANDRADE OLIVEIRA
  • Nos caminhos da lei: representação social de profissionais da atenção sobre o jovem que comete ato infracional.
  • Data: 25/04/2007
  • Hora: 09:00
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • A promulgacao do Estatuto da Crianca e do Adolescente (ECA) teve o intuito de regulamentar direitos previstos em relacao a infancia e juventude em geral, alem de imprimir novos rumos para a politica de protecao e assistencia a criancas e adolescentes. Rompendo com a doutrina da situacao irregular, vigente de 1927 a 1990, propoe que toda crianca e adolescente, independente de sua origem social, seja concebido como sujeito de direitos e pessoa em situacao peculiar de desenvolvimento. Dentre as mudancas previstas institui novo ordenamento para o sistema de administracao da justica da infancia e juventude. Orgaos proprios e especializados foram criados, tais como delegacias, promotorias, centros socio- educativos etc. Contudo, a veiculacao cotidiana de informacoes a respeito de atos infracionais cometidos por jovens mobiliza a sociedade e suscita calorosos debates que, em geral, dizem respeito a necessidade de se estabelecer medidas mais rigorosas, trazendo a baila questoes relacionadas a responsabilidade penal e a reducao da idade de imputabilidade juridica. Considerando que os profissionais envolvidos na tarefa de ressocializacao de adolescentes em conflito com a lei tambem fazem parte desta discussao, afetando e sendo afetados por ela, este estudo procurou investigar as representacoes sociais de jovens em conflito com a lei compartilhadas por esses profissionais e presentes na sociedade como um todo. Os resultados apurados possibilitaram a identificacao de uma rede de representacoes sociais sobre o “adolescente infrator” que envolve as representacoes de familia e de adolescencia. Embora as representacoes de tais profissionais estejam ainda ancoradas em elementos da doutrina da situacao irregular, como a ideia de que o jovem que comete ato infracional e proveniente de “familia desestruturada”, nota-se a introducao de novas praticas orientadas agora pela doutrina da protecao integral, na perspectiva de entendimento destes jovens como sujeitos de direitos. Representacao diversa encontra-se na sociedade como um todo que ainda percebe o adolescente em conflito com a lei como diferente e que por isso deve ser tutelado, tendo seu destino tracado pelo Estado.
  • LEILA DE ANDRADE OLIVEIRA
  • Data: 25/04/2007
  • Hora: 00:00

  • SILVANA CARNEIRO MACIEL
  • Data: 25/04/2007
  • Hora: 00:00

  • RAIMUNDO CANDIDO DE GOUVEIA
  • Data: 24/04/2007
  • Hora: 00:00