PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DAS RELIGIÕES (PPGCR)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: MICHELLE BIANCA SANTOS DANTAS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MICHELLE BIANCA SANTOS DANTAS
DATA: 09/12/2020
HORA: 14:00
LOCAL: PPGCR
TÍTULO: POIÉSIS E SACRALIDADE: o mito da beleza trágica em Helena (Eurípedes), Narciso (Ovídio) e Psiquê (Apuleio)
PALAVRAS-CHAVES: Mitologia clássica. Beleza. Sacralidade. Tragicidade.
PÁGINAS: 329
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
SUBÁREA: Literaturas Clássicas
RESUMO: A nossa pesquisa objetiva analisar os mitos de Helena, na tragédia homônima de Eurípedes, Narciso, nas Metamorfoses (Ovídio), e Psiquê, em O asno de ouro (Apuleio), observando os paradoxos que deles emanam, a partir da beleza que representam e da vida trágica em que incorrem. Tais problematizações advêm das confluências entre as narrativas míticas, com a sua sacralidade original, com um contexto em que se vê crescente o processo de secularização e o apogeu do lógos filosófico na Antiguidade greco-romana. Tradicionalmente vinculadas às cerimonias religiosas, os mitos exerceram grande importância, sendo fundamentais para a paideia, contribuindo com a formação social e cultural do povo. Entretanto, eles tiveram a sua posição questionada, ao passo em que o florescimento da filosofia demonstrou um novo modo discursivo de refletir sobre a humanidade. Em nossa hipótese, a beleza encantadora de Helena, Narciso e Psiquê, ao invés de se caracterizar como uma dádiva divina, corresponde, contrariamente, ao destino e/ou à situação funesta que eles irão sofrer. E, para que possamos fundamentar a nossa investigação, construiremos diálogos com alguns autores, a exemplo de Platão e Aristóteles, que muito contribuem com as suas reflexões sobre a poiésis em seus princípios e em sua contextualização social. Para a exposição sobre a estética filosófica, irão nos auxiliar Benedito Nunes (2016), Jean Lacoste (2011), Umberto Eco (2017), Georges Bataille (1987) entre outros. Acerca do mito, o seu aspecto sacro e sua multiplicidade semântica, nos auxiliarão Mircea Eliade (1992/2008/2013/2016), Joseph Campbell (1990/1992/2004/2007/2015), além de Ernest Cassirer (1992), Northrop Frye (2014), Jean-Pierre Vernant (1978/1989/1990/2000/2002/2006/2008) entre outros. Salientamos que, para a tessitura de nossos argumentos, faremos uso de uma perspectiva de leitura hermenêutica, através de Hans-Georg Gadamer (1999) e Paul Ricouer (1989/1994/2015/2016). A partir desses interlocutores, alicerçaremos os nossos argumentos em defesa do ‘mito da beleza trágica’, enaltecendo o caráter sacro que, mesmo em um contexto de uma reflexão filosófica pujante, ainda permanece vívido e atuante. Por isso, até mesmo no apogeu da pólis, os mitos subiram no palco e protagonizaram o inaudito e o insólito da vida humana. Diante disso, justificamos a relevância do nosso trabalho, e destacamos que, como metodologia, buscaremos a análise qualitativa e investigativa das proposições e estaremos em constante interação com diversas áreas do conhecimento, como requer um estudo em Ciências das Religiões.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2884093 - SUELMA DE SOUZA MORAES
Externo ao Programa - 337965 - ARTURO GOUVEIA DE ARAUJO
Externo ao Programa - 3142189 - MARINEUMA DE OLIVEIRA COSTA CAVALCANTI
Externo à Instituição - LUCIANO DA SILVA
Externo à Instituição - MANOEL RIBEIRO DE MORAES JUNIOR