PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DAS RELIGIÕES (PPGCR)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de QUALIFICAÇÃO: EMMANUEL DE SOUSA FERNANDES FALCAO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: EMMANUEL DE SOUSA FERNANDES FALCAO
DATA: 23/07/2021
HORA: 00:00
LOCAL: meet.google.com/yav-rzir-gqi
TÍTULO: GRAFISMO E DISCURSO IDENTITÁRIO INDÍGENA POTIGUARA DA PARAÍBA NO SÉCULO XXI
PALAVRAS-CHAVES: Identidade. Grafismo. Povos Indígena Potiguara. Linguagem
PÁGINAS: 175
RESUMO: A presente pesquisa aborda o grafismo, como linguagem identitária, dos povos Potiguara. A finalidade da tese é fortalecer as reivindicações Potiguara quanto aos espaços que esta etnia julga como importante para o fortalecimento de sua identidade. O objeto de estudo são as práticas educativo-religiosas que estão presentes na identidade Potiguara por meio do grafismo. A problemática se correlaciona com a compreensão dos enunciados e discursos ditos pelo grafismo corporal Potiguara. Logo, a tese tem por objetivo geral analisar a relação entre o grafismo Potiguara e representatividade identitária daqueles que o praticam e como objetivos específicos: Investigar a identidade indígena contemporânea, através de eventos sócio-políticos; averiguar a relação entre etnocentrismo, etnogênese e identidade dos povos originários; examinar, por meio da descrição da identidade Potiguara, a relação teórica com a literatura das ciências humanas, os discursos indígenas e o grafismo Potiguara; registrar as reivindicações Indígenas sobre a pauta identitária. Trata-se de uma pesquisa do tipo qualitativa; básica; descritiva; e com métodos etnográficos, efetuando revisão literária em 172 referências, com 116 autores, obras datadas entre 1939 e 2021, além de 34 referências de fontes virtuais. O caráter inédito do estudo está subdividido em três pontos. São eles: As pinturas corporais são expressões que também fazem reivindicações de reconhecimento identitários; o grafismo é uma linguagem política, religiosa, artística com intuito de dizer algo a alguém; entre os discursos que o grafismo Potiguara entoa está a necessidade de se repensar a visibilidade que as instituições de ensino superior no Brasil promove aos povos originários. A relevância do tema está amparada nas circunstâncias atuais, do governo executivo, entre 2018 – 2022, no qual os povos indígenas e o capital verde brasileiro, foram alvo de ataques. Registrar esses eventos, jogando luz para a legislação, os discursos não verdadeiros de proteção ambiental e os gestos etnocêntricos contra os Povos originários, é um dos contributivos do trabalho. As conclusões da tese foram que o grafismo transcende a mera estética. Sendo, portanto, discurso. Apesar de terem significados compartilhados histórico e culturalmente, o grafismo pode ter nuanças de significação peculiares para aquele que se pinta de seus símbolos. Os Povos Originários, e os Potiguara, entendem relevante ocupar espaços para poder entoar seus discurso, entre esses espaços, as instituições de Ensino Superior. A contribuição desse estudo se relaciona no fato de que o grafismo representa uma linguagem identitária na qual os Potiguara fazem uso para múltiplos vetores comunicacionais, ora coletivo, ora individual, com o grafismo sendo um vetor de condensação de múltiplos significados. As possibilidade de futuros estudos que essa tese pode incitar, está na perspectiva de que as reivindicações Potiguara, não são apenas por reconhecimento identitário. E dessa forma, apesar de evidenciar uma das solicitações indigenista, outras tantas são amparadas por lei e continuam eclipsadas, pelo menos, até a época de fechamento desse estudo.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1548297 - LUSIVAL ANTONIO BARCELLOS
Interno - 338011 - CARLOS ANDRE MACEDO CAVALCANTI
Externo à Instituição - GERSEM JOSÉ DOS SANTOS LUCIANO
Externo à Instituição - JOSE MATEUS DO NASCIMENTO