PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DAS RELIGIÕES (PPGCR)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de QUALIFICAÇÃO: JOSE HERCULANO FILHO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOSE HERCULANO FILHO
DATA: 28/09/2021
HORA: 08:30
LOCAL: https://meet.google.com/hhd-nqzn-fbm?authuser=1
TÍTULO: O Imaginário e o Simbólico dos Êxtases de Santa Teresa d’Ávila.
PALAVRAS-CHAVES: Arquétipos. Devaneios. Êxtases. Imaginário Simbólico. Teresa d’Ávila.
PÁGINAS: 179
RESUMO: Esta pesquisa tem como base documental as obras Livro da Vida e Castelo Interior, cuja finalidade é estudar o imaginário e o simbólico dos êxtases de Santa Teresa d’Ávila. O objetivo central desta tese é identificar a presença de mitos e/ou mitemas nas narrativas que oscilam em torno dos êxtases teresianos. Faz-se uma contextualização sobre o ambiente da monja carmelita no século XVI, período de transição da Idade Média para a Idade Moderna, passagem do feudalismo para o capitalismo, fortalecimento do regime político centrado nas monarquias, caracterizado por mudanças políticas, sociais e culturais. Marcado por conquistas de novas terras, principalmente pela Espanha e Portugal; expansão do comércio marítimo e desenvolvimento econômico das nações europeias. Além de conflitos religiosos, que assinalou a cisão do cristianismo ocidental. Um cenário caótico, onde Teresa d’Ávila ascendeu com sua mística espiritual. Neste sentido, fez-se uma abordagem em torno da hermenêutica simbólica, construindo uma síntese da iconoclastia das imagens na tradição ocidental. Na abordagem recorre-se aos conceitos interdisciplinares de alguns pensadores do Círculo Eranos. No estudo realça Gaston Bachelard (1997), precursor da construção metodológica sobre o imaginário, através dos elementos primordiais da natureza e seus devaneios. Outros pontos a serem analisados são os arquétipos na visão de Carl Gustav Jung (2017), com foco nas noções de Self e no conceito de individuação. Em seguida, com Joseph Campbell (2007), delimitando o ciclo do herói e sua jornada, na intenção de compreender os estágios e o protagonismo da trajetória missionária da freira. Por fim, destaque-se Gilbert Durand (2012), com as estruturas antropológicas do imaginário, pontuando a base teórica da pesquisa; no sentido de amplificar a compreensão da presença dos mitos e as constelações de imagens nas obras da monja carmelita. A fim de entender o eufemismo na dialética em volta dos êxtases teresianos, fez uma hermenêutica dos elementos da natureza e seus devaneios, dos arquétipos, da jornada espiritual e das constelações dos regimes diurno e noturno inseridos nos textos, recorrentes nas experiências extáticas de Teresa d’Ávila. Na tentativa de alcançar o objetivo do trabalho, dedicou-se uma seção a mitocrítica para compreender a incidência de mitos e/ou complexos míticos da tradição judaico-cristã e/ou ocidental em torno dos êxtases. Este é um diálogo importante para suscitar a dimensão básica dos schèmes nas duas obras da monja carmelita, desencadeando a identificação dos fluxos de alguns mitos ou mitologemas que circulam no interior dos textos, para de modo significativo, compreender a “trajetória antropológica” da epifania mística de Teresa d’Ávila.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 338011 - CARLOS ANDRE MACEDO CAVALCANTI
Interno - 1548297 - LUSIVAL ANTONIO BARCELLOS
Externo à Instituição - DANIELLE PERIN ROCHA PITTA
Externo à Instituição - MARIA DAS VITORIAS NEGREIROS DO AMARAL
Externo à Instituição - SEVERINO CELESTINO DA SILVA