PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DAS RELIGIÕES (PPGCR)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: JOSELMA BIANCA SILVA DE SOUZA MENDONÇA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOSELMA BIANCA SILVA DE SOUZA MENDONÇA
DATA: 31/03/2022
HORA: 15:00
LOCAL: meet.google.com/wcy-qkzy-sft
TÍTULO: MITOS, RITOS, MEMÓRIAS E IMAGINÁRIO DOS INDÍGENAS POTIGUARA DA PARAÍBA
PALAVRAS-CHAVES: Indígenas; mitos; ritos; memória; imaginário; troncos velhos Potiguara.
PÁGINAS: 287
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Teologia
RESUMO: A presente tese trata-se sobre mitos, ritos, memórias e imaginário dos indígenas Potiguara da Paraíba. O estudo tem por base as memórias perpetuadas nas narrativas dos troncos velhos residentes das Aldeias São Francisco, Lagoa do Mato e do Alto do Tambá, localizadas no município de Baía da Traição-PB. O objetivo do estudo é investigar os valores e as práticas que envolvem os fenômenos espirituais do universo indígena Potiguara, considerando os princípios norteadores da tradição, tais como: mito, ritos, memória e imaginário. O estudo traz o propósito de recuperar essa reflexão no sentido de explicar as formas de cultivo dos mitos dos ritos, memórias e imaginário Potiguara e a quem a eles estão atrelados os esforços de consciência e preservação. Para fundamentar a pesquisa sobre os Potiguara, utilizamos alguns aportes teóricos como: Barcellos (2012), Nascimento (2017), Mendonça (2014), Palitot (2005), Vieira (2012) Bosi (1983) (1990), Eliade (2010; 2007), Straus (1978), Durand (2007), Pitta (2005) e outras obras complementares que ampliam a presente discussão situadas nas Ciências das Religiões. Adotamos a abordagem qualitativa e como método a pesquisa etnográfica e a netnografia para compreender o mito o rito e a memória enquanto fundamentos dos imaginários na realidade indígena Potiguara. No decorrer do estudo foram utilizados diário de campo na observação participante e entrevista semiestruturada estratégias e instrumentos de investigação que nos permitiu estar presente nas atividades cotidianas e festividades que envolvem os indígenas para compreender a manifestação dos mitos no imaginário dos Troncos. A tese defendida explicita que os Troncos Velhos se encarregam de conduzir a sociedade indígena numa pedagogia constante que tem por base a existência fundamentando a dinâmica de viver segundo os valores da cultura Potiguara. Registra-se aqui os troncos novos que revalidam suas recordações ao refleti-las no seio da vida comunitária. Nessa perspectiva, se fortalece um movimento social de resistência que tem por fundamento o capital instrutivo de sábios denominados de guardiões da memória cultural porque amparam tanto na ciência de mitos e de ritos como no (com)partilhar de memórias e imaginários ancorados nos ancestrais indígenas Potiguara. Os mitos existem para criar expectativas nos indivíduos acenar-lhes o tempo da finitude e sobretudo da imortalidade. Ao perpassar gerações os ritos e as memórias tornam-se veículos de comunicação de mundos imaginários que alimentam histórias atos heroicos. No meio Potiguara os mitos assumem essas verdades e ganham estruturas nas suas composições ao mover-se por linhas imaginárias em que os santos e as devoções conectam-se aos encantados, que por sua vez associam-se aos fenômenos naturais anunciam presságios por meio do ciclo das chuvas que se perpetuam nas colheitas, nos rituais de renovação e nas memórias locais. Esses elementos contribuem efetivamente na resistência e na luta da preservação das conquistas sagradas em torno da territorialidade, da identidade e da espiritualidade dos indígenas que habitam o Litoral Norte do Estado da Paraíba.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1548297 - LUSIVAL ANTONIO BARCELLOS
Interno - 338011 - CARLOS ANDRE MACEDO CAVALCANTI
Externo ao Programa - 3116045 - BERNARDINA MARIA JUVENAL FREIRE DE OLIVEIRA
Externo à Instituição - JOSE MATEUS DO NASCIMENTO
Externo à Instituição - MARLÚCIA MENEZES DE PAIVA