PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DAS RELIGIÕES (PPGCR)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: JOSE HERCULANO FILHO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOSE HERCULANO FILHO
DATA: 20/06/2022
HORA: 09:00
LOCAL: https://meet.google.com/jqx-uavq-qae?authuser=1&pli=1
TÍTULO: A Imaginação Simbólica dos Êxtases de Santa Teresa d’Ávila.
PALAVRAS-CHAVES: epifania; êxtases; estado alterado de consciência; imagens; imaginário.
PÁGINAS: 179
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Teologia
SUBÁREA: História da Teologia
RESUMO: O êxtase teresiano serviu ao longo do tempo de objeto de estudo para várias áreas do conhecimento humano. A experiência extática é fomentada pelas influências dos afetos e emoções, que são estimulados pelas funções mentais, suscitando inúmeras representações imagéticas. Nesse sentido, esta tese se insere na Linha de Pesquisa “Religião, Cultura e Sistemas Simbólicos” e tem como base documental as obras Livro da Vida e Castelo Interior, escritas por Santa Teresa d’Ávila. A hipótese deste trabalho é: que Santa Teresa empregou a imaginação simbólica como recurso de representação de suas experiências extáticas. O objetivo geral é, por conseguinte, estudar determinados símbolos e devaneios que alimentam a imaginação em torno dos êxtases teresianos. Os objetivos específicos são: apresentar alguns símbolos que circulam em volta dos êxtases; descrever os complexos de imagens da terra, da água e do fogo derredor dos arrebatamentos da freira. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, de abordagem qualitativa, de cunho hermenêutico-simbólico, amparada no referencial teórico da imaginação, dentre eles, a imaginação material, de Gaston Bachelard, e a pedagogia do imaginário, de Gilbert Durand. A principal contribuição é destacar na literatura a presença de alguns reflexos dominantes, que valorizaram o corpo, a alma e o estado alterado de consciência, fenômenos que contribuíram para a epifania teresiana. A presente tese encontra-se organizada em introdução e quatro capítulos. No texto introdutório, destaca-se o êxtase a partir do neoplatonismo de Plotino e do cristianismo medieval, o poeta persa Rumi com a dança girante dos dervixes, e, por fim, Santa Teresa, ressaltando a obra de arte “O Êxtase de Santa Teresa”, de Bernini (1598-1680), caracterizada pelas expressões emocionais, registro do processo epifânico que ainda suscita questionamento. No segundo capítulo, apresenta-se uma síntese do contexto histórico do século XVI, enfatiza-se o fervor religioso, a inquisição espanhola, a perseguição às bruxas e aos direitos das mulheres, momento em que a carmelita ascendeu numa sociedade em ebulição, através de suas narrativas poéticas. No capítulo seguinte, é realizado um levantamento do paradoxo da imagem na filosofia e na religião, a imaginação criadora e a pedagogia do imaginário, na tentativa de compreender os fenômenos religiosos que se contrastam ao racionalismo. No próximo capítulo, a partir do estudo da imaginação, se faz uma hermenêutica simbólica, com base na imaginação criadora e nos regimes diurno e noturno das imagens, delineando os devaneios e os símbolos em torno dos êxtases, destacando determinados reflexos dominantes, consequência da dilação do corpo, da alma e do estado alterado de consciência. No último capítulo, se elabora uma narrativa dos devaneios da terra, destacando o complexo de Jonas bíblico, através da imagem do ventre da baleia, com o elemento da intimidade e do repouso; em seguida, com o fogo, através do complexo de Empédocles, realçando o amor ao fogo; e, por fim, a água ressaltando o complexo de Caronte com do advento da partida, das águas mansas e caudalosas, da travessia do barqueiro.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 338011 - CARLOS ANDRE MACEDO CAVALCANTI
Interno - 1548297 - LUSIVAL ANTONIO BARCELLOS
Externo à Instituição - DANIELLE PERIN ROCHA PITTA
Externo à Instituição - MARIA DAS VITORIAS NEGREIROS DO AMARAL
Externo à Instituição - SEVERINO CELESTINO DA SILVA