PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DAS RELIGIÕES (PPGCR)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: MAIRA DE OLIVEIRA DIAS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MAIRA DE OLIVEIRA DIAS
DATA: 31/10/2022
HORA: 14:00
LOCAL: sala de multimídia PPGE
TÍTULO: TECEDURAS DO CIPÓ: UMA CARTOGRAFIA DAS CONTROVÉRSIAS DA PATRIMONIALIZAÇÃO DA AYAHUASCA NO BRASIL (2008-2019) João Pessoa 2022
PALAVRAS-CHAVES: Ayahuasca; Patrimônio Cultural Imaterial, Salvaguarda, Cartografia das Controvérsias.
PÁGINAS: 251
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Teologia
RESUMO: A tese aqui apresentada teve por objetivo mapear as controvérsias acerca da patrimonialização da ayahuasca no Brasil desde 2008, quando da abertura do processo relativo à solicitação de reconhecimento dos usos rituais da ayahuasca como patrimônio cultural imaterial nacional, até 2019, cobrindo a realização das Conferências Indígenas da Ayahuasca (2017/2018/2019). Para isso, foi realizada uma Cartografia da Controvérsia, a partir de Venturini (2009, 2012), tida como versão didática da Teoria Ator-Rede de Bruno Latour. A temática foi revisada através de um panorama da produção midiática e acadêmica neste período. Conceitos presentes, como cultura, patrimônio cultural, religião, ayahuasca e resistência, foram problematizados no experimento textual denominado Floresta de Conceitos. Com a análise documental das peças processuais, os atores envolvidos no processo instaurado no IPHAN há quatorze anos foram caracterizados e novos aspectos do debate foram visibilizados. Na análise documental das cartas finais das Conferências Indígenas da Ayahuasca, foi possível constatar que, apesar de questionarem o conceito de patrimônio cultural e a forma da patrimonialização, os povos indígenas reunidos nestes eventos têm implementado estratégias para salvaguarda de seus conhecimentos, modos de vida e territórios. Desta Cartografia da Controvérsia foi possível apurar que os mecanismos de patrimonialização ainda são insuficientes e limitados, principalmente ao tratarem de conhecimentos de bases ontológicas não modernas. Assim, cartografar a patrimonialização da ayahuasca, que ainda se encontra com o processo em aberto, demonstrou que o protagonismo indígena será determinante na conservação dos conhecimentos associados à ayahuasca, não só por serem seus primeiros detentores, mas por saberem como salvaguardá-los.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1774137 - DILAINE SOARES SAMPAIO
Interno - 1814691 - MARIA LUCIA ABAURRE GNERRE
Externo ao Programa - 1719755 - ESTEVAO MARTINS PALITOT
Externo à Instituição - GUSTAVO CESAR OJEDA BAEZ
Externo à Instituição - SANDRO GUIMARÃES DE SALLES