PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS (PPGL)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Notícias


Banca de DEFESA: MORGANA DE MEDEIROS FARIAS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MORGANA DE MEDEIROS FARIAS
DATA: 21/06/2022
HORA: 15:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO: VERSOS PARA OS PEQUENINOS, DE JOÃO KÖPKE: UMA FORTUNA LITERÁRIA POUCO EXPLORADA
PALAVRAS-CHAVES: Literatura e educação; Poesia infantil; Entresséculos.
PÁGINAS: 242
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO: Esta tese tem como objetivo principal analisar o manuscrito Versos para os pequeninos, escrito pelo fluminense João Köpke, que remonta ao século XIX, mas não tem data de criação definida. As análises têm como base investigações acerca da competência criadora do autor, dos aspectos artísticos da sua produção, observando sua inclinação em lidar mais com assuntos lúdicos do que com pedagógicos,fato que o destaca dentre outros autores de poesia da época. A composição da qual nos ocupamos é um compilado de poemas infantis de onde escolhemos como corpus quatro deles, intitulados O balanço”, “O ato ilis”, “Meu cavallo” e “Conversas”, estes que lidam com uma perspectiva infantil bem perceptível, tratando de temas comuns ao universo da criança. Entendemos que houve uma supressão no percurso biográfico do autor, no sentido de não ficar claro que ele escrevia textos dessa natureza. Algumas das suas faces foram mostradas em pesquisas anteriores, mas outra foi praticamente omitida: a de escritor de literatura para crianças, esta que veremos de perto que possui valor estético e semântico. Para chegar ao nosso objetivo, mobilizamos teorias e conhecimentos acadêmicos sobre as relações entre literatura e educação no século XIX, olhando para o espaço escolar e as ideologias imperantes, chegando às origens da literatura infantil e às pesquisas em torno de Köpke, contando, para isso, com autores como Salem (1970), Carvalho (1985), Hilsdorf (2005), Panizzolo (2006), Lajolo e Zilberman (2007), Coelho (2010) e Arroyo (2011), Santos (2013), Mortatti (2015), e Ferreira (2015). Em um segundo momento, nos detemos em estudar com mais afinco o percurso biográfico do autor, visando compreender um pouco da sua trajetória, da sua inclinação à educação, bem como conhecemos algumas das obras que escreveu na interface desta área com a literatura. Estudos como os de Hilsdorf (1988), Chicoski (2010), Matta (2011), Panizzolo (2011), Santos (2013), Belo (2014), Mortatti (2015) e Ferreira (2018) contribuíram com a montagem dessa trajetória marcante, que chamou nossa atenção ao primeiro olhar atento. Por fim, mobilizamos teorias a respeito do texto poético, para entender suas particularidades e, feito isso, adentramos a comparações entre poemas que Köpke criou, para compor o manuscrito, com os de mais três autores da sua época, para só depois fecharmos o trabalho com a análise do corpus citado. Bosi (1977), Held (1980), Lajolo (1982), Bordini (1991) e Ferreira (2017) colaboraram diretamente com a fundamentação desta seção. Para nós fica visível, no caso do manuscrito, a intenção de João Köpke em escrever textos através dos quais as crianças se sentissem representadas, onde suas vivências estivessem presentes, sem ensinamentos engessados. Portanto, com esta pesquisa, redimensionamos o lugar deste autor nos estudos sobre literatura, ressignificando seu nome e fornecendo meios de questionar o apagamento que se dá em relação a ele na historiografia literária nacional.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1727050 - DANIELA MARIA SEGABINAZI
Externo à Instituição - FERNANDO RODRIGUES DE OLIVEIRA
Interno - 116.243.533-04 - JOSE HELDER PINHEIRO ALVES - UFCG
Externo à Instituição - NORMA SANDRA DE ALMEIDA FERREIRA
Externo à Instituição - VALNIKSON VIANA DE OLIVEIRA