PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS (PPGL)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Notícias


Banca de DEFESA: JULIANA MIRANDA CAVALCANTE DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JULIANA MIRANDA CAVALCANTE DA SILVA
DATA: 31/08/2022
HORA: 15:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO: O ESTEREÓTIPO PROBLEMATIZADO EM ORANGE IS THE NEW BLACK: COLONIALISMO, INTERMIDIALIDADE E POLÍTICAS DA METAFICÇÃO
PALAVRAS-CHAVES: Estereótipo. Decolonialismo. Narratologia. Personagens. Orange Is the New Black.
PÁGINAS: 147
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO: O estereótipo é uma das principais ferramentas usadas pelo colonizador para manter o poder sobre o colonizado, pois atua diretamente na formação da diferenciação entre o Eu e o Outro, e nas relações resultantes desse processo (BHABHA, 1998). Ao atribuir um bloco de características fixas a uma pessoa ou a um grupo, o estereótipo apaga as individualidades, deslegitima e desumaniza o estereotipado, calando sua voz. O potencial da arte para atuar no reforço dos estereótipos (e, consequentemente, na manutenção do poder dominante) está ligado à tentativa de representação da “verdade” pela ficção através do realismo, explorado como espelho do mundo sem oposições importantes até a segunda metade do século XX, quando a correspondência entre verdade e realismo passou a ser questionada de forma contundente (CERTEAU, 1998; BARTHES, 2011; GENETTE, 2015). Na prática, ganhou força o uso sistemático de artifícios metalinguísticos e intermidiáticos para expressar o descortinamento dos procedimentos narrativos, com um distanciamento crítico proveniente, principalmente, da ironia (HUTCHEON, 1995). Nesse sentido, é possível afirmar que a série da NetflixOrange Is the New Black, produzida entre 2013 e 2019, é tanto produto deste momento social e artístico quanto vanguarda e influência para outras obras. Fugindo do gênero exploitation, comum nas ficções sobre mulheres presas, a série focaliza as relações inter e intrapessoais que perpassam as vidas dessas mulheres, abordando questões de raça, gênero, transtornos mentais, orientação sexual, privilégios (ou a falta deles), sem fugir dos estereótipos, mas confrontando-os. O presente estudo tem como objetivo analisar justamente de que forma o estereótipo se apresenta e é confrontado em Orange, com recorte em dois eventos (o leilão de Judy King e o jogo Fantasy Inmate) e nas histórias de duas personagens (Piper Chapman e Poussey Washington). A análise é a etapa final de um processo que inclui a contextualização teórica dos conceitos de estereótipo, metaficção e intermidialidade, em um primeiro momento e a problematização do estereótipo (em relação à metaficção e à intermidialidade) na série, em um segundo momento. O método de pesquisa inclui a leitura e sistematização de material teórico-crítico sobre o assunto (com recorte nos teóricos que julgamos mais relevantes para o estudo), incluindo material audiovisual.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - CICERA ANTONIELE CAJAZEIRAS DA SILVA
Presidente - 6337291 - GENILDA ALVES DE AZEREDO
Externo à Instituição - ROSANGELA NERES ARAUJO DA SILVA