PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS (PPGL)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Notícias


Banca de DEFESA: BEATRIZ OLIVEIRA ROSENDO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: BEATRIZ OLIVEIRA ROSENDO
DATA: 31/08/2022
HORA: 13:30
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO: A RETÓRICA DO NARRADOR EM “O BARRIL DE AMONTILILLADO” E “O DEMÔNIO DA PERVERSIDADE”, DE EDGAR ALLAN POE: UMA FANTÁSTICA CONFIGURAÇÃO DA PERVERSIDADE
PALAVRAS-CHAVES: Edgar Allan Poe; narrador; perversidade.
PÁGINAS: 70
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO: A maior parte das obras de Edgar Allan Poe, senão todas, são constituídas por narradores intrigantes, sempre envolvidos em mistérios, mortes, crimes e confissões que, no decorrer das histórias, demonstram a escrita milimetricamente pensada de seu criador. Em suas narrativas, o autor revela uma atmosfera de suspense permeada de ambiguidades, nas quais o leitor é inserido e convidado a participar de um jogo enunciativo, comandado pelo narrador, que surge com a finalidade de ludibriá-lo e fazê-lo questionar sobre a veracidade dos “fatos” expostos. As estratégias discursivas são uma das características fundamentais dos escritos de Allan Poe, bem como os seus “narradores não confiáveis” que podem apresentar perturbações mentais e, em alguns de seus contos, sofrem com oscilações de humor, passando a ter atitudes agressivas e imprevisíveis. O conjunto da obra de Poe já foi investigado em diferentes perspectivas; neste trabalho, analisamos a categoria do narrador, levando em consideração o desequilíbrio e a perversidade como elementos responsáveis por suas ações, a fim de demonstrar como a literatura pode espelhar, em menor ou maior grau, a condição dos indivíduos na ficção. Encontramos em “O Barril de Amontillado”, na figura de Montresor, e em “O Dêmonio da Perversidade”, cujo narrador-protagonista não é nomeado, o perverso. Assim, apresentamos reflexões acerca do medo, do mal e dos monstros a fim de expor como essas discussões elucidaram o entendimento sobre o elemento da perversidade no enredo a partir dos narradores, e sobretudo, como a análise da retórica dos protagonistas pôde exibir suas “verdadeiras faces”. Partimos dos seguintes questionamentos: os narradores se enquadrariam como perversos? Qual é o papel da retórica para exposição perversa dos protagonistas? Para tanto, selecionamos os contos “O Demônio da Perversidade” (1845) e “O Barril de Amontillado” (1846), de Edgar Allan Poe, definimos os narradores em primeira pessoa como uma figura pontual na narrativa que configura por meio de seus feitos a perversidade presente nos contos. Para dar suporte à análise, são usados os textos de Quinn (1969) e Bonaparte (1958); para a discussão da biografia mais fortuna crítica e discussão teórica, nos apoiaremos em Delumeau (2009); para tratar do medo, Agostinho (1986); para refletir a temática do mal, algumas considerações de Genette (1972), Chiappini (1994) e Booth (1980); para discutir sobre o narrador, outros teóricos que foraM indispensáveis para compreender as outras perspectivas que este trabalho aborda. Por fim, apresentamos uma análise correspondente à retórica do narrador e à configuração da perversidade, nos dois contos, comprovando assim que, de acordo com os critérios apontados Montresor e o narrador não nomeado, representa sim um típico perverso.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1809459 - LUCIANE ALVES SANTOS
Externo à Instituição - MARIA ALICE RIBEIRO GABRIEL
Externo à Instituição - WILLIAN LIMA DE SOUSA