PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS (PPGL)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: JOSÉ VELOSO DE ARAÚJO SOBRINHO NETO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOSÉ VELOSO DE ARAÚJO SOBRINHO NETO
DATA: 28/07/2023
HORA: 10:00
LOCAL: Multimídia C
TÍTULO: SEMIÓTICA DAS CULTURAS E OS AUTOCRATAS DA SOLIDÃO: a formação da identidade latino-americana e as estratégias de poder no romance Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez
PALAVRAS-CHAVES: Cem anos de solidão; identidade; poder; latino-americano; Semiótica das Culturas
PÁGINAS: 110
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO: A pesquisa buscou investigar, na obraCem anos de solidão(2010), do escritor colombiano Gabriel García Márquez, a relação entre as estratégias de“poder” (manipulação, sujeição) – imanentes às escolhas enunciativas – e a formação da“identidade” do povo latino-americano. O interesse em analisar o romance decorre da riqueza polissêmica do enredo que congrega mito e história em uma trama focada na genealogia de uma família amaldiçoada pela solidão congênita.Assim, o narrador parte do particular, a trajetória da estirpe dos Buendía, para expor,através de uma grande metáfora, o universal, a conjectura política, econômica e social da formação da América Latina. Optamos pelas categorias analíticas do “poder” e da“identidade” por crermos que as estratégias de controle dos corpos e das populações exerceram influência fundamental sobre a formação da feição social e política latino-americana. Assim, a base metodológica usada privilegia a fundamentação teórica da Semiótica das Culturas, desenvolvida por François Rastier, e no intuito de situar a categoria analítica do “poder”, contamos com os estudos do professor, sociólogo e historiador Michel Foucault. No corpo do trabalho, tentamos, incialmente, demonstrar as convergências de diferentes correntes teóricas. Em um segundo momento, apropriando-nos desse conhecimento, procuramos desnudar, demonstrar, no enunciado do texto, as estratégias do poder e as redes simbólicas que influenciaram, melhor, forjaram, a cultura e a identidade do povo latino-americano. Os resultados obtidos na análise do corpus indicaram que os signos – linguísticos ou não – têm o poder de moldar, de regular, de sujeitar indivíduos, mas também de estabilizar, de controlar, de constranger, os processos internos (no sujeito) e externos (no povo) de rupturas; mas são, em sentido inverso, a maior ameaça ao poder instaurado. Afinal, o homem passa da natureza à cultura, do mito à história em razão da linguagem, é de se pressupor que saia da cultura e da história para o cataclismo e o fim por ação dela.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ADRIANA NEUMANN DE OLIVEIRA
Externo ao Programa - 1858242 - DUINA MOTA DE FIGUEIREDO PORTO
Presidente - 338407 - MARIA DE FATIMA BARBOSA DE MESQUITA BATISTA