PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS (PPGL)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Telefone/Ramal
3216-7335/7335

Notícias


Banca de DEFESA: TAINÁ DE MOURA SANTOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: TAINÁ DE MOURA SANTOS
DATA: 31/07/2023
HORA: 08:30
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO: O FANTÁSTICO NO ESPELHO: MISE EN ABYME EM MURILO RUBIÃO
PALAVRAS-CHAVES: Murilo Rubião. Epígrafe. Mise enabyme. Fantástico
PÁGINAS: 92
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO: Um dos elementos identificadores nos contos do escritor brasileiro Murilo Rubião é a presença de epígrafes bíblicas na abertura dos seus textos. Écomum chegar ao fim da leitura de um conto, diante da inexplicabilidade das cenas narradas, e procurar respostas e auxílio nas epígrafes que encabeçam todas as narrativas. Contudo, à primeira vista, elas parecem não se prestar ao papel de esclarecer os sentidos do texto principal. Dessa forma, a presente pesquisa consiste na investigação das epígrafes dos contos de Murilo Rubião enquanto aspecto formal que promovem uma intertextualidade com as narrativas que elas introduzem. Para isso, destaca-se a leitura epigráfica a partir da técnica da miseenabyme(estrutura em abismo), explorada por André Gide (1869-1951) nos últimos decênios do século XIX, e teorizada na década de 70 por Lucien Dällenbach. Na literatura, a miseenabyme adquire noções de “obra dentro da obra”, de reflexo e espelhamento. A presente análise visa uma melhor compreensão das epígrafes utilizadas nos textos com os próprios textos, permitindo, assim, que se ampliem a compreensão das narrativas. O corpus é composto por cinco contos, todos com a epígrafe pertencente à categoria da “ameaça”, critérioelencado pelo pesquisador AudemaroTaranto Goulart (1995), a saber:“Os comensais”, “Petúnia”, “Bárbara”, “Os dragões” e “O bloqueio”. Para empreender um caminho possível de análise aos textos mencionados, abase metodológica usada privilegia os estudos da miseenabyme de Lucien Dällenbach (1977) e André Gide (1893), além das teorias sobre a epígrafe, de Gérard Genette (1982) Antoine Compagnon (2007), Jorge Schwartz (1981), Audemaro Taranto Goulart (1995), entre outros. Os resultados obtidos na análise do corpus indicaram que, mais do que uma perspectiva formal que cada epígrafe carregaria, essas citações promoveram uma intertextualidade com as narrativas que esclarecem e aprofundaram aspectos dos contos que elas introduzem.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - BRUNO ANSELMI MATANGRANO
Externo à Instituição - JOAO BATISTA PEREIRA
Presidente - 1809459 - LUCIANE ALVES SANTOS