PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS (PPGL)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de QUALIFICAÇÃO: RAFAELA DE SOUZA VIANA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RAFAELA DE SOUZA VIANA
DATA: 19/12/2023
HORA: 09:00
LOCAL: online
TÍTULO: A REPRESENTAÇÃO DE IMAGENS ARQUETÍPICAS DO FEMININO NOS ROMANCES SAB E ÚRSULA: UMA REMANESCÊNCIA MEDIEVAL NA LITERATURA LATINO-AMERICANA DE AUTORIA FEMININA
PALAVRAS-CHAVES: Palavras-chave: Literatura de autoria feminina; Gertrudis Gómez de Avellaneda; Maria Firmina dos Reis; Residualidade; Arquétipos femininos
PÁGINAS: 70
RESUMO: Esta dissertação tem como objeto de análise os romances Sab (1841), da autora cubana Gertrudis Gómez de Avellaneda, e Úrsula (1859), da autora brasileira Maria Firmina dos Reis. Sendo essas obras criadas em sociedades constituídas por meio do processo de colonização de países ibéricos, encontramos nelas um imaginário sobre o feminino cujas impressões remanescem das visões elaboradas pelas sociedades cristãs ibéricas medievais. Nesse sentido, essa investigação parte da relação mito e arquétipo para observar como se dá a construção de modelos do feminino desde o medievo até o século XIX através da análise da formação cultural das imagens arquetípicas de donzela, órfã e mulher fatal. Investiga-se assim como o imaginário criado em torno do mito de Eva durante a Idade Média se manifesta nas personagens femininas presentes em Sab e Úrsula transfigurado nas imagens arquetípicas citadas. Desse modo, para compreender como se dá o processo de assimilação e adaptação desse imaginário nas sociedades cubana e brasileira oitocentistas e, consequentemente, na literatura de Gertrudis Gómez de Avellaneda e de Maria Firmina dos Reis, apresentamos uma análise fundamentada pela Teoria da Residualidade, do professor Roberto Pontes (2017), associada à teoria arquetípica, de Carl Jung (2000, 2014, 2016). Além disso, contamos com os estudos sobre as sociedades medievais de Eileen Power (1979), George Duby (2011, 2013), José Rivair Macedo (2002) e Hilário Franco Júnior (2010a, 2010b). Dessa maneira, ao verificarmos a presença de um imaginário medieval remanescente nessas obras, constatamos como a presença da voz autoral das escritoras subverte o uso dessas imagens arquetípicas residuais para compor uma perspectiva contra-hegemônica com o intuito de criticar e denunciar a perpetuação dessas visões e de suas consequências para a vida das mulheres nas sociedades cubana e brasileira do século XIX.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1652197 - JUAN IGNACIO JURADO CENTURION LOPEZ
Interno - 2301171 - LUCIANA ELEONORA DE FREITAS CALADO DEPLAGNE
Externo à Instituição - FRANCISCO ROBERTO SILVEIRA DE PONTES MEDEIROS