PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS (PPGL)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Notícias


Banca de DEFESA: JOSÉ LEONARDO DOS SANTOS SOARES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOSÉ LEONARDO DOS SANTOS SOARES
DATA: 31/01/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO: DIÁSPORA NEGRA, BRUXARIA E A DEMONIZAÇÃO DO “OUTRO”: AS RAÍZES DE TITUBA EM “EU, TITUBA, BRUXA NEGRA DE SALÉM” DE MARYSE CONDÉ
PALAVRAS-CHAVES: Bruxaria. Identidade. Cultura. Feminismo decolonial.
PÁGINAS: 85
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
SUBÁREA: Línguas Estrangeiras Modernas
RESUMO: Seja no imaginário infantil ou nas religiões a bruxaria se apresenta de múltiplas formas através dos séculos, Tituba uma personagem histórica que foi acusada de bruxaria no período conhecido por caça às bruxas em Salém nos Estados Unidos no século XVII, era uma escravizada negra levada para um contexto puritano e pouco mencionada nos registros oficiais. Maryse Condé ficcionaliza a vida dessa personagem em Eu, Tituba, Bruxa Negra de Salém (1986) complementando a história com sua visão, enfatizando um protagonismo negro. O presente trabalho tem como objetivo investigar o arco da personagem Tituba no enredo da obra em questão a partir das perspectivas de gênero e cultura negra, explorando e relacionando os processos de alteridade e subalternidade presentes na narrativa, assim como, o resgate da figura histórica da protagonista. Seguindo a tese de que as perspectivas mostram que as categorias de raça, etnia e nacionalidade influenciam e impactam nas decisões tomadas e nas imposições sofridas pela personagem. Para fundamentar a pesquisa, perpassaremos por Russell e Alexander (2019) no que se refere a história da bruxaria, Zordan (2005) quando escreve sobre a figura emblemática da bruxa, a diáspora negra por Paul Gilroy (1993), a identidade cultural discutida por Stuart Hall (2006), pensando em um feminismo decolonial: Oyérónké Oyéwúmí (2004), além da obra autobiográfica de Condé (1999) para entender melhor as motivações e o processo de escrita de suas obras. O livro Eu, Tituba: bruxa negra de Salem oferece uma visão esclarecedora sobre a condição das mulheres durante o período em que a moral puritana dominava a sociedade. As mulheres subjugadas ao patriarcado exercido pelos homens de suas famílias e pela Igreja. As africanas e suas descendentes enfrentavam uma subordinação ainda maior, imposta por seus senhores e senhoras. Ao longo da história, Tituba, apesar de todas as adversidades, persiste e mantém sua humanidade, inclusive na expressão de desejos e prazeres, que desafiam a moral cristã. A narrativa destaca a sabedoria cultural de Tituba e sua conexão com os ancestrais e as forças espirituais. Assim, Maryse Condé mescla história e ficção, preenchendo lacunas na história com sua imaginação.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1757884 - SAVIO ROBERTO FONSECA DE FREITAS
Interno - 1410297 - AMANDA RAMALHO DE FREITAS BRITO
Externo à Instituição - SAYONARA SOUZA DA COSTA