PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA NUTRIÇÃO (PPGCN)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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Notícias
Banca de DEFESA: VIVIANE PRISCILA BARROS DE MEDEIROS
Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: VIVIANE PRISCILA BARROS DE MEDEIROS
DATA: 29/03/2022
HORA: 08:30
LOCAL: https://meet.google.com/kxh-kbrn-ngd
TÍTULO: EFEITOS DA BIOMASSA DE MICROALGAS DULCÍCOLAS SOBRE A MICROBIOTA COLÔNICA DE ADULTOS SAUDÁVEIS EM SISTEMAS DE FERMENTAÇÃO IN VITRO
PALAVRAS-CHAVES: biomassa microalgal; Chlorella vulgaris, Chlorococcum sp cf hypnosporum; Desmodesmus maximus; modelo colônico dinâmico; Spirulina platensis; L. acidophilus La5.
PÁGINAS: 135
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Nutrição
RESUMO: Microalgas são microrganismos fotossintetizantes que possuem em sua composição
substâncias com propriedades prebióticas. Todavia, pouco é sabido sobre o potencial
prebiótico da biomassa integral de microalgas. O presente estudo buscou avaliar os efeitos
prebióticos de biomassas de microalgas dulcícolas digeridas, utilizando sistemas de
fermentação in vitro. Inicialmente, quatro espécies de microalgas dulcícolas (Chlorella
vulgaris, Desmodesmus maximus, Chlorococcum sp cf hypnosporum e Spirulina platensis)
foram cultivadas e processadas para obtenção da biomassa integral. As biomassas foram
caracterizadas quanto à composição e submetidas ao processo de digestão simulada, segundo
o protocolo da INFOGEST. A fase intestinal foi liofilizada e utilizada para os ensaios de
fermentação com inóculo fecal humano em comparação com frutooligossacarídeos (FOS).
Após 24 e 48 h de fermentação fecal, foram avaliadas as mudanças na abundância relativa de
grupos específicos da microbiota fecal por meio de fluorescência de hibridização in situ
acoplada a citometria de fluxo. Ainda, foram mensurados os indicadores da atividade
metabólica bacteriana (pH, açúcares e ácidos orgânicos) e determinado o escore prebiótico de
cada microalga. Os resultados revelaram que a biomassa de S. platensis apresentou
concentrações superiores de nistose, rafinose e fenólicos, enquanto D. maximus obteve
maiores concentrações de fibras insolúveis e kestose. As maiores concentrações de
monossacarídeos (glicose e frutose) e ramnose foram identificadas em C. vulgaris, enquanto a
C. sp cf hypnosporum mostrou elevadas concentrações de procianidina A2, hesperidina e
kaempferol-3-glicosídeo. As biomassas digeridas e o FOS aumentaram as abundâncias
relativas de Lactobacillus, Enterococcus e Bifidobacterium, enquanto reduziram Bacteroides
spp./Prevotella spp, Clostridium histolyticum e Eubacterium rectale-Clostridium coccoides.
A atividade metabólica microbiana diferiu entre as biomassas, FOS e o tempo avaliado. Todas
as biomassas microalgais apresentaram índices prebióticos distintos e superiores ao FOS. Na
segunda etapa desta pesquisa, a biomassa digerida de S. platensis, microalga amplamente
utilizada na indústria de alimentos e suplementos, foi avaliada quanto à capacidade de
estimular a taxa de proliferação e metabolismo de L. acidophilus (La5) durante cultivo em
meio laboratorial (de Man, Rogosa e Sharpe; 37 °C) por 72 h. Na sequência, 1,5g de biomassa
digerida de S. platensis foi administrada em combinação com La5 (106 UFC/g) no Simulador
de Ecossistema Microbiano Intestinal (SEMH®), durante cinco dias para avaliação dos
efeitos na composição da microbiota intestinal de indivíduos saudáveis de meia idade. O L.
acidophilus na mesma concentração também foi avaliado isoladamente. A biomassa digerida
de S. platensis promoveu impacto superior ao FOS na taxa de proliferação celular e síntese de
metabólitos do La-5 em meio laboratorial, reduzindo o pH do meio e aumentando a produção
de ácido acético, lático e propiônico. A biomassa de S. platensis em combinação com La-5
(Spi-La5) aumentou a abundância de Erysipelatoclostridium, Roseburia, Enterococcus,
Bifidobacterium, Coriobacteriaceae UCG-003, Enterobacter e Paraclostridium. Por outro
lado, a administração isolada do L. acidophilus (La5) aumentou Bacteroides, Megasphaera,
Lactobacillus, Parabacteroide e reduziu os íons amônia em comparação com Spi-La5. Esses
resultados mostram o potencial prebiótico da biomassa integral de microalgas dulcícolas,
evidenciado pela mudança da composição, diversidade e atividade metabólica da microbiota
intestinal humana e sugerem o uso da biomassa de S. platensis em combinação com La-5
como uma estratégia para modular a microbiota em adultos saudáveis.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2380741 - EVANDRO LEITE DE SOUZA
Interno - 1553557 - JAILANE DE SOUZA AQUINO
Externo à Instituição - KATIA SIVIERI
Presidente - 1860341 - MARCIANE MAGNANI
Externo à Instituição - TATIANA COLOMBO PIMENTEL