PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO (CE - PPGE)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: LUCIANO CANDEIA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUCIANO CANDEIA
DATA: 29/07/2013
HORA: 14:00
LOCAL: PPGE
TÍTULO: Mente amore pro patria docere: a Escola de Aprendizes Artífices da Paraíba e a formação de cidadãos úteis à nação (1909 – 1942)
PALAVRAS-CHAVES: Escola de Aprendizes Artífices, educação profissional, formação profissional de trabalhadores, instituições escolares.
PÁGINAS: 319
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:

Com o advento da República, e nas primeiras décadas do século XX, a educação ocupou cada vez mais espaço na pauta de preocupações do então Estado brasileiro. O esforço para alfabetizar e educar o povo, seguindo os princípios do nacionalismo em voga, ganharam contornos cada vez mais precisos. Nesse contexto, a escola assume papel dos mais importantes, e as escolas de aprendizes em particular, o desafio de alfabetizar e disciplinar os “desfavorecidos da fortuna”. Nessa perspectiva, este trabalho, intitulado Mente amore pro patria docere: a Escola de Aprendizes Artífices da Paraíba e a formação de cidadãos úteis à nação, constitui uma reflexão sobre a trajetória de uma destas escolas de aprendizes, localizada na então cidade de Parahyba (atual João Pessoa), entre 1909, ano em que foi criada, e 1942, quando deixou de existir, após todo um processo de remodelações promovidas pelo governo federal. Aqui, defendemos a tese de que a Escola de Aprendizes da Paraíba, criada com os objetivos de profissionalizar os desfavorecidos da sorte e produzir operários disciplinados foi um lugar de aprendizagem de saberes e de inculcação de comportamentos, onde jovens socialmente excluídos tinham seus corpos e mentes educados, segundo a lógica da racionalidade do trabalho e de construção da nacionalidade brasileira. Fundamentamos a tese nos pressupostos teóricos do materialismo histórico (MARX, 1980; MARX; ENGELS, 1984; 2004; LUKÁCS, 2003; PINTO, 1969), e na utilização da categoria de totalidade, dialogando, ainda, com a ideia de cultura escolar, no sentido de nos aproximarmos do funcionamento interno e do cotidiano da insituição aqui em estudo. Nessa perspectiva, consideramos a sugestão de Goodson (1995), Julia (2001), Frago (1995; 2005) e Souza (2000; 2010) de que os processos internos da escola não podem ser ignorados. Na análise desenvolvida, pensamos o conjunto das transformações que assinalam as mudanças na educação brasileira e, mais particualrmente, na Escola de Aprendizes Artífices da Paraíba como “um local” onde tais mudanças se materializaram, ainda que marcadas por conflitos e tensões. Daí trabalharmos com toda a legislação disponível sobre educação profissional no período (criação das escolas de aprendizes, remodelações e extinção destas), bem como dos relatórios de gestão. Articuladamente analisamos o acervo de fotografias da Escola, como um exercício possível na direção de compreendermos as pretensões de inculcar ideias e discutimos as publicações das palestras que foram realizadas pelos professores da Escola nos anos de 1925 e 1936. 


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 337339 - ANTONIO CARLOS FERREIRA PINHEIRO
Presidente - 2378996 - CLAUDIA ENGLER CURY
Externo à Instituição - MARIA INÊS SUCUPIRA MACIEL - UFRN
Interno - 1551123 - MAURICEIA ANANIAS
Externo à Instituição - WENCESLAU GONÇALVES NETO - UFU