PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS (AGROECOLOGIA) (PPGCAG)

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS SOCIAIS E AGRÁRIAS (CCHSA)

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Notícias


Banca de DEFESA: TEOTÔNIO LUCAS SABINO FERNANDES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: TEOTÔNIO LUCAS SABINO FERNANDES
DATA: 05/10/2023
HORA: 14:00
LOCAL: CCHSA
TÍTULO: COMPORTAMENTO DE NIDIFICAÇÃO DE Melipona scutellaris NA MICRORREGIÃO DO BREJO PARAÍBANO
PALAVRAS-CHAVES: Abelhas Nativas. Comportamento. Toxicidade. Nidificação
PÁGINAS: 52
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Agronomia
RESUMO: Resumo 1: O nim indiano (Azadirachta indica A. Juss.: Meliaceae), é uma espécie florestal conhecida pelo seu alto valor econômico, crescimento rápido, e por suas propiedades inseticidas. A azadirachtina, principal composto ativo dessa planta é concentrado principalmente em suas folhas e frutos, sendo utilizado na produção de bioinseticidas naturais para o controle de insetos pragas. No entanto, esse composto tem causado prejuizos letais nos insetos polinizadores, em especial às abelhas. Com esse trabalho, objetivou-se avaliar a influência do nim indiano, sobre o comportamento de nidificação de abelhas uruçu nordestina (Melipona scutellaris), em colmeias alocadas em individuos árbóreos dessa espécie vegetal. O presente estudo foi conduzido no Centro de Ciências Humanas, Sociais e Agrárias (CCHSA), da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), no município de Bananeiras-PB, mais precisamente em duas áreas compostas por indivíduos de Azadiractha indica. A primeira área fica localizada no estacionamento do CCHSA, em frente ao Departamento de Ciência Animal (DCA). A segunda encontra-se nas imediações dos blocos e salas de aulas dos cursos de Administração, Agroecologia e Pedagogia, do CCHSA/UFPB. Utilizou-se 10 colmeias padrões com dimensões de ninho e sobre-ninho de 20cm x 20cm de largura, e 10cm de altura, acomodadas em suportes de madeira, alocados nos indivíduos de Azadirachta indica. Em cada colmeia havia um ninho de abelhas uruçu. As avaliações da influência do nim foram realizadas mediante pesagens das colmeias, a cada quinze dias, para observar se as colônias ganharam ou perderam peso. Utilizou-se uma balança comercial digital modelo Ramuza DCR15®, para a realização das pesagens. Foram feitas 6 pesagens, em intervalos de 15 dias, totalizando 75 dias de experimento. As pesagens das colmeias demonstraram diminuição do vigor dos enxames; não havendo ganho expressivo (nascimento) de novas operárias, além disso, os dados coletados são indicativos de que, provavelmente, compostos voláteis das folhas, bem como do néctar e pólen do nim, indiano podem favorecer a uma diminuição da colônia de uruçu, estabelecidas abaixo da copa dessas árvores. Resumo 2: As abelhas são consideradas os principais insetos polinizadores, contribuindo de maneira eficaz para a polinização de diversas espécies agrícolas e florestais. Nessa relação, as abelhas se beneficiam pelo fornecimento de alimento (néctar e pólen), e pela utilização dos galhos e troncos das árvores para a construção de seus ninhos. A abelha uruçu (Melipona scutellaris) é uma abelha nativa e muito presente no Estado da Paraíba, que possui hábitos de nidificação distintos. O objetivo dessa pesquisa foi estudar a preferência de nidificação primária, secundária e terciária de M. scutellaris em colmeias octogonais. O experimento foi desenvolvido no Centro de Ciências Humanas, Sociais e Agrárias (CCHSA), da Universidade Federal da Paraíba (UFBP), em área pertencente ao Viveiro de Produção de Mudas (VPM), no município de Bananeiras, localizado na microrregião do Brejo Paraibano. Foram utilizadas 10 colmeias octogonais confeccionadas a partir da madeira da espécie florestal pinus (Pinus L), composta por oito orifícios de entrada um em cada lateral indicando os pontos cardeais (Norte, Sul, Leste, Oeste) e colaterais (Nordeste, Sudeste, Sudoeste e Noroeste). Em cada colmeia foi inserida uma colônia de abelhas (M. scutellaris). Cada colmeia foi colocada sobre bancadas de concreto, à uma altura de 1,0 m do solo. A distância entre as colmeias foi de 2,0 m. Utilizou-se um aplicativo de bússola digital para smartphone iPhone® Model Xs Max 16.5.1 (c), para posicionar a abertura dos orifícios de nidificação em relação aos pontos cardeais e colaterais. As 10 colônias foram transferidas para as 10 colmeias octogonais, realizando-se observações a cada quatro horas (período diurno) sobre o comportamento das abelhas em relação a entrada-saída nos oito orifícios disponíveis. Ao todo, foram realizadas 192 observações. Evidenciou-se que, marjoritariamente, a M. scutellaris tem preferência de nidificação para as posições Sul (S) e Sudeste (SE). As escolhas de nidificação primária foram para as orientações Sudeste (SE) e Sul (S); secundárias Sul (S), Sudeste (SE) e Leste (L); e terciárias Leste (L), Sul (S) e Sudoeste (SO). Além disso, constatou-se que o tempo para a escolha dos orifícios foi maior nas nidificações primárias e menores para as secundárias e terciárias.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 338270 - ITALO DE SOUZA AQUINO
Interno - 1821316 - ALEX DA SILVA BARBOSA
Externo ao Programa - 3506185 - PERICLES DE FARIAS BORGES