UFPB
As instituições promotoras da Literatura, como o mercado editorial, a crítica especializada e a escola, ainda atuam de maneira desigual em termos de gênero. Basta darmos uma rápida olhada nos catálogos das grandes editoras, nos planos de curso das universidades, nos chamados "paradidáticos" listados nas escolas ou em qualquer compêndio de História da Literatura: o número de mulheres é muito inferior ao de homens. Essa ausência é resultado de condições sócio-históricas e culturais marcadas por um patriarcalismo que sempre relegou à mulher um papel coadjuvante na sociedade, não tendo sido diferente nas artes em geral. Por outro lado, buscando contribuir para dar maior visibilidade à produção de autoria feminina, várias iniciativas, tanto de grupos acadêmicos quanto da sociedade civil, vêm sendo realizadas, a exemplo de clubes de leitura como o "Leia Mulheres" e o Leia Mulheres Negras e de movimentos como o "Mulherio de Letras", que, unindo mais de cinco mil integrantes nas redes sociais, se transformou em uma grande rede de contato entre mulheres ligadas ao universo da palavra - escritoras, leitoras, pesquisadoras, promotoras da leitura, entre outras e teve seu primeiro encontro presencial realizado ano passado em João Pessoa, contando com mais de quinhentas participantes. O nosso projeto, que vem sendo executado desde o ano passado, parte do PROBEX 2017, pretende continuar contribuindo, por meio de encontros presenciais regulares, com a formação de leitores(as) para produção de autoria feminina no contexto da microrregião do Litoral Norte. Palavras-chave: Formação de leitores(as). Literatura de mulheres. Microrregião do Litoral Norte.
Os discentes, docentes e técnicos administrativos da UFPB Campus IV interessados