UFPB › SIGAA - Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas João Pessoa, 18 de Abril de 2024

ANTROPOLOGIA (BACHARELADO)/CCAE - Rio Tinto(Rio Tinto)

 

curso  Nível  Graduação

CENTRO DE CIÊNCIAS APLICADAS E EDUCAÇÃO (CCAE) - CCAE

Projeto Político Pedagógico


Perfil Profissional:

Com base nos objetivos estabelecidos para o Curso, propõe-se uma formação de base humanística, crítica e ética, comprometida com questões contemporâneas e sua abordagem propriamente antropológica. Assim, o formando no curso de Bacharelado em Antropologia estará apto a continuar seus estudos na Pós-Graduação, o que implica envolvimento com pesquisa, ensino e extensão universitários. O formando poderá, também, desenvolver atividades de pesquisa, consultoria e assessoramento nos diversos âmbitos em que conhecimentos antropológicos são requeridos. São previstos para os egressos um perfil comum e perfis específicos por habilitação.

A) Perfil Comum O egresso do Curso de Bacharelado em Antropologia, em quaisquer das habilitações escolhidas, caracteriza-se profissionalmente como:

    •  Pesquisador no campo da Antropologia apto a candidatar-se para ingresso em cursos de Especialização ou de Mestrado Acadêmico;
    • Antropólogo com possibilidade de empregar-se em trabalhos no âmbito de instituições civis ou governamentais bem como em empresas privadas;
    •  Consultor, assessor ou prestador de serviços junto aos mais diversos sujeitos, associações e instituições constituídas em caráter público ou privado;
    •  Elaborador de conhecimentos antropológicos em modalidades de linguagem escrita e/ou visual com uso de tecnologias de comunicação contemporâneas.
    •  Intelectual comprometido eticamente com a discussão e a afirmação de direitos relativos ao reconhecimento de diferenças sócioculturais e à justiça social; B) Perfis específicos por habilitação Antropologia Social O perfil do egresso da habilitação em Antropologia Social, além dos itens relacionados no perfil comum, se caracteriza-se profissionalmente como:  Intelectual com conhecimentos expandidos nas áreas de Organização Social e Parentesco, Antropologia Política, Sociedades Camponesas, Estudos de Gênero e Geração e outras áreas especializadas da Antropologia Social. Antropologia Visual O perfil do egresso da habilitação em Antropologia Visual, além dos itens relacionados no perfil comum, se caracteriza profissionalmente como:  Intelectual com conhecimentos expandidos nas áreas da Antropologia Visual, da Imagem e da Arte, de Técnicas e Estéticas do Audiovisual, e do uso de imagens (fotografia ou vídeo/película) em contextos antropológicos.
Área de Atuação:

          Diante das alterações pelas quais vem passando o mercado de trabalho na área de antropologia, o campo de atuação profissional do antropólogo tem aumentado consideravelmente nos últimos anos, considerando que o numero de especialidades na área também aumento consideravelmente.

       Embora as perspectivas atuais ampliem as possibilidades profissionais, a carreira acadêmica segue como uma das principais formas de continuidade e de consolidação de seu perfil profissional, ao lado dos trabalhos solicitados aos antropólogos por instituições públicas envolvidas nos processos que visam assegurar direitos de minorias étnicas ou sociais (notadamente indígenas e afrobrasileiros). Assessorias e consultorias no âmbito de organizações não governamentais, institutos e fundações (terceiro setor) constituem, também, ocorrências frequentes em termos da inserção de antropólogos no mercado de trabalho. A inclusão da Antropologia Visual no currículo do Bacharelado abre ainda outras possibilidades de atuação junto aos circuitos de produção imagética (canais de TV, produtoras independentes, editais do Ministério da Cultura, etc.) voltados à promoção da cidadania, da arte, dos patrimônios culturais e dos direitos humanos.

A atuação em processos que envolvem direitos de minorias, por sua vez, tem sido crescente nas últimas décadas. Com a Constituição Federal de 1988, diferentes estudos foram desenvolvidos, segundo temáticas e especializações em pesquisas com grupos de ascendência indígena ou afrobrasileira. Os direitos garantidos pela Constituição Brasileira aos índios pelos seus direitos originários à terra que tradicionalmente ocupam têm encontrado diversas dificuldades para sua realização, bem como o da identificação e reconhecimento de comunidades remanescentes de quilombos. Assim, tem crescido a demanda por profissionais com formação em antropologia para os trabalhos desenvolvidos junto a estas comunidades. Somente na Paraíba existem mais de trinta comunidades quilombolas em vias de caracterização bem como diferentes territórios e grupos étnicos, sendo a etnia Potiguara uma das mais numerosas populações indígenas de todo o país.

Órgãos governamentais como o Ministério Público Federal, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), contratam e mobilizam atualmente o trabalho de vários antropólogos. Há, também, a necessidade de antropólogos por parte de outras instituições envolvidas nas problemáticas dos direitos dos indígenas e afro-descendentes

O trabalho antropológico em muitos casos, portanto, vai além das questões mais usuais ligadas à territorialidade e à identificação étnica, o que concorre para a ampliação do mercado de trabalho destinado aos antropólogos. Esse mercado inclui ainda o terceiro setor que frequentemente amplia as preocupações sociais usualmente trabalhadas pelos antropólogos para outros campos, muitas vezes ligados às questões sócio-ambientais, educacionais, de saúde e de segurança pública, entre outras. É onde o profissional pode envolver-se em assessorias e consultorias temporárias para finalidades específicas, ou permanentes, na medida em que participem efetivamente dos quadros de recursos humanos de associações ou organizações do terceiro setor.

          O trabalho de antropólogos pode também ser requisitado para “os mais diversos serviços sociais” onde a formação do graduado pode ser considerada suficiente para desempenhar as atividades aí relacionadas (OLIVEIRA, 2007: 17). De maneira geral, podese dizer que a formação em Antropologia vai concorrer para suprir carências em termos do nível de compreensão e de abordagem dos grupos sociais e de suas culturas, competência desejável e cada vez mais exigida pelos diversos tipos de ambientes de trabalho nas sociedades brasileira e mundial.

         Por fim, a inclusão da área de Antropologia Visual no currículo do curso de Antropologia da UFPB responde a uma demanda já antiga no Brasil. Neste sentido, pode-se questionar se o impacto dos maquinários contemporâneas (televisão, vídeo, computadores) nas diferentes sociedades não foi subestimado pelas ciências humanas que, pouco a pouco, passaram a reconhecer e a incorporar nos processos de conhecimento as transformações ocorridas nas formas de comunicação desde o último século.

          É nesta perspectiva contemporânea que o mercado de trabalho do Bacharel em Antropologia da UFPB pode ser concebido. Isto na medida em que possa desenvolver habilidades que o tornem apto para atuar em contextos (TV, documentários, internet, etc.) de produção e de elaboração de materiais imagéticos antropológicos com as mais diversas finalidades (informacionais, educacionais, acadêmicas, artísticas, etc.). Ou, concomitantemente, no assessoramento de grupos e organizações em termos de produção e dos direitos de imagem, em instituições ligadas ao reconhecimento de patrimônios culturais (museus, acervos culturais, etc.) bem como, de modo geral, no refinamento, na difusão e ampliação dos conhecimentos antropológicos em termos de imagens.

Competências e Habilidades do Profissional:

As competências, atitudes e habilidades seguintes constituem-se como partes integradas da formação do aluno, a serem desenvolvidas ao longo dos processos de aprendizagem experimentados durante o curso.

A) Gerais

  •  Domínio da bibliografia teórica e metodológica fundamental e compreensão dos conceitos e argumentos específicos da antropologia;
  •  Desenvolvimento da pesquisa em suas diferentes etapas, da elaboração de problemas à produção de resultados obtidos em textos e relatórios científicos;
  •  Elaboração e aplicação das metodologias próprias do trabalho de campo antropológico para o conhecimento das realidades socioculturais e a produção de etnografias;
  •  Iniciação ao uso das linguagens verbal e audiovisual de acordo com os requisitos próprios dos gêneros de trabalho científico; compreensão dos princípios das tecnologias e de suas relações integradoras, notadamente no campo da informática;
  •  Disposição comunicativa para elaborar, expor e debater dados e idéias nas diversas situações em que o conhecimento antropológico seja requisitado, dentro ou fora da Universidade;
  •  Compromisso ético com os sujeitos e comunidades pesquisadas, sejam rurais ou urbanas, social ou etnicamente caracterizadas, bem como em relação à comunidade universitária e seu entorno, particularmente onde sejam desenvolvidas atividades de pesquisa e extensão;
  •  Reflexão e elaboração de conhecimento científico, inclusive laudos antropológicos, que possibilite a criação de visões alternativas e transformadoras para a compreensão e resolução de problemas sociais contemporâneos.

B) Específicas por habilitação

    Além das competências, habilidades e atitudes expostas acima, o Bacharel em Antropologia deverá também desenvolver competências, habilidades e atitudes específicas em conformidade com uma das duas habilitações escolhidas:

Antropologia Social ou Antropologia Visual. Habilitação em Antropologia Social:

  •  Conhecimento fundamental sobre os estudos rurais, de sua perspectiva interdisciplinar e de seu diálogo com a antropologia urbana;
  •  Apreensão do campo da antropologia urbana, suas técnicas específicas de trabalho de campo e sua amplitude na construção de etnografias contemporâneas e de cunho documental;
  •  Compreensão básica dos estudos de gênero, corpo e geração como campo que promove articulações teóricas sobre os marcadores sociais das diferenças e desigualdades e seu diálogo com os movimentos sociais;
  •  Conhecimento inicial dos temas que envolvem organização social e parentesco, vida doméstica, organização política, economia e tecnologias presentes em pequenos grupos; Habilitação em

Antropologia Visual:

  •  Conhecimento fundamental dos estudos de Antropologia Visual, voltados à utilização de imagens em desenvolvimento de pesquisas e na elaboração de seus resultados, seja na forma do filme etnográfico ou em outras possíveis (livros impressos, fotografias, hipermídias, exposições, sites, etc.);
  •  Compreensão básica da linguagem audiovisual e de seus fundamentos tecnológicos e estéticos, desde o aparelho fotográfico aos computadores atuais, com exercício das interações sonoras-verbais-visuais possíveis para a elaboração de conhecimentos antropológicos;
  •  Percepção da visualidade nas manifestações artísticas (pintura, escultura, arquitetura, desenho, fotografia, cinema, cultura popular, etc.) a partir de perspectivas antropológicas que evidenciem suas dimensões simbólicas; 
Metodologia:
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Sistema de Gestão do Curso:
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Avaliação do Curso:
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Projeto Político Pedagógico:
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