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THAYANNA MARIA MEDEIROS SANTOS
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VISÕES DA NATUREZA E SUA INFLUÊNCIA
NA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS ESCOLAS
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Data: 08/12/2022
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Hora: 14:30
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Este trabalho, que se insere no âmbito da Educação Ambiental, teve como objetivo central
compreender de que modo e quais as diferenças sobre os temas de Ambiente constituem os
conteúdos objetos do conhecimento nas escolas públicas de nível médio em Campina Grande,
Paraíba. De forma mais específica, objetivaram-se: I. Analisar como a relação Homem-natureza
se manifesta nos livros didáticos; II. Identificar as vertentes antropocêntricas e biocêntricas na
abordagem e na inserção dos temas relacionados à Educação Ambiental; III. Compreender os
discursos dos docentes sobre Ambiente. O universo da pesquisa englobou seis escolas
estaduais de nível médio do município de Campina Grande. A pesquisa foi guiada pelas
seguintes etapas metodológicas: (1) levantamento bibliográfico, (2) pesquisa documental
bibliográfica nas escolas e (3) entrevista fenomenológica com docentes. A pesquisa
bibliográfica nas escolas foi realizada através da análise ecocrítica dos conteúdos dos livros
didáticos do ensino médio das disciplinas de Biologia, Geografia e Sociologia, cujo recorte
temporal de avaliação foi o Programa Nacional do Livro Didático de 2018, totalizando 27
livros. As entrevistas fenomenológicas foram realizadas em duas escolas, totalizando seis
participantes (dois de cada disciplina). As entrevistas foram gravadas, transcritas e, após isso,
analisadas. Os livros adotados a partir do Programa Nacional do Livro Didático de 2018, com
base na análise ecocrítica, apresentam uma linguagem ora antropocêntrica, ora biocêntrica,
mas a linguagem antropocêntrica prevalece na maioria dos manuais. Há uma perspectiva
tecnicista e ingênua de que a tecnologia, por si só, será capaz de resolver os problemas
socioambientais. Outro ponto relevante é o modo como o semiárido brasileiro é retratado nos
manuais, condicionando a região exclusivamente às condições edafoclimática. A respeito das
entrevistas fenomenológicas e da participação docente, faz-se necessário relembrar que na
fenomenologia não existe um real em si, mas o real enquanto vivido pelo sujeito. Quanto à
contribuição do livro didático em trabalhar os temas ambientais, os docentes pontuam três
entraves: fator tempo, ausência de conteúdos e falta de contextualização. Constatou-se que a
maioria deles realizou formação ambiental externa à escola, contudo consideram ter autonomia
para trabalhar outros temas ambientais que não os presentes nos livros didáticos. Defendeu-se,
portanto, a tese de que o conceito de Antropoceno pode ser uma narrativa promotora de
mudança, a partir da necessidade de substituir a visão binária e dualista que opõe Homemnatureza, por meio da conexão destes no uso e aplicação em ações de educação e meio
ambiente, formando cidadãos que questionem a tecnologia produzida que deteriora os
ambientes, mas que também busquem utilizar outras tecnologias a seu favor, que reconheçam
que ciência, tecnologia e pesquisa podem juntas construir uma educação transformadora, de
uso justo do ambiente, possibilitando o usufruto deste pelas futuras gerações. Portanto, a
Educação Ambiental pode, através dessas alternativas, trazer ganhos mais significativos e
alinhados a uma sociedade totalmente informatizada como temos.
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JOSÉ LUCAS DOS SANTOS OLIVEIRA
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SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS EM ÁREAS VERDES URBANAS NO SEMIÁRIDO PARAIBANO
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Data: 30/11/2022
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Hora: 15:00
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As atividades antrópicas insustentáveis degradaram fortemente as áreas verdes urbanas comprometendo a prestação dos serviços ecossistêmicos. O objetivo geral desta tese foi identificar os serviços ecossistêmicos prestados pelas áreas verdes urbanas (praças públicas) da cidade de Patos/PB. Inicialmente foi realizado o levantamento bibliográfico e documental seguido da caracterização geográfica da área de estudo, que consistiu em praças públicas localizadas na área urbana da cidade de Patos/PB. As praças públicas foram selecionadas com base na sua importância para a realização de eventos culturais, densidade de cobertura vegetal, academias da saúde e/ou estruturas físicas que promovessem a valorização cultural e o bem-estar. No total, seis praças públicas foram estudadas: Alcides Carneiro, Pedro Guedes, Getúlio Vargas, Edivaldo Motta, José Francisco Filho e Francisco Guedes. Posteriormente, foram avaliados os serviços ecossistêmicos de provisão, a partir da identificação das espécies vegetais contidas nas praças e dos cálculos de diversidade biológica de Shannon-Weaver e Simpson. Os serviços ecossistêmicos culturais foram identificados por meio do monitoramento (2020 até 2022) do uso das praças para a realização de eventos culturais e outras atividades. Ambos esses serviços ecossistêmicos foram verificados em todas as praças públicas pré-selecionadas. O serviço ecossistêmico de regulação climática foi avaliado somente na praça Getúlio Vargas, na qual foram coletados dados de tAs atividades antrópicas insustentáveis degradaram fortemente as áreas verdes urbanas comprometendo a prestação dos serviços ecossistêmicos. O objetivo geral desta tese foi identificar os serviços ecossistêmicos prestados pelas áreas verdes urbanas (praças públicas) da cidade de Patos/PB. Inicialmente foi realizado o levantamento bibliográfico e documental seguido da caracterização geográfica da área de estudo, que consistiu em praças públicas localizadas na área urbana da cidade de Patos/PB. As praças públicas foram selecionadas com base na sua importância para a realização de eventos culturais, densidade de cobertura vegetal, academias da saúde e/ou estruturas físicas que promovessem a valorização cultural e o bem-estar. No total, seis praças públicas foram estudadas: Alcides Carneiro, Pedro Guedes, Getúlio Vargas, Edivaldo Motta, José Francisco Filho e Francisco Guedes. Posteriormente, foram avaliados os serviços ecossistêmicos de provisão, a partir da identificação das espécies vegetais contidas nas praças e dos cálculos de diversidade biológica de Shannon-Weaver e Simpson. A praça Getúlio Vargas apresentou maior abundância de indivíduos (n = 151) e a praça Alcides Carneiro maior índice de diversidade biológica de Shannon-Weaver (1,02). Foi verificado que o ponto amostral Temperatura e umidade relativa do ar em quatro pontos com características distintas de uso e cobertura do solo por meio de aparelhos termo-higrômetros em dias representativos do período seco da região. Também foram aplicados questionários temáticos com a população local a respeito das condições de conforto térmico da praça Getúlio Vargas. Em seguida, foi aplicado aos visitantes de todas as praças estudadas um questionário de percepção sobre serviços ecossistêmicos e áreas verdes urbanas. Foram identificadas 46 espécies vegetais em todas as praças públicas avaliadas na cidade de Patos/PB, sendo a maioria delas 61,0% (n = 25) de origem exótica.O ponto com menor cobertura vegetal no entorno da praça Getúlio Vargas apresentou os seguintes IDTs: parcialmente desconfortável (7,6%), desconfortável (46,2%) e muito desconfortável (46,2%). Já o ponto amostral no interior dela, que recebe os efeitos do sombreamento das árvores obteve os IDTs desconfortáveis (92,3%) e parcialmente desconfortáveis (7,7%). A população participante da pesquisa de percepção tem conhecimento que as praças públicas de Patos/PB oferecem serviços ecossistêmicos para a população da cidade, citando como exemplos a redução da temperatura do ar (n = 12), a socialização (n = 14) e a recreação (n = 12). Os serviços ecossistêmicos culturais estão presentes em todas as praças avaliadas, constatado pelos diferentes usos pela população local e para a realização de eventos culturais. As praças públicas de Patos/PB, enquanto áreas verdes urbanas, tem prestado diferentes benefícios socioambientais para a cidade, sendo expressos por meio dos serviços ecossistêmicos. Em virtude disso, essas áreas devem ser conservadas e manejadas de forma sustentável para garantir a manutenção dos serviços ecossistêmicos.
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CIBELLE DA SILVA SANTIAGO
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A (DES) ARTICULAÇÃO ENTRE A EDUCAÇÃO E A GESTÃO AMBIENTAL:
UMA ANÁLISE DAS ESTRATÉGIAS POLÍTICAS E DA PERCEPÇÃO DOS DISCENTES DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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Data: 29/11/2022
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Hora: 14:00
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A tese parte de uma análise das estratégias políticas e institucionais da política ambiental da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), e da Instrução Normativa (IN) nº10/2012 que norteou a criação da Comissão de Gestão Ambiental (CGA), para elaborar e implantar o Plano de Gestão de Logística Sustentável (PGLS), tendo como premissa a valorização da Educação Ambiental da comunidade acadêmica como um processo indissociável da gestão ambiental e da concepção da política ambiental para a universidade. Com isso, investigou-se a (des) articulação entre a educação e a gestão ambiental, ao nível das estratégias da política ambiental e da formação dos discentes através de um estudo de percepção dos discentes do Campus IV. A metodologia consistiu em uma combinação de técnicas da pesquisa bibliográfica e documental sobre as normas, planos e política interna/externa (IN nº10/2012, a Política Ambiental, o PGLS e o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da UFPB), e uma pesquisa exploratória com abordagem quali-quantitativa através do uso de instrumentos para coleta de dados como entrevistas com os Coordenadores da CGA, e questionários aplicados aos discentes do Campus IV. O questionário foi elaborado no Google Forms e aplicado de forma online e presencial a uma amostra de 500 discentes. Utilizou-se a estatística descritiva para os dados quantitativos, e a análise de conteúdo para os dados qualitativos. A tese foi estruturada em quatro artigos, o primeiro analisou a atuação da CGA a partir da visão dos gestores entrevistados, que revelaram a perda do apoio institucional interno, tornando seu papel mais frágil pelas dificuldades para desempenhar suas atribuições. O segundo artigo investigou a política ambiental da UFPB através da pesquisa documental em que a educação ambiental está presente no programa estabelecido na Política Ambiental, porém no PDI não foram estabelecidos os objetivos, as metas e as metodologias para promover a educação ambiental da comunidade acadêmica da UFPB. Esta omissão compromete a integração entre a educação e gestão ambiental da UFPB, uma vez que não prevê recursos destinados a esta ação. O terceiro artigo investigou a percepção ambiental dos estudantes do Campus IV da UFPB e a formação de um saber ambiental adquirido antes e depois da universidade. Os canais em que eles alegaram ter adquirido tais conhecimentos foram, nesta ordem: ensino médio, família, Jornal Online/Mídias sociais, TV/Rádio e a Universidade. Para confirmar este resultado, foi feita uma pesquisa nos Projetos Políticos Pedagógicos dos cursos de graduação do Campus IV, em que verificou-se a existência de 33 disciplinas, entre obrigatórias e optativas com conteúdos sobre o meio ambiente, sendo 8 nos cursos de Mamanguape e 25 em Rio Tinto. Com base nesses resultados, foi possível afirmar que o ensino de temas ambientais no Campus IV da UFPB, ainda, é pouco explorado nos componentes curriculares. Por fim, o quarto artigo comparou o comportamento pró-ambiental dos estudantes de Mamanguape e de Rio Tinto com base no desequilíbrio entre os conteúdos ambientais das disciplinas de cada unidade de ensino. Os estudantes de Rio Tinto revelaram um comportamento pró-ambiental superior aos estudantes de Mamanguape, e confirmaram a hipótese geral da tese, de que a educação ambiental é fator indissociável da gestão ambiental. Atribuiu-se a isto, a presença maior de conteúdos ambientais no ensino em Rio Tinto, ratificando a tese de que a Gestão Ambiental só conseguirá alcançar as metas estabelecidas, quando a instituição assumir o compromisso com a EA na formação dos estudantes. Constata-se, portanto, que a UFPB não tem buscado articular a política de educação dos discentes para a gestão ambiental da universidade aos projetos de EA, ao entender esta gestão por meio de ações técnicas. Conclui-se que, isoladamente, nem a educação, nem a gestão ambiental conseguem cumprir com o objetivo de tornar o mundo ambientalmente mais sustentável.
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DENISE DE AZEVEDO DIEB
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Legislação, Morfologia e sustentabilidade urbana: reflexões sobre a expansão urbana na porção sul de João Pessoa PB
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Data: 04/11/2022
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Hora: 14:00
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A presente pesquisa questiona se o processo de expansão urbana recente na porção sul de João Pessoa definida como a área de estudo , baseado nas atuais legislações urbanísticas e ambientais, tem ocorrido conforme os princípios que norteiam o conceito de cidade sustentável. Busca, ainda, identificar as debilidades e ameaças às áreas de preservação/ proteção localizadas no entorno do Rio Gramame, localizado no limite sul da área, e sua relação com o processo em tela. Defende-se a tese de que o referido processo tem ocorrido com base em legislações que não estão conectadas com os princípios que norteiam o conceito de cidade sustentável, e cuja aplicação e controle não são efetivados por parte do poder público; e, também, que as debilidades e ameaças identificadas decorrem, em sua maioria, do processo de urbanização recente, adotado pelas últimas gestões municipais. Neste contexto, o processo de expansão se molda, entre outros aspectos, de acordo com a atuação de agentes que, baseados nas legislações e também em interesses próprios, ditam a
forma como a cidade deve crescer. A porção sul de João Pessoa, aqui representada pelos bairros Gramame, Muçumagro e Barra de Gramame, que margeiam o Rio Gramame, é o objeto empírico deste estudo, tendo sofrido um célere processo de alteração da paisagem, nas últimas duas décadas, particularmente marcado pela produção do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) e por obras viárias e de infraestrutura, que a transformaram em uma nova localização para a atuação do setor imobiliário. Objetiva-se identificar que aspectos do modelo de expansão urbana empreendido em particular aqueles relacionados ao uso e ocupação do solo , estão em desacordo com os princípios que fundamentam o conceito de cidade sustentável. Para tanto, foi realizada, inicialmente, pesquisa bibliográfica, sobre as temáticas e o objeto abordados. Em seguida, foi realizada pesquisa documental em legislações e acervos da Prefeitura de João Pessoa (PMJP), concessionárias de
serviços públicos, Departamento de Estradas de Rodagem (DER), cartório de registro de
imóveis, como também, em bases de dados da Caixa Econômica Federal (CEF)
particularmente, relativos ao PMCMV e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). O extenso conjunto de informações obtidas referentes à evolução e expansão urbana na área de estudo, aos marcos legais, estratégias e agentes que orientaram as alterações na paisagem urbana, determinando suas formas; além dos aspectos da sustentabilidade urbana que são impactados pelas referidas transformações, em particular aqueles relacionados ao uso e ocupação do solo subsidiou a elaboração de mapas, tabelas e gráficos que revelaram os processos estudados, contribuindo para as discussões realizadas, e possibilitando analisar/avaliar, qualitativa e quantitativamente, o processo de expansão urbana na área de estudo, confirmando as hipóteses levantadas. Comprova-se, portanto, que as legislações que incidem sobre os aspectos analisados, não estão conectadas com os princípios que norteiam o conceito de cidade sustentável; que sua aplicação e controle não são efetivados por parte do poder público, e que as debilidades e ameaças identificadas decorrem, em sua maioria, do modelo de urbanização adotado pelas gestões municipais recentes.
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THIAGO CESAR FARIAS DA SILVA
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AVALIAÇÃO DO PROJETO DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO CARIRI, SERIDÓ E CURIMATAÚ: LIÇÕES APRENDIDAS E PERSPECTIVAS PARA O FUTURO DA GESTÃO AMBIENTAL NO ÂMBITO DA AGRICULTURA FAMILIAR DO SEMIÁRIDO PARAIBANO
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Data: 31/08/2022
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Hora: 14:30
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As Mudanças Climáticas já apresentam na atualidade um quadro negativo de impactos sobre o meio ambiente e na sociedade humana, tornando-se mais graves em ambientes naturalmente semiáridos como o presente na região do Nordeste brasileiro e Norte de Minas Gerais. Na Agricultura Familiar e Campesina residente no semiárido estas alterações são sentidas na produção agropecuária e na própria sobrevivência da população. Agrava-se a isto o quadro de desertificação, que de forma sintética, é causada pela ação antrópica local decorrente do mal uso da paisagem natural, principalmente no que tange a atividades produtivas malconduzidas associado ao aquecimento global e aos períodos de estiagem prolongados que hoje se encontram cada vez mais longos. Dentro deste cenário tão preocupante torna-se fundamental uma ação enérgica coordenada e conduzida pelo poder público buscando a integração de ações que reduzam os efeitos negativos do Câmbio Climático, ao mesmo tempo que estabeleça uma estratégia de sustentabilidade para o território. Na Paraíba se desenvolveu o PAE/PB, uma importante Política Pública que culminou na implementação do PROCASE, uma iniciativa governamental estadual financiada pelo FIDA que teve como principal objetivo a melhoria de maneira sustentável da renda agrícola e não agrícola, dos ativos produtivos, da capacidade organizacional e práticas ambientais nos territórios mais carente e susceptível a desertificação da região semiárida paraibana. Durante seu período de execução (2012-2021) a realidade do seu território vivenciou mudanças significativas. Tudo isso só foi possível pela integração de ações e pactos entre o poder público e a sociedade, que conjuntamente executaram este projeto. Esta tese de doutoramento possui como objetivo principal avaliar o PROCASE à luz do conceito Concertação Ambiental Pública avaliando sua efetividade, bem como apresentar as lições aprendidas e os pontos de correção a serem tomadas para continuidade do desenvolvimento rural sustentável instaurado no seu território de atuação. Para isto, buscou-se realizar pesquisa ao banco de dados existente do projeto e promover análise desse conteúdo sob a ótica da gestão pública e de metodologias preconizadas para tal. Os resultados alcançados demonstraram que o PROCASE alcançou sucesso em sua execução, mas alerta para o vazio que ele deixa após seu término caso não haja a continuidade das ações concertadas pelas outras entidades governamentais, prejudicando os avanços concretos alcançados.
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JUAN DIEGO LOURENÇO DE MENDONÇA
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FLORA AMEAÇADA DE EXTINÇÃO DO BIOMA CAATINGA: ANÁLISE E
PERSPECTIVAS
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Orientador : BARTOLOMEU ISRAEL DE SOUZA
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Data: 24/08/2022
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Hora: 14:30
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As modificações na paisagem têm ocasionado uma alta taxa de extinção de espécies e a conservação da biodiversidade é uma preocupação mundial. Desta forma, a identificação de espécies que estão em risco de extinção é importante para poder adotar o risco de estratégias conservacionistas para reverter este cenário, sendo a publicação das listas vermelhas um dos principais instrumentos para o conhecimento das espécies ameaçadas e as possíveis causas de sua extinção. Desta forma, nosso objetivo avaliar as listas vermelhas da flora brasileira num contexto histórico e político e identificar a flora ameaçada de extinção do bioma caatinga e modelar a distribuição potencial atual e em cenários climáticos futuros para avaliar a mudança de alcance a partir do limite atual semiárido. Nossos resultados mostraram que as listas vermelhas da flora brasileira não apresentaram periodicidade de publicação e as informações disponibilizadas nas mesmas também sofreram variações ao longo do tempo, não sendo apresentados as mesmas informações sobre as espécies e sem padronização do método de avaliação. Quanto a flora ameaçada de extinção da caatinga, registramos pelo menos 78 espécies nativas ameaçadas de extinção das quais mais de 60% enfrentam risco muito elevado de extinção na natureza, sendo Cactaceae a família com maior número de espécies ameaçadas. As Unidades de Conservação e Áreas Prioritárias para Conservação da Caatinga abrigam mais de 70% dos registros de espécies ameaçadas. As modelagens climáticas indicaram haver contração da área original de ocorrência para a maioria das espécies no futuro 2030 e 2050, com exceção de Erythroxylum nordestinum que teve expansão de sua área de ocorrência no futuro.
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ERICKSON MELO DE ALBUQUERQUE
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ÍNDICE DE POTENCIAL TURÍSTICO DA REGIÃO GEOGRÁFICA IMEDIATA DE
PRINCESA ISABEL, NO SEMIÁRIDO PARAIBANO
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Data: 07/06/2022
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Hora: 09:00
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O turismo nesta pesquisa é encarado como um fenômeno espacial sistêmico multidimensional,
que alcança além da economia. É, sobretudo, um fenômeno social, realizado por pessoas, que
ressignifica territórios e (re)produz espaços. Em acordo com o modelo econômico
hegemônico no mundo, é pautado pelo consumo dos lugares, para o qual a paisagem passa a
ser encarada como mercadoria. Nesse sentido, o turismo e seus diversos segmentos
concentram esforços para a atração das massas, como forma de alimentar a lógica da
acumulação, ao mesmo tempo que cria empregos e gera renda, ainda que de forma
socialmente desigual. Os grandes centros urbanos e localidades do seu entorno se beneficiam
historicamente dos processos de construção dos espaços turísticos para consolidá-los, mas o
potencial turístico independe de investimentos financeiros para existir, embora esse seja um
importante impulsionador, visto que o potencial - considerando a conotação de futuro que o
termo carrega - reside na possibilidade de aproveitamento das paisagens, resultantes de
relações historicamente acumuladas entre a sociedade, a natureza e entre ambos, para o
estabelecimento do lazer. Sendo assim, nas cidades mais distantes dos grandes centros
urbanos e os espaços rurais apresentam maiores dificuldades para desenvolver o turismo
como alternativa para diversificar a economia, fortalecer processos sociais e conservar o meio
ambiente. Com o objetivo de elaborar um índice para avaliar o potencial turístico da Região
Geográfica Imediata de Princesa Isabel - RGIPI, composta por cinco municípios do sertão
paraibano, esta tese parte da hipótese de que essa região semiárida possui potenciais diversos
e subexplorados e o município de Princesa Isabel é o polo turístico, além de polo econômico.
Para isso, foram utilizados indicadores para mensurar os aspectos: 1) socioeconômicos, com
base em dados oficiais dos municípios; 2) ambientais e espaciais, com o auxílio de técnicas de
geoprocessamento; 3) legais, políticos e administrativos, por meio da aplicação de formulário
semiestruturado a gestores públicos do turismo e moradores; 4) estrutura turística, como
atrativos, infraestrutura de apoio e serviços e equipamentos turísticos georreferenciados em
campo, a partir dos quais foi elaborada a cartografia turística, como instrumento inédito para
subsidiar o planejamento turístico da região. Em seguida, os indicadores tiveram suas escalas
normalizadas, foram integrados para formar o Índice de Potencial Turístico - IPT da RGIPI e
subsidiaram uma análise inter-relacionada entre os elementos. Os resultados evidenciaram que
o município de Princesa Isabel se confirmou como polo turístico regional, detendo o
patrimônio turístico mais bem avaliado da região, acompanhado por Manaíra, São José de
Princesa, Juru e Tavares. Foi identificada uma variedade de segmentos turísticos com
potencial para serem desenvolvidos (histórico, religioso, ecoturismo, geoturismo,
gastronômico, entre outros), favorecidos pelo arranjo espacial dos pontos potencialmente
turísticos, embora a infraestrutura de apoio, os serviços e equipamentos turísticos, as
condições socioeconômicas e ambientais sejam fragilidades importantes. Por fim,
considera-se que o IPT cumpriu sua função ao fornecer uma medida de rendimento dos
componentes e do sistema turístico, possibilitando uma análise do comportamento do
fenômeno e produzindo conhecimentos para subsidiar o planejamento e a gestão do turismo
na região.
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VALDERIO FREIRE DE MORAES JUNIOR
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BIOENERGIA SUCROENERGÉTICA: ASPECTOS
DA SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL
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Data: 29/04/2022
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Hora: 15:00
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Esta pesquisa tem por objetivo avaliar , por meio de uma matriz de tendência
multidimensional, associada a banco de dados da web, a sustentabilidade de empresas
brasileiras de bioenergia sucroenergética. Classifica se como pesquisa aplicada, de
abordagem quali quantitativa e de método comparativo. Além di sso, foram u tiliz adas a
ferramenta Google Trends associada à matriz SWOT para a construção de uma matriz
multidimensional de padrão referencial para a avaliação das empresas selecionadas . Como
resultados, verificou se que seis empresas tiveram nível de sus tentabilidade igual ou
aproximado na transição da melhor x pior matriz, respectivamente, foram elas: FS (de 19%
e 20%), Millenium (de 16% e 18%), Araporã (11% e 11%), Adeco (de 10% e 11%),
Adecoagro (de 10% e 11%) e Inpasa (de 7% e 6%). Esse ranking revela que as empresas
transitam entre as duas matrizes, dependendo de fatores que as levam a estar em uma
situação melhor em determinado momento e pior em outro período. Isso confirma o que foi
levantado no referencial teórico dessa pesquisa, que não há uma con stante entre o cenário
de Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças.
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JAILSON JORGE CARDOSO
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ANÁLISE DA INCLUSÃO DOS CATADORES NA GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS EM MUNICÍPIOS DO LITORAL SUL DO ESTADO DE PERNAMBUCO / BRASIL
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Data: 24/02/2022
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Hora: 09:00
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O excesso da geração dos resíduos sólidos urbanos é considerado um problema socioambiental causado pelo hábito consumista da sociedade. O Brasil está inserido nesse contexto, a busca pela implantação de estratégias sustentáveis na gestão dos resíduos sólidos (GRS) tem sido um desafio para os gestores públicos de toda federação brasileira, tendo em vista a complexidade de fatores (culturais, sociais, ambientais, econômicos, políticos e tecnológicos) relacionados no gerenciamento dos resíduos. Em 02 de agosto de 2010 foi aprovada a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), a qual é considerada como principal instrumento para nortear a GRS em todo território nacional. O Art. 30 da legislação enfatiza a importância da responsabilidade compartilhada na gestão dos resíduos sólidos urbanos (GRSU) com a participação do poder público, do setor privado e da sociedade civil. Neste contexto, uma das formas para efetivar os objetivos da legislação vigente consiste na inclusão dos catadores de materiais de reutilizáveis e recicláveis de associações e/ou cooperativas na GRSU. O presente estudo ocorreu nos municípios do Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca e Tamandaré, tendo como objetivo geral analisar as potencialidades, avanços e dificuldades do trabalho dos catadores de materiais recicláveis na gestão dos resíduos sólidos urbanos, visando à implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos nos municípios do litoral sul do estado de Pernambuco, tendo como objetivos específicos: a) Diagnosticar o processo de coleta e destinação final dos resíduos sólidos urbanos da área de estudo; b) Identificar nos Planos Municipais de Resíduos Sólidos as estratégias planejadas e executadas para a inclusão dos catadores de materiais recicláveis no gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos; c) Diagnosticar como ocorre a logística do trabalho dos catadores nas associações e cooperativas de materiais recicláveis; d) Analisar as associações e cooperativas de reciclagem que já exercem a atividade, avaliando os aspectos positivos e/ou negativos e dificuldades que enfrentam; e) Propor alternativas para que a inclusão social e econômica dos catadores na gestão dos resíduos sólidos urbanos ocorra em conformidade com a PNRS. O estudo apresenta uma abordagem predominantemente voltada a pesquisa qualitativa do tipo descritiva-exploratória. Para atingir os objetivos propostos foram adotados os seguintes procedimentos metodológicos: entrevistas com os gestores públicos responsáveis pela GRSU e com os presidentes das cooperativas dos municípios pesquisados, análise dos Planos Integrado de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos (PIGRS), aplicação de questionários semiestruturado com os catadores de materiais, visita a associação e as cooperativas de catadores. A análise dos resultados das entrevistas e do PGIRS ocorreu por meio de uma discussão textual contextualizando o referencial teórico da pesquisa, os resultados da aplicação dos questionários foram apresentados por meio de quadros e gráficos tendo base a análise de conteúdo categorial. Os resultados da pesquisa demonstraram que os gestores públicos da área de estudo não têm conseguido adequar a GRSU em conformidade com os objetivos e princípios da legislação, em relação ao processo de inclusão dos catadores no gerenciamento dos resíduos, a pesquisa apontou que meio as dificuldades, foram implantadas algumas estratégias que contribuíram para melhorar as condições de trabalho dos catadores após aprovação e regulamentação da PNRS, porém as ações desenvolvidas na GRSU dos municípios não tem proporcionado na prática a garantia dos devidos direitos sociais e econômicos dos catadores conforme preconiza a legislação. Os resultados da pesquisa contribuíram para elaboração de propostas visando subsidiar os gestores públicos da área de estudo para a implementação de estratégias visando a melhoria do processo de inclusão dos catadores na GRSU.
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DERLY PEREIRA BRASILEIRO
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USO, DISPONIBLIDADE E CONSERVAÇÃO DE RECURSOS VEGETAIS NO ENTORNO DO PARQUE NACIONAL DE SETE CIDADES, PIAUÍ, BRASIL
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Data: 01/02/2022
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Hora: 14:30
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A presente pesquisa visou testar a Hipótese da Aparência Ecológica na Zona de Amortecimento do Parque Nacional de Sete Cidades no Piauí- Brasil, buscando compreender a relação entre conhecimento, uso e conservação dos recursos lenhosos locais em uma região com área de proteção ambiental. Buscau-se inventariar as espécies vegetais utilizadas por uma comunidade rural no entorno do PARNA, identificando categorias de uso locais e verificando a existência de relação entre variáveis fitossociológicas e a importância relativa das espécies úteis no entorno da Unidade de Conservação. Para responder a hipótese da aparência ecológica foram realizadas entrevistas com os moradores de comunidades rurais e um inventário fitossociológico nas áreas de vegetação local. Os dados das entrevistas foram avaliados utilizando valor de uso e os da vegetação por meio do programa fitopac. Esperou-se obter resultados que pudessem contribuir para caracterizar padrões de uso dos recursos disponíveis na região do Parque Nacional de Sete Cidades, dando condições a eventuais estudos de formulação de plano de manejo e conservação na referida Unidade de Conservação. Estes deverão buscar apoio junto às comunidades locais, atendendo as necessidades de preservação das espécies nativas da Caatinga e do Cerrado, bem como fornecendo alternativas para suprir as necessidades dessas comunidades.
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GUILHERME MUNIZ NUNES
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AVALIAÇÃO QUANTITATIVA E CONSERVAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS LENHOSAS NO SEMIÁRIDO DA PARAÍBA, NORDESTE DO BRASIL
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Data: 01/02/2022
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Hora: 08:30
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A etnobotânica busca compreender as relações entre plantas e seres humanos, permeadas pela cultura e o ambiente. Entre essas relações pode-se destacar o uso de plantas para o tratamento de enfermidades, uma prática antiga, existente na história. O presente estudo objetivou avaliar o conhecimento e uso de plantas medicinais no semiárido paraibano sob diferentes métodos quantitativos, comparando-os entre si e estabelecer as espécies medicinais prioritárias para a conservação. Foram conduzidas entrevistas semiestruturadas e inventários fitossociológicos em comunidades rurais de 8 municípios de três mesorregiões do estado da Paraíba, nordeste, Brasil. No total foram entrevistadas 537 pessoas, sendo 239 homens e 298 mulheres. Os dados do uso das espécies foram analisados pelos métodos de Importância Relativa (IR), Valor de Uso (VU) e Frequência Relativa de Citação (FRC). Para estabelecer as espécies prioritárias para conservação, foi utilizado a partir dos dados da fitossociologia, o Índice de Prioridade de Conservação (IPC). Foram identificadas 52 espécies de plantas medicinais utilizadas nas comunidades, das quais 33 foram encontradas na amostragem da fitossociologia. Fabaceae e Euphorbiaceae foram as famílias mais representativas no estudo. Foi possível notar uma correspondência entre as principais espécies medicinais de acordo com os métodos comparados. 21 espécies foram consideradas de alto risco em pelo menos uma das comunidades estudadas. O estudo reforça a necessidade de se estabelecer estratégias de uso sustentável para as plantas medicinais de modo a evitar fortes pressões de uso sobre as espécies.
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RODRIGO SILVA DE OLIVEIRA
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CONHECIMENTO, USO E MANEJO DE PEQUI (Caryocar coriaceum Wittm.) NA REGIÃO DO PARQUE NACIONAL DE SETE CIDADES, PIAUÍ, NORDESTE DO BRASIL
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Data: 31/01/2022
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Hora: 09:00
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Caryocar coriaceum Wittm., cujo fruto é conhecido popularmente como pequi, é uma espécie arbórea nativa do nordeste do Brasil e, devido ao seu potencial utilitário, representa um importante recurso nessa região, principalmente para as comunidades rurais que o usam para fins de subsistência e como fonte de renda. Este estudo teve como objetivo identificar e caracterizar o conhecimento, formas de uso e manejo de C. coriaceum em localidades rurais na região do Parque Nacional de Sete Cidades PNSC (Piauí, Brasil), analisando sua ecologia e distribuição local, buscando identificar possíveis impactos causados pelo extrativismo do pequi, fornecendo, assim, dados para o desenvolvimento de estratégias para a conservação dessa espécie. Para tanto, técnicas de pesquisa etnográfica, incluindo observação direta e entrevistas semiestruturadas, e pesquisa exploratória, visando analisar a distribuição local de C. coriaceum, foram utilizadas para a coleta de dados, além de levantamento bibliográfico sobre a biologia, ecologia e extrativismo dessa espécie. As entrevistas foram realizadas com 27 extrativistas (12 homens e 15 mulheres). O questionário visou informações sobre o conhecimento da espécie, formas de uso e manejo, período, áreas e formas de coleta, número de frutos extraídos por árvore e por coleta, formas de transporte, armazenamento, processamento e comercialização do recurso. Foram registradas 375 citações de uso da espécie, distribuídas nas seguintes categorias: alimento (84), construção (81), tecnologia (62), medicinal (57), forragem (50), médico-veterinário (21), combustível (15), mágico-religioso (4) e outros (1). As duas primeiras tiveram os maiores VDU, sendo assim, as de maior importância. Na categoria medicinal, o uso do azeite de pequi se destacou, mencionado como um produto relevante devido à sua comercialização, complementando a renda daqueles que o produzem. A análise comparativa, usando-se os índices VDU, VDI e VEI, indicou uma não homogeneidade na distribuição do conhecimento local sobre a espécie. Com relação às formas de manejo, além da coleta (27), a proteção (8) foi a mais proeminente, seguida da tolerância (7), transplante (3) e semeadura (1). Os extrativistas coletam o recurso anualmente (dezembro março) em duas áreas principais (Água da Abelha e Morada Nova), para as quais se deslocam a pé (85,1%), em motocicletas (11,1%) ou bicicletas (3,7%). Sempre realizam a coleta após a queda dos frutos, coletando-se todos os pequis que se encontram sob as árvores. Estima-se que o número de frutos coletados é de 20.000/dia. O recurso é geralmente transportado em sacos (77,7%) e não há um lugar específico para o armazenamento. A produção do óleo de pequi é comum na região e é realizada por mulheres. O fruto é comercializado in natura e/ou processado na forma de azeite. A venda desse derivado é mais lucrativa, apesar da complexidade do processo de produção. A partir dos resultados obtidos, conclui-se que (1) os residentes rurais na região do PNSC usam C. coriaceum para diversas finalidades, seja para fins madeireiros ou não madeireiros, complementando a renda familiar, principalmente com a comercialização do azeite de pequi; (2) há uma superexploração desse recurso, nas áreas de coleta, que, associada ao extrativismo inadequado, principalmente por coletores de outras localidades, bem como à seleção intensiva de um mesmo local de coleta e às dificuldades e falta de incentivo para realizar o manejo ex situ da espécie, pode causar distúrbios nas populações locais de C. coriaceum; (3) considerando-se esses impacto antrópicos, é necessário o desenvolvimento de estratégias conservacionistas, sugerindo um melhor planejamento das atividades extrativistas, monitorando-as e orientando os envolvidos para o manejo sustentável dessa espécie na região.
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