PROGRAMA ASSOCIADO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARTES VISUAIS (CCTA - PPGAV)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: LUANA RODRIGUES ARAUJO ALVES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUANA RODRIGUES ARAUJO ALVES
DATA: 22/08/2025
HORA: 14:00
LOCAL: VIDEOCONFERÊNCIA
TÍTULO: O CORPO COMO TERRITÓRIO: IMAGENS DE BELEZA QUE VI (E AINDA VEJO) ENTRE MEMÓRIAS
PALAVRAS-CHAVES: corpo feminino; beleza; arte contemporânea; redes sociais; memória
PÁGINAS: 133
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Artes
RESUMO: Esta dissertação, intitulada O corpo como território: imagens de beleza que vi (e ainda vejo) entre memórias, de natureza qualitativa e ensaística, parte de uma experiência atravessada pelo corpo, pela memória e pela criação artística. O percurso se constrói entre dois territórios, a capital João Pessoa e o município de Dona Inês, no Brejo Paraibano, que conformam modos distintos de compreender o corpo e a estética do feminino. Configura-se como parte de um processo criativo, de uma arqueologia familiar e pessoal, onde a escrita e a arte operam juntas como forma de ruptura com traumas geracionais. Assim, esta dissertação se afirma também como uma obra de arte. As presenças afetivas de minha avó, Neusa, e de minha mãe, Luciana, constituem os primeiros gestos de escuta, cuidado e inquietação que impulsionaram esta pesquisa. Ao longo da escrita e da prática artística, busquei compreender como se formam e se deformam, as idealizações de beleza, os controles impostos ao corpo e as possibilidades de desvio e reinvenção. A investigação se desenvolve também como crítica aos atravessamentos contemporâneos que impactam as subjetividades femininas, especialmente aqueles impostos pelas redes sociais e pela indústria da beleza. Ao observar os discursos midiáticos que moldam corpos e comportamentos, a pesquisa propõe um tensionamento entre o íntimo e o coletivo, o visível e o exposto. Nesse contexto, a arte se afirma como lugar de elaboração simbólica, onde o corpo pode ser revisto, ressignificado e reimaginado. As obras Corpos entrelaçados I, Corpos entrelaçados II e #transmutação compõem um conjunto de criações autorais que expressam esse processo, utilizando materiais como desenho, projeção, objeto, tecido e vídeo. Nelas, o corpo aparece como espaço sensível de resistência, revelando camadas de dor, memória, desejo e transformação. O repertório visual construído tensiona os limites entre arte e vida, gesto e palavra, presença e ausência, propondo frestas por onde outras existências possam emergir. A escrita foi, ao mesmo tempo, um exercício de pesquisa e de reorganização subjetiva. Um modo de devolver densidade às experiências que foram silenciadas, contidas ou estetizadas sob moldes normativos. Ao assumir o ensaio como forma de pensar, a pesquisa se mantém aberta, em trânsito, sem a pretensão de concluir. O que se afirma aqui é a arte como linguagem possível para dar corpo ao que escapa e, assim, seguir criando.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - LEANDRO ALVES GARCIA
Presidente - 3211097 - RUI MIGUEL PAIVA CHAVES
Interno - 1028385 - SOFIA PORTO BAUCHWITZ