Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GILVANIA DIAS DA SILVA
DATA: 30/08/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Sala 512 CCHLA- Meet
TÍTULO: A SERVIDÃO VOLUNTÁRIA E A ASCENSÃO DA TIRANIA COLETIVA NO BRASIL DE 2016 AO ADVENTO DO BOLSONARISMO
PALAVRAS-CHAVES: servidão voluntária; tirania; coletivização da tirania; política; resistência
PÁGINAS: 129
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Filosofia
SUBÁREA: Ética
RESUMO: A presente pesquisa tem por escopo o estudo da servidão voluntária como fenômeno humano teorizado, enquanto teoria política, no século XVI por Étienne de La Boétie, abordando-o como um dos possíveis elementos fundantes das relações sociais e políticas que estruturam desigualdades artificiais entre as pessoas. A partir de um olhar filosófico antropológico, investigou-se a inter-relação entre tirania, como instrumento de subjugação instrumentalizado pelos poderosos em relação aos mais fracos e a adesão destes como modo de participar desta tirania abraçando a servidão voluntária, como se, em vez de perder a liberdade, ganhasse a servidão. Adiante, analisou-se o modo pelo qual essa tirania foi se coletivizando, como um modo de ser de parte da população, principalmente por estar inserta em uma estrutura social que, desde a colônia, estruturou-se sobre e sob o mandonismo, categoria política muito importante que, cuja análise, em junção com o servilismo, durante o processo de formação do Brasil, pode auxiliar na compreensão etiológica do povo brasileiro. Buscou-se fazer um percurso pelas diversas fases e principais eventos políticos que moldaram o Brasil e seu povo, a fim de entender-se em que momento, na atualidade, houve um compartilhamento tão franco da tirania a ponto de coletivizá-la sustentando esse fenômeno no voluntarismo à servidão, especialmente a partir do golpe de estado de 2016, e como e quando houve a captura desses dois fenômenos político-sociais pelo que se convencionou denominar bolsonarismo. Analisou-se os principais eventos que caracterizaram e sedimentaram o bolsonarismo como um movimento à extrema-direita no espectro político pátrio, de viés internacionalista e fundado em um afeto fascista. Bem assim, os métodos que utilizou para cooptar uma massa de cidadãos que, a despeito dos muitos problemas que referido movimento político ocasionou e ocasiona ao país, se mantém fidedigna e coesa. Paralelamente, analisou-se a participação e posições adotadas pela parcela dos brasileiros que se opõem ao bolsonarismo e como atuaria, nesta parcela, os fenômenos da tirania e do voluntarismo à servidão.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1569544 - CRISTIANO BONNEAU
Presidente - 1669790 - ENOQUE FEITOSA SOBREIRA FILHO
Externo à Instituição - JOÃO ADOLFO RIBEIRO BANDEIRA
Externo ao Programa - 1777877 - LORENA DE MELO FREITAS
Interno - 1668609 - SERGIO LUIS PERSCH