PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA (PPGF)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
- Telefone/Ramal
-
Não informado
Notícias
Banca de QUALIFICAÇÃO: JHONATAS DOS SANTOS SILVA
Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JHONATAS DOS SANTOS SILVA
DATA: 27/02/2025
HORA: 15:00
LOCAL: UFPB
TÍTULO: TENSÃO, MITO E FILOSOFIA: Uma investigação sobre a natureza de Eros no Banquete de Platão
PALAVRAS-CHAVES: Platão. Eros. Mito. Filosofia. Tensão.
PÁGINAS: 77
RESUMO: O presente trabalho é um estudo sobre o Banquete de Platão. Logo, possui como primeiro esforço a análise do contexto no qual os temas da obra são desenvolvidos. Em vista disto, volta-se o olhar para o prólogo do texto; buscando-se, com isso, esclarecer o caráter mítico que ele introduz no todo da obra. No entanto, sendo o Banquete de natureza filosófica, a tensão que é criada nele a partir do encontro do mito com a filosofia também é, aqui, assunto de explanação. Tendo sido considerado tal contexto tensional, inicia-se a exposição e análise dos discursos acerca daquele que é reconhecido como o principal objeto de investigação filosófica da obra: Eros/Amor. No trato de tais discursos, assume-se o princípio hermenêutico de que Eros, até então um deus, sofre uma progressiva desdivinização através deles; e isto com o fim de que, chegando-se no discurso de Sócrates, Amor mostre-se ser um daímon Intermediário (μεταξύ) entre o divino e o mortal , não um deus. Que ele possua tal título é de suma importância, uma vez que, como este trabalho busca demonstrar, é por ser essa tensão entre contrários que, na identificação com ele, a filosofia se abre como possibilidade real ao filósofo. Posto isto, aprofundando esta relação entre Eros e filosofia, o presente trabalho, por um lado, desenvolve o título de filósofo que é atribuído a Amor; e, por outro lado, estabelece uma relação entre o conceito de μεταξύ, condição própria de Amor, com o conceito de participação (μέθεξις) da dialética platônica, mostrando como, pelo primeiro, em alguma medida, Platão mitifica o segundo. Por fim, é para a finalidade de Eros, na sua relação com os mortais, que a atenção da pesquisa é voltada. Na experiência humana, Amor traduz-se como parturição em beleza, podendo ocorrer tanto em belos corpos quanto em belas almas. Quando no corpo, Eros é a causa da perpetuação da espécie. Quando, na alma, a causa da virtude, da cultura e da ciência. Todavia, o fim último de Eros é, na consideração de tais casos de amor, ascender o mortal à ciência última do divino belo, causa da beleza dos entes. Fenômeno o qual, segundo o que é exposto neste trabalho, ocorre na vizinhança da poesia, tendo em vista que, fugindo ao λόγος, se dá de súbito (ἐχάιφνης) em um instante (τό ἐξαίφνης) de revelação; contudo, na diferença da poesia, revelação pelo intelecto (νοῦς), não pela Musa (Μοῦσα).
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1354361 - ROBSON COSTA CORDEIRO
Interno - 1673909 - GILFRANCO LUCENA DOS SANTOS
Interno - 1814674 - MARIA CLARA CESCATO