PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA (PPGF)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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Banca de DEFESA: JHONATAS DOS SANTOS SILVA
Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JHONATAS DOS SANTOS SILVA
DATA: 19/08/2025
HORA: 09:00
LOCAL: UFPB
TÍTULO: TENSÃO, MITO E FILOSOFIA: Uma investigação sobre a natureza de Eros no Banquete de Platão
PALAVRAS-CHAVES: Platão. Eros. Mito. Filosofia. Metaxy.
PÁGINAS: 130
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Filosofia
SUBÁREA: Metafísica
RESUMO: O presente trabalho é um estudo sobre o Banquete de Platão. Seu primeiro esforço é a análise do contexto no qual os temas da obra analisada são desenvolvidos. Em vista disto, o pioneiro objeto de investigação é o prólogo do texto. A partir dele busca-se esclarecer o sentido da linguagem poética-mítica que perpassa toda a obra. No entanto, sendo o Banquete de natureza filosófica, a tensão que é criada nele a partir do encontro do mito com a filosofia também constitui, aqui, objeto de explanação. Uma vez considerado tal contexto tensional, inicia-se a exposição e análise dos discursos acerca daquele que é reconhecido como o principal objeto de investigação filosófica da obra: Eros/Amor. No trato de tais discursos, assume-se o princípio hermenêutico de que Eros, até então um deus, sofre uma progressiva desdivinização no decorrer deles; e isto com o fim de que, chegando-se ao discurso de Sócrates, Amor mostre-se não um deus, mas um daímon (δαίμων) Intermediário (μεταξύ) entre o divino e o mortal. Que ele possua tal título é de suma importância, porque, como este trabalho busca demonstrar, é por ser essa tensão entre contrários que, na identificação com ele, a filosofia abre-se como possibilidade real ao filósofo. Posto isto, aprofundando esta relação entre Eros e filosofia, o presente trabalho, por um lado, desenvolve o título de filósofo que é atribuído a Amor; e, por outro lado, estabelece uma relação entre o conceito de μεταξύ, condição própria de Amor, e o conceito de participação (μέθεξις) da dialética platônica, mostrando como, pelo primeiro conceito, em alguma medida, Platão fundamenta e explica o segundo. Por fim, é à finalidade de Eros, na sua relação com os mortais, que a atenção da pesquisa se volta. Na experiência humana, Amor traduz-se como parturição em beleza, podendo ocorrer tanto em belos corpos quanto em belas almas. Quando no corpo, Eros é a causa da perpetuação da espécie. Quando, na alma, a causa da virtude, da cultura e da ciência. Todavia, o fim último de Eros é, na consideração de tais casos de amor, fazer com que o mortal ascenda à ciência última do divino belo, causa da beleza dos entes. Fenômeno o qual, segundo o que é exposto neste trabalho, na semelhança da poesia, foge ao λόγος e se dá de súbito (ἐχάιφνης) em um instante (τό ἐξαίφνης) de revelação; contudo, na diferença, revelação pelo intelecto (νοῦς), não pela Musa (Μοῦσα).
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1354361 - ROBSON COSTA CORDEIRO
Interno - 1673909 - GILFRANCO LUCENA DOS SANTOS
Externo à Instituição - RAY RENAN SILVA SANTOS