PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA (PPGF)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: MARIA JULIA SILVA REZENDE

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA JULIA SILVA REZENDE
DATA: 27/08/2025
HORA: 09:00
LOCAL: meet.google.com/jqn-pawp-zwz
TÍTULO: ENTRE O REINO DA ALMA E DA CIDADE: A EDUCAÇÃO COMO ENFRENTAMENTO À DESORDEM POLÍTICA EM PLATÃO
PALAVRAS-CHAVES: Política;Verdade; Alma humana; Pólis; Educação; Anamnesis.
PÁGINAS: 96
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Filosofia
SUBÁREA: Ética
RESUMO: A filosofia nasce da profunda sede humana pela verdade e sabedoria, impulsionada pelo eros que move o verdadeiro filósofo, incansável em sua busca incessante.Não é um ofício de ocasião, mas um caminho trilhado por aqueles que, como Platão, buscaram enxergar além do caos presente ao seu redor. Testemunha do desregramento político e do destino cruel de Sócrates, Platão encontrou na reflexão filosófica um refúgio e uma arma. Dedicou-se a compreender a alma humana (psychē) e sua relação com o Bem Supremo (Agathon), pois sabia que uma alma entregue às paixões faz do homem escravo de si mesmo – e da pólis, um campo de ruínas. Para ele, os males da cidade não vinham das leis ou dos costumes, mas da alma desordenada dos cidadãos e governantes. Daí sua sentença: “a cidade é o homem em letras grandes”. Mas Platão não se deu à ilusão de consertar o mundo por decretos. Sabia que, antes de corrigir as leis, era preciso educar o espírito. Não buscou reformar governos, mas transformar o próprio homem, arrancando-o das sombras da mentira e guiando-o à verdadeira realidade por meio da educação da alma humana. Seu itinerário filosófico traça um caminho para que o indivíduo rompa com a ilusão e alcance o conhecimento verdadeiro, empreendimento do qual Sócrates se tornou o maior exemplo. Contudo, essa jornada nem sempre é ascendente. Por vezes, é necessário descer (kataben) às profundezas da alma, desejando conhecer a si mesmo, para só então contemplar e relembrar (anamnesis) a verdade sobre si e sobre o mundo. O presente estudo dedica-se a analisar essa jornada filosófica que, em sua essência, busca o enfrentamento do caos circundante por meio da educação da alma humana, cuja inevitável consequência é a contemplação da verdade. Assim, serão analisados os diálogos República, Mênon e Fédon, com o olhar atento de intérpretes como Eric Voegelin, Leo Strauss e Giovanni Reale. Ao fim, reafirma-se um princípio antigo e sempre novo: a política não pode ser separada da natureza humana, e a base de toda civilização repousa naquilo que há de mais sutil e precioso no homem: a sua própria alma.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANA PAULA BUZETTO BONNEAU
Presidente - 1569544 - CRISTIANO BONNEAU
Interno - 1673909 - GILFRANCO LUCENA DOS SANTOS
Externo à Instituição - MATHEUS MARIA BELTRAME