PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MÚSICA (PPGM)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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Banca de QUALIFICAÇÃO: MARIANA MARCELA DE SANTANA DUARTE
Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIANA MARCELA DE SANTANA DUARTE
DATA: 26/10/2017
HORA: 17:00
LOCAL: AMBIENTE 17 BLOCO D/CCTA
TÍTULO: Léa Freire e Joana Queiroz: Reflexões sobre Gênero, Improvisação e Música Popular Instrumental Brasileira.
PALAVRAS-CHAVES: Palavras chave: gênero, minorias, música popular instrumental brasileira, improvisação.
RESUMO: Diante da escassez de pesquisas sobre a atuação feminina, especificamente, na área da Música Popular Instrumental Brasileira (MPI B) , o tema nasce com a motivação e busca pelo debate interdisciplinar sobre gênero e minorias. A delimitação traz em tela duas compositoras, que são, também, multi instrumentistas. Vale ressaltar que esses fazeres musicais têm sido culturalmente reservado ao (pré)domínio masculino, mesmo nas sociedades matriarcais. Trata-se de uma pesquisa exploratória com abordagem qualitativa, pois parte de um estudo de caso cujo foco é o fazer musical de Léa Freire e Joana Queiroz. A primeira, é flautista, arranjadora e compositora, nascida em São Paulo, em 1957. Sua formação percorreu uma gama de estilos musicais, envolvendo a vivência com a música europeia, o jazz e a diversidade dos gêneros brasileiros. Atuante da cena paulistana e cidades vizinhas, Léa Freire estabeleceu parcerias sólidas com renomados músicos como Joyce Moreno, Arismar do Espírito Santo, Filó Machado, Nelson Ayres, Hermeto Pascoal, Teco Cardoso, entre outros. Atualmente, com uma editora musical própria, cujo selo se chama Maritaca, a compositora lança além de sua produção, os trabalhos de muitos músicos brasileiros. A segunda protagonista, Joana Queiroz, além de compor, toca clarinete, clarone, saxofone e canta. Recebeu prêmios de composição e de melhor instrumentista em festival nacional. Em sua discografia destacam-se: três CDs como integrante da Itiberê Orquestra Família, durante dez anos; a participação no álbum Mundo verde esperança, de Hermeto Pascoal; e o trabalho intitulado Joana Queiroz quarteto, contendo obras autorais e releituras de compositores como K-Ximbinho, Moacir Santos, Joyce, e Arismar do Espírito Santo. De intensa atividade artística tem participado de vários projetos nas principais capitais brasileiras, na América do Sul e na Europa.
O estudo pretende discorrer sobre a trajetória das protagonistas e os aspectos históricos da MPIB para uma compreensão da música enquanto conceito e comportamento sociocultural, dialogando com a literatura sobre o feminino, não só na arte, como também na cultura brasileira. A pesquisa objetiva tecer uma reflexão sobre a atuação da mulher na criação da música instrumental na cena urbana, bem como averiguar elementos de identidade local e global no discurso musical das compositoras. No âmbito de pesquisas de gênero, o trabalho dialoga com os estudos de Isabel Nogueira (2013), de Laila Rosa (2015), entre outras. Com dados recolhidos e analisados sobre seus fazeres musicais ligados a música popular instrumental brasileira, pretende-se fomentar mais estudos sobre e/ou realizados por mulheres, explorando maneiras de desenvolver uma reflexão musical, que problematizem os padrões, modelos do fazer e da visibilidade musical pautadas por/nas experiências masculinas.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1143306 - ADRIANA FERNANDES
Interno - 1197025 - EURIDES DE SOUZA DOS SANTOS
Externo ao Programa - 2511636 - NIVIA CRISTIANE PEREIRA DA SILVA