Banca de DEFESA: HERMANO HENRIQUE CABRAL DE PAULA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: HERMANO HENRIQUE CABRAL DE PAULA
DATA: 25/09/2025
HORA: 18:00
LOCAL: VIDEO CONFERÊNCIA
TÍTULO: Formação musical de pessoas com deficiência: um estudo com graduados de duas universidades do Nordeste.
PALAVRAS-CHAVES: educação musical inclusiva; estudantes com deficiência; ensino superior; acessibilidade; história de vida musical; formação docente.
PÁGINAS: 99
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Artes
SUBÁREA: Música
RESUMO: Neste trabalho buscamos investigar os percursos de formação musical de três egressos com deficiências de cursos superiores de música em duas universidades do Nordeste, buscando compreender como esses estudantes estabeleceram suas relações com a música ao longo de sua trajetória formativa. Na fundamentação teórica, abordamos os direitos humanos e a educação musical especial, considerando os paradigmas atuais sobre deficiência, o capacitismo, e os marcos legais brasileiros que regulam a inclusão no contexto educacional superior. Apresentamos também um panorama da inclusão nos cursos de música, incluindo a análise dos Projetos Político-Pedagógicos dos cursos de música onde os Participantes estudaram. Adotamos uma abordagem qualitativa, utilizando a metodologia da história de vida musical, com coleta de dados por meio de entrevistas narrativas realizadas com três participantes: uma com deficiência auditiva, um com deficiência física e outro com deficiência visual. Ao analisar suas histórias de vida, identificamos desafios em comum, como barreiras estruturais, pedagógicas e atitudinais, mas também estratégias de superação e redes de apoio que foram fundamentais para a permanência e o sucesso acadêmico dos participantes. Entre as principais dificuldades que identificamos estão a falta de acessibilidade física e de materiais adaptados, a resistência de alguns professores em flexibilizar metodologias e o desconhecimento sobre as necessidades específicas de estudantes com deficiência. Por outro lado, experiências positivas foram associadas a professores sensíveis às suas necessidades específicas, o uso de tecnologias assistivas, a construção de redes de apoio – com familiares, colegas e professores, programas de monitoria inclusiva e ambientes não formais de aprendizagem, como igrejas e projetos extensionistas. Consideramos que a pesquisa contribui para o campo da Educação Musical Inclusiva ao destacar a necessidade de políticas institucionais mais efetivas, como a implementação de núcleos de acessibilidade atuantes, a formação docente continuada em práticas pedagógicas adaptadas e a revisão de currículos para incorporar abordagens diversificadas. Concluímos que a inclusão no ensino superior de música requer não apenas adaptações pontuais, mas uma transformação sistêmica que reconheça e valorize as potencialidades de todos os estudantes, promovendo equidade e acesso pleno à educação musical.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 715.102.573-49 - JOÃO VALTER FERREIRA FILHO - UFPB
Presidente - 6336235 - MAURA LUCIA FERNANDES PENNA
Externo à Instituição - REGINA FINCK SCHAMBECK