PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO (CE - PPGE)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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Banca de DEFESA: VANUSA NASCIMENTO SABINO NEVES
Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: VANUSA NASCIMENTO SABINO NEVES
DATA: 29/04/2024
HORA: 09:00
LOCAL: sala: http://meet.google.com/rgg-zedr-nsf
TÍTULO: A EMANCIPAÇÃO DA MEDICINA PARAIBANA: tessituras constitutivas da Faculdade de Medicina da Paraíba (1950-1974)
PALAVRAS-CHAVES: História da Educação. História das instituições educativas. Ensino Superior. Educação Médica.
PÁGINAS: 272
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
SUBÁREA: Fundamentos da Educação
ESPECIALIDADE: História da Educação
RESUMO: As determinações que estimulam a curiosidade investigativa estão relacionadas à possibilidade
de a historiografia das instituições educativas transcender os parâmetros institucionais e lançar
luz sobre diferentes dimensões dos fenômenos educativos. O estudo teve por objetivo central
compreender as configurações que moldaram a Faculdade de Medicina da Paraíba, mediante a
reconstituição de sua trajetória histórica no período de 1950 a 1974. Trata-se de uma pesquisa
histórica educacional, circunscrita ao campo das instituições educativas. Metodologicamente,
autorizada pela nova história cultural, de acordo com a noção de documento monumento (Le
Goff, 1990), eloquentes fontes, sendo as principais: leis, atas, relatórios, livros de registros
institucional, assentamentos de alunos, enunciados jornalísticos, acervos audiovisuais e escritos
memorialísticos (Nóbrega, 1980a; 1980b; 1981; 1983, Medeiros, 2017; Espínola, 1980), foram
acessadas e trianguladas (Trivinõs,1987). O alicerce teórico-conceitual dialogou com autores
como Burke (1992; 2005), Bourdieu (1983; 1989; 1996), Certeau (1982), Chartier (2002),
Chaui (2003), Cunha (2002; 2003; 2017), Elias (1989; 1994; 2000); Fernandes (1975; 1986),
Nóvoa (2019; 2009), Pesavento (2013), Sanfelice (2006; 2012) e Saviani (2017), os quais, sob
uma perspectiva transdisciplinar, possibilitaram correlacionar as concepções históricas
educacionais e culturais com a Sociologia e as políticas educacionais. Para corroborar com a
interpretação dos achados, Bakhtin (2006; 1997) e Bardin (2016) foram utilizados. A operação
historiográfica partiu do contexto nacional e focalizou na Paraíba, levando em conta às
imbricações com os marcos normativos e administrativos que influenciaram a formação
incumbida à Faculdade de Medicina da Paraíba. Foi possível elucidar que a implementação do
ensino superior na Paraíba, em termos de direcionamento para as elites, correspondeu ao padrão
nacional. Mas, ao se iniciar no interior do Estado e postergar cidades mais avançadas, se
distanciou do restante do país, que priorizava a instalação das instituições educativas de ensino
superior nas localidades mais prósperas. A Faculdade de Medicina da Paraíba resultou do
esforço de uma congregação médica, com apoio do poder público e de outros agentes
interessados em materializar o ensino superior. De natureza jurídica privada, via de regra, era
inacessível aos jovens de baixa posição social. Nem mesmo a sua agregação à Universidade da
Paraíba, criada pelo Governo do Estado em 1955, tornou essa formação pública. A
federalização, em 1960, foi o grande divisor do ensino superior médico paraibano, bem como
dos demais campos, porque possibilitou a profissionalização docente em nível superior,
ampliou o acesso e liberou os alunos do custeio estudantil, mas e educação universitária ainda
permaneceu pouco permeável às camadas sociais menos favorecidas, já que a aprovação nos
concursos de admissão exigia uma base prévia à qual os jovens das classes vulneráveis não
possuíam. Dessa forma, o argumento de tese foi consolidado, pois centenas de médicos
formados pela Faculdade de Medicina da Paraíba inovaram na atenção médico-sanitária. Em
um processo gradativo de emancipação, as configurações da Faculdade de Medicina foram
acompanhadas atentamente pela imprensa periódica, que propagandeava os avanços auferidos,
propiciando representações que certificavam a capacidade didática institucional e aumentava o
capital simbólico dos agentes vinculados à Faculdade de Medicina da Paraíba. No entanto, a
participação feminina foi diminuta, reproduzindo o sistema histórico de privilégios e/ou de
inferioridades.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1220709 - CHARLITON JOSE DOS SANTOS MACHADO
Interno - 2485937 - DANIELLA DE SOUZA BARBOSA
Externo ao Programa - 7336868 - EDUARDO SERGIO SOARES SOUSA
Externo à Instituição - LIA MACHADO FIUZA FIALHO
Externo à Instituição - SARA RAPHAELA MACHADO DE AMORIM