PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS (PPGCB)

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA (CCEN)

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Banca de DEFESA: EMANUELLY FÉLIX DE LUCENA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: EMANUELLY FÉLIX DE LUCENA
DATA: 30/07/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Ambiente Virtual (meet.google.com/krs-xohn-jer)
TÍTULO: Determinantes ambientais e espaciais da diversidade de térmitas na Floresta Amazônica brasileira
PALAVRAS-CHAVES: Isoptera, engenheiros do ecossistema, ninhos conspícuos, protocolo de amostragem padronizado, biogeografia.
PÁGINAS: 170
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Zoologia
RESUMO: A Amazônia é a maior e mais diversa floresta tropical do mundo, abrigando cerca de ¼ da diversidade do planeta. Embora muitos estudos venham sendo desenvolvidos ao longo dos anos, ainda há lacunas importantes relacionadas a distribuição espacial das amostragens e táxons estudados. Os térmitas, especialmente na Amazônia, apresentam elevada diversidade, endemismo e biomassa, mas são subamostrados. Sendo assim, nosso objetivo foi expandir os inventários de térmitas na Amazônia brasileira e investigar quais as principais variáveis espaciais e ambientais que influenciam os padrões de distribuição do grupo e sua densidade de ninhos conspícuos, em escala regional. Dessa forma, avaliamos os efeitos de variáveis ambientais e espaciais sobre a riqueza de espécies, composição das comunidades e diversidade beta de térmitas em sete áreas de Floresta Amazônica brasileira (Capítulo 1), e sobre as comunidades de térmitas construtoras de ninhos conspícuos, sua riqueza de espécies, composição e densidade de ninhos, em 11 áreas (Capítulo 2). Em cada área foi aplicado um protocolo rápido de diversidade e um de densidade de ninhos, consistindo em seis transectos com 65x2m e 65x20m, respectivamente. Diferentes tipos de análises de regressão foram realizados para avaliar a relação das variáveis preditoras com as variáveis resposta. No capítulo 1, foram registradas 177 espécies em 1056 encontros. A riqueza de espécies foi influenciada positiva e significativamente pela altura da vegetação e sódio do solo, apenas o pH do solo teve influência sobre a composição das comunidades e a similaridade entre elas diminuiu a medida que houve um aumento na distância de variáveis como temperatura, amplitude térmica, pH e potássio do solo, e distância geográfica. Além disso, as relações foram diferentes de acordo com o grupo alimentar, e os xilófagos foram mais influenciados pelo espaço do que os humívoros. No capítulo 2, foram encontradas 40 espécies construtoras de ninhos, e a densidade média das construções variou de 30,8 a 109,0 ninhos ativos por hectare. A influência das variáveis ambientais sobre a densidade de ninhos foi diferente entre epígeos e arborícolas, mas ambos foram influenciados principalmente por variáveis climáticas. A riqueza de espécies construtoras não foi influenciada significativamente por nenhuma variável avaliada e mudanças na composição mostraram-se associadas principalmente à sazonalidade da precipitação e amplitude térmica. Esse estudo contribui para esclarecer os padrões ecológicos e biogeográficos dos térmitas na Amazônia, em diferentes escalas espaciais, possibilitando um maior entendimento de como o espaço e o ambiente podem atuar influenciando a diversidade geral, e “subgrupos” dentro de Isoptera, sejam eles grupos alimentares ou de espécies construtoras de ninhos conspícuos.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1507827 - ALEXANDRE VASCONCELLOS
Externo à Instituição - FLAVIA MARIA DA SILVA MOURA
Externo ao Programa - 011.716.621-90 - TIAGO FERNANDES CARRIJO - UFABC