CCHLA - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS, CIDADANIA E POLITICAS PÚBLICAS (PPGDH.)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Telefone/Ramal
Não informado

Notícias


Banca de DEFESA: THALITA SUYANE COSTA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: THALITA SUYANE COSTA SILVA
DATA: 21/02/2025
HORA: 10:00
LOCAL: PPGDH - Sala de conferência online (https://meet.google.com/rpj-qxqd-pym)
TÍTULO: “PERMITA QUE EU FALE, NÃO AS MINHAS CICATRIZES” Dissidentes da dissidência: rotas não binárias para a construção de outros mundos possíveis
PALAVRAS-CHAVES: Dissidência de gênero; Direitos Humanos LGBTQIAPNB+; Racialidade; Contracolonialismo; Cisgeneridade.
PÁGINAS: 152
GRANDE ÁREA: Multidisciplinar
ÁREA: Interdisciplinar
SUBÁREA: Sociais e Humanidades
RESUMO: O presente trabalho investiga as formas pelas quais gênero, sexualidade e raça se interrelacionam e afetam as existências dissidentes, bem como subjetividades cisgêneras. Para isso, o estudo problematiza o esforço ocidental em construir a categoria identidade como fixa e imutável, não apenas no contexto de gênero e sexualidade, mas também com relação à racialidade. Com esse propósito, refuto a narrativa do “branco salvador” que ainda é utilizada para justificar a continuidade das diversas violências cometidas desde a dominação colonial. A história contada por nós, a partir de nossas perspectivas, permite compreender que com a invasão dos colonizadores, houve a imposição de uma monocultura dos afetos, dos costumes e vivências. Assim, a não adequação ou resistência às imposições transformaram os povos indígenas e africanos escravizados em alvos de punições, torturas e extermínio. Na contemporaneidade, o ciclo se repete: criado para a coerção e o controle social, o Estado, em parte, favorece corpos específicos: homens cisgêneros, brancos, heterossexuais, cristãos e neurotípicos. A consolidação de um sistema que opera a favor do ideal de “normalidade” é uma das heranças coloniais que persiste nas estruturas contemporâneas de poder. No entanto, resistindo e contrapondo o conservadorismo institucional e sistemas opressores, pessoas dissidentes vêm ocupando cargos no Estado e ganhando visibilidade por meio de seu ativismo, como Erika Hilton (PSOL) e Thabatta Pimenta (PSOL). Portanto, articulando saberes produzidos por sentipensadores dissidentes, e, com ênfase nas discussões sobre gênero, sexualidade e racialidade, o estudo examina acordos sociais, institucionais ou não, que posicionam as existências dissidentes como anormais e patológicas. A partir de fragmentos autoetnográficos e entrevistas realizadas no formato semi-estruturado com dez pessoas, o estudo propôs compreender como a cisgeneridade afeta pessoas cisgêneras e dissidentes de gênero. Além disso, analisou como a cisgeneridade foi introduzida, naturalizada e reforçada nas instituições, discutindo formas pelas quais a cisnormatividade afeta existências binárias e não binárias. O estudo também intencionou refletir como a imposição de padrões internos da comunidade dissidente de gênero atravessam pessoas não binárias. Através dos diálogos construídos, busquei provocar questões, tensionamentos e reflexões sobre as estruturas de poder e movimentos de resistência. Destaco que as questões de gênero, sexualidade e raça não podem ser reduzidas a respostas pré-determinadas ou fixas, pois são dinâmicas, complexas e devem ser analisadas e trabalhadas, assim como Angela Davis (2016) argumentou, através da perspectiva interseccional.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1982955 - JAILSON JOSE GOMES DA ROCHA
Interno - 1779954 - LUZIANA RAMALHO RIBEIRO
Externo ao Programa - 1649582 - ROBERTO CORDOVILLE EFREM DE LIMA FILHO
Externo à Instituição - LASSANA DANFÁ