CCHLA - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS, CIDADANIA E POLITICAS PÚBLICAS (PPGDH.)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
- Telefone/Ramal
-
Não informado
Notícias
Banca de DEFESA: MARIANA LIMA DE SOUSA
Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIANA LIMA DE SOUSA
DATA: 24/10/2025
HORA: 14:00
LOCAL: SALA DE REUNIÕES - CCHLA
TÍTULO: MEU MEDO MESMO É DE MENSTRUAR NA ESCOLA: VIOLAÇÕES DE DIREITOS HUMANOS CONTRA ADOLESCENTES EM DECORRÊNCIA DA POBREZA MENSTRUAL NA CIDADE DE
JOÃO PESSOA PB
PALAVRAS-CHAVES: Pobreza Menstrual. Adolescência. Educação em e para Direitos Humanos. Políticas Públicas. Cidadania.
PÁGINAS: 163
GRANDE ÁREA: Multidisciplinar
ÁREA: Multidisciplinar
RESUMO: A pobreza menstrual diz respeito à falta de acesso a itens de higiene menstrual, água encanada, saneamento básico, medicamentos, assim como à falta de conhecimento acerca do próprio corpo, que somado à indisponibilidade de itens de contenção de fluxo faz com que as pessoas que menstruam usem de meio alternativos para conter a menstruação podendo gerar infecções no trato urinário e até a morte. A pobreza menstrual afeta meninas, mulheres, homens trans e pessoas não binárias e, devido à construção do tema ser envolvido de tabus e estigmas, existe uma escassez de dados e de debates cujo maior impacto é o absenteísmo escolar, prejudicando intensamente a trajetória escolar. Esta pesquisa tem como objetivo analisar as violações de direitos humanos decorrentes da pobreza menstrual no âmbito educacional no município de João Pessoa com alunas do 6°, 7°, 8° e 9° anos. A pesquisa é exploratória, qualitativa e foi realizada a partir de uma pesquisa de campo com uso de questionário e rodas de conversa com 21 pessoas que menstruam. Como principais resultados encontramos: a) o perfil socioeconômico das participantes são pessoas que menstruam pretas e pardas, que possuem renda baixa e que passam a maior parte da trajetória escolar menstruando; b) a maior consequência é o absenteísmo escolar. Diferentemente do que aponta a literatura, as participantes chegam a faltar mais de 50 dias do ano letivo, o que desagua em uma sensação de atraso em relação aos meninos; c) a vergonha é o sentimento mais presente, seguido pela presença de inúmeros estigmas menstruais, d) a presença de bullying impacta diretamente no bem estar das participantes e e) existe uma lacuna curricular sobre a tratativa do tema. Conclui-se, a partir da pesquisa, o enorme caminho que ainda é necessário trilhar no que diz respeito ao combate da pobreza menstrual com foco no ambiente escolar, com a formação de professores, melhoria na infraestrutura da escola necessária e o incentivo a um currículo baseado em uma educação em e para os Direitos Humanos para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente(a) - 1037668 - REBECKA WANDERLEY TANNUSS
Interno(a) - 337177 - GLORIA DE LOURDES FREIRE RABAY
Interno(a) - 1645118 - RENATA MONTEIRO GARCIA
Externo(a) à Instituição - GISLENE APARECIDA DOS SANTOS