Banca de DEFESA: ANNE CAROLINNE CUNHA FACHINI

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANNE CAROLINNE CUNHA FACHINI
DATA: 28/02/2025
HORA: 10:30
LOCAL: CCTA - BLOCO C
TÍTULO: Grafismos Potiguaras da Paraíba: Descolonizando saberes através do processo criativo na Arte Educação de Rio Tinto, Escola Municipal de Ensino Fundamental Antônia Luna Lisboa
PALAVRAS-CHAVES: Grafismo Potiguaras da Paraíba; Descolonização, Processo criativo
PÁGINAS: 240
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Artes
RESUMO: A pesquisa foi desenvolvida na Escola Municipal Antônia Luna Lisboa, localizada na zona urbana do município de Rio Tinto, com estudantes do ensino fundamental (anos finais). Reconhecemos como conhecimento complexo o processo criativo, transitamos em distintas áreas de saberes como: cultura, colonização e ressignificação dos grafismos Potiguara da Paraíba e o fazer artístico. O objetivo principal é proporcionar o processo criativo a partir a integração dos grafismos potiguaras da Paraíba a experimentos artísticos visuais, com foco na natureza. No desenvolvimento da pesquisa usamos a abordagem triangular Barbosa (2012), principalmente para compreensão da interculturalidade e diversidade cultural dos povos originários. Identificamos as imagens como um texto visual que carrega consigo conceitos, que precisam ser questionados criticamente a partir de uma leitura visual contextualizada. O fazer artístico busca descolonizar o olhar heterogêneo sobre a etnia, exaltando as subjetividades dos grafismos Potiguaras da Paraíba. Além disso, propõe a conexão entre esses grafismos, a arte contemporânea e a natureza, com o objetivo de ampliar a percepção dos alunos. Dessa forma, incentiva a reflexão sobre os povos originários Potiguaras do litoral norte da Paraíba e a relação do ser humano como parte integrante da natureza, utilizando a arte como ferramenta para a construção de novas narrativas. Observamos que muitos discentes não reconhecem os povos originários da região Nordeste. Diante disso, buscamos sensibilizá-los e problematizar suas experiências superficiais com a natureza e com o povo Potiguara, que ocupa territórios no município de Rio Tinto. Nesse contexto, destacamos a desconexão dos alunos com o meio em que vivem, incentivando uma reflexão mais profunda sobre essa relação. Como percurso metodológico, foi utilizada uma abordagem qualitativa, na pesquisa-ação, descritiva, experimental, decolonial. Os encontros foram realizados paralelamente às aulas de arte, no horário em que os alunos estão matriculados, visto que a grande maioria dos integrantes residem na zona rural. Enfrentamos o imediatismo e preocupação pelo resultado final, característica da cultura ocidental, dando ênfase ao processo e à experiência, conforme Dewey (2019). Para isso, realizamos experimentações visuais utilizando diversas técnicas, como aguadas com tinta nanquim e urucum, colagens e instalações. Essas criações surgem a partir do diálogo entre materiais coletados na natureza, os grafismos Potiguara da Paraíba e a arte em conexão com o meio ambiente. Diante das informações, procuro responder à questão proposta: Como utilizar os grafismos potiguaras e a arte contemporânea de Franz Krajcberg, como matéria poética para as experiências relacionadas a identidade potiguara e a natureza? A conclusão deste estudo, portanto, destaca a relevância social, política e identitária do desenvolvimento da pesquisa, relacionada à necessidade de desconstruir estereótipos vinculados aos Potiguaras, sua arte e à relação do ser humano como parte integrante da natureza.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 2413160 - ALINE MARIA BATISTA MACHADO
Interno - 1425350 - LIRIA DE ARAUJO MORAIS
Presidente - 271366 - PAULA ALVES BARBOSA COELHO