PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA (PPGO)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de QUALIFICAÇÃO: JOHNATAN MEIRELES DO NASCIMENTO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOHNATAN MEIRELES DO NASCIMENTO
DATA: 29/10/2021
HORA: 08:00
LOCAL: USO DE RECURSOS À DISTÂNCIA
TÍTULO: Análise da desmineralização subsuperficial e efeito da infiltração de flúor por fluxo eletrocinético no esmalte no desgaste dental erosivo extrínseco
PALAVRAS-CHAVES: Erosão dentária; Esmalte dentário; Flúor; Histologia;
PÁGINAS: 60
RESUMO: Atualmente, os desfechos característicos do desgaste erosivo no esmalte dentário (desmineralização superficial e perda de volume) têm como base eventos restritos à superfície do esmalte, apesar deste tecido apresentar nanocanais com dimensões que permitiriam a difusão das moléculas ácidas para partes profundas do tecido e, assim, acarretariam numa desmineralização subsuperficial profunda (des-SSP) como desfecho. O objetivo do presente estudo foi de investigar a ocorrência de des-SSP, bem como testar o efeito protetor do flúor infiltrado pelo fluxo eletrocinético (F-FEC), comparado com o verniz fluoretado (FV), na prevenção dos desfechos superficiais (perda de volume e desmineralização) e des-SSP da erosão dental extrínseca. Para isto, dois estudos foram planejados: o estudo I, para analisar a profundidade de desmineralização subsuperficial e comparar com dados da literatura (~30 m); o estudo II, para analisar o efeito do tratamento na superfície (F-FEC, flúor por difusão e FV) na prevenção dos desfechos do desgaste erosivo extrínseco. Aqui são relatados resultados do estudo I. Blocos de esmalte (4 x 4 mm; n = 11), confeccionados a partir de 3° molares mandibulares de pacientes na faixa etária de 17 a 23 anos, padronizados quanto à concentração mineral superficial medida através de microtomografia computadorizada de raios X (microCT), foram submetidos a ciclos de desafio de desgaste erosivo com ácido cítrico a 0,3% por 5 dias, com a superfície dividida em partes experimental (exposta ao ácido) e controle (protegida com esmalte resistente a ácido). Os espécimes foram analisados através de perfilometria óptica, quantificando perda de volume (altura do batente), rugosidade média (Ra) e rugosidade superficial (Sa), e de microCT, quantificando profundidade de lesão e Z (m X perda de concentração mineral). As análises perfilométricas evidenciaram uma perda de altura média de 0,278 µm (desvio padrão: 0,136 µm). Além disso, a área experimental apresentou, em relação a área controle (teste T pareado): maior Ra (p<0,001; magnitude de efeito G de Hedge 1,94; IC 95% 2,87/1,00; poder 0,99%) e maior Sa (p <0,001; magnitude de efeito G de Hedge 1,55; IC 95% 2,43/0,67; poder 0,99%). A profundidade de lesão (1008 m ± 232 m) e Z (284 mgcm-3 ± 73 mgcm-3) foram maiores que os valores de referência relatados na literatura, (p < 0,001; magnitude de efeito G de Hedge 4,21; IC 95% 5,60/2,83; poder > 99,9%) e (p < 0,001; magnitude de efeito G de Hedge 2,31; IC 95% 3,31/1,31; poder > 99%), respectivamente. Pode-se concluir, então, que a hipótese nula foi rejeitada, uma vez que a des-SSP no esmalte afetado por erosão dentária extrínseca apresentou-se bem mais profunda do que aquela acreditada atualmente.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2114970 - ANDRESSA FEITOSA BEZERRA DE OLIVEIRA
Externo à Instituição - CECILIA CLAUDIA COSTA RIBEIRO DE ALMEIDA
Externo à Instituição - CINTHIA PEREIRA MACHADO TABCHOURY