PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA (PPGO)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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Banca de QUALIFICAÇÃO: HERRISON FÉLIX VALERIANO DA SILVA
Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: HERRISON FÉLIX VALERIANO DA SILVA
DATA: 15/12/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Link da transmissão: a definir
TÍTULO: AVALIAÇÃO DA REPRODUTIBILIDADE DE METODOLOGIAS
MÉTRICAS MANUAIS EM ANTROPOLOGIA FORENSE
PALAVRAS-CHAVES: Antropologia Forense; Estimativa do sexo; Antropometria;
Craniometria; Determinação da estatura; Anatomia.
PÁGINAS: 77
RESUMO: Metodologias osteométricas em Antropologia Forense são imprescindíveis na
reconstrução do perfil biológico de um indivíduo, sendo crucial que haja uma correta
execução e precisão nas mensurações, dado os prejuízos que incoerências possam
acarretar no processo de identificação humana. Diante disso, objetivou-se avaliar a
reprodutibilidade e a acurácia de metodologias métricas manuais, visando a
confiabilidade na execução dessas técnicas. Para tanto, o estudo contou com a
participação de 15 acadêmicos de Odontologia, que realizaram um total de 41
medições em duas ossadas, preconizadas pelos métodos de estimativa de
ancestralidade (AncesTrees®), sexo (DSP2® e Wasterlain e Cunha, 2000) e
estatura (Mendonça, 2000). A medições foram realizadas em duas etapas, sendo a
primeira com auxílio de um manual ilustrado e a segunda após um treinamento
teórico prático. Os dados foram comparados e submetidos aos métodos de
estimativas. Foram realizados os testes Shapiro-Wilk, para normalidade; KruskalWallis e Coeficiente de Correlação Intraclasse (ICC) e Kappa, para análises de
concordância inter, intraexaminador e padrão ouro. Para todas as análises adotouse um nível de significância de 5%. Em ambas as ossadas (Os1 e Os2) não houve
diferença estatisticamente significativa entre os avaliadores, antes e após o
treinamento (p>0,05). A concordância intraexaminador variou de quase perfeita (4%
e 22% das medidas na Os1 e Os2, respectivamente) a insignificante (22% - Os1;
13% - Os2), sendo predominante o grau mediano (26% - Os1; 35% - Os2). Verificouse que as medidas mais discordantes foram as realizadas nos ossos coxais. Os
resultados das análises dos métodos de estimativa demostraram uma melhora na concordância entre os examinadores, após o treinamento, em ambas as ossadas
variando de mediano a moderado na ancestralidade e sexo, sendo a única piora
observada na ancestralidade da Os1 (de moderado a mediano). Nas estimativas de
estatura, a concordância foi quase perfeita em todas as avaliações. A acurácia foi
insignificante para ancestralidade e sexo (Os1) e mediana e quase perfeita,
respectivamente (Os2), sendo quase perfeita para estatura (Os1 e Os2). Conclui-se
que, embora não haja variação significativa nas mensurações isoladas, diferenças
substanciais são observadas na análise do conjunto de medidas, o que pode
dificultar a posterior identificação de um indivíduo. Em acréscimo, o conhecimento
anatômico não demostrou ser sinônimo de expertise em Antropologia Forense.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2571802 - BIANCA MARQUES SANTIAGO
Externo à Instituição - LARISSA CHAVES CARDOSO FERNANDES
Externo à Instituição - Mara Ilka Holanda de Medeiros Batista