PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA (PPGO)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de QUALIFICAÇÃO: JOSÉ MARIA CHAGAS VIANA FILHO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOSÉ MARIA CHAGAS VIANA FILHO
DATA: 19/12/2022
HORA: 09:00
LOCAL: apresentação virtual via Google Meet (link: meet.google.com/yxg-bhzt-kqg)
TÍTULO: Influência de marcadores genéticos e epigenéticos na ocorrência de mucosite oral quimioinduzida em pacientes oncopediátricos
PALAVRAS-CHAVES: Estomatite; Polimorfismo Genético; Metilação de DNA; Receptores de Calcitriol; Estresse Oxidativo; Citocinas.
PÁGINAS: 84
RESUMO: A mucosite oral (MO) quimioinduzida é uma resposta inflamatória tecidual à ação bioquímica dos quimioterápicos, comumente observada em pacientes que fazem uso do Metotrexato (MTX). Essa droga, por sua vez, está relacionada a um desbalanço oxidativo e de citocinas inflamatórias. Estudos têm mostrado que o mecanismo da toxicidade do MTX está relacionado a alterações genéticas, como polimorfismos de nucleotídeo único, e no perfil epigenético dos pacientes, sobretudo no que diz respeito à metilação do DNA. Além da toxicidade terapêutica direta do MTX, de alterações genéticas e epigenéticas, os níveis de vitamina D também foram associados à ocorrência de MO. Diante disso, objetivou-se analisar a influência de modificações genéticas (polimorfismos rs1544410, rs2228570 e rs731236, no receptor de vitamina D – VDR) e epigenéticas (perfil de metilação nos genes VDR, CAT, SOD3, IL6 e TNFα) na ocorrência de mucosite oral quimioinduzida em pacientes oncopediátricos tratados com MTX. Para tanto, realizou-se um estudo transversal com 102 pacientes (5 a 19 anos) do Hospital Napoleão Laureano (João Pessoa-PB), sendo a MO avaliada pelo Oral Assessment Guide modificado. Células epiteliais bucais foram coletadas por bochecho e o DNA extraído. Polimorfismos foram analisados por PCR-RFLP (Polymerase Chain Reaction – Restriction Fragment Length Polymorphism) e a metilação do DNA por MSP (Methylation Specific PCR). Dados demográficos foram coletados em prontuários médico-odontológicos. Análise estatística foi realizada através dos testes Qui-quadrado, exato de Fisher, U de Mann-Whitney, Dwass-Steel-CritchlowFligner para comparações múltiplas e equilíbrio de Hard-Weinberg (p<0,05). O estudo de VDR resultou em uma prevalência pelo sexo masculino (57,8%) e a média de idade foi de 10,3 anos (±4,7). A MO atingiu 84,3% dos pacientes, dos quais 53,1% desenvolveram a forma grave da doença (MOG). Houve associação do genótipo CT do polimorfismo rs2228570 com a ocorrência de MOG (OR=1,81; IC=0,58–5,66; p=0,038) e do alelo raro G do polimorfismo rs1544410 com MOG (OR=2,27; IC=1,01–5,11; p=0,040). Não houve diferença no perfil de metilação no gene VDR entre os grupos, sendo o perfil parcialmente metilado encontrado em todos os pacientes. Já para o estudo de CAT, SOD3, IL6 e TNFα, predominou o sexo feminino (54,1%), com idade média de 11,1 anos (±4,3) e diagnóstico de leucemia linfoblástica aguda (56,5%). A maioria dos pacientes com câncer (75,0%) desenvolveu mucosite oral. Observou-se diferença nos perfis de metilação do gene TNF-α entre os grupos (p=0,004), sendo o perfil não-metilado mais prevalente no grupo 3 quando comparado de forma isolada com o grupo 4 (p=0,049). Não foi observada diferença para os genes CAT, SOD3 e IL6. Conclui-se, portanto, que o genótipo CT e o alelo raro G dos polimorfismos rs2228570 e rs1544410, respectivamente, aumentam a chance de ocorrência de mucosite oral grave quimioinduzida em pacientes oncopediátricos. E ainda que foi observada diferença entre o perfil de metilação no gene TNF-α em pacientes oncopediátricos após a experiência da mucosite oral.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 6311314 - ANA MARIA GONDIM VALENCA
Externo ao Programa - 1860244 - DARLENE CAMATI PERSUHN
Externo à Instituição - MARIA CRISTINA LEME GODOY DOS SANTOS