PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA (PPGO)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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Banca de QUALIFICAÇÃO: BEATRIZ FERNANDES DE SOUZA
Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: BEATRIZ FERNANDES DE SOUZA
DATA: 20/12/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Link da transmissão: a definir
TÍTULO: Análise de polimorfismos e metilação de DNA nos genes
DNMT1, DNMT3A e DNMT3B em pacientes oncopediátricos com mucosite oral
quimioinduzida.
PALAVRAS-CHAVES: Polimorfismos genéticos; Metilação do DNA; Mucosite oral;
Quimioterapia; Metotrexato.
PÁGINAS: 78
RESUMO: A mucosite oral (MO) é um efeito colateral comum do tratamento
anticâncer e é caracterizada por uma condição inflamatória que afeta áreas como a
mucosa dos lábios, língua, assoalho da boca e palato mole. Em casos graves
(Mucosite Oral Grave - MOG), as áreas avermelhadas podem evoluir rapidamente
para úlceras dolorosas e sanguinolentas que afetam significativamente a qualidade
de vida dos pacientes além do prognóstico do tratamento. O principal mecanismo
responsável pela fisiopatologia da MO quimioinduzida é o efeito citotóxico das
drogas antineoplásicas. Por sua vez, o metotrexato (MTX®), amplamente utilizado
no tratamento de tumores hematológicos, causa estomatotoxicidade, provocando
efeitos adversos mesmo em baixas doses. Estudos têm demonstrado que a
genética de um indivíduo pode ter impacto no desenvolvimento da mucosite oral.
No presente estudo, foi investigada a associação entre polimorfismos de
nucleotídeo único (SNPs) dos genes DNMT1 (rs2228611), DNMT3A (rs7590760) e
DNMT3B (rs6087990) e o perfil de metilação desses genes com a ocorrência e
severidade da mucosite oral induzida por quimioterapia em pacientes
oncopediátricos submetidos ao tratamento com MTX®. Foi realizado um estudo
transversal no Hospital Napoleão Laureano (João Pessoa/PB) com 102 pacientes
(4 a 19 anos) de ambos os sexos e com leucemias ou linfomas. Para classificação e caracterização da mucosite oral foi utilizando o Oral Assessment Guide (OAG)
modificado. Dados demográficos, clínicos e hematológicos foram coletados dos
prontuários médicos e odontológicos. O DNA foi purificado a partir de células
epiteliais da mucosa oral coletadas por bochechos. Os genótipos foram
determinados pela técnica de PCR-RFLP (Polymerase Chain Reaction-Restriction
Fragment Length Polymorphism), enquanto o perfil de metilação, por PCR-MS
(Methylation-specific PCR). A análise estatística descritiva e inferencial foi realizada
por meio dos testes Exato de Fisher, Qui-quadrado e Equilíbrio de Hard-Weinberg
(p < 0,05). A média de idade da população foi de 10,3 anos (± 4,7), com predomínio
do sexo masculino (57,8%). A Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA) foi a doença
mais comum, correspondendo a 74,5% dos pacientes. Do total de 102 pacientes,
84,3% desenvolveram MO, dos quais 53,1% desenvolveram MOG. Dentre os SNPs,
não houve associação entre DNMT1 (rs2228611) e DNMT3B (rs6087990) com a
mucosite oral, embora DNMT3A (rs7590760) tenha apresentado uma tendência
associada à ocorrência de MO. Apenas o perfil de metilação de DNMT1 obteve
resultados significativos, sendo associado a regeneração da mucosa oral após
exposição ao MTX®.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 6311314 - ANA MARIA GONDIM VALENCA
Externo ao Programa - 1860244 - DARLENE CAMATI PERSUHN
Externo ao Programa - 3475890 - GLAUCIA VERISSIMO FAHEINA MARTINS