PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA (PPGO)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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Banca de QUALIFICAÇÃO: MARIA HELOISA DE SOUZA BORGES
Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA HELOISA DE SOUZA BORGES
DATA: 15/12/2022
HORA: 10:00
LOCAL: Link da transmissão: a definir
TÍTULO: INFLUÊNCIA DO PLASMA SANGUÍNEO NO DESENVOLVIMENTO E
VIRULÊNCIA DE BIOFILME FÚNGICO-BACTERIANO
PALAVRAS-CHAVES: Biofilmes; Inflamação; Plasma; Virulência; Estomatite sob Prótese
PÁGINAS: 50
RESUMO: A estomatite protética é uma infecção comum em usuários de próteses
totais e/ou parciais removíveis, apresentando-se como uma inflamação na região do
palato justaposto à prótese. O fungo Candida albicans é o principal microrganismo
que compõe o biofilme envolvido na doença. Porém, trata-se de uma infecção
fúngico-bacteriana, onde o Streptococcus mutans apresenta um forte sinergismo
com Candida albicans. O plasma sanguíneo proveniente do exsudato inflamatório
da doença aumenta a virulência do biofilme de Candida albicans, influenciando na
progressão e patogênese da doença. Entretanto, o papel do plasma em biofilmes
fúngico-bacterianos não é descrito na literatura. Por isso, o objetivo do estudo foi
avaliar a influência do plasma sanguíneo no desenvolvimento e na virulência de
biofilmes uni-espécie e duo-espécies de Candida albicans (SC 5314) e
Streptococcus mutans (UA 159). Espécimes de resina acrílica (n=8/grupo) foram
utilizados como substrato para proliferação dos biofilmes, que inicialmente foram
submetidos a formação de película salivar (1h), sendo divididos em grupos apenas
com saliva e grupos com saliva suplementada com 5% de plasma sanguíneo. Os
inóculos foram preparados com meio BHI + 1% de sacarose, adicionado de 10% de
saliva. E para os grupos correspondentes a suplementação de plasma sanguíneo
na etapa de formação da película salivar, houve suplementação de 1% de plasma
no inóculo. Os biofilmes foram incubados durante 24h e 96h à 37°C em
microaerofilia, sendo realizada troca de meio para o biofilme de 96h. Após, foram
analisadas a dosagem de polissacarídeos extracelulares solúveis (PECs) e
insolúveis (PECis) e o metabolismo celular dos biofilmes por meio do ensaio de MTT. Os dados foram analisados pelo teste de Mann-Whitney (α=5%), utilizando a
comparação entre os biofilmes (sem plasma e com plasma) dentro de cada tempo e
comparando-os entre os tempos. Para a dosagem de polissacarídeos
extracelulares, observou-se diferença estatisticamente significante no PECis do
biofilme duo-espécies no tempo de 24h, onde o biofilme com plasma apresentou
maior produção de PECis quando comparado ao biofilme sem plasma (p<0,05).
Para o metabolismo celular, o biofilme uni-espécie de C. albicans no tempo de 24h
com plasma apresentou maior metabolismo celular quando comparado ao sem
plasma (p<0,05). No biofilme uni-espécie de S. mutans e o duo-espécies, em
ambos os tempos (24h e 96h), o biofilme com plasma apresentou maior
metabolismo celular comparado ao sem plasma (p<0,05), havendo diferença
estatisticamente significante entre os tempos (p<0,05), onde o biofilme de 24h com
plasma apresentou maior metabolismo celular comparado ao biofilme de 96h com
plasma (p<0,05). Conclui-se que o plasma sanguíneo aumenta a produção de
polissacarídeos extracelulares insolúveis e aumenta o metabolismo de biofilmes de
Candida albicans e Streptococcus mutans.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 3042074 - ADRIANO FRANCISCO ALVES
Externo à Instituição - TATIANA KELLY DA SILVA FIDALGO
Presidente - 2332212 - YURI WANDERLEY CAVALCANTI