PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA (PPGO)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: MARIA HELOISA DE SOUZA BORGES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA HELOISA DE SOUZA BORGES
DATA: 24/01/2023
HORA: 10:00
LOCAL: Auditório do PPGO
TÍTULO: INFLUÊNCIA DO PLASMA SANGUÍNEO NO DESENVOLVIMENTO E NA ATIVIDADE DE FATORES DE VIRULÊNCIA DE BIOFILME FÚNGICOBACTERIANO
PALAVRAS-CHAVES: Biofilmes; Inflamação; Plasma; Virulência; Estomatite sob Prótese
PÁGINAS: 60
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Odontologia
RESUMO: A estomatite protética é uma infecção prevalente em usuários de próteses totais e/ou parciais removíveis, apresentando-se como uma inflamação na região do palato justaposto à prótese. A Candida albicans é o principal microrganismo que compõe o biofilme envolvido na doença. Porém, trata-se de uma infecção fúngico-bacteriana, onde o Streptococcus mutans apresenta um forte sinergismo com Candida albicans. O plasma sanguíneo proveniente do exsudato inflamatório da doença aumenta a virulência do biofilme de Candida albicans, influenciando na progressão e patogênese da doença. Entretanto, o papel do plasma em biofilmes fúngico-bacterianos não é descrito na literatura. Por isso, o objetivo do estudo foi avaliar a influência do plasma sanguíneo no desenvolvimento e na virulência de biofilmes uni-espécie e duo-espécies de Candida albicans (SC5314) e Streptococcus mutans (UA159). Para isso, espécimes de resina acrílica (n=8/grupo) foram utilizados como substrato para proliferação dos biofilmes, que inicialmente foram submetidos a formação de película salivar (1h), sendo divididos em grupos que consideraram apenas a presença de saliva e grupos com saliva suplementada com 5% de plasma sanguíneo. Os inóculos foram preparados com meio BHI + 1% de sacarose, adicionado de 10% de saliva filtrada. E para os grupos correspondentes à suplementação de plasma sanguíneo na etapa de formação da película salivar, houve suplementação de 1% de plasma sanguíneo durante o preparo do inóculo. Os biofilmes foram incubados durante 24h e 96h à 37°C em microaerofilia, sendo realizada troca de meio para o biofilme de 96h. Após, foram analisadas a contagem de unidades formadoras de colônias (UFC/mL), quantificação de polissacarídeos extracelulares solúveis (PECs) e insolúveis (PECi) por meio do método fenol-sulfúrico, o metabolismo celular dos biofilmes por meio do ensaio de MTT e a atividade de fosfolipase. Os dados foram analisados pelo teste de MannWhitney (α=5%), utilizando a comparação entre os biofilmes (sem plasma e com plasma) dentro de cada tempo e comparando-os entre os tempos. O plasma sanguíneo aumentou a contagem de unidades formadoras de colônias (UFC/mL) apenas no biofilme uni-espécie de C. albicans no tempo de 96h (p<0,05). Para a dosagem de polissacarídeos extracelulares, observou-se diferença estatisticamente significante no PECi do biofilme duo-espécies no tempo de 24h, onde o biofilme com plasma apresentou maior quantidade de PECi quando comparado ao biofilme sem plasma (p<0,05). Para o metabolismo celular, o biofilme uni-espécie de C. albicans no tempo de 24h com plasma apresentou maior metabolismo celular quando comparado ao sem plasma (p<0,05). No biofilme uni-espécie de S. mutans e o duo-espécies, em ambos os tempos (24h e 96h), o biofilme com plasma apresentou maior metabolismo celular comparado ao sem plasma (p<0,05), havendo diferença estatisticamente significante entre os tempos (p<0,05), onde o biofilme de 24h com plasma apresentou maior metabolismo celular comparado ao biofilme de 96h com plasma (p<0,05). Já a atividade de fosfolipase não foi alterada na presença do plasma sanguíneo nos biofilmes em ambos os tempos (p>0,05). Conclui-se que o plasma sanguíneo aumenta a quantidade de polissacarídeos extracelulares insolúveis e aumenta o metabolismo de biofilmes de Candida albicans e Streptococcus mutans.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2405870 - LEOPOLDINA DE F DANTAS DE ALMEIDA
Externo à Instituição - MAYARA ABREU PINHEIRO
Interno - 2332212 - YURI WANDERLEY CAVALCANTI