PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA (PPGO)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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News
Banca de DEFESA: JOSÉ MARIA CHAGAS VIANA FILHO
Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOSÉ MARIA CHAGAS VIANA FILHO
DATA: 02/03/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Loca/Link da transmissão: https://meet.google.com/xwb-xnbz-izr
TÍTULO: Influência de marcadores genéticos e epigenéticos na ocorrência de
mucosite oral quimioinduzida em pacientes oncopediátricos
PALAVRAS-CHAVES: Odontopediatria; Metotrexato; Estomatite; Polimorfismo Genético;
Metilação de DNA.
PÁGINAS: 97
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Odontologia
RESUMO: A mucosite oral (MO) quimioinduzida é uma resposta inflamatória tecidual à ação
bioquímica dos quimioterápicos, comumente observada em pacientes que fazem
uso do Metotrexato (MTX). Essa droga, por sua vez, está relacionada a uma
alteração de citocinas inflamatórias, como a interleucina-6 (IL-6) e fator de necrose
tumoral-alfa (TNF-α), e um desbalanço oxidativo, que pode reduzir a atividade das
enzimas antioxidantes superóxido dismutase (SOD) e catalase (CAT). Em adição,
os níveis de vitamina D também foram associados à ocorrência de MO. Estudos
têm mostrado que o mecanismo da toxicidade do MTX está relacionado a
alterações genéticas, como polimorfismos de nucleotídeo único, e no perfil
epigenético dos pacientes, sobretudo no que diz respeito à metilação do DNA.
Diante disso, objetivou-se analisar a influência de modificações genéticas e
epigenéticas em genes que codificam o receptor de vitamina D e genes envolvidos
em mecanismos inflamatórios e do estresse oxidativo. Foram analisados se os
polimorfismos BsmI G>A (rs1544410), FokI C>T (rs2228570) e TaqI T>C (rs731236) no gene VDR, bem como o perfil de metilação nos genes VDR, CAT,
SOD3, IL-6 e TNF-α estavam associados à ocorrência de mucosite oral
quimioinduzida em pacientes oncopediátricos tratados com MTX. Para tanto,
realizou-se um estudo com 123 pacientes (5 a 19 anos), dos quais 102 eram do
Hospital Napoleão Laureano (João Pessoa-PB) e tinham diagnóstico de leucemias
ou linfomas e tratados com MTX, e 21 eram indivíduos saudáveis selecionados de
clínica odontológica privada. A MO foi avaliada pelo Oral Assessment Guide
modificado. Dados demográficos, clínicos, hematológicos e bioquímicos foram
coletados em prontuários médico-odontológicos. Amostras de células epiteliais
bucais foram obtidas por bochecho e o DNA genômico foi extraído para análise de
polimofismos pela técnica PCR-RFLP (Polymerase Chain Reaction Restriction
Fragment Length Polymorphism) e para análise de metilação do DNA por MSP
(Methylation Specific PCR). Análise estatística foi realizada através dos testes Quiquadrado, exato de Fisher, U de Mann-Whitney, Dwass-Steel-Critchlow-Fligner para
comparações múltiplas e equilíbrio de Hard-Weinberg (p<0,05). O estudo de
polimorfismo no gene VDR incluiu 102 pacientes oncopediátricos, no qual foi
observada prevalência pelo sexo masculino (57,8%) e média de idade foi de 10,3
anos (±4,7). A MO atingiu 84,3% dos pacientes, dos quais 53,1% desenvolveram a
forma grave da doença (MOG). Houve associação do genótipo CT do polimorfismo
FokI C>T (rs2228570) (OR=1,81; IC=0,585,66; p=0,038), bem como do alelo G do
polimorfismo BsmI G>A (rs1544410) (OR=2,27; IC=1,015,11; p=0,040) com a
MOG. O estudo de metilação nos genes VDR, CAT, SOD3, IL-6 e TNF-α, envolveu
85 indivíduos, sendo 21 indivíduos saudáveis e 64 pacientes oncopediátricos.
Predominou o sexo feminino (54,1%), com idade média de 11,1 anos (±4,3) e
diagnóstico de leucemia linfoblástica aguda (56,5%). A maioria dos pacientes com
câncer (75,0%) desenvolveu MO. Observou-se diferença nos perfis de metilação do
gene TNF-α entre os grupos (p=0,004), sendo o perfil não-metilado mais frequente
nos pacientes que haviam se recuperado da mucosite quando comparado de forma
isolada com os pacientes que apresentavam mucosite no momento da coleta das
amostras (p=0,049). Conclui-se, portanto, que ambas as modificações, genéticas e
epigenéticas estão associadas à mucosite oral. Os polimorfismos FokI C>T
(rs2228570) e BsmI G>A (rs1544410) no gene VDR, aumentam a chance de
ocorrência de mucosite oral grave e o perfil de metilação em TNF-α está associado
ao período pós-mucosite em pacientes oncopediátricos.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 6311314 - ANA MARIA GONDIM VALENCA
Externo ao Programa - 1590899 - CRISTINA WIDE PISSETTI
Externo à Instituição - MARIA CRISTINA LEME GODOY DOS SANTOS
Presidente - 1812740 - NAILA FRANCIS PAULO DE OLIVEIRA
Externo à Instituição - SIMONE SILVA DOS SANTOS LOPES