PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA (PPGO)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: WILSON JOSE DE MIRANDA LIMA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: WILSON JOSE DE MIRANDA LIMA
DATA: 29/09/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório do PPGO
TÍTULO: Estudo murinométrico, histológico e imuno-histoquímico da influência da obesidade no desenvolvimento da osteonecrose experimental induzida por bifosfonato.
PALAVRAS-CHAVES: Osteonecrose; Medicamentos; Obesidade; Maxila; Ratos Wistar.
PÁGINAS: 90
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Odontologia
RESUMO: A osteonecrose é uma doença caracterizada pela morte dos constituintes ósseos. Alguns compostos, como bifosfonatos que atuam inibindo a reabsorção óssea podem induzir a osteonecrose. Quando a doença ocorre nos maxilares e é induzida pelo uso de bifosfonatos ela é chamada de BRONJ - Bisphosphonate Related Osteonecrosis of the Jaws. A obesidade é considerada um problema de saúde pública e apresenta relação com outras doenças orais, como cárie e periodontite. Este estudo é pioneiro na identificação da relação entre obesidade e osteonecrose induzida por bifosfonatos. O trabalho teve objetivo de analisar a influência da obesidade no desenvolvimento da osteonecrose por bifosfonatos por meio de análises histológicas, imuno-histoquímicas e morfométricas. O experimento foi composto por 24 ratos machos da linhagem Wistar (Rattus Norvegicus) com idade e peso aproximados de 30 dias e 180g. Foram divididos aleatoriamente e de maneira simples em quatro grupos: saudável, osteonecrose, obeso e obeso com osteonecrose. Foi realizada a indução da osteonecrose com utilização de ácido zoledrônico em solução injetável de 4mg/5mL via intraperitoneal, para cada 250mg µg/Kg, uma vez por semana, durante oito semanas, associada ao trauma ósseo (exodontia do primeiro molar inferior esquerdo) e indução da obesidade com uso de dieta de alto índice glicêmico. Cada grupo foi avaliado qualitativamente e quantitativamente com relação a: desenvolvimento do modelo de obesidade; desenvolvimento do modelo da osteonecrose; macroscopia e microscopia das lesões maxilares. Os resultados foram expressos como a percentagem da média e o desvio padrão, e analisados estatisticamente empregando-se análise de variância (ANOVA) “one-way” seguido do pós-teste de Tukey. Os animais no grupo com osteonecrose e no grupo obeso com osteonecrose apresentaram áreas maiores de necrose (médias: 172,83 ± 18,19 µm² e 290,33 ± 15,77 µm², respectivamente) (p < 0,0001). Foi observado sequestro ósseo, esteatose hepática e aumento do tamanho dos adipócitos no grupo obeso (média: 97,75 ± 1,91 µm²) e no grupo obeso com osteonecrose (média: 98,41 ± 1,56 µm²), indicando maior dano nos tecidos nesses grupos (p < 0,0001). Em relação as análises imuno-histoquímicas, os grupos saudável e obeso apresentaram intensa deposição de matriz extracelular. Quanto ao TNF-alfa, observou-se marcação intensa e multifocal nos grupos osteonecrose (27.59 ± 7.65 µm²) e obeso (25.52 ± 8.31 µm²). Para o TGF-β, a marcação também foi intensa e multifocal especialmente no grupo obeso com osteonecrose (44.98 ± 3.93 µm²). Já para o Colágeno I a marcação foi mais intensa nos animais saudáveis (26.73 ± 8.29 µm²), enquanto nos outros grupos foi discreta e focal. Ocorreu a implantação e padronização do modelo de indução da obesidade e osteonecrose em ratos Wistar (confirmada com base na avaliação de parâmetros murinométricos - evolução ponderal, comprimento nasoanal, índice de Lee e de massa corpórea, circunferências abdominal e torácica, índice de adiposidade e peso do fígado). Percebe-se a possível influência da obesidade e da osteonecrose sobre a evolução ponderal e parâmetros murinométricos. O estudo sugere que o TNF-alfa e o TGF-β podem desempenhar papéis importantes no dano e reparo do tecido ósseo, possivelmente em associação à obesidade e processo inflamatório à osteonecrose. A possível interação entre o TGF-β, TNF-alfa e o colágeno I no tecido ósseo pode ser essencial para compreender a remodelação óssea, prevenção e tratamento de doenças, no entanto, mais estudos são necessários para explorar os mecanismos existentes.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 3042074 - ADRIANO FRANCISCO ALVES
Interno - 2405870 - LEOPOLDINA DE F DANTAS DE ALMEIDA
Externo ao Programa - 1425028 - LUCIENE SIMOES DE ASSIS TAFURI
Externo ao Programa - 1056568 - LUIZ HENRIQUE CESAR VASCONCELOS
Interno - 3089435 - WALLACE FELIPE BLOHEM PESSOA