PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA (PPGO)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: ARELLA CRISTINA MUNIZ BRITO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ARELLA CRISTINA MUNIZ BRITO
DATA: 29/11/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório do CCS
TÍTULO: Efeito do diabetes aloxânico e da terapia com fluconazol na patogenicidade de biofilmes mistos de Candida albicans e Streptococcus oralis em modelo murino
PALAVRAS-CHAVES: Diabetes mellitus; Aloxano; Fluconazol; Candidíase; Streptococcus oralis.
PÁGINAS: 85
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Odontologia
RESUMO: A diabetes mellitus e candidíase oral são doenças que apresentam alta prevalência. Indivíduos diabéticos podem apresentar maiores taxas de colonização e invasão fúngica devido a suas condições sistêmicas. Entretanto, o quanto essa inter-relação pode ser prejudicial para o hospedeiro, permanece como um tópico de relevância científica. O objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito da diabetes mellitus induzida pela aloxana e do tratamento com fluconazol na virulência e patogenicidade da coinfecção de biofilmes mistos de Candida albicans e Streptococcus oralis em modelo animal. Ratos Wistar machos (n=24) foram distribuídos em: grupo não-diabético e sem tratamento (CTR, n=6), grupo não-diabético e tratado com fluconazol (FLU,n=6), grupo diabéticos e sem tratamento (DCTR, n=6), grupo diabéticos e tratados com fluconazol (DFLU, n=5) e grupo, controle negativo (C-,n=1). Os grupos diabéticos receberam doses de 120 a 240 mg/kg de aloxana antes do período de coinfecção. A hiperglicemia foi confirmada partir de 250 mg/dL em jejum. O protocolo de coinfecção seguiu com doses de prednisolona 100 mg/Kg e suspensões de C.albicans ATCC 90028 e S. oralis ATCC 35037 inoculadas via swab na cavidade oral e administradas ad libitum na água. Animais tratados com fluconazol receberam a dose de 10 mg/kg a cada 12 horas. Os grupos controle receberam administração de solução salina 0,9%. Ao final do período experimental, todos os animais foram eutanasiados e observados macroscopicamente quanto à presença ou ausência de lesões na língua e microscopicamente por métodos histoquímicos de Hematoxilina-eosina (HE) e Ácido Periódico de Schiff (PAS) para avaliar alterações no palato, língua e pâncreas. Também foi realizada a extração e quantificação do DNA de C.albicans da língua, assim como a expressão gênica para SAP6 e HWP1 por meio da Real- time RT-qPCR. Os dados foram analisados por ANOVA one-way e teste de Tukey (= 5%). Foram observadas lesões nas línguas dos animais do grupo DCTR. Com exceção do C- que não apresentou alterações macroscópicas, os demais grupos apresentaram áreas eritematosas na superfície. Nos cortes histológicos, o grupo DCTR apresentou mais alterações em relação aos demais grupos, com destaque da invasão epitelial por hifas e hiperqueratose na língua além de redução epitelial e presença de úlcera com vasos dilatados no palato. Todos os animais diabéticos apresentaram destruição das células β nas Ilhotas de Langerhans. A quantificação relativa de DNA de C.albicans nas línguas dos animais indicaram que houve diferença entre o grupo DCTR (3,45±0,93) e os demais (p<0,05). No restante dos grupos não houve diferenças (p>0,05). A expressão gênica de SAP6 variou entre 1,00±0,29 no grupo não diabético tratado com fluconazol a 1,16±0,38 para o grupo diabético não tratado com fluconazol, o que indicou que não houve diferença significativa nos grupos avaliados (p>0,05). Em relação à expressão gênica de HWP1, observou-se que houve diferença entre os grupos dos animais saudáveis e os animais diabéticos (p<0,05). A partir dos resultados encontrados, os grupos diabéticos não tratados com fluconazol apresentaram maior número de alterações macroscópicas e histológicas, assim como maior quantificação de C.albicans e expressão gênica para HWP1. O tratamento com fluconazol foi efetivo para reduzir a invasão fúngica. A presente pesquisa contribui para novos estudos que possam considerar a diabetes aloxânica e o tratamento com fluconazol para avaliar os efeitos da candidíase oral em modelos murinos.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 3042074 - ADRIANO FRANCISCO ALVES
Externo à Instituição - DANYEL ELIAS DA CRUZ PEREZ
Interno - 2405870 - LEOPOLDINA DE F DANTAS DE ALMEIDA
Externo à Instituição - PEDRO PAULO CHAVES DE SOUZA
Presidente - 2332212 - YURI WANDERLEY CAVALCANTI